Croácia vence Marrocos por 2 a 1 e fica em 3° na Copa
17 de dezembro de 2022
Vice em 2018, time croata repete campanha de estreia no torneio, em 1998. Marroquinos conseguem a melhor atuação de uma equipe africana em Mundiais.
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Vice-campeã do Mundial de 2018, a Croácia garantiu o terceiro lugar da Copa do Mundo do Catar ao vencer a grande surpresa da competição, o Marrocos, por 2 a 1 neste sábado (17/12), na disputa entre os dois times eliminados na semifinal, diante de um público de 40 mil no estádio Khalifa International, em Doha.
A Croácia, aparentando ter absorvido bem a derrota na semifinal para a Argentina, abriu o placar já aos 7 minutos, com gol do mascarado Josko Gvardiol, após uma cobrança ensaiada de falta. Ele mergulha, cabeceando no canto direito do goleito Bono, após a bola ter sido escorada de cabeça por Ivan Perisic.
A vantagem durou menos de dois minutos. Após uma cobrança da seleção do Marrocos, o meia croata Lovro Majer tenta afastar, tocando mal de cabeça e esticando a trajetória da bola, que sobra para o marroquino Achraf Dari cabecear à queima-roupa, na pequena área.
Mas os croatas viram o jogo aos 42 minutos, graças ao golaço de Mislav Orsic. O ponta recebe de Marko Livaja na faixa esquerda da área e, de primeira, bate colocado no canto oposto, encobrindo o goleiro Bono, tocando no lado de dentro da trave e caindo na rede.
No segundo tempo, o ritmo diminuiu, devido ao cansaço das duas equipes. Só o Marrocos teve três substitutos por problemas musculares. Na Croácia, o artilheiro da equipe Kramaric saiu com dores na panturrilha.
Jogo movimentado
Marrocos adotou uma postura mais agressiva, em busca do empare e se jogou no ataque, abrindo espaços para oscontra-ataques croatas.
O jogo continuou movimentado e emocionante na etapa final.O atacante marroquino Youssef En-Nesyri perdeu a melhor chance de empatar, quando chutou de dentro da pequena área aos 75 minutos, para defesa do goleiro croata Dominik Livakovic.
Por outro lado, a Croácia não teve sorte quando uma falta sobre Gvadiol na grande área marroquina ficou impune, aos 31 do segundo tempo.O apito do árbitro também se manteve silencioso quando Bruno Petkovic aplicou uma cotovelada contra En-Nesyri já aos 45 do segundo tempo.
A Croácia, entretanto, conseguiu sustentar a vantagem do placar até o final.
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Último Mundial de Modric
A campanha croata repete a da primeira participação em Copas, há 24 anos, na França, quando a Croácia caiu para os anfitriões na semifinal, por 2 a 1. Mas eles deram a volta por cima ao vencerem a Holanda, pelo mesmo placar, também assegurando a terceira colocação.
O triunfo em Doha foi "a última dança" em Mundiais do principal nome da geração que fez os croatas sonharem com o topo do futebol. Aos 37 anos, Luka Modric já havia anunciado que a Copa de 2022, a quarta da carreira, seria a última.
O camisa 10 não apresentou, no Catar, todo o brilho de quatro anos atrás, quando foi eleito o melhor jogador da competição e, posteriormente, ganhou a Bola de Ouro da Fifa. Ainda assim, foi fundamental na campanha croata, principalmente nas quartas de final, quando foi o dono do meio-campo no jogo contra o Brasil.
Do outro lado, a derrota marcou o fim do conto de fadas da primeira seleção africana a chegar às semifinais de uma Copa. E pensar que, há três meses não era Walid Regragui, mas o bósnio Vahid Halilhodzic, quem estaria no comando dos Leões do Atlas no Catar.
Nascido na França, mas de ascendência marroquina, Regragui assumiu a equipe após o antecessor ser demitido por “diferenças de opiniões” com a federação. Entre as “diferenças” estava a não convocação do meia Hakim Ziyech, um dos astros do país.
Curiosamente, croatas e marroquinos iniciaram a jornada catari juntos, com um insosso empate sem gols no Estádio Al Bayt, em Al Khor. Ambos superaram a concorrência de Bélgica e Canadá, no Grupo F, para seguirem para as oitavas de final. Em lados diferentes do chaveamento, os europeus precisaram dos pênaltis para despacharem Japão e Brasil, mas não resistiram à Argentina. Os africanos, que também foram à marca da cal para eliminarem a Espanha e que superaram Portugal no tempo normal, pararam apenas na França.
md (Reuters, EBC, ots)
As estrelas da Copa no Catar
A DW selecionou algumas das maiores estrelas que irão jogar na Copa do Mundo de Futebol de 2022 no Catar. O Mundial pode ser o último para vários dos maiores nomes do futebol, enquanto outros ainda têm muito a provar.
Foto: Owen Humphreys/empics/picture alliance
Lionel Messi (Argentina)
Lionel Messi declarou que esta será sua última Copa do Mundo. Aos 35 anos, o relógio está correndo, mas Messi mostrou que tem tanta fome de glória quanto quando tinha 20 anos. Ele levou a Argentina ao título da Copa América em 2021 e espera brilhar também no Catar. O troféu da Copa do Mundo seria um merecido presente de despedida.
Foto: Frank Augstein/AP/picture alliance
Cristiano Ronaldo (Portugal)
Em baixa no Manchester United, Cristiano Ronaldo, agora com 37 anos, continua sendo um homem-chave para sua seleção. No entanto, um troféu falta na estante de títulos da estrela do futebol português: a Copa do Mundo. Ele sabe que no Catar será sua última tentativa para coroar uma carreira que lhe trouxe quatro Bolas de Ouro e todos os troféus a nível de clubes.
Foto: Patricia de Melo Moreira/AFP
Neymar (Brasil)
Neymar, 30 anos, lidera uma das equipes mais em forma para esta Copa do Mundo. Em seu terceiro Mundial, é grande a pressão para ele finalmente conquistar o título, como muitas das maiores estrelas do Brasil fizeram no passado. Sua equipe está cheia de jogadores talentosos e a sua liderança e criatividade serão importantes no Catar.
Foto: Andre Penner/AP Photo/picture alliance
Kylian Mbappe (França)
Com 23 anos, Kylian Mbappé defende o título de sua seleção no Catar, após marcar quatro gols em sua estreia na Rússia em 2018. No entanto, suas aventuras na seleção não foram tão gratificantes desde aquela vitória em Moscou. Ele não conseguiu marcar um pênalti decisivo nas oitavas de final da Euro 2020, quando a França foi eliminada pela Suíça. Ele espera que no Catar seu desempenho seja melhor.
Foto: Justin Setterfield/REUTERS
Harry Kane (Inglaterra)
Um dos atacantes mais badalados do mundo, a presença de Harry Kane na seleção inglesa aumenta a expectativa do tão esperado título. A Inglaterra acabou em quarto lugar em 2018, por isso, chegar à final seria desta vez um progresso para a equipe que perdeu a final do Campeonato Europeu para a Itália nos pênaltis em Wembley em 2021. A seleção da Inglaterra aguarda pelo título há 56 longos anos.
Foto: Hannah Mckay/REUTERS
Sadio Mané (Senegal)
A estrela do Bayern de Munique vai ao Catar, apesar de ter contraído uma lesão no clube. O jogador de 30 anos teve um ótimo ano, levando seu país ao primeiro título africano e se classificando para a Copa, convertendo pênaltis decisivos ao longo do caminho. O Senegal, que disputa sua terceira Copa do Mundo, é um dos times a serem observados, e o sucesso pode depender da forma física de Mané.
Foto: Celso Bayo/ZUMA/picture alliance
Robert Lewandowski (Polônia)
Na última Copa, Lewandowski tentou arrastar a Polônia, mas sua equipe saiu cedo do torneio. Desta vez, mais velho e experiente, ele espera que o time supere a fase de grupos, onde enfrentarão Argentina, México e Arábia Saudita. É provável que esta seja a última Copa para o jogador de 34 anos, que foi muito bem sucedido em clubes, principalmente durante seu tempo no Bayern de Munique.
Foto: Adam Nurkiewicz/Getty Images
Son Heung-Min (Coreia do Sul)
Amplamente considerado o melhor jogador asiático na Copa do Catar, Son espera que a Coreia do Sul tenha sucesso em seu continente. A última vez em que o Mundial foi na Ásia, a Coreia do Sul chegou às semifinais em casa em 2002. Son, que dividiu a chuteira de ouro da Premier League na última temporada com 23 gols pelo Tottenham Hotspur, pode levar sua equipe a grandes feitos no Catar.
Foto: Lee Jin-man/AP Photo/picture alliance
Kevin de Bruyne (Bélgica)
O meio-campista do Manchester City lidera a geração de ouro da Bélgica. O time perdeu nas semifinais na Rússia em 2018 e espera uma melhor posição este ano. Aos 31 anos, De Bruyne é o maestro desta talentosa equipe que ainda não conseguiu deixar sua marca quando realmente importa. Esta pode ser a última oportunidade para consertar isso.
Foto: Stuart Franklin/Getty Images
Virgil van Dijk (Holanda)
Os holandeses retornam à Copa do Mundo após não terem se classificado para o Mundial na Rússia em 2018. O zagueiro de 31 anos é a maior estrela e capitão dos "laranjas", com a missão de comandar a equipe em direção ao grande êxito no Catar. Mesmo que a Holanda não se pareça mais com a equipe que chegou à final da Copa do Mundo de 2010, Van Dijk será a peça-chave do time na Copa do Catar.