Crianças pescam munição da Segunda Guerra na Alemanha
18 de novembro de 2019
Grupo pescava com ímã em lagoa no leste do país quando vieram à superfície fragmentos de munição e balas. Após surpresa, crianças informaram polícia que isolou a região.
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Três crianças que foram pescar no leste da Alemanha levaram um susto ao retirar da lagoa munições da Segunda Guerra Mundial, informou a polícia alemã neste domingo (17/11).
De acordo com a polícia, as crianças teriam usado um ímã para pescar no lago localizado próximo ao vilarejo de Wölfis, no estado da Turíngia. Quando puxaram a linha, elas ficaram chocadas ao descobrir que pescaram vários pedaços de munições e fragmentos de bala da Segunda Guerra.
Depois de perceberem o que pescaram, no sábado, as crianças chamaram a polícia. Autoridades isolaram a região, que fica a 20 quilômetros da cidade de Gotha, para limpar a região. Ninguém se feriu.
Em comunicado, a polícia lembrou que qualquer pessoa que encontrar itens que acredite ser munição ou bombas da guerra deve alertar imediatamente as autoridades e deixar os objetos no local onde foram encontrados.
Quase 75 anos após o final da Segunda Guerra Mundial, praticamente a cada semana são encontradas e desarmadas bombas e outros tipos de armamentos não detonados. A descoberta destes artefatos acontece na maioria das vezes por acaso ou em obras.
Testemunhos silenciosos da invasão da Polônia em 1939
Fotos privadas de soldados da Wehrmacht mostram que Hitler promoveu uma campanha de extermínio desde o primeiro dia da Segunda Guerra. Escrúpulos? Compaixão? Nem sinal. É o que prova uma exposição online.
Foto: CC BY 4.0 DE GHWK
Diário fotográfico
Este diário fotográfico faz parte do espólio de Woldemar Troebst, que foi comandante de uma unidade pioneira motorizada no ataque à Polônia. Seu neto Stefan Troebst descobriu o álbum ricamente ilustrado e inequivocamente comentado em 1996, quando seu avô já tinha morrido.
Foto: CC BY 4.0 DE GHWK
Setembro de 1939
Soldados alemães fotografaram o início da Segunda Guerra Mundial, e documentaram assim o sofrimento que trouxeram ao país vizinho. Como parte do projeto "Testemunhas silenciosas 1939", o museu e memorial Haus der Wannsee Konferenz, em Berlim, mostra em seu site fotos do capitão Kurt Seeliger. Elas e as de outros soldados dão uma ideia de quão forte era a vontade de extermínio desde o início.
Foto: CC BY 4.0 DE GHWK
Vítima anônima
A identidade do homem morto em Zakosciele é desconhecida. À primeira vista, parece um civil, mas as roupas sugerem tratar-se de um soldado. As mãos parecem amarradas. Provavelmente a vítima foi assassinada, numa violação das leis de guerra.
Foto: CC BY 4.0 DE GHWK
Odrzywól
Uma propriedade rural em chamas em Odrzywól, ao sul de Varsóvia. A foto provavelmente foi tirada em 9 de setembro de 1939, pouco mais de uma semana depois do início da Segunda Guerra Mundial.
Foto: CC BY 4.0 DE GHWK
"Total de operações"
As explicações detalhadas ilustram o suposto transcurso da invasão da Polônia até meados de setembro de 1939. Não se sabe quem é o autor do mapa, nem dos comentários no diário que fazia parte do espólio de Woldemar Troebst, antigo soldado da Wehrmacht.
Foto: CC BY 4.0 DE GHWK
Registrando o dia a dia
Uma ponte destruída, refugiados supostamente regressando à casa e avanço dos soldados da Wehrmacht. As fotos dão a impressão de que o ataque à Polônia foi bem-sucedido.
Foto: CC BY 4.0 DE GHWK
Antissemitismo
Se a intenção era a legenda soar descontraída e engraçada, na realidade ela demonstra desprezo humano e antissemitismo: na foto ao alto, à direita, o comandante do batalhão tem as botas limpas como exemplo do "emprego dos judeus no trabalho". O comentário ilustra a atitude dos soldados da Wehrmacht perante os judeus poloneses.
Foto: CC BY 4.0 DE GHWK
Higiene pessoal
Soldados do Exército alemão de torso nu numa aldeia polonesa. As fotos de cima mostram o "chefe" e o "comandante" de uma unidade pioneira: "Dois maiorais se barbeiam depois de um dia quente, longo e poeirento". A composição de imagens e textos visa dar a impressão de uma aventura inofensiva.
Foto: CC BY 4.0 DE GHWK
Alimentação
A foto foi tirada do diário de um soldado do 59º Regimento de Infantaria. O texto que a acompanha menciona, entre outras, uma ponte destruída sobre o rio Warta. E acrescenta: "Fora isso, nos abastecemos todo dia com galinhas, gansos, porcos e outras coisas comestíveis."
Foto: CC BY 4.0 DE GHWK
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Da página que precede esta entrada de um soldado do 59º Regimento de Infantaria consta: "Um monstruoso fluxo de refugiados, escapando do terror polonês na capital para os territórios já ocupados por nós, veio ao nosso encontro. Eram, na maioria, os inconfundíveis 'judeus de caftan' típicos deste país." A Polônia invadida é apresentada como uma nação de algozes.
Foto: CC BY 4.0 DE GHWK
Trabalhos forçados
Veículos destruídos, pontes danificadas, cavalos machucados ou mortos... Mas, acima de tudo, os judeus obrigados a construir uma rampa. Ao que tudo indica, o trabalho forçado era considerado normal.
Foto: CC BY 4.0 DE GHWK
Refugiados
Otto Hardick tinha 19 anos quando sua tropa invadiu a Polônia. Não é possível verificar se são verídicos os comentários em suas fotos, como estas, de refugiados. O soldado da Wehrmacht morreu pouco antes do fim da guerra em 1945, perto de Cracóvia.
Foto: CC BY 4.0 DE GHWK
"Removendo" mortos
Josef R. pertencia a um regimento antiaéreo da Wehrmacht alemã. Está claro que para ele não era nenhum problema colocar uma foto de si (à direita) logo ao lado de uma de mortos poloneses, com a legenda "Judeus removendo mortos". A frase mostra que valor tinham os judeus aos olhos de seus algozes.
Foto: CC BY 4.0 DE GHWK
"Judeus e poloneses"
As legendas do soldado Josef R., de 21 anos, deixam claro que, a seus olhos, os poloneses de fé judaica não eram poloneses. Entre as fotos à esquerda, escreveu: "Judeus e poloneses retornam das ruínas de Varsóvia". A foto pixelizada mostra uma criança de dois anos. A legenda "Morreu inocente" expressa uma compaixão rara entre a Wehrmacht.