Cosmonauta russa embarca para ISS em foguete dos EUA
6 de outubro de 2022
É a primeira vez em 20 anos que um cidadão russo parte dos EUA em uma missão espacial. Cooperação na Estação Espacial Internacional é uma das poucas áreas em que Washington e Moscou ainda trabalham juntos.
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Em meio a impasses sobre a guerra na Ucrânia entre Moscou e Washington, um foguete partiu dos Estados Unidos nesta quarta-feira (05/10) rumo à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) levando a bordo dois astronautas americanos da Nasa, uma cosmonauta russa e um japonês. É a primeira vez em 20 anos que um cidadão russo parte dos EUA em uma missão espacial.
O foguete da SpaceX, empresa de Elon Musk, decolou do Centro Espacial Kennedy da Nasa, em Cabo Canaveral. O lançamento teve que ser adiado devido ao furacão Ian, que atingiu o estado da Flórida na semana passada.
A equipe de quatro membros formará a próxima tripulação de longa duração na ISS e deve retornar à Terra em março de 2023. Espera-se que o voo chegue à estação espacial na quinta-feira à noite, cerca de 29 horas após o lançamento.
Esta é a sexta tripulação da ISS que decola a bordo de um veículo SpaceX desde que a empresa privada começou a enviar astronautas dos EUA ao espaço, em maio de 2020.
Cooperação Nasa-Roscosmos
A bordo do veículo está Anna Kikina, 38 anos, a primeira cosmonauta russa a voar a bordo de uma espaçonave americana desde o lançamento do ônibus espacial da Nasa em 2002.
O espaço é uma das poucas áreas em que EUA e Rússia ainda trabalham em conjunto. Duas semanas atrás, um astronauta americano e dois colegas russos voaram para a ISS em uma cápsula russa Soyuz.
A cooperação entre a Nasa e a Roscosmos, a agência espacial russa, segue apesar das tensões entre os dois países sobre a invasão da Ucrânia por Moscou .
Durante uma coletiva de imprensa na segunda-feira, o chefe do programa de voos espaciais tripulados da Rússia, o ex-cosmonauta Sergei Krikalev, disse que a agência tem a aprovação do Kremlin para continuar a cooperação na ISS até 2024. Moscou espera construir sua própria estação espacial, mas, até lá, planeja seguir com a parceria internacional.
Os parceiros da ISS - EUA, Rússia, Europa, Canadá e Japão - se comprometeram a operar o laboratório espacial conjunto até 2024. No entanto, autoridades americanas já anunciaram planos de seguir com o projeto até 2030.
le (AP, AFP, Reuters, DPA, ots)
As primeiras imagens do telescópio espacial James Webb
Sete meses após seu lançamento ao espaço, Nasa divulga as primeiras imagens obtidas pelo maior e mais poderoso telescópio espacial do mundo, que revelam detalhes inéditos do cosmos.
Foto: NASA, ESA, CSA, STScI, Webb ERO Production Team
Estágios finais de uma estrela
A chamada Nebulosa do Anel Sul é uma nebulosa planetária – ou seja, uma nuvem de gás e poeira que envolve uma estrela em vias de morrer. Ela tem quase meio ano-luz de diâmetro, e a estrela em seu centro vem emitindo anéis de gás e poeira há milhares de anos em todas as direções. Já os pontos de luz multicoloridos que aparecem ao redor nesta imagem são galáxias, e não estrelas.
Foto: NASA, ESA, CSA, STScI, and The ERO Production Team
O invisível tornado visível
O que pode parecer uma paisagem montanhosa brilhante é na verdade a borda de uma região de formação de estrelas chamada NGC 3324, na Nebulosa Carina. Esta gigantesca cavidade gasosa está a cerca de 7.600 anos-luz de distância. A imagem obtida pelo telescópio Webb revela pela primeira vez áreas de nascimento de estrelas que até então eram invisíveis.
Foto: NASA, ESA, CSA, STScI, Webb ERO Production Team
Uma lente para galáxias distantes
Esta foi a primeira imagem do Webb revelada pela Nasa, e mostra o aglomerado de galáxias Smacs 0723, composto de milhares delas, conforme ele aparentava há 4,6 bilhões de anos. Segundo a agência espacial americana, trata-se da "mais profunda e nítida imagem infravermelha do universo primitivo já capturada".
Foto: NASA, ESA, CSA, STScI, Webb ERO Production Team
Casa de milhões de estrelas
Este é o Quinteto de Stephan, um grupo de cinco galáxias na constelação de Pégaso. A imagem mostra detalhes nunca antes vistos, como aglomerados cintilantes de milhões de estrelas jovens. É a maior imagem entre as capturadas pelo Webb, cobrindo o equivalente a um quinto do diâmetro da Lua e composta de mais de mil arquivos separados.
Foto: NASA, ESA, CSA, STScI, Webb ERO Production Team
Bola gigante de gás
O Wasp-96b é um enorme planeta fora do sistema solar da Terra que foi descoberto em 2014. Composto principalmente de gás, o exoplaneta tem cerca de metade da massa de Júpiter e orbita uma estrela como o Sol a cada 3,4 dias. Ele está localizado a cerca de 1.150 anos-luz da Terra.