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Coronavírus: As principais notícias sobre a pandemia (31/03)

1 de abril de 2020

Brasil registra 42 mortes e mais de mil casos em 24 horas. Moro autoriza uso da Força Nacional. EUA e França superam China em número de mortos. Espanha, França e Reino Unido têm recorde diário de vítimas.

Hospital temporário construído em Nova York
Hospital temporário construído em Nova York, que concentra o maior número de mortes por covid-19 registrado nos EUA Foto: Getty Images/AFP/B. R. Smith

Resumo desta terça-feira (31/03):

  • Mundo tem mais de 840 mil casos confirmados, 40 mil mortes e 176 mil pacientes recuperados
  • Brasil tem 5.717 casos e 201 mortes, segundo Ministério da Saúde
  • Em pronunciamento, Bolsonaro compara salvar vidas a preservar empregos
  • Moro autoriza uso da Força Nacional devido à covid-19
  • EUA superam China em número de mortos e têm o dobro de casos confirmados
  • Espanha, França e Reino Unido registram recorde diário de mortes

Transmissão encerrada. As atualizações desta terça-feira estão no horário de Brasília:

22:30 – Bolsonaro compara salvar vidas a preservar empregos

O presidente Jair Bolsonaro fez um novo pronunciamento em cadeia nacional nesta terça-feira, no qual igualou a necessidade de salvar vidas à de preservar empregos em meio à crise do coronavírus. Para sustentar seus argumentos, ele voltou a distorcer uma declaração do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, como fizera mais cedo.

Bolsonaro, contudo, suavizou o tom que vinha adotando em relação à pandemia de covid-19, doença que já chegou a chamar de "gripezinha" e "resfriadinho" em pronunciamentos anteriores.

Nesta terça-feira, ele reconheceu que o "vírus é uma realidade" e que "ainda não existe uma vacina contra ele ou remédio com eficiência cientificamente comprovada, apesar de a hidroxicloroquina parecer bastante eficaz". Afirmou ainda que a atual crise é o "maior desafio da nossa geração".

Além disso, Bolsonaro não fez crítica direta à medida de isolamento social e também recuou no tom de combate a governadores e parlamentares que vinha esboçando nas últimas semanas, defendendo agora uma colaboração nacional.

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21:40 – Trump diz que está avaliando proibir viagens a partir do Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira que está considerando proibir a entrada de pessoas vindas do Brasil, onde seu aliado, o presidente Jair Bolsonaro, tem minimizado a pandemia de coronavírus.

Em coletiva de imprensa na Casa Branca, Trump afirmou que está "absolutamente estudando uma proibição" de viagens a partir do país sul-americano. Seu governo já baniu viajantes de importantes parceiros econômicos dos EUA, incluindo China e União Europeia, como parte de um esforço global para impedir a propagação do vírus.

20:20 – Europa tem um dos dias mais mortais

As mortes por coronavírus saltaram na Europa nesta terça-feira, com Espanha, França e Reino Unido registrando suas taxas diárias mais altas desde o início da pandemia. Tanto a Espanha quanto a Itália confirmaram mais de 800 mortes em apenas 24 horas. A França registrou a morte de 499 pacientes nesta terça, enquanto o Reino Unido confirmou 381 óbitos.

Com os mais recentes aumentos, o total de mortos na Itália chegou a 12.428; na Espanha, a 8.269; e na França, a 3.523, superando nesta terça-feira a marca registrada na China, epicentro do surto. No Reino Unido, 1.789 pessoas morreram em decorrência da doença.

19:50 – Coronavírus é a pior crise mundial desde a Segunda Guerra, diz chefe da ONU

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, declarou nesta terça-feira que a pandemia de coronavírus responde pela pior crise global desde a Segunda Guerra Mundial, e expressou preocupações de que ela possa desencadear conflitos mundo afora.

Segundo Guterres, a escala da crise se deve a "uma doença que representa uma ameaça a todos no mundo e [...] um impacto econômico que trará uma recessão que provavelmente não tem paralelo no passado recente".

"A combinação desses dois fatores e o risco de contribuir para um aumento na instabilidade, na agitação e no conflito são coisas que nos fazem acreditar que esta é a crise mais desafiadora que enfrentamos desde a Segunda Guerra Mundial", disse ele a repórteres.

A ONU foi fundada no final da guerra, em 1945 e tem 193 Estados-membros.

"Uma resposta mais forte e eficaz só é possível na solidariedade, se todos se unirem, se deixarmos de lado os jogos políticos e entendermos que é a humanidade que está em jogo", acrescentou.

Foto: webtv.un.org

19:20 – Bolsonaro é um "perigo para os brasileiros", diz jornal britânico em editorial

O jornal britânico The Guardian publicou nesta terça-feira um editorial crítico à atitude do presidente Jair Bolsonaro diante da pandemia de covid-19. O artigo de opinião estampa o título "Visão do Guardian sobre Jair Bolsonaro: um perigo para os brasileiros", e prossegue: "O presidente está destruindo as tentativas de seu país de conter a disseminação do coronavírus."

O texto chama de "vergonhoso" o histórico do líder brasileiro desde que assumiu o poder há mais de um ano, "com ataques aos direitos humanos, minorias, cultura e com a destruição da Amazônia", mas diz que agora, com sua resposta ao coronavírus, ele "atingiu novas profundezas".

"Muitos governos terão que responder por seus erros e sua complacência quando a pandemia acabar. O desempenho de Bolsonaro está numa categoria única", diz o jornal.

"Cumprimentar seus cidadãos em Brasília no último fim de semana foi duplamente irresponsável, dado seu contato próximo com casos confirmados de coronavírus: o perigo é não somente a mensagem que ele enviou, mas o risco físico ao qual ele poderia submeter os outros."

O editorial prossegue afirmando que, num país de 210 milhões de pessoas como o Brasil, "o curso imprudente do presidente pode fazer a diferença entre dezenas ou centenas de milhares de mortes".

Ao mencionar que até mesmo políticos aliados têm se distanciado do presidente devido à sua postura de minimizar a pandemia, rechaçar o isolamento social e defender o retorno ao trabalho, o texto conclui: "Bolsonaro pode não acreditar no distanciamento físico, mas está se mostrando notavelmente bem-sucedido em se isolar."

Foto: Screenshot The Guardian

18:35 – Holanda estende restrições até fim de abril

O governo holandês decidiu estender suas medidas restritivas contra o coronavírus, anunciando que escolas, restaurantes e bares permanecerão fechados até pelo menos 28 de abril. 

"O progresso do número de infecções na capacidade das unidades de terapia intensiva nos deixa sem outra decisão", disse o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte. A pandemia já matou 1.039 pessoas no país europeu e infectou 12.959, sendo que quase 5 mil seguem hospitalizadas.

17:55 – Brasil registra 42 mortes e mais de mil casos em 24 horas

O Ministério da Saúde divulgou que as mortes por coronavírus chegaram a 201 nesta terça-feira, após um registro de 42 óbitos em 24 horas. A alta de 26% em relação à segunda-feira foi a maior registrada no país desde o início do surto.

Por sua vez, o número de casos confirmados saltou 24% em relação ao dia anterior, para um total de 5.717, também marcando um recorde de novas ocorrências. Até segunda-feira, o país registrava 4.579 infecções, ou seja, houve um aumento de 1.138 casos em apenas um dia.

O estado mais atingido é São Paulo, com 2.239 pacientes infectados e 136 mortes confirmadas, seguido do Rio de Janeiro, com 708 ocorrências e 23 mortes. Assim, a região Sudeste concentra 60% das infecções. O Nordeste tem 15%, o Sul, 12%, o Centro-Oeste, 8%, e o Norte, 5%.

17:40 – Menino de 13 anos é o mais jovem a morrer no Reino Unido 

Um garoto de 13 anos diagnosticado com o novo coronavírus morreu em Londres, no Reino Unido, segundo informou o hospital King's College nesta terça-feira.

"Infelizmente, um garoto de 13 anos que testou positivo para covid-19 morreu, e nossos pensamentos e condolências estão com a família neste momento", disse a instituição em comunicado. "A morte foi encaminhada ao médico legista e nenhum outro comentário será feito."

Em conversa com o jornal britânico The Guardian, um amigo da família da vítima afirmou que o menino foi levado ao hospital em Londres após apresentar sintomas, como dificuldade para respirar. "Ele foi colocado em um ventilador médico, e depois posto em coma induzido, mas infelizmente morreu ontem [segunda-feira] de manhã", disse.

Segundo o amigo, o garoto era saudável e, até onde a família sabia, não sofria de outras doenças. "Estamos mais do que devastados."

Foto: AFP/Isinnova

17:05 – Rede de lojas doa milhares de máscaras de mergulho a hospitais europeus

A rede de lojas de roupas e artigos esportivos Decathlon retirou de suas prateleiras milhares de máscaras de mergulho do modelo "Easybreath" para doá-las a hospitais em países como Espanha, França, Bélgica e Itália.

O modelo vendido pela empresa francesa tem sido usado em alguns centros médicos como método de proteção contra o novo coronavírus e também adaptado para assistência respiratória. Nos últimos dias, vídeos circularam em redes sociais mostrando como a técnica funciona.

Somente na Espanha, a Decathlon doou para hospitais e universidades todas as 30 mil máscaras que disse ter em estoque, informou um porta-voz à agência de notícias Efe. Outros 10 mil itens foram doados para instituições na Itália, e 30 mil, na França.

16:45 – Turcomenistão proíbe uso da palavra "coronavírus"

O regime autoritário do Turcomenistão tem implementado uma política extrema que parece seguir o lema escapista "o problema não existe se você não falar dele".

O governo dessa ex-república soviética da Ásia Central já vinha afirmando de maneira pouco convincente não ter registrado nenhum caso de coronavírus no país. Agora, quer banir até mesmo o uso do termo "coronavírus" da vida pública.

Segundo a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF), o autoritário e excêntrico líder do país, Gurbanguly Berdimuhamedow, determinou que a palavra desapareça por completo da mídia estatal e até mesmo de conversas privadas.

De acordo com a ONG, a população de 5,8 milhões foi proibida de usar a palavra em público. O serviço em turcomeno da Radio Free Europe aponta que agentes do regime começaram a prender pessoas que foram ouvidas falando sobre a doença ou que estavam usando máscaras na capital do país, Asgabate.

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15:40 – Isolamento pode ter evitado até 120 mil mortes por covid-19 na Europa

As medidas de distanciamento social para retardar e reduzir a disseminação do coronavírus Sars-Cov-2 em países europeus podem ter evitado entre 21 mil e 120 mil mortes até o final de março, aponta uma análise preliminar de pesquisadores do Imperial College London.

Os pesquisadores analisaram o impacto de "intervenções não farmacêuticas", incluindo isolamento de infectados, fechamento de escolas e universidades, banimento de reuniões de massa e eventos públicos e, mais recentemente, o distanciamento social.

Os modelos gerados pelos pesquisadores apontam que mudanças na taxa básica de reprodução – número médio de novas infecções geradas por cada infectado – são uma resposta imediata a essas intervenções. De forma geral, os modelos matemáticos mostram que os países conseguiram reduzir a taxa.

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14:45 – "Nós subestimamos o vírus", diz governador de Nova York

O governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, reconheceu que as autoridades "subestimaram" a pandemia de coronavírus e precisam agora se preparar para o ápice do surto.

"Estou cansado de ser deixado para trás pelo vírus. Temos ficado para trás desde o primeiro dia", disse ele em coletiva de imprensa nesta terça-feira. "Nós subestimamos o vírus. Ele é mais poderoso e mais perigoso do que nós esperamos."

Nova York já soma 75.795 casos de covid-19, enquanto o número de mortos saltou 30% nas últimas 24 horas, para um total de 1.550, disse Cuomo, alertando que o estado "ainda está subindo a montanha", ou seja, ainda se encaminha para seu pico de infecções.

O governador ainda anunciou que o irmão dele, o âncora da CNN Chris Cuomo, foi diagnosticado com o novo coronavírus e ficará de quarentena em casa.

14:20 – EUA superam China em número de mortos

O número de mortos por coronavírus nos Estados Unidos superou o da China, onde a pandemia teve início em dezembro, segundo a contagem mantida pela Universidade Johns Hopkins. O território americano soma 3.415 mortes, enquanto Pequim confirmou 3.309.

Os EUA têm ainda um total de 175.067 infectados, cifra mais alta do mundo e mais que o dobro do registrado oficialmente na China, de 82.278. Contudo, a transparência do regime de Pequim quanto à divulgação das infecções e o sucesso das medidas de contenção do vírus tem sido posta em dúvida.

O país com maior número de mortos segue sendo a Itália, com 12.428, seguida da Espanha, com 8.269 vítimas.

14:00 – Itália tem mais 837 mortes, mas taxa de contágio segue desacelerando

A Itália registrou mais 837 mortes por covid-19 nesta terça-feira. Por outro lado, a propagação do vírus continua a desacelerar. Segundo o último boletim da Defesa Civil italiana, o número de mortos no país subiu para 12.428, o mais alto do mundo.

O total de infecções, incluindo mortos e recuperados, chegou a 105.792, aumentando 4% em relação ao dia anterior. É a menor variação diária registrada desde o início do surto. Já os casos ativos, ou seja, excluindo mortos e recuperados, aumentaram 2,8%, para 77.635. O número de pacientes que se recuperaram subiu 7,6%, para 15.729.

13:40 – França alerta contra automedicação com hidroxicloroquina para covid-19

Todos os tratamentos que estão sendo testados para curar a covid-19, doença causada pelo coronavírus Sars-Cov-2, só podem ser realizados em hospitais, alertou a Agência Nacional de Segurança do Medicamento e dos Produtos de Saúde (ANSM) da França.  

Medicamentos "que não tiveram eficácia comprovada formalmente no tratamento ou na prevenção da covid-19" só devem ser aplicados no âmbito "de testes clínicos em curso". "Em caso algum esses medicamentos devem ser utilizados para automedicação, prescrição de um médico da cidade ou autoprescrição de um médico", insiste o texto.

Segundo Dominique Martin, diretor-geral da ANSM, hospitais na França teriam constatado até 30 efeitos colaterais relacionados a medicamentos utilizados para tratar a covid-19. Esses medicamentos estão sendo testados por pesquisadores europeus.

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12:45 – Vodca, sauna e tratores vão curar covid-19, segundo líder de Belarus

Enquanto a maioria dos países europeus adota medidas drásticas para conter a pandemia de coronavírus, Belarus, no leste do continente, continua com as fronteiras abertas e não vem fazendo esforços nem sequer para paralisar seu campeonato de futebol.

Nos últimos dias, o líder do país, Alexander Lukashenko, vem minimizando a pandemia como um "frenesi" e uma "psicose". Em vez de impor medidas amplas de isolamento, o líder recomendou, sem qualquer base científica, que a população de 9,5 milhões do país empobrecido beba vodca e vá à sauna para combater o coronavírus.

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11:11 – Portugal acumula 160 mortes por coronavírus

Portugal registrou nesta terça-feira mais 20 mortes em decorrência da covid-19, elevando o total no país para 160. Já o número de pessoas que testaram positivo para doença chegou a 7.443.

Na comparação ao boletim divulgado ontem pelo governo local, o número de mortos subiu 14,3%. Já o de infectados subiu pouco mais de 1.000, em apenas um dia. O número de doentes recuperados mantém-se em 43.

Atualmente, 627 pessoas que deram positivo para o novo coronavírus estão hospitalizadas, sendo que 188 estão em unidades de terapia intensiva.

11:06 – Governo russo usa dados de telefonia para monitorar confinamento

O governo russo passou a usar os dados das operadoras de telefones celulares para atestar o cumprimento das medidas de confinamento no país, em especial em Moscou, principal foco da pandemia de covid-19 no país. 

O primeiro-ministro russo, Mikhail Michoustin, ordenou aos ministérios do Interior e das Comunicações para verificar o cumprimento das regras de confinamento, "com recurso aos operadores de telefonia móvel". 

Em Moscou, onde uma quarentena foi imposta a toda a população na segunda-feira, o presidente da Câmara, Sergei Sobyanin, emitiu uma ordem similar para monitorar os 12 milhões de habitantes registados oficialmente.
 
Sobyanin já tinha indicado que queria garantir o "controle absoluto" sobre a ordem de quarentena usando as novas tecnologias, em particular a sua alargada rede de câmeras de vigilância com reconhecimento facial. 

O grupo Yandex, líder russo em tecnologia digital, com o seu mecanismo de busca e aplicações de geolocalização, criou um "mapa de autoisolamento" das principais cidades russas, que permite vigiar a circulação dos habitantes. 

Ao mesmo tempo, os deputados russos aprovaram hoje leis que impõem severas punições para quem violar o confinamento, estipulando multas que variam entre de 500.000 rublos (R$ 33 mil) e penas de até sete anos de prisão.

Mesmo antes da pandemia, várias ONGs já vinham expressado preocupação com o uso de novas tecnologias pelo governo russo que podem exercer maior controle sobre a população. 

Até o momento, o governo russo detectou cerca 2.000 casos de infecção pelo coronovírus e 17 mortes. 

10:34 – Hospital Albert Einstein já afastou 348 funcionários infectados

O Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, afastou desde 25 de fevereiro 348 funcionários que foram diagnosticados com a covid-19.

Segundo a nota do hospital, o número representa 2% do seu quadro de 15.000 funcionários. Entre os infectados, 169 atuam na assistência de pacientes (como médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem). Entre os que foram diagnosticados, 47 já voltaram ao trabalho. 

"O hospital registra o seu reconhecimento pela coragem, dedicação e sacrifício de todos os que estão na linha de frente do atendimento aos pacientes", diz a nota.

Na segunda-feira, o Hospital Sírio-Libanês, também em São Paulo, informou que afastou 104 funcionários que testaram positivo para coronavírus.

10:00 – Espanha registra recorde de mortes por covid-19

As mortes em decorrência do coronavírus Sars-Cov-2 na Espanha tiveram um aumento recorde. Foram registradas 849 novas mortes de segunda para terça, o maior salto diário desde que a pandemia começou a assolar o país. A covid-19 já levou 8.189 pessoas à morte na Espanha, forçando Madri a abrir um segundo necrotério improvisado nesta semana. 

No total, o país europeu já confirmou quase 88 mil infecções pelo vírus, ficando atrás apenas dos EUA e da Itália. Em relação ao número de mortes, a Espanha já é o segundo país atingido, atrás da Itália.

Militares diante de hospital temporário em BarcelonaFoto: picture-alliance/NurPhoto/P. Venteo

08:16 – Jena é a primeira cidade alemã a tornar obrigatório uso de máscaras faciais

Seguindo o exemplo da Áustria, a cidade alemã de Jena, no estado da Turíngia (centro-leste do país) tornou obrigatório o uso de máscaras em espaços públicos para conter a disseminação do coronavírus. A medida passará a valer "para locais de comércio, no transporte público e em edifícios onde haja trânsito de público", diz texto publicado no site da cidade.

Além de máscaras, xales ou um pano também serão reconhecidos como proteção facial. Porém, a proteção precisa cobrir a boca e o nariz da pessoa.

A cidade tem um estoque de máscaras que deve ser destinado a cuidadores, médicos, motoristas e condutores de veículos de transporte público e outros funcionários essenciais. A prefeitura pediu que os cidadãos façam suas próprias máscaras – e também para outras pessoas – para conter o avanço do coronavírus.

Como justificativa, o site da cidade de Jena também explica: "A máscara coleta gotículas que expelimos quando falamos, tossimos ou espirramos. O risco de contagiar uma pessoa com nossa tosse e espirros diminui. Usar uma máscara facial, portanto, é sobretudo proteger os outros".

06:39 – Moro autoriza uso da Força Nacional devido à covid-19

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, autorizou o uso da Força Nacional em apoio a ações do Ministério da Saúde para conter e combater o avanço do coronavírus no Brasil. A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União e deverá vigorar até 28 de maio. A partir daí, poderá ser prorrogada.

A Força Nacional poderá dar apoio em ações como auxiliar profissionais de saúde para atender pessoas com suspeita de infecção por coronavírus. Outras ações previstas são o reforço das medidas policiais de segurança para garantir o funcionamento de centros de saúde, além de garantia de segurança e ajuda na distribuição e armazenamento de produtos médicos, farmacêuticos, alimentos e produtos de higiene.

Sergio Moro autorizou o uso da Força Nacional em apoio a ações contra o coronavírus até 28 de maioFoto: picture-alliance/AP/E. Peres

06:29 – Instituto alemão diz que covid-19 "precisa ser levada a sério"

O presidente do Instituto Robert Koch (RKI) de prevenção e controle de doenças na Alemanha, Lothar Wieler, exortou a população a não subestimar a pandemia do coronavírus. "Quero pedir a todas as pessoas que levem a sério essa doença", afirmou, referindo-se à covid-19, enfermidade respiratória causada pelo vírus. 

Um estudo mencionado por Wieler teria mostrado que apenas 41% dos alemães acreditam que a covid-19 seja perigosa.

O presidente do RKI também afirmou que a estratégia adotada no país contra a disseminação do coronavírus continua sendo justificada. A Alemanha adotou medidas de contenção como o isolamento social, fechamento de escolas e creches e proteção dos grupos de risco, além do aumento das capacidades de atendimento. 

"Quero pedir a todas as pessoas que levem a sério essa doença", disse Lothar Wieler, do RKIFoto: picture-alliance/dpa/J. Carstensen

Segundo Wieler, a pandemia vai continuar por alguns meses. Ele disse também que o otimismo em relação ao achatamento da curva de infecções no país é justificado. Em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira, ele acrescentou que a situação deverá ficar mais clara após a Páscoa (12/04), quando haverá "números concretos " para constatar uma tendência.

Wieler ainda disse, porém, que a taxa de mortalidade do coronavírus da Alemanha, atualmente em 0,8%, deverá subir ainda mais. 

O RKI diz que o número de casos na Alemanha aumentou em 4.615 de segunda para terça-feira. O total de casos confirmados no país é de 61.913, e houve 583 mortes.

Segundo contagem da Universidade Johns Hopkins, a Alemanha tem mais de 67 mil pessoas infectadas pelo coronavírus Sars-Cov-2, 650 mortes e 13.500 pacientes recuperados. 

01:40 – Itamaraty diz que há quase 7 mil brasileiros aguardando repatriação do exterior

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou na segunda-feira (30/03) que 6.991 cidadãos do país continuam esperando no exterior pela repatriação. O dado foi divulgado pelo portal G1. O diário Folha de S. Paulo fala em 6.960 pessoas que entraram em contato com o ministério. 

O Itamaraty divulgou ainda que 8.600 brasileiros foram repatriados desde o fechamento de fronteiras e cancelamento de voos devido à pandemia do coronavírus. 

A Folha menciona que, no Peru, há brasileiros que não conseguem sair de duas cidades onde estão hospedados porque uma das pessoas hospedadas foi diagnosticada com covid-19, doença causada pelo coronavírus. 

O Brasil fechou as fronteiras com países vizinhos da América do Sul no último dia 19. A decisão vale por 15 dias.

00:42 – Estados Unidos têm o dobro de casos da China

O número de casos confirmados de infecção pelo coronavírus nos Estados Unidos é duas vezes maior do que o da China, onde eclodiu a pandemia do patógeno no final de 2019. Segundo a Universidade Johns Hopkins, os EUA tinham 164.610 casos na manhã desta terça-feira (31/03). A China tem 82.240, mas a transparência do regime de Pequim quanto à divulgação das infecções e o sucesso das medidas de contenção do vírus tem sido posta em dúvida.

Quanto ao número de infecções, os EUA estão à frente de Itália (101.739), Espanha (87.956) e China (82.240) e são o país com o maior número de pessoas que contraíram o vírus. No que diz respeito ao número de mortes decorrentes da doença covid-19, causada pelo coronavírus, os Estados Unidos têm 3.170, menos que Itália (11.591), Espanha (7.716) e quase o mesmo que a China (3.309). A cidade de Nova York concentra o maior número de mortes registrado no país (914).

O que vem impressionando nos Estados Unidos é a velocidade da propagação do coronavírus Sars-Cov-2. A marca de 100 mil infecções havia sido atingida na última sexta-feira. Porém, acredita-se que a alta acentuada tenha relação com a expansão do programa de testes do país para o coronavírus. O governo do presidente Donald Trump vinha sendo duramente criticado por ter minimizado o risco de contágio por tempo demais.

Além de prorrogar as medidas restritivas internas para conter a disseminação do coronavírus até o fim de abril, o governo Trump anunciou que vai prolongar também a proibição de entrada de visitantes da Europa, prevista inicialmente para durar até meados de abril. Ainda não se sabe até quando o veto à entrada de europeus deverá durar.

00:15 – Governo analisa ajuda financeira para trabalhador formal durante pandemia

O governo brasileiro analisa atualmente uma medida provisória (MP) que pode criar um programa para evitar demissões em meio à pandemia do coronavírus Sars-Cov-2. A informação foi divulgada na madrugada desta terça-feira pelo jornal Folha de S. Paulo.

A MP deverá permitir que todo empregado formal possa ter direito a uma ajuda financeira se tiver cortes na jornada ou no salário durante a vigência das medidas restritivas para conter o avanço do coronavírus no país. Esse auxílio seria calculado com base valor do seguro-desemprego.

A ajuda deverá ser disponibilizada para todos os trabalhadores de carteira assinada e não faz diferença entre as categorias profissionais. A medida poderá valer também, por exemplo, para empregadas ou empregados domésticos com contratos pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

00:10 – Johnson & Johnson escolhe candidata a vacina contra covid-19

A empresa Johnson & Johnson anunciou na segunda-feira que selecionou uma candidata a vacina contra o coronavírus Sars-Cov-2, causador da doença respiratória covid-19. Segundo os planos da companhia, a imunização deverá ser testada em humanos em setembro e poderia estar disponível para uso emergencial no início do próximo ano. 

A empresa disse que fechou um acordo de 1 bilhão de dólares com o governo americano para criar capacidade de fabricação suficiente para produzir mais de 1 bilhão de doses da vacina em testes. As ações da Johnson & Johnson subiram mais de 7% em Wall Street na segunda.

Além da Johnson & Johnson, o governo americano também fechou acordo com a farmacêutica Moderna e afirmou que está negociando com pelo menos mais duas companhias para expandir a capacidade industrial para produzir vacinas contra o coronavírus nos Estados Unidos. 

Ainda não existe tratamento ou vacina aprovados especificamente para a covid-19. Não se espera uma vacina pronta para uso antes de 2021, já que elas precisam ser amplamente testadas em seres humanos antes de serem administradas globalmente para prevenir a infecção.

Johnson & Johnson fechou acordo de US$ 1 bilhão para produzir mais de 1 bilhão de doses de vacina Foto: picture-alliance/dpa/S. Gollnow

00:00 – Resumo dos principais acontecimentos de segunda-feira (30/03):

•    Senado aprova R$ 600 mensais a autônomos e informais
•    Twitter, Facebook e Instagram apagam postagens de Bolsonaro
•    China registra menos de 2,5 mil casos ativos pela primeira vez desde janeiro 
•    Trump prolonga isolamento social até 30 de abril
•    Espanha passa China em número de casos

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