Defesa de suspeito de ataques em Paris abandona o caso
12 de outubro de 2016
Motivo alegado por advogados de Salah Abdeslam é decisão do cliente de se manter em silêncio. Ele é o único suspeito vivo dos atentados de 13 de novembro de 2015 na capital francesa.
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Os advogados do único suspeito vivo dos atentados de 13 de novembro de 2015 em Paris, Salah Abdeslam, anunciaram nesta quarta-feira (12/10) que vão abandonar o caso.
O belga Sven Mary e o francês Frank Berton disseram que Abdeslam não colabora mais com a defesa, após decidir permanecer em silêncio em protesto contra a instalação de uma câmera que o vigia durante 24 horas em sua cela de prisão.
"Não achamos que ele vai falar, mas que vai usar o seu direito de permanecer em silêncio", disse Berton. Segundo ele, os dois advogados teriam afirmado desde o início que se o cliente ficasse calado eles abandonariam a defesa.
Berton criticou a "decisão política" de colocar Abdelsam sob esse tipo de vigilância, dizendo que pode levar alguém à loucura. O francês lamentou o que chamou de um "imenso desperdício".
Mary lamentou que as idas a prisão para ver Abdeslam parecem inefetivas, como "visitas sociais". "As verdadeiras vítimas disso tudo são as vítimas dos ataques em Paris. Elas têm o direito de saber a verdade e tentar entender o incompreensível”, observou o belga.
Após meses em fuga, Abdeslam foi detido em 18 de março no bairro de Molenbeek, em Bruxelas, e transferido no dia 27 de abril para França, onde responde por acusações de terrorismo.
Os investigadores ainda não conseguiram determinar o papel de Abdeslam nos ataques a bares, restaurantes, à sala de concertos Bataclan e ao Stade de France na capital francesa, que deixaram 130 mortos. O suspeito está detido em isolamento numa prisão no sul de Paris.
RC/efe/lusa/dpa
Imagens do terror em Paris
Mais de 120 pessoas foram vítimas do terrorismo na noite de 13 de novembro de 2015 na capital francesa. Confira imagens de uma noite que vai mudar o mundo.
Foto: Reuters/Ch. Hartman
Primeiras notícias
O jogo amistoso entre Alemanha e França ainda estava em andamento quando as primeiras notícias de tiros e explosões apareceram na televisão.
Foto: picture-alliance/dpa
Medo nas ruas
As notícias espalharam o medo entre as pessoas que aproveitavam uma noite de temperatura agradável na capital francesa. Autoridades pediram à população para que não deixassem suas residências.
Foto: picture-alliance/dpa
Cenário da barbárie
A sala de espetáculos Bataclan foi invadida por forças de segurança, que libertaram reféns por volta da 1h. Cerca de 1.500 pessoas estavam reunidas para um show de rock.
Foto: Reuters/C. Hartmann
Reação imediata do presidente
François Hollande se dirigiu à população francesa ainda na noite dos atentados. Pouco antes, ele havia deixado o Stade de France, onde assistia ao amistoso entre França e Alemanha. Hollande falou em atentados terroristas sem precedentes.
Foto: Reuters
Torcedores no gramado
Os torcedores inicialmente não puderam deixar o Stade de France e se dirigiram para o gramado.
Foto: Getty Images/AFP/M. Alexandre
Atiradores estão mortos
Os atentados aconteceram simultaneamente em seis pontos de Paris e aparentemente foram executados por oito terroristas. Segundo a polícia, sete deles cometeram suicídio e um foi morto por policiais.
Foto: Getty Images/K. Tribouillard
O medo dos sobreviventes
O número de vítimas pode subir ainda mais, pois há um grande número de feridos. Nas ruas, o medo é visível nos rostos das pessoas.
Foto: Getty Images/AFP/M. Bureau
Segurança reforçada
A segurança foi reforçada em diversas instituições francesas pelo mundo, como no consulado de Nova York.
Foto: Getty Images/S. Platt
Solidariedade mundial
O One World Trade Center, em Nova York, coloriu a antena no alto do prédio com as cores nacionais da França. Em todo o mundo, líderes expressaram solidariedade.