Menos de dez anos após ingressar na União Europeia, croatas receberam luz verde da Comissão Europeia para aderir à moeda comum, tendo cumprido todos os requisitos, como inflação e taxas de câmbio estáveis.
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A partir de janeiro de 2023, a Croácia deve se tornar o 20º país a adotar o euro como moeda, menos de dez anos após ingressar na União Europeia (EU). A Comissão Europeia anunciou nesta quarta-feira (01/06) que Zabreb cumpriu todos os critérios para ingressar na eurozona.
"Hoje a Croácia deu um passo significativo para a adoção do euro, nossa moeda comum", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ressaltando que a adesão à moeda única "tornará a economia da Croácia mais forte, trazendo benefícios aos seus cidadãos, empresas e sociedade em geral", além de "fortalecer também o euro".
O Parlamento Europeu e os 27 Estados-membros do bloco ainda precisam aprovar a adesão. Uma decisão final é esperada na primeira quinzena de julho. De acordo com a avaliação da Comissão Europeia, não deve haver dificuldades para a aprovação.
Um relatório publicado pelo Banco Central Europeu também concluiu que a Croácia cumpre os requisitos para a adoção do euro. Na cotação atual, um euro vale 7,57 kunas, a moeda nacional croata.
Nem todos os países do bloco utilizam o euro
Embora a União Europeia tenha 27 Estados-membros, apenas 19 utilizam o euro como moeda comum. O estatuto do bloco exige a adoção da moeda por todos os países aptos, com exceção da Dinamarca.
No entanto, os Estados-membros devem primeiro cumprir uma série de condições jurídicas e econômicas, incluindo um baixo déficit público, estabilidade das taxas de câmbio e inflação estável em relação aos valores de referência da UE – exigências cumpridas agora pela Croácia, que ingressou no bloco em 2013.
Além da Croácia, a Dinamarca, Bulgária, Suécia, Romênia, Hungria, Polônia e República Tcheca mantêm suas moedas nacionais. O último país a adotar o euro como moeda comum foi a Lituânia, em 1º de janeiro de 2015. Após a Croácia, a Bulgária deve ser a próxima, uma meta que espera alcançar até janeiro de 2024.
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Otimismo e preocupação
Von der Leyen afirmou que, 20 anos após a introdução das primeiras notas, o euro tornou-se uma das moedas mais importantes do mundo e melhorou a vida de milhões de cidadãos em toda a União Europeia. "O euro é um símbolo da força e unidade europeia", destacou.
Na Croácia, o turismo em particular aguarda com grande expectativa a introdução do euro. O país, que conta com uma longa costa no mar Adriático, muitas baías e ilhas pitorescas, depende fortemente do turismo.
Ao mesmo tempo, muitos temem que o custo de vida possa aumentar drasticamente em decorrência da conversão para a moeda comum europeia.
le/av (Reuters, AFP, DPA, ots)
Como funcionam bitcoins?
Notícias de gente enriquecendo ou perdendo dinheiro com bitcoins aparecem com frequência. Entenda como surgiu a criptomoeda e como funcionam as transações com ela.
Sem fronteiras
O bitcoin é uma criptomoeda. Ou seja: o meio de pagamento funciona digitalmente, sem moedas e notas físicas, e é baseado em processos criptográficos. O bitcoin está organizado de forma descentralizada e não requer bancos ou bancos centrais. A moeda pode, portanto, ser usada mundialmente e além fronteiras sob as mesmas condições, e não pode ser comparada com qualquer sistema monetário anterior.
Mistério: quem criou?
Em janeiro de 2009, um software de código aberto foi lançado para o bitcoin. O pseudônimo do desenvolvedor era Satoshi Nakamoto. Alguns meses antes, esta pessoa ou grupo havia explicado o funcionamento da moeda digital em um texto público pela primeira vez.
Como obter bitcoins?
Existem diferentes maneiras de obter bitcoins: comprar em uma plataforma de internet (e pagar por elas, por exemplo, com dólares ou euros). Ou aceitar bitcoin como um meio de pagamento por bens ou serviços prestados. Também há como se tornar um "minerador" e "extrair" bitcoins.
Carteira virtual
As criptomoedas são armazenadas em uma carteira virtual. Ela contém chaves, e somente com elas é possível determinar a quem um bitcoin pertence. As chaves também são necessárias para as transações. Uma carteira pode ser armazenada em um smartphone, um computador, um USB ou na nuvem. Sem uma carteira, você não tem acesso a seus bitcoins.
Assim funciona uma transação
Digamos que a pessoa X queira comprar um chapéu de Y e pagar com bitcoin. Ambas devem ter uma chave pública (comparável a um número de conta) e uma chave privada (comparável a um TAN) para uma transação com bitcoin.
Negócios em bloco
Y transmite sua chave pública para X. Ele confirma com sua chave privada e a utiliza para solicitar uma transação. Isso é coletado com várias centenas de outras transações em um bloco (daí o termo "blockchain", que será abordado mais à frente).
Os mineradores
O bloco é distribuído a todos os computadores da rede descentralizada bitcoin. Esses computadores também são chamados de mineradores. Eles verificam e confirmam as transações que vão de uma carteira para outra. Em teoria, qualquer pessoa pode ter seu computador funcionando na rede. Mas a maior parte do trabalho é feita por servidores profissionais.
Corrida entre mineradores
Antes que a transação seja executada, os minadores têm que resolver tarefas criptográficas computacionais para cada bloco. Isso requer potência e placas gráficas poderosas. A mineração funciona como uma competição: vários mineradores tentam decifrar simultaneamente uma "blockchain". Quem for bem-sucedido primeiro recebe novos – ou seja, "recém-minerados" – bitcoins como pagamento.
Uma espécie de colar de pérolas
O bloco de X e Y faz parte de um banco de dados chamado blockchain. As atividades de bitcoin são armazenadas nesse banco descentralizado. A blockchain serve, assim, como o registro de pagamento (ledger) da moeda criptográfica: todas as transações e informações de carteira das partes envolvidas estão contidas nela. Embora tudo isso seja registrado e possa ser visto, os usuários permanecem anônimos.
Onde a mineração é feita
A China tem de longe a maior parte do poder de computação da rede bitcoin (hashrate) e, portanto, seu consumo de energia. Outros países importantes são Estados Unidos, Rússia, Cazaquistão, Irã e Malásia, de acordo com o Índice de Consumo de Eletricidade Bitcoin da Universidade de Cambridge. A mineração só vale a pena onde os preços da eletricidade são baratos.
Enorme apetite energético
O processo intensivo de energia usado para calcular as transações de bitcoin (mineração) requer cerca de 120 terawatts-hora (TWh) por ano, de acordo com o Índice de Consumo de Eletricidade Bitcoin da Universidade de Cambridge. Isso é mais eletricidade do que cada um dos países de cor azul consome em um ano.