Desde os atentados em 11 de setembro de 2001, o terrorismo islâmico assusta o mundo. De Nova York a Londres, reveja os principais ataques dos últimos 15 anos, nos Estados Unidos, na África, na Ásia e na Europa.
Anúncio
Após os ataques de 11 de setembro de 2001, o mundo entrou na "guerra contra o terrorismo". Dez anos depois, em 2 de maio de 2011, Osama bin Laden, mentor dos ataques e líder da rede terrorista Al Qaeda, foi morto no Paquistão.
O que começou como um ataque militar contra o regime Talibã no Afeganistão se ampliou posteriormente para a Guerra do Iraque. O conflito no Iraque, por sua vez, trouxe como consequência o surgimento da milícia terrorista "Estado Islâmico" (EI).
Quinze anos após o 11 de Setembro, o EI se tornou a principal ameaça mundial de terrorismo. Quase todo ato terrorista – seja sangrento, malsucedido ou frustrado – tem conexão com a organização, mesmo no caso de atentados cujos autores isolados citam o EI.
A onda mais devastadora de terrorismo tem afetado a Ásia. Em países como Afeganistão, Paquistão, Iraque e Indonésia, ataques se tornaram comuns. Na África, especialmente Nigéria e Somália são países abalados por milícias islâmicas como Boko Haram e Al Shabaab. Na Europa, especialmente França e Turquia estão na mira dos extremistas.
Veja uma lista dos mais devastadores ataques desde 11 de setembro de 2001 – com a exceção de áreas de crise e de guerra no Iraque, Afeganistão e Síria.
EUROPA
Reino Unido
19/06/2017 - Uma van avançou contra fiéis que saíam da mesquita de Finsbury Park em Londres deixando um morto e dez feridos. O motorista, um homem de 48 anos, foi detido pelas pessoas que estavam no local antes de ser preso pela polícia. Relatos de testemunhas indicam que o atropelamento teria sido proposital. A polícia confirmou que todas as vítimas pertenciam à comunidade muçulmana de Londres. O Conselho Muçulmano Britânico qualificou o incidente como a "mais violenta manifestação de islamofobia até hoje".
03/06/2017 - Três homens em uma van avançaram contra pedestres na Ponte de Londres, na região central da capital britânica, atropelando dezenas de pessoas antes de se dirigirem ao Borough Market, um local repleto de bares e restaurantes, e esfaquearem vários frequentadores. O ataque deixou sete mortos e 48 feridos. Os suspeitos, que vestiam coletes com explosivos falsos, foram mortos pela polícia.
23/05/2017 - Um britânico de origem líbia realizou um ataque suicida em Manchester, após o show da cantora Ariana Grande. A explosão deixou 22 mortos e mais de 60 feridos. Mais da metade das vítimas era menor de 16 anos. Foi o ataque terrorista mais mortal no Reino Unido desde os atentados de julho de 2005. O "Estado Islâmico" assumiu a responsabilidade.
22/03/2017 - Um motorista avança com um carro contra pedestres na ponte Westminster, no coração de Londres, matando duas pessoas. Em seguida, ele esfaqueia e mata um policial nos arredores do Parlamento britânico, antes de ser baleado e morto por policiais.
22/05/2013 - Em Londres, um soldado é morto na rua a golpes de faca e machadinha. Os dois autores do crime fogem. A polícia prende os homens, dois britânicos convertidos ao islamismo.
07/07/2005 - Em Londres, quatro terroristas suicidas detonam bombas em suas mochilas, quase ao mesmo tempo, dentro de um ônibus e do metrô, matando 52 pessoas e ferindo 700.
Bélgica
22/03/2016 - Terroristas suicidas detonam várias bombas no aeroporto de Bruxelas e numa estação de metrô, matando 32 pessoas.
Alemanha
19/12/2016 - Em Berlim, um tunisiano invade um mercado de Natal com um caminhão, matando 12 pessoas. O terrorista consegue fugir, viajando através da Europa até ser baleado e morto por policiais no norte da Itália, três dias mais tarde. O "Estado Islâmico" assume responsabilidade pelo atentado.
24/07/2016 - Em Ansbach, um refugiado sírio de 27 anos detona explosivos presos ao próprio corpo na entrada de um festival de música, ferindo várias pessoas. O EI reivindica responsabilidade pelo ataque.
18/07/2016 - Um refugiado de 17 anos do Afeganistão ataca passageiros de um trem perto de Würzburg, no sul do país, com um machado e uma faca. Várias pessoas ficam gravemente feridas, e o agressor é morto pela polícia durante a fuga. O ataque teve, possivelmente, motivação islâmica. O rapaz supostamente teria tido contato com o EI.
16/04/2016 - Em Essen, três homens são feridos pela explosão de uma bomba caseira na entrada de um templo sikh, um deles gravemente. Os três autores do ataque, adolescentes de 16 anos, são presos. Eles tinham contato com salafistas alemães.
26/02/2016 - Uma adolescente de 15 anos, alemã de ascendência marroquina, esfaqueia um policial no pescoço na estação central de Hannover, cidade no norte da Alemanha. Ela tinha ligações com radicais salafistas.
02/03/2011 - No aeroporto de Frankfurt, um albanês de Kosovo ataca, gritando a "Allahu akbar" ("Alá é grande", em árabe) um ônibus do Exército americano, matando a tiros dois soldados americanos e ferindo gravemente outros dois.
França
26/07/2016 - Em Saint-Etienne-du-Rouvray, perto de Rouen, dois homens de 19 anos invadem uma igreja durante a missa, degolam o padre, de 86 anos, e ferem gravemente um fiel. Ambos os criminosos são mortos a tiros pela polícia. O EI reivindica o ataque.
14//07/2016 - No Dia da Bastilha, um islamista avança com um caminhão contra uma multidão em Nice, matando 84 pessoas.
2016/07/2016 - Em Magnanville, um homem esfaqueia um policial. Segundo testemunhas, ele gritou "Allahu akbar" durante o ataque. Depois, ele faz a mulher e o filho do policial como reféns e, mais tarde, mata a mulher. Forças especiais da polícia matam o criminoso, que já havia sido processado por crimes violentos. O presidente francês, François Hollande, classifica ocorrido de "ato terrorista".
13/11/2015 - Em uma série de ataques contra bares, restaurantes e uma sala de shows em Paris, 130 pessoas são mortas e cerca de 350, feridas.
07/01/2015 - Dois terroristas invadem a redação do jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, e matam 12 pessoas, sendo mortos em um tiroteio com policiais. Um terceiro extremista invade um mercado de produtos kosher, matando quatro pessoas, antes de ser morto pela polícia.
Espanha
17/08/2017 - Uma camionete avança contra pedestres no movimentado calçadão de Las Ramblas, no centro de Barcelona, em ataque reivindicado pelo "Estado Islâmico". Horas mais tarde, atentado semelhante ocorre na cidade costeira de Cambrils, mas os cinco envolvidos são mortos a tiros pela polícia.
03/01/2004 - Em Madrid, dez bombas explodem dentro de quatro trens lotados de passageiros. São os primeiros grandes atentados realizados por islamistas na Europa Ocidental. As explosões matam 191 pessoas e ferem mais de 1.800. A rede terrorista Al Qaeda assume a autoria.
Turquia
21/08/2016 - Em uma festa de casamento em Gaziantep, pelo menos 54 pessoas são mortas num ataque suicida. Ancara culpa o EI pelo atentado. Nenhum grupo assume a autoria do ataque.
28/06/2016 - Supostos membros do grupo terrorista EI realizam um ataque no aeroporto de Istambul, matando 45 pessoas e ferindo mais de 200.
12/01/2016 - Um terrorista suicida mata 12 turistas alemães ao explodir uma bomba em uma praça em Istambul.
10/10/2015 - Um atentado durante uma passeata antigoverno em Ancara deixa mais de 100 mortos. Mais uma vez, o EI é tido como suspeito.
Rússia
31/10/2015 - Um avião de passageiros russo da companhia aérea Kolavia cai na Península do Sinai, no Egito. O avião fazia a rota de Sharm el-Sheikh para São Petersburgo. Todos os 224 passageiros, na maioria russos, morrem. O EI reivindica o atentado.
24/01/2011 - Um ataque suicida no aeroporto de Domodedovo, em Moscou, deixa 37 mortos e 100 feridos.
09/03/2010 - Um atentado suicida no metrô de Moscou deixa 40 mortos e 84 feridos.
ÁSIA
Indonésia
12/10/2002 - Radicais islâmicos realizam ataques em Bali. Alvos são clubes noturnos frequentados principalmente por turistas. Atentados matam 202 pessoas, a maioria das vítimas é da Austrália.
Índia
28/11/2008 - Mais de 170 pessoas morrem em ataques de vários comandos terroristas com armas automáticas e granadas de mão em Mumbai.
11/07/2006 - Também em Mumbai, sete bombas explodem sucessivamente em trens lotados e em estações ferroviárias. O ataque é considerado o primeiro grande ato de terrorismo islâmico desde o 11 de Setembro. A série de ataques deixa cerca de 190 mortos e mais de 700 feridos.
Paquistão
Desde o início de 2016, mais de 170 pessoas são mortas em atentados. Em outubro, terroristas disparam indiscriminadamente contra cadetes de uma academia de polícia na cidade de Quetta. O EI reivindica o atentado. Em setembro, é realizado um ataque suicida em uma mesquita no noroeste do país. Em agosto, uma bomba explode em Quetta, em frente a uma clínica. Os talibãs assumem a autoria do atentado. Em janeiro, um artefato explosivo havia sido detonado em um centro de vacinação contra poliomielite.
Páscoa de 2016 - Um ataque suicida em um parque infantil em Lahore deixa 70 mortos, incluindo muitas crianças.
Dezembro de 2014 - Um ataque a uma escola militar em Peshawar deixa 134 crianças mortas.
ÁFRICA
Nos países da África Oriental Quênia, Somália e Uganda, a milícia radical islâmica Al Shabaab aterroriza a população durante anos. Na Nigéria, Costa do Marfim e Mali, as pessoas fogem do Boko Haram, e no norte da África são realizados ataques contra áreas turísticas.
Quênia
No país, pelo menos 46 pessoas morrem em atentados entre janeiro e outubro de 2016. Membros da milícia islâmica Al Shabaab invadem uma pensão, atiram em aldeões, jogam explosivos em casas e atraem a polícia para emboscadas.
02/04/2015 - Combatentes do Al Shabaab executam um massacre no campus da Universidade de Garissa, no Quênia. Eles entram nos dormitórios dos estudantes, alvejando os cristãos. Quase 150 morrem, a maioria das vítimas são estudantes.
21/09/2013 - Terroristas mascarados invadem o luxuoso shopping center Westgate, em Nairobi, atirando indiscriminadamente e matando 67 pessoas.
Uganda
11/07/2010: Em Uganda, um ataque a bomba do Al Shabaab mata 76 espectadores da final da Copa do Mundo durante uma exibição pública da partida.
Nigéria
No norte do país, de maioria muçulmana, o grupo islâmico Boko Haram vem lutando desde 2009 para criar um Estado islâmico. Em março de 2015, o Boko Haram jurou lealdade ao "Estado islâmico". Os fundamentalistas sunitas aterrorizam também as áreas adjacentes dos países vizinhos Camarões, Níger e Chade.
Na Nigéria, nos primeiros dez meses de 2016, são mortas cerca de 200 pessoas. Muitas vezes, aldeias são simplesmente atacadas. O terrorismo acontece por bombas e ataques suicidas, em um ataque contra um campo de refugiados, contra mesquitas, contra mercados, procissões e em restaurantes. Além disso, um atentado suicida atribuído a islamistas deixa 19 mortos em um bar no país vizinho Camarões.
Janeiro de 2015 - Em um dos piores ataques, realizado na cidade de Baga, até 2 mil pessoas foram mortas, segundo relatos da mídia, em um único fim de semana.
14/04/2014 - Em Chibok, no nordeste da Nigéria, 276 alunas de uma escola são sequestradas pelo Boko Haram.
25/12/2011 - Em uma série de ataques contra igrejas, 39 pessoas são mortas nas cidades de Jos, Madalla, Gadaka e Damaturu.
Somália
O país é aterrorizado pelos extremistas do Al Shabaab. Os principais alvos dos terroristas são hotéis e restaurantes onde há grande número de turistas, principalmente na capital Mogadíscio. Nos primeiros dez meses de 2016, morrem 47 pessoas vítimas dos terroristas islâmicos.
Tunísia
26/06/2015 - Um militante do EI mata a tiros 38 turistas e fere 35 no balneário de Sousse.
18/03/2015 – Jihadistas invadem o Museu Nacional de Bardo, em Túnis, matando 24 pessoas, sendo a maioria turistas estrangeiros.
AMÉRICA DO NORTE
EUA
12/06/2016 - Um homem de 29 anos mata a tiros 49 pessoas em um clube noturno em Orlando, o qual é popular entre homossexuais, antes de ser morto por forças especiais da polícia. O atirador havia jurado fidelidade ao EI.
02/12/2015 - Syed Farook e a mulher, Tashfeen Malik, matam a tiros 14 pessoas em uma festa de fim de ano em um centro de assistência a portadores de deficiência.
15/04/2013: Atentados a bomba durante a Maratona de Boston matam três pessoas e ferem 264.
Cronologia do terrorismo na Europa
Há mais de uma década, ataques conduzidos por radicais islâmicos assombram o continente. Nesta galeria, apresentamos uma cronologia.
Foto: Picture alliance/Zumapress/V. Flores
Solingen: 23 de outubro de 2024
Um ataque a faca deixou três mortos e oito feridos em um festival de rua em Solingen, no oeste da Alemanha, nas celebrações do 650º aniversário da cidade. O grupo terrorista Estado Islâmico assumiu a autoria do ataque. Dois dias depois, a polícia anunciou que um homem sírio de 26 anos, identificado como Issa al H., se entregou às autoridades alegando ser responsável pelo atentado. Ele foi preso.
Foto: Medana Weident/DW
Oslo: 25 de junho de 2022
Um ataque a tiros numa casa noturna em Oslo, na Noruega, deixou dois mortos e mais de 20 feridos. A polícia tratou o tiroteio como um ato de "terrorismo islâmico extremista". As vítimas foram baleadas dentro e fora do London Pub, uma casa noturna LGBT+, bem como em outro dois locais nas proximidades. O atirador, um norueguês de 42 anos de origem iraniana, foi detido pela polícia.
Foto: JAVAD PARSA/NTB/AFP
Viena: 2 de novembro de 2020
Um ataque a tiros deixou ao menos quatro mortos e vários feridos, sete deles com gravidade, no centro de Viena. Os disparos foram efetuados em seis pontos diferentes da cidade. Um suspeito foi abatido pela polícia e uma megaoperação foi realizada para capturar outros possíveis envolvidos. O grupo jihadista Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque.
Foto: Matthias Schrader/AP Photo/picture alliance
Nice: 29 de outubro de 2020
Um ataque a faca na Basílica de Notre-Dame, na cidade francesa de Nice, matou três pessoas, incluindo a brasileira Simone Barreto Silva, de 44 anos. O prefeito de Nice, Christian Estrosi, disse a jornalistas no local do ocorrido que o agressor ficou repetindo as palavras "Allah Akbar" (Deus é o maior, em árabe) e foi "neutralizado com tiros" pela polícia.
Foto: Marina Strauß/DW
Paris: 16 de outubro de 2020
O professor de história Samuel Paty, de 47 anos, foi decapitado próximo à escola em que lecionava, em Paris. O autor do ataque, um refugiado tchetcheno de 18 anos, foi morto a tiros pela polícia. Segundo testemunhas, ele gritou "Allahu Akbar" ("Deus é grande", em árabe) ao ser abatido. Paty era alvo de ameaças por ter mostrado uma caricatura do profeta Maomé em aula sobre liberdade de expressão.
Foto: Hans Lucas/Imago Images
Hanau: 19 de fevereiro de 2020
Ataques a dois bares de narguilé em Hanau, no oeste da Alemanha, resultaram na morte de nove pessoas. Horas depois dos crimes, a polícia encontrou o cadáver do atirador na residência dele e também o corpo de uma mulher. Investigadores localizaram um bilhete do criminoso, no qual ele reivindica a autoria do crime, e um vídeo no qual ele faz declarações racistas.
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Probst
Londres: 29 de novembro de 2019
Na capital britânica, um homem atacou vários pedestres com uma faca na Ponte de Londres. Duas pessoas morreram e três ficaram feridas. A polícia matou a tiros o suspeito do crime. A Scotland Yard afirmou tratar-se de um atentado terrorista e disse que o criminoso vestia um colete explosivo falso. O agressor era um radical islâmico que já havia sido condenado por atividades terroristas em 2012.
Em Halle, no leste da Alemanha, um homem vestindo uniforme de combate lançou um explosivo sobre o muro de um cemitério judaico e tentou entrar em uma sinagoga. Como não conseguiu, começou a disparar contra pedestres, matando uma mulher, e efetuou disparos contra uma lanchonete turca, matando um homem. Outras duas pessoas ficaram feridas. O autor do crime admitiu motivações antissemitas.
Foto: picture-alliance/dpa/S. Willnow
Utrecht: 18 de março de 2019
Quatro pessoas morreram em decorrência de disparos efetuados por um homem em um bonde na cidade holandesa de Utrecht. Após oito horas de buscas, a polícia prendeu Gokmen Tanis, de 37 anos e de origem turca. De acordo com as autoridades, a forma de ataque e uma carta encontrada no bonde indicam um ato terrorista.
Foto: picture-alliance /ANP/R. van Lonkhuijsen
Estrasburgo: 11 de dezembro de 2018
Um atirador abriu fogo perto de um mercado de Natal no centro da cidade francesa de Estrasburgo, sede do Parlamento Europeu, matando cinco pessoas. Após uma caçada de dois dias, o autor do atentado, Chérif Chekatt, um cidadão francês de origem norte-africana de 29 anos, foi abatido pela polícia. Autoridades francesas afirmam que Chekatt se radicalizou como extremista islâmico.
Foto: Reuters/C. Hartmann
Liège: 29 de maio de 2018
Armado com uma faca, um criminoso atacou duas policiais e usou as armas de fogo delas para matá-las. Depois, abriu fogo e matou um jovem de 22 anos. Em seguida, entrou em um colégio, onde fez uma funcionária refém. A polícia interveio e, na troca de tiros, o terrorista foi morto. A Procuradoria Federal belga afirmou que vários elementos indicavam que o caso se tratou de uma ação terrorista.
Foto: Reuters/F. Lenoir
Trèbes: 23 de março de 2018
Um homem armado roubou um carro em Carcassonne, no sul da França, e seguiu para a vizinha Trèbes, onde fez diversas pessoas reféns dentro de um supermercado. Lá, o atirador, marroquino, teria gritado "Deus é grande" em árabe e dito ser um soldado do "Estado Islâmico". Após horas de impasse, ele foi morto pela polícia. O episódio deixou três mortos. Um policial morreu no dia seguinte.
Foto: Reuters/R. Duvignau
Marselha: 1 de outubro de 2017
Ahmed H. esfaqueou e matou duas mulheres na estação de trens de Marselha, na França, antes de ser morto a tiros pela polícia. O "Estado Islâmico" reivindicou a autoria do ataque, referindo-se a Ahmed H. como um de seus "soldados". Dois funcionários do Ministério do Interior renunciaram após a revelação de que Ahmed H. era um imigrante ilegal que escapou de suas mãos.
Foto: Reuters/J.P. Pelissier
Turku: 18 de agosto de 2017
Duas pessoas morreram e outras oito ficaram feridas em atentado no centro de Turku, na Finlândia. O autor do ataque, um marroquino de 18 anos e requerente de asilo, foi baleado na perna e preso pela polícia.
Foto: Reuters/LehtiKuva/Roni Lehti
Barcelona e Cambrils: 17 de agosto de 2017
Uma camionete atropelou pedestres no movimentado calçadão de Las Ramblas, no centro da capital catalã. Ataque foi reivindicado pelo "Estado Islâmico" e três pessoas foram detidas. Horas mais tarde, atentado semelhante ocorreu na cidade costeira de Cambrils, deixando um morto, mas os cinco envolvidos foram mortos a tiros pela polícia.
Foto: Imago/E-Press Photo.com
Londres: 19 de junho de 2017
Uma van avançou contra fiéis que saíam da mesquita de Finsbury Park em Londres deixando um morto e dez feridos. O motorista, um homem de 48 anos, foi detido pelas pessoas que estavam no local antes de ser preso pela polícia. Relatos de testemunhas indicam que o atropelamento teria sido proposital. A polícia confirmou que todas as vítimas pertenciam à comunidade muçulmana de Londres.
Foto: Getty Images/AFP/D. Leal-Olivas
Londres: 3 junho de 2017
Três homens em uma van avançaram contra pedestres na Ponte de Londres, na região central da capital britânica, atropelando dezenas de pessoas antes de se dirigirem ao Borough Market, um local repleto de bares e restaurantes, e esfaquearem diversas vítimas. O ataque deixou sete mortos e 48 feridos. Os suspeitos, que vestiam coletes com explosivos falsos, foram mortos pela polícia.
Foto: Picture alliance/empics/F. De Caria/PA Wire
Manchester: maio de 2017
Um atentado perpetrado por um suicida deixou ao menos 22 mortos e mais de 50 feridos em 23 de maio, quando uma bomba explodiu ao fim do show da cantora Ariana Grande em Manchester, Inglaterra. Entre os mortos, houve várias crianças e jovens – o público da cantora é majoritariamente adolescente.
Foto: picture-alliance/AP Photo/P. Byrne
Estocolmo: abril de 2017
Pelo menos quatro pessoas morreram e 15 ficaram feridas depois de um caminhão ter avançado contra pedestres numa movimentada rua comercial no centro de Estocolmo. O atentado apresentou os mesmos padrões dos atropelamentos em massa realizados em Nice, Berlim e, mais recentemente, em Londres.
Foto: picture-alliance/AP Photo/TT News Agency
Londres: março de 2017
Um ataque nos arredores do Parlamento do Reino Unido paralisou o coração de Londres em 22 de março. Um veículo avançou contra pedestres na ponte Westminster, matando pelo menos três pessoas e deixando dezenas de feridos. Próximo dali, no perímetro do Parlamento, o motorista esfaqueou um policial, que também morreu, antes de ser baleado e morto por policiais.
Foto: picture-alliance/dpa/J. Brady
Berlim: dezembro de 2016
Pouco antes do Natal, a capital alemã foi alvo de um atentado. Doze pessoas morreram quando um terrorista do IS sequestrou um caminhão e invadiu um mercado de Natal lotado. Poucos dias depois, o tunisiano de 24 anos foi morto a tiros perto de Milão pela polícia italiana.
Foto: picture-alliance/dpa/B. Pedersen
Würzburg: julho de 2016
Em 18 de julho de 2016, um jovem de 17 anos atacou passageiros de um trem em Würzburg, no sul da Alemanha. Com um machado e uma faca, ele deixou cinco feridos. O agressor entrou na Alemanha em junho de 2015, como um requerente de asilo afegão, e foi morto pela polícia durante a fuga. O "Estado Islâmico" reivindicou o ataque.
Foto: picture-alliance/dpa/K.-J. Hildenbrand
Nice: julho de 2016
Um caminhão avançou sobre uma multidão em Nice, no sul da França, em 14 de julho de 2016, durante festividades do Dia da Bastilha. Ao menos 84 pessoas morreram e outras 18 ficaram feridas em estado grave. O presidente francês, François Hollande, classificou o ataque de atentado terrorista e prorrogou o estado de emergência no país por mais três meses.
Foto: picture-alliance/AP Photo/S. Goldsmith
Istambul: julho de 2016
Em 28 de junho de 2016, três homens-bomba atacaram o Aeroporto Atatürk de Istambul, o terceiro maior da Europa. Mais de 40 pessoas morreram e mais de 230 ficaram feridas. Chama a atenção o fato de o ataque ter ocorrido dois dias antes do segundo aniversário da proclamação do califado do "Estado Islâmico" (EI), o que sugere uma nova fase do grupo em sua estratégia na Turquia.
Foto: Reuters/M. Sezer
Bruxelas: março de 2016
Em 22 de março de 2016, dois terroristas explodiram malas com explosivos na área de embarque do Aeroporto Internacional de Zaventem, em Bruxelas. Um terceiro conseguiu fugir. Minutos depois, outra bomba foi detonada por um suicida na estação de metrô Maelbeek, no bairro onde ficam escritórios da Comissão Europeia. Trinta e dois morreram e mais de 300 foram feridos.
Foto: picture-alliance/dpa/D. Waem
Ancara: março de 2016
A Turquia vem sofrendo atentados desde junho de 2015. Istambul e Ancara são as cidades mais visadas. Em 13 de março de 2016, um carro-bomba matou 37 pessoas e deixou 125 feridos. A violência é uma resposta à ação turca na guerra civil síria.
Foto: Reuters/U. Bektas
Paris: novembro de 2015
Uma série de ataques a tiros e bombas em diversos pontos da capital francesa deixou 130 mortos. O maior número de vítimas foi registrado na casa de espetáculos Bataclan, que foi invadida por um grupode atiradores que dispararam a esmo. O local estava lotado. O grupo "Estado Islâmico" reivindicou a autoria dos ataques.
Foto: Getty Images/AFP/K. Tribouillard
Saint-Quentin-Fallavier: junho de 2015
Um ataque contra uma fábrica de gás na cidade de Saint-Quentin-Fallavier, próximo a Lyon, no leste da França, deixou ao menos um morto e vários feridos. Um corpo decapitado foi encontrado próximo à fábrica de gás, ao lado de uma bandeira islâmica. Logo após o incidente, o presidente François Hollande afirmou não haver dúvidas de que se trata de um ataque terrorista.
Foto: picture-alliance/dpa
Paris: janeiro de 2015
Um ataque ao semanário Charlie Hebdo, em Paris, matou 12 pessoas. O presidente francês, François Hollande, condenou o atentado, classificando o ato como "barbárie extraordinária". Políticos e jornalistas na Europa dizem que o atentado à redação do "Charlie Hebdo" foi um ataque à liberdade de imprensa no continente.
Foto: picture-alliance/dpa/AP Photo/T. Camus
Bruxelas: setembro de 2014
Em setembro de 2014, foi evitado um ataque ao prédio da Comissão Europeia, em Bruxelas. Segundo especialistas, o perigo de atentados de radicais islâmicos na Europa continua. Hoje eles também são perpetrados por terroristas solitários. Aliado a isto, vários cidadãos europeus na Síria e no Iraque, engajados em tropas do "Estado Islâmico", que retornam à Europa entram na mira das autoridades.
Foto: picture alliance/ZUMA Press/M. Dairieh
Bruxelas: maio de 2014
Um homem armado abriu fogo na entrada do museu judaico, em Bruxelas, no dia 24 de maio de 2014, matando quatro pessoas. Após a sua identificação na França, ele foi extraditado para a Bélgica. Suspeita-se de que o homem, de nacionalidade francesa, teria combatido na Síria por mais de um ano ao lado de guerreiros islâmicos. Ele já esteve na prisão por roubo.
Foto: Reuters
Toulouse: março de 2012
Entre 11 e 22 de março de 2012, a França foi tomada pelo medo. Um homem em uma motocicleta baleou dois soldados. Oito dias depois, em 19 de março, ele matou três estudantes e um professor em uma escola judaica. A polícia procurou o autor dos crimes durante dias até cercarem a casa de um suspeito. No dia 22 de março, os policiais invadiram a residência e o mataram.
Foto: AP
Paris: novembro de 2011
O semanário "Charlie Hebdo" já havia sido alvo de ataques há quase quatro anos. Um coquetel molotov foi arremessado para dentro da redação, mas ninguém ficou ferido. A pessoa que cometeu o atentado não foi identificada até hoje. O motivo do ataque, supostamente, foram as publicações críticas ao islã. O periódico está há bastante tempo sob proteção policial.
Foto: picture-alliance/abaca
Estocolmo: dezembro de 2010
Um pouco antes do Natal, no dia 11 de dezembro, duas bombas explodiram em uma área comercial bastante movimentada da capital sueca. Duas pessoas ficaram feridas. O autor do atentado, um iraquiano de 28 anos, se matou. Durante muito tempo ele foi considerado o único responsável pelo crime, no entanto, há informações de que mais pessoas teriam sido cúmplices.
Foto: AFP/Getty Images/J. Nackstrand
Dinamarca: setembro de 2005
No dia 30 de setembro, o diário "Jylannds Posten" publicou 12 charges críticas relacionadas ao islã. Uma delas mostrava o profeta Maomé com uma bomba como turbante. Os desenhos provocaram vários protestos violentos pelo mundo. Além disso, houve uma tentativa de atentado ao jornal.
Foto: picture-alliance/dpa
Londres: julho de 2005
Quatro ataques suicidas aconteceram quase simultaneamente nas principais vias da capital inglesa na manhã do dia 7 de julho de 2005. Três bombas explodiram em linhas do metrô e uma em um ônibus de dois andares. Ao todo, 52 pessoas morreram, incluindo os quatro terroristas. Estes atentados foram os piores da história da Grã-Bretanha.
Foto: picture-alliance/dpa/P. MacDiarmid
Madri: março de 2004
No dia 11 de março, 191 pessoas morreram no maior atentado da história da Espanha. Várias bombas explodiram em quatro trens diferentes, um deles numa linha de metrô. Os terroristas foram condenados a 43 mil anos de prisão. Mas como não há prisão perpétua na Espanha, os criminosos ficarão, no máximo, 40 anos na prisão.
Foto: PAUL WHITE/AP/picture alliance
Istambul: novembro de 2003
Ao longo de cinco dias, radicais islâmicos praticaram diversos atentados em Istambul. Na ocasião, 58 pessoas morreram e 600 ficaram feridas. Em 15 de novembro, dois carros-bomba explodiram em frente a uma sinagoga, na qual vários fiéis estavam reunidos para rezar. No dia 20 de novembro, os radicais atacaram um banco e o consulado britânicos. Os terroristas foram condenados em 2007.