Milhares de pessoas acompanham neste domingo (17/08) em frente ao Palácio das Princesas, sede do governo de Pernambuco, a missa campal de corpo presente do ex-governador Eduardo Campos e de três assessores dele, vítimas de um acidente aéreo em Santos, litoral de São Paulo, na quarta-feira.

A missa é celebrada pelo arcebispo de Recife e Olinda, dom Fernando Saburido. A previsão é que mais de 100 mil pessoas participem da cerimônia do último adeus a Campos e também ao assessor de imprensa Carlos Percol, ao fotógrafo Alexandre Severo e ao cinegrafista Marcelo Lyra.

O enterro do ex-governador e candidato à Presidência pelo PSB está marcado para as 17h, no Cemitério de Santo Amaro. Ele será sepultado ao lado do túmulo do avô, o ex-governador Miguel Arraes, morto há nove anos, também num dia 13 de agosto.

Pouco antes do início da missa, chegaram ao Palácio do Campo das Princesas, local do velório, a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dilma chegou a ser vaiada, mas, em seguida, foi aplaudida pelas pessoas que ocupam a Praça da República para a cerimônia.

Também prestaram condolências à família de Campos o presidenciável Aécio Neves, o ex-governador de São Paulo José Serra, o ex-ministro da Saúde e candidato ao governo paulista Alexandre Padilha, entre outras autoridades. A candidata a vice na chapa de Campos, Marina Silva, também está presente.

Já eram mais de 2h quando o cortejo fúnebre com os restos mortais do ex-governador e dos três assessores dele chegou ao Palácio do Campo das Princesas, sob as palmas de milhares de pessoas.

Por cerca de três horas, o desfile em carro aberto do Corpo de Bombeiros passou por várias ruas do Recife, acompanhado por centenas de pessoas e de carros. Pessoas enroladas a bandeiras do Brasil, de Pernambuco, do Náutico – time de coração do ex-governador – acompanharam com palmas o transporte da urna com os restos mortais do presidenciável da viatura do Corpo de Bombeiro até o local do velório.

A chegada dos restos mortais ao largo da Praça da República, no Centro da capital, foi marcada por uma enorme comoção. Desde o início da manhã de sábado, pernambucanos de vários lugares do estado se concentravam no local à espera do último adeus. Alguns dormiram no local.

O corpo de Campos foi liberado na noite deste sábado pelo Instituto Médico Legal de São Paulo, depois da identificação. Uma equipe de 50 peritos trabalhou na identificação dos restos mortais do político de 49 anos e das outras seis vítimas fatais. Os trabalhos foram dificultados porque os corpos estavam irreconhecíveis, e foram necessários exames de DNA.

AS/abr/dpa