Crise de energia ameaça economia alemã baseada em exportação
Arthur Sullivan
8 de agosto de 2022
O comércio externo da Alemanha tem sofrido com os fortes ventos que abalam a economia global nos últimos anos. Agora a crise energética desencadeada pela guerra na Ucrânia pode ser fatal para empresas exportadoras.
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As mais recentes cifras sobre exportação da Alemanha ilustram o perigo de tirar conclusões precipitadas a partir de fragmentos de informação: de acordo com elas, em junho as exportações nacionais teriam atingido níveis recorde. No entanto, economistas alertam que o fato se deve à explosão dos preços e à inflação galopante, não a uma boa saúde comercial.
A Alemanha é a terceira maior exportadora do mundo, só ultrapassada pela China e, por uma pequena margem, pelos Estados Unidos, como segundo lugar. Porém é cada vez maior a ansiedade quanto aos efeitos da série de eventos globais dos últimos anos sobre uma economia tão dependente de exportações.
Guerras comerciais e tensão crescente entre o Ocidente e a China, os choques de abastecimento devido à pandemia de covid-19 e, mais recentemente, a guerra da Rússia contra a Ucrânia, colocaram de ponta-cabeça a ordem em que se baseia grande parte da prosperidade alemã.
"Acho que, globalmente, não há uma economia mais exposta às mudanças da globalização do que a da Alemanha", comenta Andreas Nölke, professor de ciência política da Universidade Goethe de Frankfurt. Em seu livro Exportismus. Die deutsche Droge (Exportismo. A droga alemã), ele argumenta que o país se viciou em sua poderosa base exportadora e necessita um novo modelo econômico para fazer frente às exigências do contexto global alterado.
"A Alemanha foi um dos países que mais se beneficiaram do período de globalização desde 1990 até a crise financeira global ou – talvez um pouco depois. Mas agora se vê que os dados em torno da globalização estão se reduzindo de modo lento, porém constante. Acho que a Alemanha está em apuros."
Fim do modelo econômico alemão?
Os dados alemães para maio revelaram o primeiro déficit da balança comercial em mais de 30 anos, ou seja: o país importou mais do que exportou. O economista Carsten Brzeski, do banco ING, avaliou a notícia em termos impiedosos.
"A guerra na Ucrânia põe fim ao modelo econômico alemão conhecido até então, um modelo baseado, sobretudo, em importação de energia barata e exportações industriais, num mundo cada vez mais globalizado", sentenciou o analista de longa data da economia alemã.
Embora Nölke afirme que o risco exportador da Alemanha é aparente há anos, uma das ameaças mais recentes e prementes é a crise em torno da energia russa, sobretudo seu gás, do qual há décadas a maior economia da Europa tem estado entre as maiores dependentes.
Contudo a invasão da Ucrânia obrigou a uma colossal reavaliação. Embora muito do foco tenha se dirigido ao impacto da crise energética sobre os lares, com a União Europeia se apressando em cortar as importações de combustíveis russos e a própria Rússia estrangulando o abastecimento, diversas grandes indústrias da Alemanha se perguntam como sobreviverão sob as novas condições.
Uma consulta recente da Confederação Alemã das Câmaras de Indústria e Comércio (DIHK) com 3.500 companhias mostrou que 16% estão reduzindo a produção ou encerrando parcialmente suas operações comerciais, devido aos altos preços da energia.
Segundo o presidente da confederação, Peter Adrian, trata-se de "cifras alarmantes", que mostram "quão permanente é a carga dos altos preços da energia".
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Parte da indústria alemã já em apuros
Os alertas vêm se tornando cada vez mais dramáticos. No começo de agosto, o Commerzbank, uma das maiores instituições de crédito da Alemanha, declarou que a crise do gás acarretaria "severa recessão", com consequências comparáveis às da crise financeira global de 2008.
Entre os setores da indústria nacional, o principal consumidor de energia é o da química, responsável por 29,3% do consumo total (embora cerca de um terço do gás seja empregado como matéria prima para a produção de determinados produtos). Também os setores metalúrgico, de coqueificação, vidro e cerâmica queimam grandes volumes de energia, e praticamente todos são importantes propulsores das exportações alemãs.
No começo da crise, a Basf, maior grupo químico do mundo, advertira que suspenderia sua produção, caso o fornecimento de gás natural ficasse mais de 50% abaixo de suas necessidades. No começo de agosto, então, ela anunciou que deixará de produzir amônia, devido à alta da energia. A decisão poderá ter consequências para setores dependentes da substância, como os de plásticos, fertilizantes e bebidas gasosas.
A fabricação de amônia já foi reduzida antes, em tempos de altos preços, e pode ser compensada com importações. Contudo Nölke vê aí um exemplo de como as circunstâncias podem mudar para a indústria alemã, no longo prazo, com outros setores e exportadores também tendo que suspender suas atividades.
"Acho que o melhor exemplo é o setor de peças automobilísticas e as fabricantes de peças para as grandes montadoras. Essa é uma parcela da indústria em grandes apuros, no momento", afirma o cientista político.
Perigosa dependência da China
Por mais severa que a crise energética seja atualmente, a ameaça à existência do modelo econômico alemão baseado na exportação se deve a diversos fatores, não apenas aos efeitos imediatos da guerra na Ucrânia sobre os mercados globais de energia.
Outra causa central de preocupação é a dependência do setor comercial alemão em relação à China, a qual segue sendo sua maior parceira. Críticos consideram essa situação inaceitável, pois a deterioração das relações entre o país asiático e o Ocidente implica o risco de que o desligamento se torne um imperativo político e econômico.
"Está claro que no momento grande parte da indústria alemã é extremamente dependente do mercado chinês. E se houver uma grande confrontação, haverá grandes problemas para essa parte da Alemanha", adverte Nölke.
A crise energética é apenas a mais recente de uma coleção de ameaças. Para o exército de companhias exportadoras da Alemanha, os próximos anos apresentam um desafio sem precedentes: provar que o selo "made in Germany" ainda se aplica a produtos comerciais, e não a crises.
A destruição nas cidades da Ucrânia
Bombardeios russos atingem várias cidades ucranianas, causando não só mortes, mas também muita destruição.
Foto: DW
Bombardeio russo transforma bairro de Kharkiv em cidade-fantasma
Meses de bombardeio russo transformaram Saltivka, um grande bairro residencial de Kharkiv, em cidade-fantasma. As poucas pessoas que ainda não fugiram estão fazendo o que podem para se preparar para o inverno.
Foto: DW
Escola em Marhanets
Interior de um prédio escolar danificado em Marhanets, na Ucrânia, em 10 de agosto de 2022.
Foto: State Emergency Service of Ukraine/REUTERS
Carcaça do Antonov
Os restos do Antonov An-225, o maior avião de carga do mundo, e veículos militares russos destruídos durante combates entre forças russas e ucranianas em hangar bombardeado no aeroporto em Hostomel, nos arredores de Kiev.
Foto: Efrem Lukatsky/AP Photo/picture alliance
Trabalho sob risco de vida
Bombeiros do Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia trabalham em um tanque de óleo após bombardeio noturno em Mykolaiv, na Ucrânia, em 2 de agosto de 2022.
Prédios danificados por um ataque com foguete na região de Odessa, na Ucrânia, em 26 de julho de 2022. A mídia local informou que a Rússia lançou um ataque maciço de mísseis na região de Odessa e Mykolaiv.
Foto: STR/NurPhoto/picture alliance
Fumaça e cinzas
Fumaça sobe dos escombros de um prédio destruído no local de um ataque militar russo em Vinítsia, Ucrânia, a 14 de julho de 2022.
Foto: State Emergency Service of Ukraine/REUTERS
Em busca de uma normalização
Funcionários limpam destroços em frente a um hotel destruído após um ataque com foguete em Kramatorsk, em 3 de julho de 2022, em meio à invasão russa da Ucrânia.
Foto: Genya Savilov/AFP/Getty Images
Ruínas em Odessa
Neste prédio destruído após o ataque com mísseis russos morreram 17 pessoas e 31 ficaram feridas em Odessa, no sul da Ucrânia, em 1º de julho.
O busto do poeta nacional da Ucrânia, Taras Shevchenko, na cidade de Borodianka, com um prédio ao fundo destruído durante os combates entre os exércitos russo e ucraniano na cidade.
Fumaça sobe sobre os restos de um prédio destruído por um bombardeio, enquanto o ataque da Rússia à Ucrânia continua, em Lysychansk, região de Luhansk.
Foto: Oleksandr Ratushniak/REUTERS
Em busca de roupas
Um homem procura roupas em frente a um prédio destruído por ataques em Tchernihiv.
Foto: Natacha Pisarenko/AP/dpa/picture alliance
Destruição atinge prédios e árvores
Militares ucranianos passam por um prédio fortemente danificado em um bombardeio russo em Bakhmut, leste da Ucrânia.
Foto: Francisco Seco/AP Photo/picture alliance
Desentulhando
Pessoas limpam os destroços de sua casa destruída após um ataque de míssil, que matou uma idosa, na cidade de Druzhkivka, na região de Donbass.
Foto: Aris Messinis/AFP/Getty Images
Confinados em bunkers
A cidade de Soledar, na região de Donetsk, tinha cerca de 11 mil habitantes antes da guerra. Agora, os poucos civis que ainda permanecem na cidade estão confinados em bunkers. A foto é de 30 de maio.
Foto: Rick Mave/ZUMAPRESS/picture alliance
Sem casa e sem carro
Destroços de um prédio bombardeado por forças russas atingem carros estacionados em frente a um edifício em Kharkiv, no dia 31 de maio.
Foto: Stringer/AA/picture alliance
Escola bombardeada
Uma escola foi destruída no fim de maio por bombardeios na vila de Smolyanynove, a leste de Sievierodonetsk, na região de Donbass.
Foto: Alexander Reka/ITAR-TASS/IMAGO
Era uma vez um mercado
Um morador local observa os escombros do que era um mercado na cidade de Sievierodonetsk, região de Donbass, em 16 de maio.
Foto: Serhii Nuzhnenko/REUTERS
Vida arruinada
A foto de 24 de maio mostra uma moradora entrando em seu prédio destruído por bombardeios russo em Borodianka. A cidade foi palco de massacre atribuído às tropas russas, com centenas de civis mortos.
Foto: Natacha Pisarenko/AP Photo/picture alliance
Bicicleta em meio a ruínas
Semanas após ataques, uma bicicleta queimada é tudo que restou de uma casa destruída em Moshchun. Muitas cidades ao norte de Kiev foram fortemente danificadas pelas forças russas, no começo do conflito.
Foto: Alexey Furman/Getty Images
Olhar vazio
Um menino observa uma área destruída, sentado nas ruínas de um prédio demolido por um ataque russo em Kramatorsk, na região de Donbass, em 25 de maio.
Foto: Aris Messinis/AFP
Silos destruídos
Enquanto moradores sitiados sofrem com escassez de alimentos na Ucrânia, silos de grãos na região de Donbass foram destruídos por bombardeios russos, em 25 de maio.
Foto: Alex Chan/ZUMA Wire/IMAGO
Vivendo entre escombros
Moradores de Lyssytschansk, na região de Lugansk, em Donbass, viviam em meio a escombros, temendo novos bombardeios russos, antes de conseguirem deixar a cidade, em 24 de maio.
Foto: Mykola Berdnyk/DW
Cratera em Slovyansk
O menino Maxim posa para foto, em 10 de maio, dentro de uma cratera causada por uma explosão após bombardeio russo ao lado do Skete ortodoxo em homenagem a São João de Xangai, em Adamivka, perto de Slovyansk, na região de Donetsk.
Foto: Andriy Andriyenko/AP Photo/picture alliance
O fim do maior avião do mundo
Foto do dia 5 de maio mostra os restos do Antonov An-225, o maior avião de carga do mundo, que agora repousam ao lado de veículos militares russos completamente destruídos durante combates entre forças russas e ucranianas, no aeroporto Antonov, em Hostomel, nos arredores de Kiev.
Foto: Efrem Lukatsky/AP/picture alliance
Desespero dos moradores
Morador mostra escombros de um prédio de apartamentos destruído em Mariupol, leste da Ucrânia, em 2 de maio de 2022.
Foto: Alexei Alexandrov/AP Photo/picture alliance
Vista surreal
Moradores de Mariupol passam por blocos de apartamentos em ruínas em 30 de abril de 2022.
Foto: Nikolai Trishin/ITAR-TASS/IMAGO
Ligações interrompidas
Esta fotografia tirada em 29 de abril de 2022 mostra uma ponte ferroviária destruída em meio à invasão russa da Ucrânia. Ela fica sobre o rio Siverskyi Donets, em Raygorodok, no leste da Ucrânia.
Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP/Getty Images
Isso era um posto de saúde
Um posto de saúde de atendimento primário destruído em Makariv, na Ucrânia, em 27 de abril de 2022. A imagem foi obtida a partir de um vídeo de mídia social.
Foto: Ukrainian Healthcare Center/REUTERS
Nada sobrou
Uma casa completamente destruída por um bombardeio aéreo em Teterivske, na região da capital, Kiev, em 23 de abril.
Foto: DW
Buscando a normalidade
Os aposentados Vladimir Yakovlev,69, e sua esposa Lyudmila, 67, estão sentados em um banco em um pátio perto de um bloco de apartamentos fortemente danificados durante o conflito Ucrânia-Rússia na cidade portuária de Mariupol, Ucrânia, em 18 de abril de 2022.
Foto: Alexander Ermochenko/REUTERS
Ataque a Kharkiv
Bombeiros trabalham na extinção de vários focos de incêndio após um ataque russo em Kharkiv, próximo a Kiev, em 16 de abril.
Foto: Felipe Dana/AP Photo/picture alliance
Teatro destruído
Esta foto feita com um drone registra a destruição do prédio do teatro na cidade portuária de Mariupol em 10 de abril.
Foto: Pavel Klimov/REUTERS
Mortos na estação de trem
Ao menos 39 pessoas morreram e 87 ficaram feridas após dois mísseis atingirem uma estação de trem lotada na cidade de Kramatorsk, no leste da Ucrânia, na manhã desta sexta-feira (08/04), afirmaram autoridades do país, em meio à tentativa de civis de deixar a região de Donbass e escapar das tropas russas.
Foto: FADEL SENNA/AFP/Getty Images
Igreja atingida
Objetos religiosos em parte destruídos em um prédio da igreja ortodoxa danificado por bombardeios pesados Tchernihiv, na Ucrânia, em 6 de abril de 2022.
Foto: Serhii Nuzhnenko/REUTERS
Fragilidade do vidro
Vidros de janelas estilhaçados em prédio de apartamentos em Irpin, na Ucrânia, neste dia 31 de março de 2022.
Foto: Zohra Bensemra/REUTERS
Só ruínas do mercado
Restou apenas a estrutura do mercado central de Chernihiv, destruído por um bombardeio em 30 de março de 2022.
Foto: Vladislav Savenok/AP/picture alliance
Escombros na periferia de Kiev
Um jornalista caminha em meio a escombros de casas e prédios após um ataque russo em Byshiv, na periferia de Kiev, capital da Ucrânia, em 27 de março.
Foto: Rodrigo Abd/AP Photo/picture alliance
Destruição por toda parte
Fileira de ônibus queimados colocados pelos defensores do Batalhão Azov ucraniano para impedir o avanço das forças russas na cidade portuária de Mariupol neste dia 23 de março.
Foto: Maximilian Clarke/SOPA Images via ZUMA Press/picture alliance
Centro comercial destruído
Um centro comercial no bairro de Podilskyi, no noroeste de Kiev, foi completamente destruído por um ataque russo em 21 de março, 26º dia da invasão da Ucrânia. Autoridades informaram que ao menos oito pessoas morreram em decorrência do bombardeio.
Foto: Daniel Ceng Shou-Yi/ZUMA/picture alliance
Vista da destruição
Homem remove uma cortina em uma escola danificada entre outros edifícios residenciais em Kiev, Ucrânia, em 18 de março. Forças russas intensificaram ataques a cidades ucranianas, com novos lançamentos de mísseis e bombardeios nas proximidades da capital, Kiev.
Foto: Rodrigo Abd/AP Photo/picture alliance
Pertences para trás
Mulher e criança saem às pressas de prédio residencial bombardeado por militares russos em Kiev, em foto divulgada em 16 de março.
Foto: State Emergency Service of Ukraine/Handout/REUTERS
Em chamas
Bombeiros tentam em 15 de março controlar incêndio em prédio de apartamentos em Kiev danificado por bombardeio russo.
Foto: State Emergency Service of Ukraine/REUTERS
Cidade sob cerco
Mulher caminha em 13 de março em frente a edifícios residenciais atingidos por bombardeios na cidade litorânea de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, que está cercada por militares russos e enfrenta falta de luz, mantimentos e remédios.
Foto: Evgeniy Maloletka/AP Photo/picture alliance
Viagem interrompida
Imagem de 12 de março mostra um carro alvejado por balas ou estilhaços de bomba, abandonado em rua na cidade de Irpin, ao norte de Kiev, ao lado de boneca.
Foto: Sergei Supinsky/AFP/Getty Images
Culto adiado
Soldado ucraniano tira foto em 10 de março de igreja danificada por ataque russo na cidade litorânea de Mariupol.
Foto: Evgeniy Maloletka/AP/dpa/picture alliance
Restos de uma casa
Homem caminha em 8 de março em frente a casa destruída por bombardeio russo na vila de Sopino, na região de Donetsk, controlada por separatistas, no leste da Ucrânia.
Foto: Alexey Kudenko/SNA/Imago
Destruição em Borodyanka
Casas queimam após serem atingidas por bombardeios na cidade de Borodyanka, perto de Kiev, Ucrânia, em 2 de março. Tropas russas entraram na Ucrânia em 24 de fevereiro, levando o presidente do país a declarar lei marcial e desencadeando uma série de severas sanções econômicas impostas por países ocidentais à Rússia.
Foto: Alisa Yakubovych/EPA-EFE
Em busca de algo para salvar
Mulheres inspecionam destroços dentro de um apartamento de um edifício residencial que os moradores locais disseram ter sido danificado pelos recentes bombardeios, na cidade de Gorlovka, controlada pelos separatistas na região de Donetsk, Ucrânia, em 2 de março.
Foto: Alexander Ermochenko/REUTERS
Ruínas após ataque a Kharkiv
Entrada de um prédio completamente destruída após o bombardeio pelas forças russas, na Praça da Constituição, em Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia, em 2 de março.
Foto: Sergey Bobok/AFP
Veículos destruídos
Um homem caminha entre veículos militares russos destruídos em Bucha, próximo a Kiev, em 1º de março.
Foto: Serhii Nuzhnenko/AP/picture alliance
Prefeitura de Kharkiv em ruínas
Um membro do Serviço de Emergência da Ucrânia olha para o edifício da prefeitura após bombardeio na praça central de Kharkiv, em 1º de março.