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Democratas buscam união antes do duelo com Trump

10 de junho de 2016

Apoio do presidente Barack Obama a Hillary Clinton poderá trazer unidade ao partido. Bernie Sanders, porém, ainda resiste às pressões para abandonar a corrida pela indicação democrata.

Hillary em evento em Nova York: Sanders disse que trabalharia com ela para derrotar Trump, mas não agora
Hillary em evento em Nova York: Sanders disse que trabalharia com ela para derrotar Trump, mas não agoraFoto: Getty Images/D. Angerer

Hillary Clinton já tem os votos necessários para se garantir candidata democrata à Casa Branca – e, desde a quinta-feira (09/06), tem também o apoio público do presidente Barack Obama. Mas as extenuantes primárias do partido custam a terminar, impedindo que a legenda se concentre no provável adversário em 8 de novembro, Donald Trump.

Ao declarar apoio a sua ex-secretária de Estado, Obama pediu união ao Partido Democrata, aumentando a pressão para que Bernie Sanders reconheça a derrota. O senador de Vermont resiste – mesmo após ouvir um apelo pessoal do presidente na Casa Branca.

Sanders disse que trabalharia com Hillary para derrotar Trump, mas prometeu continuar na corrida até a última primária, da capital Washington, no dia 14 de junho. O senador recebeu diversos elogios do presidente, do vice Joe Biden e de diversos líderes democratas no Senado.

Sua campanha teve o êxito de voltar as atenções do partido para os temas sociais, alimentando sentimentos anti-establishment pelo lado democrata.

A campanha de Sanders conquistou a ala liberal do partido e o voto dos jovens, enquanto, ao mesmo tempo, expõe as divisões entre os democratas. Segundo pesquisas, um terço dos apoiadores do senador de Vermont diz que não votaria em Hillary sob quaisquer circunstâncias.

A pré-candidata também possui índices baixos de aceitação em todo o país, o que poderá lhe criar problemas ao enfrentar o republicano Donald Trump na corrida presidencial.

Impulso a Hillary

Após reunir-se com o presidente, Sanders realizou um evento de campanha no distrito federal, sem mencionar Hillary ou repetir pedidos de apoio aos superdelegados do partido. O pré-candidato também fez poucas referências às primárias de Washington na próxima terça-feira, a última antes da convenção democrata na Filadélfia.

"Seria extraordinário se o povo de Washington, a capital de nossa nação, se levantasse e dissesse ao mundo que estão prontos a conduzir esse país a uma revolução política", afirmou o senador ao encerrar seu discurso.

Hillary Clinton na Casa Branca com Barack Obama em 2010, nos tempos de secretária de EstadoFoto: picture-alliance/dpa/R. Sachs

Muitos dos apoiadores de Sanders prometem continuar a lutar por seus ideais, mesmo reconhecendo que as chances do senador de conquistar a candidatura democrata são bastante reduzidas.

Obama e Hillary foram adversários durante as primárias democratas de 2008, quando ele saiu vencedor. Mais tarde, Hillary serviria como sua secretária de Estado durante o primeiro mandato do presidente. A popularidade do presidente ainda é alta entre os eleitores, e sua chancela será um incentivo significativo para a ex-primeira-dama.

"Eu não acho que alguma vez houve alguém tão qualificado para ocupar este cargo", disse Obama em um vídeo divulgado pela campanha de Hillary. "Estou com ela, estou empolgado, e mal posso esperar para chegar lá e fazer campanha com Hillary."

RC/dpa/ap

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