CPI tem sessão tumultuada e marcada por reviravoltas
1 de julho de 2021
PM que se apresenta como vendedor de vacinas reitera denúncia de cobrança de propina, tenta envolver Luis Miranda, é desmentido e tem celular apreendido. Senadores levantam suspeita de que testemunha foi "plantada".
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Em uma de suas sessões mais conturbadas até o momento, a CPI da Pandemia abordou nesta quinta-feira (01/07) a acusação que atingiu um diretor do Ministério da Saúde, suspeito de pedir propina para um homem que se apresentava como representante de uma firma americana que estaria oferecendo 400 milhões de doses de vacinas da AstraZeneca.
Os senadores ouviram o depoimento de Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply. Nesta semana, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, ele acusou Roberto Ferreira Dias, então diretor de Logística do Ministério da Saúde, de cobrar a propina em nome de "um grupo dentro do ministério". Dias foi exonerado do cargo no mesmo dia.
Dominguetti disse que Dias e outros membros do ministério queriam uma propina de 1 dólar por dose de vacina fornecida pela Davati.
O caso, no entanto, tem elementos suspeitos. A Davati Medical foi formada em 2020 e tem apenas três funcionários. Em nota, a AstraZeneca afirmou não ter intermediários no Brasil.
Durante o depoimento, Dominguetti, que também é policial militar da ativa em Minas Gerais, foi pressionado a explicar como uma empresa poderia oferecer tantas doses ao governo brasileiro em meio a um cenário de escassez mundial de vacinas, por um preço muito abaixo do valor negociado diretamente pela AstraZeneca ao Ministério da Saúde. O depoente disse que não poderia dar detalhes sobre como a Davati obteria as doses.
Tumulto
A CPI teve momentos de tensão quando Dominguetti surpreendeu os senadores ao apresentar um áudio com a voz do deputado Luiz Miranda (DEM-DF), que na semana passada trouxe à tona as acusações sobre corrupção na compra da vacina indiana Covaxi. Dominguetti deu a entender que o parlamentar havia tentado se aproximar da Davati para intermediar a venda das doses ao governo, o que levantou por um momento a suspeita de que era uma disputa entre diferentes esquemas de fraude. O áudio foi reproduzido no sistema de som da comissão.
Em seguida, Luiz Miranda entrou na sessão da CPI e disse que o referido áudio era de 2020, sem relação com vacinas, e havia sido editado para prejudicá-lo. O episódio levou alguns senadores da oposição e independentes a interpretar que Dominguetti estaria a serviço do governo para desacreditar Luiz Miranda, que colocou um escândalo de corrupção no colo do presidente Jair Bolsonaro e do líder do governo na Câmara, deputado, Ricardo Barros (PP-PR). Dominguetti teve seu celular apreendido para ser periciado.
Dominguetti também disse que havia contatado prefeituras para oferecer a venda de doses das vacinas Sputnik e da Johnson & Johnson, sem detalhar a origem desses imunizantes.
Leia abaixo principais pontos do depoimento:
Quem é quem
Luiz Paulo Dominguetti: cabo da Polícia Militar da ativa na cidade mineira de Alfenas que atua também como representante comercial, atividade proibida pelo regimento da Polícia Militar.
Cristiano Alberto Carvalho: representante legal da Davati no Brasil.
Marcelo Blanco: tenente-coronel da reserva do Exército e assessor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde até esta quarta, quando foi exonerado. Em 22 de fevereiro, Blanco abriu em seu nome uma empresa de representação comercial de medicamentos, a Valorem Consultoria em Gestão Empresarial.
Roberto Ferreira Dias: diretor de Logística do Ministério da Saúde desde janeiro de 2019 até esta terça, quando foi exonerado. Ele também havia sido indicado em outubro de 2020 por Bolsonaro para chefiar a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas não obteve o cargo devido a denúncias de irregularidades num contrato, assinado por ele, para a compra de kits de testes de covid-19.
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Qual é a versão de Dominguetti
Ao senadores, ele disse que desde janeiro tinha um acordo verbal com Carvalho, representante da Davati no Brasil, para negociar em nome da empresa a venda de 400 milhões de doses da AstraZeneca pelo valor de 3,50 dólares a dose ao governo brasileiro. Ele afirmou ter oficializado em abril seu vínculo com a Davati.
Por meio de um antigo parceiro comercial, ele disse ter sido apresentado ao coronel Blanco, que por sua vez fez a ponte com Dias.
Em 25 de fevereiro, Dominguetti disse ter se reunido em um restaurante em Brasília com Dias, Blanco e um terceiro homem que ele desconhece o nome. Ali, ele afirmou ter apresentado sua proposta, e que Dias reagiu dizendo que seria necessário "melhorar esse valor", o que ele interpretou como um pedido de desconto.
Depois, segundo Dominguetti, Dias teria dito que era necessário aumentar o valor, em 1 dólar por dose, que serviria para propina para "um grupo dentro do ministério". Dominguetti afirmou ter recusado o pedido de propina, e teria ouvido de Dias que, sem o valor adicional por dose, não haveria negócio com o governo.
Após o jantar, Dominguetti disse que Blanco pediu que ele ficasse mais alguns dias em Brasília, e voltou a se reunir mais uma vez com Dias, no Ministério da Saúde, quando novamente se recusou a aumentar o valor por dose para pagar propina.
Dominguetti também relatou ter se reunido com o coronel Élcio Franco, então secretário-executivo do Ministério da Saúde e número 2 do então ministro Eduardo Pazuello. Para chegar a Franco, que ocupava um cargo de alto escalão no governo, Dominguetti disse ter contado com o apoio de uma organização chamada Senar (Secretária Nacional de Assuntos Humanitários).
Nessa reunião, ele apresentou novamente a proposta de venda de vacina, e relatou que Franco disse não ter sido informado anteriormente da oferta e pediu para dois assistentes registrarem a proposta para avaliá-la.
Áudio de Luis Miranda
Quando estava sendo interrogado pelo senador Humberto Costa, Dominguetti afirmou que havia sido informado por Carvalho, representante da Davati no Brasil, que outros políticos estavam procurando a empresa para intermediar a venda das doses ao governo brasileiro.
Segundo Dominguetti, Carvalho relatou que o deputado Luis Miranda era um dos que mais insistia para intermediar essa venda. E apresentou à CPI um áudio do deputado, que disse ter recebido de Carvalho em 24 de junho por WhatsApp –portanto depois de Miranda ter feito a denúncia sobre o caso Covaxin.
No áudio, Luis Miranda menciona ter um comprador interessado em adquirir um produto, mas que ele precisaria receber uma comprovação de que o produto existia, por meio de uma chamada de vídeo ou por um vídeo gravado. Na gravação, o deputado não menciona o produto em questão ou a palavra vacina.
Dominguetti afirmou que havia chamado a sua atenção que Luiz Miranda mencionava "meu irmão" no áudio – o irmão do deputado, Luis Ricardo Miranda, é servidor concursado do Ministério da Saúde e também prestou depoimento à CPI. Ao ouvirem o áudio mais uma vez, porém, os senadores entenderem que "meu irmão" era um vocativo informal usado pelo deputado para se referir ao interlocutor, e não uma referência ao seu irmão.
Após a reprodução do áudio, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo no Senado, disse que o "castelo de cartas está caindo".
Posteriormente, Luis Miranda foi à sessão, conversou brevemente com alguns senadores e relatou que se tratava de um áudio de setembro de 2020, sobre uma negociação nos Estados Unidos sem relação com vacina, que sido editado para prejudicá-lo.
Ao jornal O Globo, Carvalho também negou que o áudio se referia a vacinas ou se referia à Davati, e afirmou que Dominguetti queria "aparecer".
O episódio e a reação de senadores governistas levaram alguns senadores da oposição e independentes a interpretar que Dominguetti estaria a serviço do governo para desacreditar Luiz Miranda, que trouxe à tona a denúncia sobre a vacina indiana Covaxin que atingiu o líder do governo, Ricardo Barros. Miranda também afirmou que Dominguetti era uma espécie de "cavalo de Troia".
Luis Miranda prestará um novo depoimento à CPI na próxima terça-feira.
Pontos em aberto
A AstraZeneca declarou que não negocia vacinas com entes privados, negou ter trabalhado com a Davati e afirmou que todas as vendas no Brasil foram tratadas com a Fiocruz.
A Davati foi considerada em março suspeita de tentar aplicar golpes com ofertas "não legítimas" de vacinas pelo governo federal canadense e pelo governo de uma província naquele país, segundo reportagem do jornal Valor Econômico.
Diante da complexidade do caso, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) afirmou: "Não podemos ser vítimas nem do estelionato da vacina, nem da corrupção da vacina". O presidente da CPI, senador Omar Aziz, manifestou suas desconfianças sobre a história relatada por Dominguetti com um dito popular: "Chapéu de otário é marreta, e Jabuti não sobe em árvore".
bl (ots)
O mês de junho em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Ying Tang/NurPhoto/picture alliance
Morre Donald Rumsfeld, arquiteto da invasão do Iraque
Donald Rumsfeld, o "falcão" que teve papel central no planejamento e execução das guerras do Afeganistão e do Iraque nos anos 2000, durante a presidência de George W. Bush, morreu aos 88 anos. Entre 2001 e 2006, Rumsfeld comandou o Pentágono. Sua gestão foi criticada por episódios de tortura e por apresentar falsos pretextos para justificar a invasão do Iraque. (30/06)
Foto: Stephen Jaffe/AFP/Getty Images
Obra furtada de Picasso é recuperada quase uma década depois
Um quadro de Pablo Picasso, que havia sido roubado na Grécia há quase uma década, conseguiu ser recuperado pelas autoridades do país. A obra intitulada "Cabeça de Mulher" – e que havia sido doada pessoalmente pelo artista espanhol ao povo grego em 1949 – foi recuperada em Keratea, uma área rural a cerca de 45 quilômetros a sudeste de Atenas. (29/06).
Foto: Christina Zachopoulou/ANA-MPA/EPA/picture alliance
Brasil é citado na ONU por risco de genocídio de indígenas
O Brasil foi citado pela primeira vez no Conselho de Direitos Humanos da ONU como um caso de risco de genocídio, devido aos crescentes crimes contra as populações indígenas durante o governo do presidente Jair Bolsonaro. A menção foi feita por Alice Wairimu Nderitu, conselheira especial para prevenção de genocídio, em relatório apresentado em sessão regular do conselho. (28/06)
Foto: Victor Moriyama/ISA
Ultradireitistas fracassam nas eleições regionais da França
O partido de ultradireita Reunião Nacional (RN), de Marine Le Pen, falhou no objetivo de conquistar um governo regional na França pela primeira vez ao perder em Provence-Alpes-Côte d'Azur, cuja capital é Marselha, e onde a sigla tinha chances de sagrar-se vitoriosa. Partido do presidente Emmanuel Macron também foi derrotado e não conquistou nenhuma das 13 regiões. (27/06)
Foto: Michel Spingler/AP Photo/picture alliance
Índia crema corpos que estavam nas margens do Ganges
Funcionários da cidade de Phaphamau, no norte da Índia, cremam cadáveres que haviam sido enterrados ilegalmente em covas rasas nas margens do rio Ganges durante a pandemia de covid-19. Vento e erosão expuseram centenas de corpos, que se tornaram alvo de cães e parasitas e poderiam ser levados pelas águas do rio. São tomadas precauções para cumprir regras religiosas durante a cremação. (26/06)
Foto: Sanjay Kanojia/AFP/Getty Images
Policial que matou George Floyd é sentenciado
A Justiça dos Estados Unidos sentenciou o ex-policial Derek Chauvin a 270 meses (22,5 anos) de prisão pela morte do afro-americano George Floyd em Mineápolis em 25 de maio de 2020. Chauvin já havia sido declarado culpado em abril, faltando apenas a declaração da sentença, num julgamento considerado o mais importante envolvendo um caso de violência policial nos EUA nas últimas décadas. (25/06)
Foto: DW
Moro é declarado parcial em todas as ações contra Lula
O ministro Gilmar Mendes, do STF, estendeu a suspeição de Sergio Moro para os outros dois processos em que o ex-juiz atuou contra o ex-presidente Lula em Curitiba. Na véspera, o plenário do Supremo já havia confirmado a parcialidade de Moro no caso do triplex no Guarujá. Agora, a suspeição se estende para os casos do sítio em Atibaia e do Instituto Lula, que também voltam à estaca zero. (24/06)
Foto: Abr
Salles pede demissão do Ministério do Meio Ambiente
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pediu demissão do cargo. A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União, nomeando como novo titular Joaquim Álvaro Pereira Leite, atual secretário da Amazônia e Serviços Ambientais do ministério. Com gestão marcada por polêmicas, "boiadas" e desmatamento e queimadas recordes, Salles é alvo de dois inquéritos no STF. (23/06)
Foto: Agência Brasil
Suspeitas sobre compra de vacina indiana
O Ministério Público Federal identificou indícios de crime no contrato de compra da vacina indiana Covaxin, firmado entre o Ministério da Saúde e a empresa Precisa Medicamentos, acusada de fraude e alvo da CPI da Pandemia. Com isso, o MPF pediu que o caso seja transferido para a esfera criminal. Por 15 dólares a dose, o imunizante foi o mais caro já negociado pelo governo. (22/06)
Neozelandesa será primeira transgênero em Olimpíadas
A halterofilista Laurel Hubbard será a primeira atleta transgênero a participar dos Jogos Olímpicos, informou nesta segunda a presidente do Comitê Olímpico da Nova Zelândia. Ela chegou a competir na categoria masculina antes da transição de gênero, em 2013, e se tornou elegível à feminina após demonstrar níveis de testosterona abaixo do limite exigido pelo Comitê Olímpico Internacional. (21/06)
Foto: Mark Schiefelbein/AP/picture alliance
Calor grande, chuveiro maior ainda
Na véspera do dia mais longo do anos, meia Europa sua e resfolega sob a súbita onda de calor, trazendo temperaturas acima de 35 ªC em Berlim, por exemplo. Em Vilnius, capital da Lituânia, a municipalidade encontrou uma boa solução para refrescar os corpos e os ânimos: uma fonte em forma de chuveiros gigantes na rua, à disposição de quem quiser. (20/06)
Foto: Mindaugas Kulbis/AP/picture alliance
Brasil ultrapassa 500 mil mortes por covid-19
Em um dia marcado por protestos contra o presidente Jair Bolsonaro em todo o país e na Europa, o Brasil ultrapassou a trágica cifra de 500 mil mortes confirmadas por covid-19. No mundo, é o segundo país com mais óbitos pelo coronavírus, atrás apenas dos EUA, que têm uma população 55% maior e 600 mil mortos. Milhares forma às ruas protestar contra a gestão da pandemia do governo Bolsonaro. (19/06)
Foto: Paulo Lopes/Zumapress/dpa/picture alliance
ONU reelege António Guterres como secretário-geral
A Assembleia Geral da ONU confirmou um segundo mandato para o português António Guterres como secretário-geral das Nações Unidas. Guterres ficará mais cinco anos à frente da organização a partir de 2022. Embaixadores aplaudiram quando o presidente da Assembleia Geral, Volkan Bozkir, anunciou a reeleição de Guterres por aclamação. (18/06)
EUA terão feriado para comemorar fim da escravidão
O presidente Joe Biden sancionou um projeto de lei que declara o 19 de junho um novo feriado federal, para comemorar o fim da escravidão nos EUA. A data, também conhecida nos EUA como o "Juneteenth" – trocadilho com o mês de junho e a pronúncia do número 19 em inglês – comemora o dia em que os últimos escravos negros foram libertados em 1865 no porto de Galveston, no Texas. (17/06)
Foto: Angela Weiss/AFP/Getty Images
Cúpula Biden-Putin ressalta divergências entre Washington e Moscou
Os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da Rússia, Vladimir Putin, avaliaram de forma positiva a primeira reunião de cúpula entre ambos, apesar de discordarem em uma variedade de temas, como direitos humanos, cibersegurança, Ucrânia e armas nucleares. "Acho que a última coisa que ele quer é uma guerra fria", disse o americano sobre seu homólogo russo. (16/06)
Foto: Patrick Semansky/AP/picture alliance
Hungria proíbe temática LGBT para menores
O Parlamento da Hungria aprovou uma lei que proíbe a "promoção" da homossexualidade e da redesignação de gênero para menores de idade. A nova lei é a mais recente de uma série de medidas implementadas sob o governo do autoritário premiê Viktor Orbán que supostamente visam proteger as crianças. Críticos classificaram a medida como uma repressão do governo húngaro aos direitos LGBTQ. (15/06)
Foto: Marton Monus/REUTERS
Alemanha lança passaporte digital de vacinação contra covid-19
A Alemanha lançou um certificado digital para vacinados contra a covid-19. O serviço é gratuito e pode ser adquirido em farmácias e em consultórios médicos mediante a comprovação da imunização completa. Os residentes habilitados recebem um código QR que pode ser carregado facilmente em seus smartphones. (14/06)
Foto: Michael Kappeler/dpa/picture alliance
Fim da era Netanyahu, após 12 anos no poder
Naftali Bennett (esq.) recebe o cumprimento de Benjamin Netanyahu. O líder do partido religioso de extrema direita Yamina ganhou o voto de confiança do Parlamento israelense, por maioria apertada, e se tornou primeiro-ministro, destronando o líder do partido Likud. Eleição de Bennett foi possível após a oposição forjar uma aliança ampla de oito legendas. (13/06)
Foto: Ronen Zvulun/REUTERS
Bolsonaro lidera ato com motociclistas em SP
O presidente fez um passeio de moto com apoiadores pelas ruas da capital paulista. O evento, intitulado "Acelera para Cristo", foi organizado por motoclubes. Bolsonaro foi multado pelo governo do estado por não usar máscara, juntamente com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro. (12/06)
Foto: Paulo Lopes/ZUMA Wire/Zumapress/picture alliance
Desmatamento saltou 14% em 2020 em todo o Brasil
No Brasil, o corte da vegetação nativa emitiu 74.218 alertas de desmatamento em 2020. O país perdeu uma área de 13,8 mil km² entre janeiro e dezembro do ano passado, um aumento de 14% em relação a 2019. Os dados fazem parte do Relatório Anual do Desmatamento no Brasil, do MapBiomas Alerta, iniciativa que reúne universidades, ONGs e empresas de tecnologia. (11/06)
Foto: ANTONIO SCORZA/AFP/Getty Images
Índia registra recorde mundial de 6 mil mortes por covid em 24 horas
A Índia registrou 6.148 óbitos por covid-19 em 24 horas, o maior índice do mundo, depois passar a somar também as mortes em casa ou em hospitais particulares. Segundo o Ministério da Saúde indiano, depois das 94.052 novas infecções registradas em 24 horas, o país passou a somar 29,2 milhões de casos e um total de 359.676 óbitos, cifra inferior apenas às dos EUA e do Brasil. (10/06)
Foto: Samuel Rajkumar/REUTERS
Parlamento Europeu aprova passaporte de covid-19
O Parlamento Europeu aprovou um certificado digital de vacinação contra a covid-19 que permitirá que pessoas da União Europeia (UE) se desloquem entre os países do bloco sem a necessidade de quarentena ou de exames extras para o coronavírus. A medida, anunciada às vésperas das férias de verão, é uma tentativa de salvar a indústria de viagens da Europa de mais uma temporada desastrosa. (09/06)
Foto: Eibner-Pressefoto/picture alliance
Brasil ultrapassa marca de 17 milhões de infectados pelo coronavírus
Com 52.911 novos casos de covid-19 em 24 horas, o total de infecções no Brasil chegou a 17.037.129. O país é o segundo do mundo com mais mortes, atrás apenas dos Estados Unidos É ainda o terceiro com mais casos confirmados, depois dos EUA e da Índia. (08/06)
Foto: FabioTeixeira/AA/picture alliance
EUA aprovam 1ª droga eficaz contra doença de Alzheimer
A FDA, agência regulatória do governo dos EUA, aprovou o primeiro fármaco capaz de combater a doença de Alzheimer. O medicamento Aduhelm remove do cérebro as placas prejudiciais chamadas beta-amiloides nos pacientes no estágio inicial da doença, de modo a impedir as ações dessas placas, que acarretam em perda de memória e na incapacidade das pessoas de cuidarem de si próprias. (07/06)
Foto: picture-alliance/dpa
Onde está a máscara?
Sob o irresistível calor de verão, milhares se bronzeiam na L Street Beach de Boston. A região em torno da metrópole da East Coast tem uma das taxas de vacinação mais altas dos EUA. Distanciamento, nem pensar. E máscara protetora, então... As reações se contrastam: o que em alguns desperta o horror de contágio, para outros é um vislumbrar da volta à normalidade após a pandemia de covid-19. (06/06)
Foto: Michael Dwyer/AP Photo/picture alliance
G7 fecha acordo sobre imposto mínimo global para empresas
Os ministros de Finanças dos países sete principais países industrializados anunciaram a intenção de adotar um imposto empresarial global mínimo de 15%. A medida visa forçar as multinacionais, sobretudo as gigantes de tecnologia, a contribuírem mais para os cofres estatais dos países mais atingidos pela pandemia. (05/06)
Foto: Henry Nicholls/AFP
Alerta de desmatamento bate recorde em maio
Os alertas de desmatamento na Amazônia Legal atingiram um novo recorde em maio, com um aumento de 41% em comparação com o mesmo período do ano passado. Em apenas 28 dias, os alertas abrangiam uma área de 1.180 quilômetros quadrados, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Os dados dos últimos três dias do mês ainda não haviam sido contabilizados. (04/06)
Foto: Jaci Parana/AP/dpa/picture alliance
Prédio de quatro andares desaba na zona oeste do Rio
Um prédio de quatro andares desabou na comunidade de Rio das Pedras, zona oeste do Rio de Janeiro. Pelo menos duas morreram: um homem de 30 anos e uma menina de dois anos - pai e filha. A obra era irregular e a comunidade é dominada por milícias, que atuam na construção e exploração de imóveis. O caso aconteceu na mesma região da tragédia de Muzema, que deixou 24 mortos em 2019 (03/06)
Foto: Ricardo Moraes/REUTERS
Governador do Amazonas é alvo de operação da PF
A Polícia Federal deflagrou uma operação contra a alta cúpula do governo do Amazonas por suspeita de desvios de recursos para o combate à covid-19. Mandados judiciais foram cumpridos em Manaus e Porto Alegre, incluindo busca e apreensão na casa do governador do Amazonas, Wilson Lima, e a prisão temporária do secretário estadual de Saúde, Marcellus Campêlo. (02/06)
Foto: Michael Dantas/AFP
Alemanha baixa seu status de risco de covid-19
O Instituto Robert Koch, responsável pelo controle e prevenção de doenças infecciosas na Alemanha, baixou de "muito elevado" para "elevado" o nível de risco ligado ao novo coronavírus no país. A decisão vem em resposta à queda do nível de incidência de sete dias para pouco mais de 35 novos casos de covid-19 por 100 mil habitantes. (1º/06)