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Corpo de al-Baghdadi foi jogado no mar por militares dos EUA

29 de outubro de 2019

Segundo general, restos mortais de líder terrorista "foram tratados de forma apropriada". Trump divulga foto de cachorro que participou de ação militar que resultou na morte do autoproclamado califa.

Abu Bakr al-Bagdadi
O terrorista al-Baghdadi em fotografia de 2011, quando o “Estado Islâmico”(EI) estava em plena expansão Foto: picture-alliance/AP Photo/

O corpo do líder do grupo terrorista "Estado Islâmico”(EI), Abu Bakr al-Baghdadi, foi jogado no mar por militares americanos no fim de semana, informaram fontes do Pentágono nesta segunda-feira (28/10).

Não foram fornecidos detalhes sobre onde e quando o corpo foi lançado ao mar, mas foi feita uma comparação com o destino dado ao corpo do então líder da rede Al-Qaeda, Osama bin Laden, após ele ter sido morto em 2011 durante uma operação das forças especiais americanas.

Os restos de Baghdadi "foram tratados de forma apropriada", se limitou a dizer oficialmente o general Mark Milley, chefe do estado-maior conjunto.

Os Estados Unidos levaram anos procurando pelo líder do EI, que semeou o terror em um imenso território entre o Iraque e a Síria. Seu fim foi selado no fim de semana quando militares americanos obtiveram informações sobre sua presença em uma casa na região de Idlib, no noroeste da Síria, "onde vivia de forma permanente", acrescentou o general.

Ao ser localizado em um imóvel e após um confronto entre combatentes do Estado Islâmico e militares dos EUA, o líder terrorista fugiu por um túnel, levando três crianças. Ao ser acuado por cães militares, ele detonou um colete de explosivos que usava, cometendo suicídio e causando a morte dos três menores. "Morreu como um cachorro, como um covarde", disse o presidente dos EUA, Donald Trump, no domingo.

Os restos do terrorista foram em seguida "transportados a um lugar seguro para confirmar sua identidade, graças a um exame de DNA", acrescentou o general Milley.

Milley concedeu a entrevista ao lado do secretário de Defesa, Mark Esper, que classificou como "valente" a decisão de Trump de dar sinal verde a uma operação tão complicada em território sírio.

O chefe do Pentágono disse que a morte de Baghdadi representa um "golpe devastador" contra o EI, embora tenha admitido que a situação de segurança na Síria "continua complexa".

O grupo terrorista perdeu pouco a pouco seu domínio nos dois países, e em março deste ano viu cair seu último reduto, Al Baghuz, no leste da Síria.

O anúncio da morte do terrorista aconteceu poucos dias depois de os EUA terem reduzido a presença na região e de Trump ter anunciado uma polêmica retirada de tropas que atuavam na Síria.

"Cão herói”

A unidade de elite que realizou o ataque contra Abu Bakr al-Bagdadi, incluiu um cão, que realizou "um trabalho incrível" e cuja identidade deve ser protegida, informou nesta segunda-feira o general Mark Milley.

O cachorro foi "levemente ferido" na operação e "se recupera totalmente", assegurou o militar.

Milley se negou, no entanto, a revelar o nome do cão, pois este continuava "no cenário das operações".

"Por enquanto não divulgamos nem fotos, nem o nome do cão, nem qualquer outra coisa, para proteger sua identidade", destacou.

No domingo, Trump tinha destacado o trabalho de "um cão magnífico, um cão muito habilidoso", ao anunciar a morte do líder do EI. Apesar de o general Milley ter dito que não seriam divulgadas fotos do cachorro, Trump publicou nesta segunda-feira em sua conta no Twitter uma imagem do cão.

"Nós levantamentos o sigilo de uma foto do cão maravilhoso (nome não divulgado) que fez um GRANDE TRABALHO ao capturar e matar o líder do ISIS, Abu Bakr al-Baghdadi!”, escreveu Trump.

JPS/afp/rt/efe/ots

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