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Cruz Vermelha Alemã assume centro de tratamento do ebola na Libéria

Nadina Schwarzbeck (av)17 de dezembro de 2014

Após dois adiamentos, ONG começa trabalhos para atender até cem pacientes. Segundo OMS, epidemia de ebola já matou mais de 6.500 pessoas na África Ocidental.

Foto: DRK/Victor Lacken

A Cruz Vermelha Alemã assumiu nesta terça-feira (16/12) um novo centro de tratamento do ebola em Monróvia, capital da Libéria. A inauguração estava marcada para novembro, mas a entrega das instalações à ONG havia sido adiada por duas vezes. Quando em pleno funcionamento, o centro atenderá cerca de cem doentes.

Para cumprir a meta de começar a receber os pacientes ainda antes do Natal, estão sendo realizados intensos trabalhos preliminares.

"Hoje conseguimos assumir o hospital e o equipamento técnico. Também começamos a trazer suprimentos médicos e treinamos procedimentos necessários para administrar este centro de tratamento sem erros", enumerou Christian Schuhin, da equipe da Cruz Vermelha.

Boas notícias

Há quase dez meses a África Ocidental enfrenta a pior epidemia de ebola da história, com impacto devastador. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 6.500 pessoas já morreram na Guiné, Libéria e Serra Leoa, países onde, até o momento, foi registrado um total de 18.188 casos.

Mas também há boas notícias: a OMS registrou uma queda drástica no número de infecções com o vírus do ebola, entre meados de setembro e de outubro, estacionando em 20 ocorrências por semana.

Schuhin confirma que a taxa de contágio está estável, mas ressalva ser impossível saber o que poderá acontecer nos próximos dias e semanas. "E estamos trabalhando a todo vapor para que o nosso centro de tratamento possa operar em breve. Queremos estar prontos se o número de casos voltar a crescer."

Colaboração com a Bundeswehr

Com esse fim, 15 voluntários da Cruz Vermelha e 27 membros das Forças Armadas da Alemanha estão na Libéria para trabalhar e treinar a equipe de enfermeiros local. O programa de treinamento se concentra nas medidas sanitárias e de segurança.

O coronel Salvatore Schmidt, médico da Bundeswehr, ressalta que a cooperação entre as duas entidades tem sido excelente. "Damos apoio através da nossa equipe médica, dos nossos técnicos, e transmitimos know-how. É um modo fantástico de trabalhar junto. E também uma ocasião histórica, pois é a primeira vez que a Cruz Vermelha Alemã e a Bundeswehr colaboram de forma tão próxima."

As organizações não governamentais envolvidas – sobretudo as menores, como a International Search and Rescue (ISAR) – alegram-se por essa nova participação no combate ao ebola.

"As ONGs maiores tem mais capacidade para tratar os pacientes", comenta o funcionário da ISAR Thomas Laacksmann. Sua organização também construiu unidades de isolamento, duas das quais em Monróvia, onde estão sendo tratados 60 pacientes.

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