7 de setembro de 1950: o Palácio de Berlim, que havia sido seriamente danificado durante a Segunda Guerra Mundial, é implodido pelo governo comunista da República Democrática da Alemanha. O prédio histórico "não combinava" com o novo Estado que emergia. Por mais de dois séculos, o edifício no centro de Berlim havia sido a residência dos reis prussianos e do imperador alemão.
Nos anos 1970, a então Alemanha Oriental construiu no local o Palácio da República para servir de centro de eventos e sede da Câmara do Povo. O que se mantém até a reunificação alemã: em 1990, o palácio é fechado devido à contaminação por amianto. E se inicia o debate sobre o futuro do edifício.
Enquanto uns lutam pela manutenção do Palácio da República, outros querem a reconstrução da residência prussiana. Uma terceira opção – um edifício moderno – fica fora de cogitação.
4 de julho de 2002: O Parlamento Alemão aprova por ampla maioria a reconstrução do Palácio de Berlim. O modelo virtual é projetado nos mínimos detalhes, mas na realidade, o processo se mostra bem mais lento. O Palácio da República tem que ser demolido e o projeto arquitetônico fica sujeito a aprovação em concurso.
O vencedor é o italiano Franco Stella, que apresenta um projeto de inspiração barroca - com exceção da fachada leste que deve ter um design mais moderno.
Mas, afinal, qual deveria ser a função do novo palácio? Começa outra longa discussão. Aprova-se a criação de um espaço voltado às culturas do mundo – para que as coleções de arte não-europeia de Berlim dialoguem com o acervo vizinho da Ilha dos Museus. O novo espaço é batizado de Fórum Humboldt – uma referência ao famoso naturalista e pesquisador Alexander von Humboldt.
Em obras desde 2012, o Fórum Humboldt deve ser inaugurado no fim de 2019. Um investimento federal de cerca de 590 milhões de euros, além de 100 milhões de euros de doações privadas para a reconstrução das fachadas barrocas.