Crise entre partidos coloca governo alemão à beira do abismo
Sabine Kinkartz
5 de novembro de 2024
Desentendimentos entre social-democratas, Partido Verde e liberais chegaram ao ápice. Parceiros de coalizão têm divergências marcantes na política econômica e orçamentária.
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Desistir ou tentar salvar o que ainda dá para salvar? Essa é a questão enfrentada pelo governo da Alemanha, formado por uma coalizão entre o Partido Social Democrata (SPD), o Partido Verde e o Partido Liberal Democrático ( FDP), que está no poder há quase três anos.
Conflitos entre os três partidos existem desde o início do governo, pois muitas de suas posições são opostas: o SPD e os verdes, de centro-esquerda, defendem por exemplo uma forte atuação do Estado, se necessário com a emissão de dívidas para financiar políticas públicas. O FDP, de direita, tem a visão oposta.
Se havia também posições comuns, essas logo se esgotaram, e as concessões que cada um dos partidos se vê forçado a fazer para manter o governo unido estão se tornando cada vez mais difíceis.
A situação se exacerbou há cerca de um ano, quando uma decisão do Tribunal Federal Constitucional expôs as divergências entre os parceiros de coalizão, sobretudo na política econômica e orçamentária.
O governo pretendia realocar verbas originalmente destinadas a atenuar as consequências da pandemia de covid-19. Como o dinheiro do fundo emergencial havia sobrado, a ideia era usá-lo para executar a política climática. Mas a suprema corte alemã barrou os planos do governo, que, sem esses recursos, acabou com um rombo de 60 bilhões de euros no orçamento.
Desde então, o clima entre os três parceiros da coalizão só piora, e cada um busca melhorar sua imagem junto ao eleitorado às custas dos outros, por exemplo divulgando propostas que nem sequer foram discutidas com os parceiros.
Agora, a estagnação da economia da Alemanha e a queda na arrecadação de impostos deverão elevar ainda mais o rombo nos cofres do Estado, piorando ainda mais o clima dentro da coalizão.
Dias atrás, o chanceler federal Olaf Scholz (SPD) organizou uma reunião de cúpula com alguns dos principais nomes do setor produtivo e também dos sindicatos da indústria, mas não convidou nem o vice-chanceler e ministro da Economia, Robert Habeck (Partido Verde) e nem o ministro das Finanças e presidente do FDP, Christian Lindner.
Lindner, então, organizou sua própria reunião de cúpula com outros representantes empresariais, e Habeck reagiu propondo um fundo estatal de bilhões de euros, financiado por dívidas, para apoiar os investimentos feitos pelas empresas.
FDP quer mudanças na política econômica
Para o FDP, a proposta de Habeck é inviável, pois ela colocaria em xeque o chamado freio do endividamento – as rígidas regras aprovadas em 2009 contra uma dívida pública então crescente que limitaram o endividamento público a 0,35% do PIB ao ano e que foram incluídas na Lei Fundamental, a Constituição alemã.
Porém, ser contra a proposta do vice-chanceler e ministro da Economia parece não ter sido suficiente para Lindner. Num documento de 18 páginas, obtido pela imprensa, ele defendeu uma mudança de direção na política econômica. O documento mais parece um programa eleitoral do FDP, que tem tido um desempenho muito abaixo do esperado nas pesquisas de opinião e em recentes eleições estaduais.
Em linhas gerais, Lindner pede uma ampla redução de impostos para empresas e pessoas de alta renda. Ele quer ainda reduzir metas que considera muito ambiciosas de proteção climática.
Essas posições são inaceitáveis para SPD e verdes, que afirmam que elas contradizem o acordo que deu origem à coalizão. É por isso que os parceiros do FDP no governo estão chamando o documento de Lindner de provocação e se perguntando se a intenção dele é ser expulso da coalizão na esperança de, assim, melhorar a imagem do partido com os eleitores conservadores e liberais.
Os índices de popularidade do governo chegaram ao fundo do poço, o que se reflete nas pesquisas eleitorais. A perspectiva é sombria para os três partidos, mas para o FDP é uma questão de sobrevivência. O partido liberal oscila entre 3% e 5% nas sondagens, o que significa que corre o risco de ficar de fora do Parlamento, já que 5% dos votos é o mínimo necessário para obter representação parlamentar na Alemanha.
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Esforço para manter coalizão
Sem o FDP no governo, o chanceler federal Olaf Scholz não teria mais maioria no Bundestag (Parlamento). Isso não implica automaticamente uma eleição antecipada. SPD e verdes poderiam continuar como um governo minoritário e tentar obter uma maioria de votos toda vez que quiserem aprovar algo no Bundestag. A força de oposição mais forte, o bloco de centro-direita formado pelos partidos conservadores União Democrática Cristã (CDU) e União Social Cristã (CSU), também não consegue formar uma maioria contra o governo no Bundestag por falta de parceiros.
Entretanto, a Alemanha não tem tradição com governos minoritários, e Scholz quer evitar a todo custo o rompimento da coalizão. Desde o fim de semana, ele vem mantendo conversações sobre a crise na Chancelaria Federal, em Berlim. Primeiro com os líderes do seu próprio partido, depois com Lindner, na noite de domingo (03/11). Nesta segunda-feira, o porta-voz do governo anunciou que várias reuniões entre Scholz, Habeck e Lindner estão marcadas para os próximos dias.
Essas reuniões a portas fechadas culminarão num encontro entre representantes dos partidos da coalizão nesta quarta-feira, em Berlim. Então, pela primeira vez em semanas, os líderes dos três partidos estarão sentados à mesma mesa para esclarecer os pontos sobre os quais ainda concordam.
Há uma pressão considerável de tempo, pois o orçamento de 2025 deve ser aprovado no Bundestag até o fim de novembro. A chamada reunião de ajuste do comitê orçamentário, na qual o pacote é finalizado, está marcada para 14 de novembro, e o atual projeto ainda tem uma lacuna de vários bilhões de euros.
Em seu documento econômico, Lindner propôs cortes na assistência social a desempregados. Ele também sugeriu usar os 10 bilhões de euros originalmente destinados a um subsídio para uma nova fábrica de chips da Intel no estado da Saxônia-Anhalt, cuja construção foi suspensa.
Habeck enviou um sinal de que está disposto a negociar: ele concordou com a ideia de Lindner de usar o dinheiro destinado à Intel para preencher lacunas no orçamento, em vez de insistir que ele permaneça num fundo para promover projetos climáticos e o desenvolvimento de novas tecnologias.
O SPD se mostrou disposto a negociar para manter a coalizão de governo. "Não temos absolutamente nenhuma inclinação para deixar a coalizão fracassar, precisamos de um governo responsável", disse a copresidente do SPD Saskia Esken.
Também os verdes alertaram contra um rompimento. "A Volkswagen está indo por água abaixo, há uma eleição nos EUA, a Espanha está sofrendo com inundações, e a Rússia está rompendo uma frente após a outra na Ucrânia", disse o copresidente da legenda Omid Nouripour. "Isso requer um nível diferente de seriedade, e também estamos exigindo isso dentro dessa coalizão."
O mês de novembro em imagens
O mês de novembro em imagens
Foto: Ricardo Stuckert/PR
Libaneses retornam à casa – ou ao que restou dela
Milhares de habitantes do sul do Líbano desalojados há meses voltam a suas casas em meio a celebrações, logo após a entrada em vigor do cessar-fogo entre Israel e o grupo xiita Hezbollah. Apesar da advertência das Forças de Defesa Israelenses (IDF) para que os libaneses se mantenham longe das áreas previamente evacuadas, longos engarrafamentos se formaram nas estradas que levam à região. (27/11)
Foto: ANWAR AMRO/AFP/Getty Images
Biden anuncia cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah
Em discurso na Casa Branca, o presidente americano, Joe Biden, anunciou que Israel aceitou o acordo de trégua de 60 dias o grupo xiita Hezbollah no Líbano. Ele chamou o pacto, mediado por EUA e França, de um "novo começo" para o Líbano e disse que o plano é "projetado para ser uma cessação permanente das hostilidades". (26/11)
Foto: Saul Loeb/AFP/Getty Images
Queda de avião da DHL na Lituânia deixa um morto
Um avião de carga que voava da Alemanha para a Lituânia caiu numa área residencial perto do aeroporto de Vilnius. Segundo as autoridades locais, dos quatro membros da tripulação, um morreu e três ficaram feridos. Destroços do avião atingiram um pequeno prédio de apartamentos. A queda provocou um incêndio, e as chamas chegaram a atingir o prédio. (25/11)
Foto: Lukas Balandis via REUTERS
França autoriza Ucrânia a usar armas de longo alcance contra a Rússia
Após EUA e Reino Unido, França diz que também autorizou "uso defensivo" de armas mais pesadas contra o território russo. País abastece a Ucrânia com mísseis de cruzeiro do tipo Storm Shadow (foto) desde 2023. A Alemanha, até agora, tem se recusado a fornecer essas armas. O Kremlin criticou Paris, chamando a decisão de "tiro de misericórdia" para a Ucrânia. (24/11)
Foto: Nicolas Economou/NurPhoto/picture alliance
Após tensas negociações, COP29 termina com promessa de US$ 300 bi por ano
Conferência do Clima da ONU em Baku, no Azerbaijão, terminou com promessa de US$ 300 bilhões por ano para países mais afetados por eventos climáticos extremos. Acordo tenso foi costurado na reta final do evento e sob protestos de alguns países (foto). Valor ficou abaixo dos US$ 1,3 trilhão pedidos. Reunião também aprovou regulamentação do mercado de carbono. (23/11)
Foto: Murad Sezer/REUTERS
Putin alerta para mais testes com mísseis
O presidente russo, Vladimir Putin, prometeu mais testes com o míssil hipersônico Oreshnik, disparado um dia antes na cidade de Dnipro, na Ucrânia. Por isso, o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, apelou para mais sistemas antiaéreos contra as ameaças, que levaram o parlamento da Ucrânia a fechar as portas. Putin também disse que a Rússia deve começar a produção em série da nova arma. (22/11)
Foto: Press Service of the State Emergency Service of Ukraine in Dnipr/picture alliance
PF indicia Bolsonaro e outros 36 por tentativa de golpe de Estado
A PF indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas pelos crimes de tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa. Os agentes apontam que Bolsonaro "analisou e alterou" uma minuta de decreto desenhada para não deixar o poder após derrota nas urnas em 2022 e que ele sabia da existência de um plano para executar Lula. (21/11)
Foto: Nelson Almeida/AFP/Getty Images
Protesto de agricultores franceses contra acordo UE-Mercosul entra no 3º dia
Agricultores franceses fizeram barricadas, fecharam a fronteira entre a Espanha e a França e jogaram chorume em frente a prédios públicos em protesto contra um possível acordo de livre-comércio entre a União Europeia e o Mercosul. O CEO do Grupo Carrefour na França, Alexandre Bompard, endossou a manifestação e interrompeu a compra de carne produzida pelos países do bloco sul-americano. (20/11)
Foto: Gaizka Iroz/AFP/Getty Images
PF desbarata complô de militares para matar Lula, Alckmin e Moraes
A Polícia Federal prendeu um membro da corporação e quatro militares ligados às forças especiais do Exército suspeitos de planejarem um golpe de Estado após as eleições de 2022 e de um complô para assassinar o presidente Lula, seu vice, Geraldo Alckmin, e o ministro do STF Alexandre de Moraes. Inquérito envolve ainda o general Braga Netto, ex candidato a vice de Jair Bolsonaro. (19/11)
Foto: Evaristo Sa/AFP
Líderes do G20 no Rio de Janeiro
Brasil recebe líderes das 20 principais economias do planeta no Rio de Janeiro. Declaração final do encontro defende combate à pobreza, desenvolvimento sustentável, taxação de super-ricos e pede soluções diplomáticas para conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio. (18/11)
Foto: Kay Nietfeld/dpa/picture alliance
Biden visita a Floresta Amazônica
O presidente dos EUA, Joe Biden, chegou neste domingo a Manaus na primeira visita à Amazônia de um presidente americano em exercício, antes de seguir para o Rio de Janeiro para a cúpula do G20. Ele visitou uma reserva florestal, encontrou-se com líderes locais e sobrevoou de helicóptero uma parte da floresta e o encontro dos rios Negro e Solimões. (17/11)
Foto: Manuel Balce Ceneta/AP/picture alliance
No G20 Social, Lula defende "jornadas mais equilibradas"
O presidente Lula recebeu neste sábado a declaração final do G20 Social – iniciativa da presidência brasileira do G20 para sistematizar e levar propostas da sociedade civil aos chefes de governo dos países do grupo. Ele aproveitou o evento para se entrar no debate sobre a jornada de trabalho, em evidência após proposição de PEC que acaba com a jornada 6x1. (16/11)
Foto: Daniel Ramalho/AFP
Scholz pede a Putin "paz justa e duradoura" na Ucrânia
Na primeira conversa em quase dois anos, chanceler federal alemão (foto) defendeu negociações para encerrar a guerra, enquanto líder russo insistiu em "novas realidades territoriais" em solo ucraniano. Em entrevista de TV exibida no mesmo dia, o presidente ucraniano Volodimir Zelenski disse crer que a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos apressará o fim do conflito. (15/11)
Moraes associa atentado suicida em Brasília a "gabinete do ódio" de Bolsonaro
Após Jair Bolsonaro chamar a ação de um homem-bomba em Brasília de "fato isolado", o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reagiu dizendo que o episódio é fruto do clima extremismo que se instalou no país durante o mandato do ex-presidente. Moraes descartou anistia a golpistas: "Pacificação, só com responsabilização de criminosos." A PF apura o caso. (14/11)
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Biden dá as boas-vindas a Trump para iniciar a transição
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e o atual mandatário, Joe Biden, estiveram reunidos hoje no Salão Oval da Casa Branca inaugurando formalmente a transição para o governo do republicano, que toma posse em 20 de janeiro. Trump enfatizou que "política é difícil" em seu retorno, embora tenha agradecido a Biden por seus esforços para garantir uma transição pacífica. (13/11)
Foto: AP/dpa/picture alliance
Eleições antecipadas à vista
O partido SPD, do chanceler Olaf Scholz, e a sigla de oposição CDU chegaram a um acordo: as eleições antecipadas para o Bundestag (parlamento alemão) serão realizadas em 23 de fevereiro. A decisão veio uma semana depois da demissão do ministro das Finanças, Christian Lindner, do neoliberal FDP, que selou o fim da coalizão tripartidária à frente do país, que contava ainda com os verdes. (12/11)
Foto: Fabian Sommer/dpa/picture alliance
Holanda impõe controles de fronteira para barrar ilegais
O governo holandês anunciou a imposição de controles extras em suas fronteiras terrestres para combater a imigração ilegal. "É hora de enfrentar o tráfico de migrantes de maneira concreta", disse ministra holandesa da Migração, Marjolein Faber. Medida tem caráter temporário, de acordo com as normas da União Europeia. (11/11)
Foto: Marcel van Hoorn/ANP/AFP
Ucrânia lança ataque de drones contra Moscou
Bombardeada com um número recorde de 145 drones, a Ucrânia reagiu atacando Moscou com ao menos 34 drones, na mais pesada investida contra a capital russa desde o início da guerra, em 2022. O ataque ucraniano interrompeu o tráfego aéreo em três grandes aeroportos de Moscou e feriu ao menos uma pessoa em um vilarejo nos subúrbios da cidade. (10/11)
Foto: Tatyana Makeyeva/AFP/Getty Images
Ataque suicida deixa mais de 20 mortos no Paquistão
Um ataque suicida executado em uma estação ferroviária da cidade paquistanesa de Quetta, na conturbada província do Baluchistão, deixou pelo mais de 20 mortos e 40 feridosl. O grupo separatista Exército de Libertação do Baluchistão (BLA) assumiu a responsabilidade em um comunicado divulgado nas redes sociais.(09/11)
Foto: Banaras Khan/AFP/Getty Images
Cúpula da UE termina sob espectro da reeleição de Trump
Líderes da UE prometeram dar novo impulso à economia do bloco europeu ao término da cúpula que reuniu chefes de governo dos 27 Estados-membros na Hungria. Resultado das eleições nos EUA motivou europeus a avançarem medidas para aumentar competitividade do bloco. Cúpula termina com promessa de reforçar defesa e combater alta nos custos de energia. (08/11)
Foto: Mehmet Ali Ozcan/AA/picture alliance
Biden pede união e promete transição pacífica nos EUA
“Você não pode amar seu país somente quando vence. Você não pode amar seu vizinho somente quando concorda. Algo que esperamos que possamos fazer, não importa em quem você votou, é nos vermos não como adversários, mas como concidadãos americanos. Reduzam a temperatura”, disse o presidente dos EUA, Joe Biden, em discurso na Casa Branca (07/11)
Foto: Ron Sachs/Pool/CNPZUMA Press Wire/IMAGO
Scholz demite ministro das Finanças e governo alemão fica por um fio
A tríplice coalizão partidária que governa a Alemanha desmoronou após o chanceler federal Olaf Scholz, do Partido Social Democrata (SPD), exonerar o ministro das Finanças, Christian Lindner, que também é presidente do Partido Liberal Democrático (FDP, na sigla em alemão). Num pronunciamento na televisão, Scholz explicou as razões da demissão e dirigiu palavras duras ao ex-ministro. (06/11)
Foto: ODD ANDERSEN/AFP/Getty Images
Trump derrota Kamala e retorna à Presidência dos EUA
Donald Trump foi eleito novamente presidente dos Estados Unidos, protagonizando um retorno dramático e triunfal à Casa Branca. O republicano derrotou de maneira decisiva sua rival democrata Kamala Harris ao superar a marca de 270 votos no Colégio Eleitoral dos EUA. E, em contraste com sua vitória anterior, em 2016, Trump ainda ficou à frente no voto popular. (06/11)
Foto: Brian Snyder/REUTERS
EUA vão às urnas para escolher o novo presidente
Os EUA foram às urnas para definir quem vai comandar a maior potência econômica e militar do mundo. Na disputa estão a democrata Kamala Harris – que pode ser eleita a primeira mulher a ocupar a Casa Branca – e o republicano Donald Trump – que tenta um retorno à Presidência quase quatro anos após deixar Washington em desgraça, na esteira de uma tentativa de golpe. (05/11)
Foto: Timothy D. Easley/AP Photo/picture alliance
Morre Agnaldo Rayol aos 86 anos
Após mais de 60 anos de carreira artística, morreu o carioca Agnaldo Rayol, em consequência de uma queda em sua residência. Cantor romântico, com o auge do sucesso na década de 1960, também protagonizou telenovelas e filmes em papéis de galã, e apresentou programas próprios na TV. Descendente de imigrantes, tocou os corações de seus fãs com canções em italiano, até nos anos 90. (04/11)
Foto: Fotoarena/IMAGO
População joga lama em rei da Espanha durante protestos pós-enchentes
Uma visita do rei e da rainha da Espanha e do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, às áreas atingidas pelas enchentes em Valência, no leste do país, terminou em confusão. Uma multidão atirou lama, pedras e objetos na comitiva e hostilizou as autoridades com gritos de "assassinos". O barro atingiu o rosto do rei Felipe VI e da rainha Letizia. (03/11)
Foto: Manaure Quintero/AFP/Getty Images
Espanha intensifica busca por sobreviventes após enchente
O governo espanhol enviou 10 mil agentes de segurança para auxiliar nas buscas por desaparecidos na região de Valência, leste do país, atingida por uma enchente de grandes proporções que deixou 211 mortos nesta semana. Esse é o maior emprego de forças do Exército espanhol em tempos de paz. A inundação já é considerada a segunda mais mortal deste século na Europa. (02/11)
Foto: Alberto Saiz/AP Photo/picture alliance
Alemanha facilita mudança legal de gênero
Maiores de 18 anos poderão requerer a alteração dos registros oficiais, adotando um novo prenome e gênero, ou até eliminando a indicação de gênero. Menores acima dos 14 anos também podem recorrer às novas regras, sob aprovação paterna ou por recurso legal. Em Berlim, que tem comunidade LGBT+ atuante, cerca de 1.200 requerimentos foram apresentados no primeiro dia de vigência da nova lei. (01/11)