Democrata influente pede que Biden desista da reeleição
18 de julho de 2024
Deputado Adam Schiff é o membro mais proeminente do partido do presidente dos EUA a pedir que o governante renuncie à candidatura. Biden diz que "condição médica" poderia fazê-lo sair da disputa.
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O congressista Adam Schiff, da Califórnia, se tornou nesta quarta-feira (17/07) o democrata mais proeminente a pedir que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, renuncie à candidatura e abandone suas aspirações de ser reeleito nas eleições de novembro.
Schiff é um congressista influente que foi presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, liderou o primeiro processo de impeachment contra o ex-presidente Donald Trump e é um dos favoritos para ganhar uma cadeira no Senado nas eleições de novembro.
Aliado próximo de Pelosi
Schiff também é um aliado próximo da poderosa congressista Nancy Pelosi, ex-presidente da Câmara dos Deputados, que tem sido ambivalente em seus comentários públicos sobre se Biden deve continuar sendo o candidato democrata à Casa Branca.
"Embora a decisão de se retirar da campanha seja exclusivamente do presidente Biden, acredito que é hora de ele passar a tocha", disse Schiff ao jornal Los Angeles Times.
Schiff eleva para mais de 20 o número de membros democratas do Congresso que pediram a Biden que se afaste para dar lugar a outro candidato. Ele é o primeiro a fazer isso depois da tentativa de assassinato contra o ex-presidente e candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump.
As pesquisas mostram Trump vencendo a eleição para a Casa Branca em novembro, em vantagem em todos os estados-chave da disputa.
O péssimo desempenho de Biden durante o debate presidencial no final de junho provocou um movimento dentro do partido para forçar sua retirada antes que ele seja oficialmente proclamado o candidato.
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"Condição médica"
Também nesta quarta-feira, Biden disse em uma entrevista à BET News que reconsideraria sua decisão de permanecer na campanha eleitoral de novembro se fosse diagnosticado com uma "condição médica".
Questionado sobre as circunstâncias que o levariam a reconsiderar sua permanência na disputa, Biden respondeu: "Se eu tivesse uma condição médica que aparecesse, se alguém, se os médicos viessem até mim e dissessem 'você tem esse ou aquele problema'".
Essa é a primeira vez que Biden deixa a porta aberta para a possibilidade de renunciar à candidatura presidencial diante da crescente pressão dentro do partido para que o faça, à qual ele tem respondido de forma desafiadora.
Na entrevista à BET News, Biden também admitiu que, em 2020, ele disse que "seria um candidato de transição" e que, em 2024, passaria o bastão a outra pessoa.
"Mas não previ que as coisas ficariam tão divididas. Sinceramente, acho que a única coisa que a idade traz é um pouco de sabedoria, e acho que já provei que sei como fazer as coisas pelo país. E não quero abrir mão disso", acrescentou.
md/le (AFP, EFE)
Tiros contra Trump: imagens e reações
A tentativa de assassinato de Donald Trump em um comício na Pensilvânia chocou os EUA e o mundo. Veja como tudo aconteceu.
Foto: Brendan McDermid/REUTERS
Tiros
Uma série de tiros foi disparada durante o comício da campanha presidencial de Donald Trump em Butler, Pensilvânia. Os agentes do Serviço Secreto correram rapidamente para o palco e cercaram Trump.
Foto: Gene J. Puskar/AP Photos/picture alliance
Agentes correm para proteger Trump
No momento dos disparos, Trump pôde ser visto tocando sua orelha direita e se abaixando por detrás do púlpito onde discursava. Em seguida, agentes do Serviço Secreto correram para o palco e cobriram o ex-presidente com seus corpos. Eles se amontoaram sobre ele, enquanto outros agentes de segurança protegiam o local.
Foto: Evan Vucci/AP Photos/picture alliance
Rosto ensanguentado, punho em riste
Depois de cercar Trump, agentes do Serviço Secreto ajudaram o ex-presidente a se levantar. Manchas de sangue eram vistas em seu rosto. Trump ergueu o punho em direção à multidão, dizendo "fight, fight, fight" (luta, luta, luta). Muitos na multidão gritavam: "USA, USA" (EUA, EUA).
Foto: REUTERS
Trump em pode desafiadora
Após os agentes ajudarem Trump a se levantar, ele ergueu o punho em gesto de desafio. Com o rosto manchado de sangue, ele dizia à multidão para "lutar, lutar". As imagens do momento, capturadas aqui pelo fotógrafo da AP Evan Vucci, circularam rapidamente nas mídias sociais, já que muitos republicanos o viram como um momento decisivo da eleição de Trump.
Foto: Evan Vucci/AP Photo/picture alliance
A cena do crime: comício na Pensilvânia
Trump, tinha acabado de começar seu discurso quando os tiros foram disparados. Ele falava sobre migrantes. Uma testemunha disse à agência de notícias Reuters que, a princípio, pareciam fogos de artifício, mas depois as pessoas começaram a gritar. "Todo mundo começou a entrar em pânico. Foi um caos", afirmou.
Foto: Evan Vucci/AP Photo/picture alliance
Choque e medo entre participantes do comício
Uma pessoa da plateia foi morta e duas ficaram gravemente feridas, segundo autoridades de segurança. Um médico que estava no meio da multidão correu para ajudar um dos feridos. Depois de falar com os repórteres, o médico disse que a pessoa havia sido baleada na cabeça. A morte foi confirmada mais tarde.
Foto: Brendan McDermid/REUTERS
Choque nos EUA e no mundo
A notícia sobre o que o FBI está chamando de "tentativa de assassinato" ganhou as manchetes em todo o mundo. O presidente americano, Joe Biden, se disse aliviado por Trump "estar bem". Ele condenou o ataque, dizendo que "não há lugar nos Estados Unidos para esse tipo de violência". O vice-presidente Kamals Harris, que também estava fazendo campanha na Pensilvânia, condenou o "ato abominável".
Foto: Brian Snyder/REUTERS
Joe Biden: ataque "doentio"
O presidente dos EUA, Joe Biden, também falou com Donald Trump depois que ele recebeu alta do hospital. Biden disse estar grato ao Serviço Secreto por ter colocado Trump em segurança. Referindo-se ao ataque, ele afirmou: "É doentio. É doentio. É uma das razões pelas quais temos que unir este país".
Foto: Tom Brenner/REUTERS
Policiais fazem segurança de Biden
Policiais de Rehoboth Beach, em Delaware, vigiam o prédio onde o presidente dos EUA, Joe Biden, fez um discurso condenando o ataque contra seu provável rival nas próximas eleições presidenciais.
Foto: Tom Brenner/REUTERS
FBI: Não há outra "ameaça existente por aí"
Várias horas após o incidente, o FBI assumiu a liderança da investigação e afirmou ter ocorrido uma "tentativa de assassinato" de Trump, dizendo que havia identificado o atirador. O agente especial Kevin Rojek disse que as autoridades estavam "trabalhando febrilmente" no caso. O FBI informou que não ter "nenhuma razão" para acreditar que houvesse qualquer outra ameaça.
Foto: Brendan McDermid/REUTERS
Segurança reforçada
A polícia de Nova York montou guarda em frente à Trump Tower em Nova York. Depois de deixar o hospital, Donald Trump deveria passar a noite em sua residência em Nova York, segundo o jornal "The New York Times".
Foto: David Dee Delgado/REUTERS
A tentativa de assassinato mais grave desde 1981
Membros do Serviço Secreto patrulharam o local na Pensilvânia onde Donald Trump havia realizado um comício anteriormente. O ataque foi a tentativa mais séria de assassinar um presidente ou candidato à presidência desde 1981, quando Ronald Reagan foi baleado.