Danos em represa levam a evacuação de milhares na Califórnia
13 de fevereiro de 2017
Quase 200 mil pessoas são obrigadas a deixar região da represa de Oroville após fortes chuvas e neve. Autoridades alertam para efeitos "catastróficos" de possível rompimento de estrutura da barragem.
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Dezenas de milhares de pessoas receberam neste domingo (12/02) ordem para evacuar com urgência uma região no norte da Califórnia, em razão do aumento do nível de água na represa de Oroville.
Temendo um rompimento da estrutura da barragem, as autoridades ordenaram a evacuação das cidades de Oroville, Yuba e outras na região, que estariam em "situação de perigo". Cerca de 188 mil pessoas foram afetadas.
O vertedouro principal da represa – estrutura hidráulica que permite o escoamento do excesso de volume de água – sofreu danos causados pela erosão na semana passada, levando as autoridades a ativar o escoadouro de emergência. Este, porém, também teria sofrido danos graves, segundo informou o departamento de polícia local.
"Avarias na estrutura do vertedouro auxiliar podem resultar numa vazão descontrolada das águas do Lago Oroville", afirmou a polícia nas redes sociais ao ordenar a evacuação.
Mais tarde, o xerife do condado de Butte informou que a erosão não progredia com a rapidez esperada e que a quantidade de água escoada pelo vertedouro auxiliar tinha diminuído significativamente.
No fim do dia, autoridades estaduais e locais afirmaram que o perigo imediato havia passado, mas alertaram que a situação ainda era imprevisível. O diretor do Departamento de Recursos Hídricos, Bill Croyle, ressaltou que danos numa estrutura como essa podem ser "catastróficos".
O nível das águas aumentou em razão de chuvas fortes e nevascas nas últimas semanas, após anos de seca na região. A represa de Oroville, construída há 50 anos, está localizada acima da cidade de mesmo nome, de 16 mil habitantes.
RC/rtr/dw/dpa
Desastres naturais vistos do espaço
Como os satélites veem a Terra? E o que eles descobrem sobre os acontecimentos na superfície do planeta? Confira fotos impressionantes de catástrofes naturais observadas da órbita terrestre.
Foto: NASA
Gigante acordado
De densas cinzas a nuvens de água congelada, fenômenos naturais podem ser examinados do espaço sideral. A Estação Espacial Internacional estava passando sobre o vulcão Sarychev, localizado nas ilhas Kuril, na Rússia, quando ele entrou em erupção em 2009. Aproveitando uma brecha entre as nuvens, os astronautas puderam tirar esta foto.
Foto: NASA
Lago evaporado
Diariamente, satélites de observação, como o Proba-V da Agência Espacial Europeia, coletam imagens que permitem rastrear as mudanças ambientais ao longo do tempo. Estas fotos tiradas em abril de 2014, julho de 2015 e janeiro de 2016 (da esq. para dir.) fornecem uma visão clara da evaporação gradual do lago Poopó, em parte devido às mudanças climáticas. Ele já foi o segundo maior lago da Bolívia.
Foto: ESA/Belspo
Não brinque com fogo
Todos os anos, incêndios florestais destroem paisagens e ecossistemas ao redor do planeta. Muitas vezes, eles são causados por seres humanos. Esse também foi o caso na Indonésia, onde agricultores fizeram queimadas na floresta de turfa. Na Islândia, Bornéu e Sumatra, satélites detectaram focos de incêndio em setembro de 2015, e a coluna de fumaça cinza provocou alertas de qualidade do ar.
Foto: NASA/J. Schmaltz
Chuvas torrenciais
Em 2013, choveu tanto que alguns rios da Europa Central transbordaram. Como se pode ver nesta imagem de 2013, o rio Elba rompeu as suas margens após chuvas sem precedentes. Na foto, a água enlameada cobre a área em torno da cidade de Wittenberg, no estado alemão da Saxônia-Anhalt.
Foto: NASA/J. Allen
No olho do furacão
Uma forte tempestade pode causar danos irreparáveis através de ventos intensos e chuvas torrenciais que vêm do mar. Informações obtidas do espaço são cruciais para acompanhar o desenvolvimento de tormentas: intensidade, direção, velocidade do vento. No Pacífico leste, próximo à costa mexicana, esta imagem ajudou a prever que o furacão Sandra alcançaria ventos de 160 km/h em novembro de 2015.
Foto: NASA/J. Schmaltz
Derretimento de geleiras
Satélites também desempenham importante papel no monitoramento das mudanças climáticas e, inevitavelmente, do processo de degelo. Do espaço, cientistas puderam documentar a diminuição de geleiras ao redor do mundo, como também a subsequente elevação do nível dos oceanos. Esta foto feita pela Estação Espacial Internacional mostra o recuo da geleira Upsala, na Patagônia argentina, de 2002 a 2013.
Foto: NASA
Prenda a respiração
Em setembro de 2015, satélites proporcionaram esta vista impressionante de regiões povoadas no Oriente Médio envoltas numa tempestade de areia ou "haboob". Aliadas às informações de sensores de qualidade de ar no solo, observações de satélites espaciais ajudam a entender os padrões de início e desenvolvimento de uma tempestade. Essas constatações melhoram os métodos de previsão.
Foto: NASA/J. Schmaltz
Montanha nua
Essas foram as palavras usadas pela Nasa para descrever a falta de neve no Monte Shasta, na Califórnia, uma fonte crucial de água para a região. Imagens que vêm documentando a estiagem ao longo dos últimos anos têm mostrado montanhas marrons que deveriam ser brancas, e terra onde se procura água. Com o degelo, a seca aumenta.