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Crise da Opel preocupa políticos e sindicatos

bde (sm)12 de dezembro de 2004

A Opel vai cortar 9500 empregos na Alemanha. Mas isso não é tudo. Políticos e sindicatos temem que isso seja só o começo do fim.

Rüsselsheim é a unidade mais atingida pelos cortesFoto: AP

Políticos, empresários e sindicalistas alemães temem que as medidas de contenção de despesas planejadas pela Opel não sejam suficientes para sanear a empresa e evitar mais cortes. "Os empregos continuam ameaçados", alertou o vice-presidente do sindicato dos metalúrgicos IG Metall, Berthold Huber. O sindicato repudia a intenção da diretoria em aumentar a jornada de trabalho, pois isso tornaria ainda mais empregos supérfluos.

O presidente do da Opel, Carl-Peter Forster, cogita a possibilidade de o programa de saneamento empresarial não convencer a General Motors, convencida de cortar 10 mil empregos em sua subsidiária. O governo do Estado da Renânia do Norte-Vestfália também considera a unidade da Opel em Bochum ameaçada.

GM pode se manter intransigente

O plano de contenção de despesas afeta sobretudo a unidade central de Rüsselsheim, ameaçada de perder 5500 empregos. Em Bochum, o corte será de serão 3600 postos de trabalho. A unidade de Eisenach será poupada.

O plano de saneamento divulgado esta semana é parte do programa de cortes anunciado de General Motors, que pretende economizar 500 milhões de euros por ano em custos de pessoal em suas subsidiárias européias. Isso implicaria o corte de 12 mil empregos, 10 mil apenas na Opel.

Desemprego "ameno"

Após semanas de negociação, a diretoria da Opel e o conselho de fábrica conseguiram formular um plano que vincula o corte de empregos a garantias sociais, como indenizações, aposentadoria precoce ou a mudança voluntária do funcionário para as chamadas sociedades de empregos.

No entanto, o plano não representa nenhuma garantia segura para os trabalhadores. Em primeiro lugar, o acordo acertado entre diretores e funcionários não representa um compromisso jurídico. Em segundo lugar, o plano só funcionaria se um número representativo de trabalhadores se propusesse a aceitar as compensações da empresa pela demissão. Por fim, uma sociedade de emprego só representaria garantia de um ano para o trabalhador; caso ele não consega outro trabalho neste prazo, fica desempregado.

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