Costa Rica decreta estado de emergência devido ao zika
26 de fevereiro de 2016
País institui medida preventiva em grande parte de seu território após primeiros casos de transmissão autóctone do vírus. Agente infeccioso já foi detectado em cerca de 30 países da América Latina e do Caribe.
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A Costa Rica declarou estado de emergência nesta quinta-feira (25/02) em 31 regiões do país para evitar a proliferação do vírus zika. Nesta segunda-feira foram confirmados os dois primeiros casos de transmissão dentro do país.
O Ministério de Saúde e a Comissão Nacional de Emergências (CNE) informaram em comunicado que assinaram um decreto de "estado de emergência pela proliferação do vetor da dengue, chikungunya e zika".
"Queremos sublinhar que a situação está sob controle, apenas dois casos foram atendidos", disse o ministro da Comunicação, Mauricio Herrera. Ele afirmou que a declaração de emergência tem caráter preventivo e visa a captação de mais recursos e mais ações para combater o Aedes aegypti, que transmite o vírus.
A Lei Nacional de Prevenção de Riscos a Atenção a Emergências estabelece que se poderão destinar fundos e aceitar doações de entes públicos e privados, assim como utilizar verbas não usadas em outras emergências. O Executivo determinará por quanto tempo o estado de emergência será mantido.
As 31 – de um total de 81 – regiões do país em que foi decretada emergência são as que têm mais casos de dengue e chikungunya e estão localizadas em sete províncias. Uma delas é Guanacaste, onde foram registrados os primeiros dois casos de transmissão autóctone do zika.
"A Costa Rica não vai esperar estar inundada de casos de zika para reagir. Trata-se de uma medida para proteger a vida, a saúde e a segurança das pessoas", afirmou o ministro da Saúde, Fernando Llorca.
O vírus zika, possivelmente associado ao surto de microcefalia no Brasil, já foi detectado em cerca de 30 países da América Latina e do Caribe e foi levado a outras regiões do mundo por viajantes. Nesta sexta-feira, por exemplo, o segundo paciente chinês infectado pelo zika, que se contaminou na Venezuela, recebeu alta num hospital no sul da China.
LPF/efe/lusa
Os 10 vírus mais perigosos do mundo
Embora a covid-19 seja muito contagiosa, sua taxa de mortalidade é relativamente baixa em comparação com esses dez vírus.
Foto: picture-alliance/dpa
Vírus de Marburg
O vírus mais perigoso do mundo é o Marburg. Ele leva o nome de uma pequena cidade alemã às margens do rio Lahn, onde o vírus foi documentado pela primeira vez. O Marburg provoca febre hemorrágica e, assim como o ebola, causa convulsões e sangramentos das mucosas, da pele e dos órgãos. A taxa de mortalidade do vírus chega a 88%.
Foto: Bernhard-Nocht-Institut
Ebola
O vírus do ebola foi descoberto em 1976 na República Democrática do Congo por uma equipe de pesquisadores belgas. A doença foi batizada com o nome do rio que passa pelo vilarejo onde ela foi identificada pela primeira vez. Ele pode ocorrer em cinco cepas distintas, denominadas de acordo com países e regiões na África: Zaire, Sudão, Bundibugyo, Reston, Floresta de Tai. A cepa Zaire é a mais fatal.
Foto: Reuters
Hantavírus
O hantavírus descreve uma ampla variedade de vírus. Assim como o ebola, ele também leva o nome de um rio – neste caso, onde soldados americanos foram os primeiros a se infectarem com a doença durante a Guerra da Coreia, em 1950. Os sinais são doenças pulmonares, febre e insuficiência renal.
Foto: REUTERS
Gripe aviária
Com uma taxa de mortalidade de 70%, o agente causador da gripe aviária espalhou medo durante meses. Mas o risco real de alguém se infectar com o vírus H5NI é muito baixo. Os seres humanos podem ser contaminados somente através do contato muito próximo com as aves. Por esse motivo, a maioria dos casos ocorre na Ásia, onde pessoas e galinhas às vezes vivem juntas em espaço pequeno.
Foto: AP
Febre de Lassa
Uma enfermeira na Nigéria foi a primeira pessoa a se infectar com o vírus Lassa. A doença é transmitida aos humanos através do contato com excrementos de roedores. A febre de Lassa ocorre de forma endêmica na África Ocidental, como é o caso, atualmente, mais uma vez na Nigéria. Pesquisadores acreditam que 15% dos roedores dali sejam portadores do vírus.
Foto: picture-alliance/dpa
Junin
O vírus Junin é associado à febre hemorrágica argentina. As pessoas infectadas apresentam inflamações nos tecidos, hemorragia e sépsis, uma inflamação geral do organismo. O problema é que os sintomas parecem ser tão comuns que a doença raramente é detectada ou identificada à primeira vista.
Crimeia-Congo
O vírus da febre hemorrágica Crimeia-Congo é transmitido por carrapatos. Ele é semelhante ao ebola e ao Marburg na forma como se desenvolve. Durante os primeiros dias de infecção, os doentes apresentam sangramentos na face, na boca e na faringe.
Foto: picture-alliance/dpa
Machupo
O vírus Machupo está associado à febre hemorrágica boliviana. A infecção causa febre alta, acompanhada de fortes sangramentos. Ele desenvolve-se de maneira semelhante ao vírus Junin. O Machupo pode ser transmitido de humano para humano, e é encontrado com frequência em roedores.
Foto: picture-alliance/dpa/Marks
Doença da floresta de Kyasanur
Cientistas descobriram o vírus da floresta de Kyasanur na costa sudoeste da Índia em 1955. Ele é transmitido por carrapatos, mas supõe-se que ratos, aves e suínos também possam ser hospedeiros. As pessoas infectadas apresentam febre alta, fortes dores de cabeça e musculares, que podem causar hemorragias.
Dengue
A dengue é uma ameaça constante. Transmitida pelo mosquito aedes aegypti, a doença afeta entre 50 e 100 milhões de pessoas por ano em todo o mundo. O vírus representa um problema para os dois bilhões de habitantes que vivem nas áreas ameaçadas, como Tailândia, Índia e Brasil.