O ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, solicitou ao governo em Minsk a libertação dos oposicionistas detidos neste sábado (25/03). O político da oposição Alexander Kozulin e centenas de outros detidos "têm de ser libertados imediatamente", exigiu Steinmeier.

O chefe da diplomacia alemã acusou o presidente bielo-russo e o regime de Minsk de estarem desrespeitando a Constituição de seu país e os princípios da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).

Os direitos básicos de liberdade de opinião e de reunião devem ser respeitados também em Belarus, advertiu. O líder oposicionista Alexander Milinkewitsch conclamou neste sábado um "movimento pela libertação de Belarus".

Para este sábado, ele havia convocado uma grande manifestação contra a eleição da semana passada, vencida pelo presidente Alexander Lukaschenko, e que também havia sido criticada pela União Européia e pelos Estados Unidos. A oposição qualificou de fraudulento o pleito presidencial do domingo passado e exige sua repetição. De acordo com os dados oficiais, o atual presidente, no poder desde 1994, conseguiu 83% dos votos.

A polícia de choque enfrentou com cassetetes e escudos os cerca de sete mil manifestantes que se reuniram em Minsk, na capital de Belarus. Apesar da proibição das autoridades, a oposição havia convocado a população para comemorar o 88º aniversário da proclamação da República Popular de Belarus, que desfrutou de efêmera independência em 1918, antes da fundação da ex-União Soviética.