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Corpo de 18ª vítima da tragédia em Mariana é encontrado

10 de março de 2016

Quatro meses depois de desastre, corpo é localizado dentro da cabine de um caminhão, próximo à barragem de dejetos da Samarco que se rompeu. Uma pessoa continua desaparecida.

Foto: DW/R. Malkes

Quatro meses depois da tragédia em Mariana, os bombeiros encontraram nesta quarta-feira (09/03) o corpo de uma vítima do rompimento da barragem de dejetos da mineradora Samarco, joint venture das mineradoras brasileira Vale e anglo-australiana BHP.

Esse foi o corpo da 18ª vítima da tragédia. Ele não foi identificado. Ainda estavam desaparecidos Edmirson José Pessoa, 48 anos, funcionário da Samarco, e de Ailton Martins dos Santos, 55 anos, da Integral Engenharia.

O corpo foi localizado dentro da cabine de um caminhão, 800 metros abaixo da área de rompimento, e só será removido após perícia da Polícia Civil.

Além das mortes, a tragédia causou o pior desastre ambiental da história do Brasil. No dia 5 de novembro, 32 milhões de metros cúbicos de lama de rejeitos de mineração foram despejados no Rio Doce e devastaram o distrito de Bento Rodrigues, 18 pessoas morreram no desastre e uma continua desaparecida.

A lama foi levada pelo rio até o oceano, destruindo e prejudicando o abastecimento de água pelos municípios onde passava. Quase quatro meses depois da tragédia, os rejeitos continuam causando impactos ambientais graves no rio Doce e no Atlântico.

Na semana passada, a Samarco, os governos federal, de Minas Gerais e do Espírito Santo assinaram um acordo que estabelece o pagamento inicial de 4,4 bilhões de reais até 2018. Esse valor será usado na recuperação da Bacia do Rio Doce e para compensar prejuízos sociais, ambientais e econômicos da tragédia. Caso a Samarco não honre o acordo, o montante deverá ser pago pela Vale e BHP.

CN/rtr/abr

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