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Covid causou perda de 350 bilhões de euros à economia alemã

23 de janeiro de 2022

Medidas de bloqueio, problemas na cadeia de suprimentos e clientes mais cautelosos estão entre os fatores que provocaram imensa desaceleração econômica, de acordo com estudo do Instituto da Economia Alemã.

Foto mostra uma linha de produção automatizada de carros.
Falta de componentes afetou em especial a indústria automotivaFoto: Sven Hoppe/dpa/picture alliance

A pandemia de covid-19 custou à economia alemã 350 bilhões de euros em valor agregado nos últimos dois anos, mostra estudo do Instituto da Economia Alemã (IW, na sigla em alemão) divulgado pela imprensa neste domingo (23/01).

Grande parte das perdas se devem à queda no consumo. Além disso, também houve redução de investimentos por parte das empresas.

Nos primeiros três meses deste ano, ainda poderá haver uma perda de 50 bilhões de euros, segundo o IW. "A recuperação levará anos", diz a análise.

Mesmo que o nível pré-crise do produto interno bruto (PIB) fosse atingido novamente até o final de 2022, ainda assim haveria uma "lacuna significativa" no desempenho econômico em comparação com um cenário sem o coronavírus, explicam os economistas.

No início da pandemia, as medidas de bloqueio levaram a problemas nos processos de produção e interromperam as entregas nacionais e internacionais, detalha o IW. Houve também custos devido a opções de consumo limitadas e clientes cautelosos.

Problemas na cadeia de suprimentos

Os negócios com outros países diminuíram drasticamente. No segundo trimestre de 2020, o PIB real caiu 11% em relação ao ano anterior.

De acordo com o estudo, os problemas nas cadeias de suprimentos foram cruciais no segundo ano da pandemia: falta de componentes foram um problema especialmente para a indústria automotiva.

Segundo o IW, as despesas públicas e as exportações amorteceram, pelo menos parcialmente, o impacto na economia alemã no segundo ano do coronavírus. Mas espera-se que também haja perdas nos próximos meses.

Lampejos de esperança

No decorrer da pandemia, a queda no número de infecções aumentou as esperanças de uma recuperação duradoura - mas isso foi obscurecido por novas ondas de covid-19.

"No entanto, a nova variante ômicron também dá motivos de esperança", explicou o economista do IW Michael Grömling. "Se entrarmos na fase endêmica este ano, as coisas devem voltar e melhorar".

Porém, para compensar as grandes perdas, um forte crescimento será necessário nos próximos anos.

O governo federal espera um crescimento mais fraco do produto interno bruto de 3,6% este ano, conforme a agência de notícias alemã dpa. No outono europeu, o governo anterior de Angel Merkel ainda esperava um crescimento de 4,1% neste ano. 

Para o estudo, os pesquisadores compararam o desenvolvimento econômico real nos últimos dois anos com um ciclo de negócios "contrafactual". Segundo a IW, pressupõe-se um ambiente econômico no qual a pandemia de coronavírus simplesmente não existe.

le (dpa, ots)

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