Condenados por suposto apoio à Irmandade Muçulmana, Mohamed Fahmy e Baher Mohamed são libertados após mais de 400 dias na prisão. Novo julgamento do caso, no entanto, prossegue na Justiça egípcia.
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Após mais de 400 dias na prisão, os dois jornalistas da rede Al Jazeera que ainda estavam presos no Egito foram soltos nesta quinta-feira (12/02). O tribunal que autorizou a libertação de Mohamed Fahmy e Baher Mohamed ressaltou, porém, que o processo contra eles continuará sendo analisado pela Justiça egípcia.
Presos em dezembro de 2013, eles foram condenados a sete anos de prisão em junho do ano passado por suposto apoio à Irmandade Muçulmana e divulgação de notícias falsas sobre o Egito, com o intuito de ajudar o "grupo terrorista". O veredicto foi duramente criticado internacionalmente.
Fahmy, de cidadania canadense, teve que pagar 32,9 mil dólares de fiança para ganhar a liberdade. Já o egípcio Mohamed não precisou pagar nada. Por ordem do governo no Cairo, o repórter australiano Peter Greste, também condenado a sete anos de prisão no mesmo processo, já havia sido extraditado para a Austrália no dia 1° de fevereiro.
A decisão de libertar Fahmy e Baher ocorreu na primeira sessão do novo julgamento dos jornalistas, que deve ser encerrado no dia 23 de fevereiro. Fahmy chegou a abrir mão de sua cidadania egípcia para ter concedido direito de deportação para o Canadá, com base em um decreto assinado pelo presidente Abdel Fattah al-Sisi.
Além dos dois funcionários da Al Jazeera, a corte ordenou ainda a soltura, sem necessidade de pagamento de fiança, de três estudantes condenados no mesmo caso, também acusados de apoiar a Irmandade Muçulmana.
Organizações de direitos humanos e grupos de mídia afirmam que as acusações contra os jornalistas foram fabricadas. Autoridades egípcias veem a Al Jazeera como porta-voz da Irmandade Muçulmana, afirmação rechaçada pela emissora.
MSB/dpa/rtr/afp
A semana em imagens (9 a 15 de fevereiro de 2015)
Relembre, em imagens, os acontecimentos que marcaram o noticiário internacional desta semana.
Foto: Reuters/K. Lamarque
Dresden lembra 70 anos de bombardeio
Cerimônia em recordação do bombardeio que destruiu Dresden há 70 anos reuniu na igreja Frauenkirche cerca de 1.400 convidados, entre eles, políticos e sobreviventes da Segunda Guerra Mundial. O presidente da Alemanha, Joachim Gauck, sublinhou a necessidade de que, ao se homenagear as vítimas alemãs, tampouco se esqueçam as vítimas do conflito provocado pela Alemanha. (13.02.2015)
Foto: picture-alliance/dpa/K. Nietfeld
Dilma recebe Steinmeier
O ministro do Exterior da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, encerrou sua visita ao Brasil, marcada por um encontro com a presidente Dilma Rousseff; o avanço no estabelecimento de um diálogo bilateral de alto nível; e pela assinatura de um entendimento visando a facilitar a concessão de vistos de trabalho a jovens brasileiros e alemães. (13.02.2015)
Foto: Reuters/U. Marcelino
Presidente da Argentina é indiciada
O promotor Gerardo Pollicita, que substituiu Alberto Nisman nas investigações do atentado à Associação Mútua Israelense-Argentina (Amia) em 1994, indiciou a presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, por suposto acobertamento dos autores do ataque. (13.02.2015)
Foto: Reuters/E. Marcarian
Acordo sobre cessar-fogo na Ucrânia
Após quase 17 horas de negociações em Minsk, os presidentes da Ucrânia, Petro Poroshenko, da Rússia, Vladimir Putin, o chefe de Estado francês, François Hollande e a chanceler federal alemã, Angela Merkel, fecharam um acordo sobre um roteiro de paz para o conflito ucraniano. O cessar-fogo em Donetsk e Lugansk está previsto a partir da 0h de domingo, 15 de fevereiro de 2015. (12.02.2015)
Foto: Reuters/Grigory Dukor
Extradição de Pizzolato
O máximo tribunal da Itália decidiu pela extradição de Henrique Pizzolato ao Brasil. O ex-diretor do Banco do Brasil foi condenado a mais de 12 anos de prisão no escândalo do Mensalão. Pizzolato se entregou à polícia local, encerrando fuga de mais de um ano. (12.02.2015)
Foto: Antonio Cruz/ABr
Schettino condenado a 16 anos de prisão
O capitão Francesco Schettino, de 54 anos, foi condenado a 16 anos de prisão, por sua participação no naufrágio do navio Costa Concordia, que deixou 32 pessoas mortas em janeiro de 2012. Schettino era acusado de homicídio culposo, de provocar um naufrágio e de abandonar o navio acidentado. (11.02.2015)
Foto: AFP/Getty Images/G. Cacace
Obama pede autorização para combater EI
A coligação liderada pelos EUA para combater o "Estado Islâmico" no Iraque e na Síria está "na ofensiva" e vencerá, disse o presidente Barack Obama, que solicitou ao Congresso autorização para ações militares. Ele falou na Casa Branca, ao lado do vice-presidente, Joe Biden, e dos secretários de Estado, John Kerry, e da Defesa, Chuck Hage. (11.02.2015)
Foto: picture-alliance/epa/M. Reynolds
Último adeus a Weizsäcker
Na Catedral de Berlim, cerca de 1.400 pessoas, entre elas políticos do alto escalão, prestam as últimas homenagens ao ex-presidente alemão Richard von Weizsäcker, morto no último dia 31 de janeiro, aos 94 anos. Weizsäcker foi presidente de 1984 a 1994. Na cerimônia, o atual presidente da Alemanha, Joachim Gauck, afirmou que Weizsäcker foi um chefe de Estado excepcional. (11.02.2015)
Foto: Reuters/M. Schreiber
ONU: 300 morreram em travessia do Mediterrâneo
Mais de 300 pessoas que tentavam cruzar o Mar Mediterrâneo rumo à Europa morreram nesta semana. Imigrantes africanos estavam em quatro botes de borracha que deixaram a costa da Líbia e enfrentaram chuva, vento e frio. Cada um dos botes transportava pouco mais de cem pessoas, expostas ao frio e à chuva. Uma embarcação com cem pessoas continua desaparecida. (11.02.2015)
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Buccarello
Obama confirma morte de refém americana
Kayla Mueller, de 26 anos, era voluntária da ajuda humanitária e foi raptada pelo grupo extremista "Estado Islâmico" (EI) em 2013 na Síria. Segundo o EI, ela morreu quando prédio em que estava foi bombardeado por aviões da Jordânia. A confirmação da morte da jovem foi dada pelo presidente dos EUA, Barack Obama, que não revelou detalhes sobre o incidente. (10.02.2015)
Foto: AP Photo/The Daily Courier, Jo. L. Keener
Putin vai apoiar construção de usina no Egito
Em visita ao Cairo, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que Moscou pretende apoiar a construção da primeira usina nuclear do Egito. Os dois países já mantêm desde 2001 um acordo de cooperação para utilização pacífica da energia atômica. Rússia e Egito também planejam colaborar no combate ao terrorismo. (10.02.2015)
Foto: Reuters/A. Waguih
Nevasca paralisa Boston
Uma forte tempestade atingiu o nordeste dos EUA. Boston foi a cidade mais afetada na região, com 60 centímetros de neve acumulada. A nevasca paralisou o município, que suspendeu o transporte público e as aulas. Centenas de voos foram cancelados na região de Nova Inglaterra – que abriga os estados do Maine, Massachusetts, New Hampshire, Vermont, Rhode Island e Connecticut. (10.02.2015)
Foto: Reuters/Brian Snyder
HSBC ajudou clientes a sonegar
Segundo investigação batizada de Swissleaks, a filial suíça do banco favoreceu clientes em mais de 200 países. A instituição alega ter realizado uma transformação radical nos últimos anos para evitar evasão fiscal. (09.02.2015)
Foto: picture-alliance/dpa
Merkel na Casa Branca
Em reunião com Barack Obama, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, levou um plano que defende a diplomacia como solução para o conflito no leste ucraniano. A Alemanha e a França se opõem à proposta de Washington de fornecer armas a Kiev. (09.02.2015)