Lideranças políticas e financeiras cancelam participação em evento no país, e Trump reconhece que jornalista desaparecido pode estar morto. Importante aliado do Ocidente, Riad tem que explicar destino do dissidente.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (18/10) acreditar que o jornalista saudita Jamal Khashoggi está morto e alertou que o caso terá duras consequências para a Arábia Saudita, caso as autoridades do país estejam envolvidas na morte do dissidente.
Trump fez a afirmação após ter sido informado sobre as investigações do caso Khashoggi pelo secretário de Estado americano, Mike Pompeo, que retornou de uma viagem a Riad e Ancara. "Certamente me parece", disse Trump ao ser questionado se Khashoggi – desaparecido há mais de duas semanas após entrar no consulado da Arábia Saudita em Istambul – teria morrido.
Mais cedo, em entrevista ao jornal The New York Times, Trump disse que só um milagre evitaria que o jornalista não estivesse morto. "A não ser que o milagre dos milagres acontecesse, pensaria que está morto”, frisou.
Pompeo pediu que o presidente conceda "mais alguns poucos dias" à Arábia Saudita para investigar o desaparecimento do jornalista, embora não tenha especificado quando se espera que essa investigação termine.
Enquanto isso, uma série de executivos e altos funcionários governamentais cancelaram participação numa conferência de investidores na Arábia Saudita, incluindo três ministros europeus e o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin.
Nesta quinta-feira, cancelaram a participação no evento o ministro das Finanças da Holanda, Wopke Hoekstra, seu colega francês, Bruno Le Maire, e o ministro britânico de Comércio Internacional, Liam Fox. A diretora do FMI, Christine Lagarde, também anunciou que não comparecerá ao encontro.
Também altos representantes da indústria e das finanças mudaram seus planos. Os executivos-chefes dos bancos HSBC, Standard Chartered e Credit Suisse cancelaram suas participações. De acordo com relatos da mídia, cancelaram a ida também o chefe do banco JP Morgan e os CEOs da Ford e da Uber. Outros deixaram sua participação em aberto. O CEO da Siemens, Joe Kaeser, disse que decidirá nos próximos dias, ponderando que "se pararmos de falar com países onde pessoas estão sendo procuradas, não vamos mais conversar com ninguém".
Kaeser abordou um dilema também visto na política e para o qual não há uma resposta satisfatória não apenas no caso de Kashoggi. "Não podemos moldar a Arábia Saudita e a família real saudita do modo que queremos, mas temos que lidar com as situações", afirmou Jürgen Hardt, especialista em política externa da União Democrata Cristã (CDU), o partido da chanceler federal alemã, Angela Merkel.
A Arábia Saudita tenta uma aproximação entre israelenses e palestinos, e, ao mesmo tempo, conduz no Iêmen, ao lado do governo local, uma luta contra rebeldes houthis, na qual o direito internacional vem sendo massivamente violado, aponta Hardt.
"É por isso que temos uma imagem altamente ambivalente da Arábia Saudita", ressalta. "O que aconteceu nos últimos dias no caso de Kashoggi e o que vamos possivelmente vir a saber sobre isso nos próximos dias completará ainda mais a imagem que temos e, então, a Europa eventualmente terá que corrigir sua política em relação à Arábia Saudita."
Peso-pesado político
Isso seria uma decisão de enorme importância. Há anos, a Arábia Saudita tenta se apresentar ao Ocidente como um parceiro político confiável. O país não só se ofereceu para mediar o conflito no Oriente Médio, mas também quer participar da luta contra o terrorismo jihadista.
Riad também desempenha um papel importante na guerra na Síria. A Arábia Saudita é tida como um importante contrapeso ao Irã, que expandiu maciçamente sua presença e influência na guerra civil do país.
E justamente o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, que enfrenta pressão crescente para fornecer explicações sobre o suposto assassinato de Khashoggi, é para os americanos um parceiro particularmente importante, segundo o príncipe saudita Khalid bin Farhan, que vive exilado na Alemanha.
"O governo americano não pode se dar ao luxo de abrir mão de uma pessoa tão facilmente influenciável e controlável como Mohammed bin Salman", afirmou o príncipe em entrevista à DW. Bin Farhan suspeita que a viagem do secretário de Estado americano, Mike Pompeo, teve principalmente o propósito de "manter no poder o príncipe herdeiro, para, assim, poder exercer seus próprios planos".
Caso apareçam mais indícios de um assassinato de Khashoggi, os políticos alemães devem olhar com novos olhos para a Arábia Saudita e, especialmente, para o príncipe herdeiro saudita, acredita o cientista político especializado em Oriente Médio Thomas Richter, do Instituto Alemão de Estudos Globais e Regionais (Giga).
"É possível que cheguem à conclusão que a Arábia Saudita é uma monarquia autoritária, liderada por poucas pessoas e, aparentemente, por um jovem príncipe que não hesita perante nada", prevê o especialista.
Petrodólares e investimentos
No entanto, o peso econômico do reino pode estabelecer alguns limites para a reflexão e, talvez, para a ação. A família governante saudita tem nas mãos um importante meio de pressão econômico, com suas reservas de petróleo. O país é o maior exportador mundial da commodity e vende diariamente sete milhões de barris para todo o mundo. Mas a demanda global já é maior que a oferta dos países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), da qual a Arábia Saudita faz parte.
Além disso, por causa das sanções contra o Irã, que estão prestes a começar, o mercado petrolífero mundial deixará de receber cerca de 1,7 milhão de barris. Caso as relações internacionais piorem após o caso Khashoggi, a Arábia Saudita pode reduzir suas exportações, provocando um aumento nos preços. Isso traz de volta memórias da chamada "crise do petróleo" de 1973, quando uma recessão mundial foi provocada pela redução do fornecimento de petróleo pelos países da Opep, devido à Guerra do Yom Kippur.
No entanto, o reino não é importante só como exportador de petróleo, mas também como investidor. Só nos EUA, o país detém títulos no valor de quase 170 bilhões de dólares. E caso Riad os venda, as taxas de juros nos mercados de títulos subiriam maciçamente. Isso afetaria severamente a política financeira do governo Trump, que financia os atuais cortes de impostos com títulos do Tesouro.
No mundo árabe,se a Arábia Saudita é, para regimes repressivos como o Egito, um aliado valioso na luta contra movimentos de oposição, por outro lado é um Estado capaz de avançar sua agenda política de forma implacável.
Um exemplo é o boicote imposto no ano passado ao Catar, que ainda luta contra os efeitos das sanções do governo saudita, lançadas por insatisfação com a proximidade do emirado com seu arquirrival Irã e com a Irmandade Muçulmana. É por isso que o Catar vê no caso Khashoggi uma oportunidade para combater mediaticamente a Arábia Saudita.
Importante ator político e econômico, a Arábia Saudita adquiriu uma fama de Estado fora da lei devido ao caso Khashoggi. Por enquanto, Riad se limitou a responder com ameaças a seus parceiros. Mas se a indignação provocada pelo desaparecimento do jornalista não cessar nos próximos dias, o reino saudita pode ter que rever sua cultura política.
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: AFP/Getty Images/J. Nackstrand
Juiz e procurador denunciados por crimes na ditadura
O Ministério Público Federal denunciou um juiz e um procurador militares, ambos aposentados, e um ex-delegado por envolvimento ou acobertamento do assassinato do militante político Olavo Hanssen em maio de 1970, durante a ditadura militar. Esta é a primeira denúncia do MPF contra membros do Ministério Público e do Judiciário por suspeita de legitimar crimes durante o regime autoritário. (31/10)
Foto: Comissao Nacional da Verdade
Enfermeiro admite ter matado 100 pacientes
O enfermeiro alemão Niels H., acusado de ter matado 100 pacientes, confessou as mortes durante o primeiro dia do julgamento do caso. O réu já cumpre pena de prisão perpétua pelo assassinato de seis pessoas. Niels teria injetado nas vítimas uma medicação que desencadeou complicações que levaram às mortes, a fim de impressionar colegas de trabalho ao tentar reanimar os pacientes. (30/10)
Foto: picture-alliance/dpa/J. Stratenschulte
Merkel vai deixar política após atual legislatura
A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, anunciou que vai deixar a política ao término da atual legislatura, previsto para 2021. Aos 64 anos, ela afirmou que não vai mais se candidatar a presidente da CDU, partido que comanda há 18 anos. A eleição está marcada para dezembro. Merkel pretende, porém, continuar no cargo de chanceler federal, que ocupa há 13 anos, até o fim do mandato. (29/10)
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Schreiber
Bolsonaro é eleito presidente
O capitão reformado de extrema direita Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito presidente no segundo turno das eleições, com pouco mais de 55% dos votos válidos. O ex-deputado foi considerado um pária no mundo político brasileiro por mais de duas décadas, mas soube aproveitar o sentimento antissistema e antipetista de parte do eleitorado. Seu adversário, Fernando Haddad (PT), teve quase 45%. (28/10)
Foto: Reuters/S. Moraes
Detido suspeito nos EUA
As autoridades dos EUA prenderam em Plantation, na Flórida, um suspeito de estar envolvido no envio de 13 pacotes-bomba a políticos democratas, como o ex-presidente Barack Obama e Hillary Clinton, e críticos do atual presidente americano Donald Trump. Apoiador fervoroso de Trump, suspeito tem 56 anos e passagens pela polícia, inclusive por ameaça de ataque a bomba. (26/10)
Foto: picture-alliance/Newscom/J. Angelillo
Pacote suspeito é enviado a Robert De Niro
Um pacote suspeito de conter um artefato explosivo semelhante a outros enviados a personalidades ligadas ao Partido Democrata, incluindo Hillary Clinton e Barack Obama, foi enviado ao ator Robert De Niro. O FBI investiga uma agência postal no estado de Delaware, onde outro pacote teria sido interceptado antes de ser enviado ao ex-vice-presidente dos EUA Joe Biden. (25/10)
Foto: Reuters/B. McDermid
Protesto em defesa da indústria do carvão
Cerca de 20 mil trabalhadores da indústria do carvão protestaram na cidade alemã de Bergheim, exigindo a proteção aos seus empregos, enquanto uma comissão do governo federal prepara um plano para extinção escalonada da utilização dessa fonte de energia. Na manifestação, os mineiros marcharam sob o slogan "sem bom trabalho não há bom meio ambiente, levantamos a voz por nossos empregos". (24/10)
Foto: picture-alliance/dpa/H. Kaiser
China inaugura maior ponte do mundo
A China inaugurou maior ponte marítima do mundo, que liga as cidades de Hong Kong e Macau a Zhuhai, na China continental. A megaobra de 55 quilômetros de extensão, que compreende trechos de estrada, três pontes, ilhas artificiais e um túnel subaquático, faz parte de um ambicioso projeto para integrar economicamente 11 cidades no delta do Rio das Pérolas. (23/10)
Foto: picture-alliance/dpa/MAXPPP
Austrália pede perdão a vítimas de abuso sexual
O premiê australiano, Scott Morrison, fez um pedido formal de desculpas em nome do país às vítimas de abuso sexual infantil. Em discurso emocionado no Parlamento, em Camberra, Morrison disse que a Austrália deve reconhecer o sofrimento vivido por essas pessoas durante décadas, assim como o fracasso do Estado em protegê-las desses "crimes sombrios e maléficos". (22/10)
Foto: Getty Images/AFP/S. Davey
Centro-americanos marcham rumo aos EUA
Após atravessar fronteira mexicana, milhares de migrantes, a maioria proveniente de Honduras, prosseguem em direção aos EUA. Muitos foram obrigados a recuar por forças de segurança mexicanas e permanecem na ponte que liga Guatemala e México. (21/10)
Foto: Getty Images/AFP/P. Pardo
Pedaço da Lua é vendido por mais de US$ 600 mil
Meteorito lunar de 5,5 quilos é arrematado por valor acima do esperado em leilão nos EUA. Fragmento foi encontrado na África no ano passado e deverá ser exposto em templo no Vietnã. Apelidado de "Buagaba" ou "quebra-cabeça lunar", meteorito é composto de fragmentos que se encaixam como num quebra-cabeça. Oferta vencedora foi feita por pessoa ligada ao complexo religioso Tam Chuc Pagoda. (20/10)
Foto: icture-alliance/AP Photo/R. Ngowi
Crânio de Luzia é encontrado
Pesquisadores do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, encontraram o crânio de Luzia, o fóssil humano mais antigo descoberto na América e que revolucionou os estudos sobre o povoamento do continente americano. Os ossos foram localizados nos escombros do edifício atingido por um incêndio em 2 de setembro. Apesar de alguns danos ao fóssil, técnicos comemoram as boas condições das peças. (19/10)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Macieira
Salto do século completa 50 anos
Marca de 8,90 metros alcançada pelo americano Bob Beamon nos Jogos Olímpicos da Cidade do México é considerada um dos cinco maiores momentos do esporte do século 20. Salto veloz e vigoroso foi conquistado na final olímpica em 18 de outubro de 1968, na primeira tentativa, completando assim seus 50 anos. Beamon, com 22 anos na época, foi detentor do recorde mundial por mais de duas décadas. (18/10)
Foto: picture-alliance/Werek
Canadá legaliza maconha
O Canadá se tornou o segundo país do mundo a legalizar o uso da maconha para fins recreativos, depois do Uruguai, que adotou a medida em 2013. A partir de agora, cada consumidor poderá portar até 30 gramas da droga, além de cultivar até quatro pés de maconha em casa. O governo federal comunicou ainda que perdoará todas as pessoas com condenações por posse de até 30 gramas. (17/10)
Foto: picture-alliance/imageBROKER
Temer é indiciado no inquérito dos portos
A Polícia Federal concluiu um inquérito que apurava suspeitas de fraudes na edição do Decreto dos Portos, envolvendo o presidente Michel Temer. Em seu relatório final, a corporação indiciou o chefe de Estado e sua filha Maristela, além de outras nove pessoas, e pediu o bloqueio de bens de todos eles. Também solicitou a prisão de quatro envolvidos, incluindo um coronel amigo de Temer. (16/10)
Foto: Reuters/R. Moraes
Morre Paul Allen, cofundador da Microsoft
O empresário americano Paul Allen, que fundou a gigante Microsoft nos anos 1970 ao lado de seu amigo de infância Bill Gates, morreu aos 65 anos nos Estados Unidos. Ele vinha lutando contra um tipo de câncer conhecido como linfoma não-Hodgkin. Bilionário, ele comprou clubes esportivos e era conhecido pela filantropia. "O computador pessoal não teria existido sem ele", disse Gates em nota. (15/10)
Foto: Getty Images/K. Kulish
Papa canoniza mártir salvadorenho e Paulo 6º
O papa Francisco declarou santos o arcebispo salvadorenho Óscar Romero e o papa Paulo 6º , juntamente com cinco outras pessoas menos conhecidas. Romero, assassinado por um tiro em pleno altar enquanto realizava uma missa em 1980, e Paulo 6º, que liderou a Igreja nos momentos de encerramento do Concílio Vaticano 2º, foram figuras discutidas e contestadas tanto dentro como fora da Igreja. (14/10)
Ato contra intolerância em Berlim
Dezenas de milhares de pessoas foram às ruas do centro de Berlim protestar contra a extrema direita e a favor de uma sociedade mais tolerante. Os organizadores afirmaram que cerca de 240 mil pessoas compareceram à manifestação. O Brasil também foi lembrado. Participantes levaram cartazes e faixas com dizeres de protesto contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), além da hashtag #EleNão. (13/10)
Foto: Getty Images/AFP/J. MacDougall
Fogo em trem de alta velocidade na Alemanha
Um trem de alta velocidade que ia de Colônia para Munique, na Alemanha, pegou fogo durante o trajeto próximo a Dierdorf. Cinco pessoas se feriram levemente ao sair do veículo. As causas do incêndio estão sendo investigadas. As chamas começaram no primeiro vagão logo após a locomotiva. (12/10)
Foto: Reuters/W. Rattay
Falha e pouso de emergência
Dois astronautas tiveram que fazer um pouso de emergência após uma falha logo após o lançamento da aeronave russa Soyuz MS-10 que os levaria até a Estação Espacial Internacional (ISS). Os dois voltaram à Terra numa cápsula que aterrissou perto da cidade de Dzhezkazgan, no Cazaquistão, após o lançamento mal-sucedido. (11/10)
Foto: picture-alliance/dpa/Sputnik/A. Filippov
Keiko Fujimori é detida no Peru
A líder da oposição no Peru Keiko Fujimori foi detida por suspeita de lavagem de dinheiro, após ser interrogada num tribunal. A filha do ex-presidente Alberto Fujimori é acusada de receber doações ilegais da Odebrecht para campanhas presidenciais. Ela nega as acusações. (10/10)
Foto: Imago/Agencia EFE/E. Arias
Embaixadora dos EUA na ONU renuncia
A embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, vai deixar o cargo no fim deste ano, anunciou o presidente Donald Trump, após a mídia americana noticiar a mais recente de uma série de baixas para o governo do republicano. A embaixadora não divulgou o motivo de sua renúncia, afirmando apenas ser "importante reconhecer quando é tempo de se afastar". (09/10)
Foto: Reuters/J.Ernst
ONU alerta sobre aquecimento global
Para limitar o aumento da temperatura do planeta a 1,5°C e, assim, evitar drásticas alterações no clima serão necessárias "mudanças rápidas, vastas e sem precedentes" em nível global, alertou o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU. Além de fenômenos climáticos extremos, um aumento maior que esse afetaria a saúde, o fornecimento de água e o crescimento econômico. (08/10)
Foto: picture-alliance/AP Photo/F. Bustamante
Bolsonaro e Haddad no segundo turno
Em uma das eleições mais polarizadas da história, milhões de eleitores brasileiros foram às urnas e decidiram enviar ao segundo turno os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Favorito no Sul e Sudeste, o ex-militar teve 46% dos votos válidos contra 29% do petista, que foi o mais votado em oito estados do Nordeste e no Pará. Em terceiro, Ciro Gomes (PDT) teve 12%. (07/10)
Nobel da Paz premia luta contra violência sexual
O médico congolês Denis Mukwege e a ativista yazidi Nadia Murad foram os vencedores do Nobel da Paz de 2018, por seus esforços para "acabar com o uso da violência sexual como arma de guerra". Mukwege, de 63 anos, passou grande parte de sua vida atendendo vítimas de violência sexual no Congo. Murad, de 25, sobreviveu à escravidão sexual perpetrada pelo "Estado Islâmico" no Iraque. (05/10)
A Holanda informou que seus serviços de inteligência frustraram um ataque cibernético contra a Organização para Proibição de Armas Químicas (Opaq), com sede no país, em abril. O país expulsou quatro supostos espiões russos envolvidos no caso. Os agentes teriam estacionado um veículo num hotel próximo à sede da Opaq com o objetivo de hackear o sistema de wi-fi e computadores da organização. (04/10)
O Prêmio Nobel de Química de 2018 foi atribuído a três cientistas bioquímicos pela utilização dos princípios da evolução para desenvolver proteínas que resolvem os problemas químicos da humanidade. Metade do prêmio foi à evolucionista americana Frances H. Arnold (à dir.), e a outra metade será dividida entre o americano George P. Smith (centro) e o britânico Gregory P. Winter (à esq.). (03/10)
Nobel de Física premia 1ª mulher em 55 anos
O americano Arthur Ashkin, o francês Gérard Mourou e a canadense Donna Strickland (foto) foram agraciados com o Nobel de Física de 2018 por suas pesquisas e invenções no campo da física do laser. Ashkin, de 96 anos, é a pessoa mais velha a ganhar um Nobel. Já Strickland é a terceira mulher da história a levar o prêmio de Física, concedido desde 1901, e a primeira a ser premiada em 55 anos. (02/10)
Foto: picture-alliance/AP Images/N. Denette
Nobel de Medicina para avanços contra o câncer
O americano James P. Allison e o japonês Tasuku Honjo foram os vencedores do prêmio Nobel de Medicina de 2018. Eles foram premiados por seus estudos que permitiram avanços no tratamento contra o câncer, anunciou o Instituto Karolinska de Estocolmo. As descobertas feitas pelos dois cientistas permitem novos métodos para a inibição da regulação negativa do sistema imunológico. (01/10)