Depile o bigode de Hitler contra o extremismo de direita
4 de maio de 2016
Cabeleireira da Baviera usa imagens de Hitler para ajudar a combater a extrema direita. Clientes podem depilar o bigode do ditador ao puxar uma tira de plástico. Para cada "depilação", 1 euro é doado.
Anúncio
Depilação a cera pode ser dolorida, e ainda mais se for um bigode. Provavelmente é esse o motivo para que a cabeleireira Ursula Gresser tenha optado por usar a depilação para combater extremistas de direita, em especial Adolf Hitler. Gresser é a proprietária de um salão de beleza na cidade bávara de Cham e começou uma campanha contra o extremismo de direita.
"Era uma vez um salão de cabeleireiros em algum lugar da Baviera com o belo slogan: Uma alma rebelde. Um coração bávaro. A proprietária estava cheia de ouvir belas palavras. Ela queria agir. Contra a xenofobia e o racismo", afirma o site do salão, Waxen gegen Rechts.
Para cada cliente que cortar o cabelo ou fizer uma depilação com Gresser, um euro é doado para um grupo que combate o extremismo de direita. O objetivo é "tornar o mundo um lugar mais bonito", afirma a proprietária no site.
A cabeleireira rebelde, como Gresser se descreve, luta pela causa distribuindo panfletos com a imagem de Hitler pela cidade. A imagem tem uma pequena cobertura de plástico sobre o bigode do ditador, que pode ser puxado como se fosse uma tira de depilação. Embaixo do plástico há um slogan que diz "uma depilação = 1 euro de contribuição contra extremistas de direita".
Mas a ideia de usar uma imagem de Hitler – o que é proibido na Alemanha – não foi bem-recebida pelas autoridades bávaras. No início desta semana, procuradores acusaram a cabeleireira de usar um símbolo de uma organização ilegal, mas as acusações foram retiradas depois de as autoridades serem convencidas de que Gresser está, na verdade, fazendo uma campanha contra a extrema direita.
"Minha Luta" pelo mundo
Manifesto de ódio de Adolf Hitler cairá em domínio público apenas em 2016. Apesar de banido na Alemanha há 70 anos, o livro pode ser encontrado em vários países.
Foto: Arben Muka
Com a assinatura de Hitler
Edições autografadas pelo ditador nazista costumavam ser oferecidas a executivos ou como presente de casamento. Para ter esses exemplares, colecionadores de todo o mundo desembolsam somas astronômicas.
Foto: picture-alliance/dpa
Edição árabe
Esta versão em árabe foi publicada em 1950. No verso do livro, há várias reproduções da suástica.
Foto: picture-alliance/dpa/akg-images
'Mon Combat'
À esquerda, a edição francesa de 1939 contém a frase: "Todo francês precisa ler este livro." A recomendação – ou aviso – foi escrita pelo major francês Hubert Lyautey, ministro da Guerra durante a Primeira Guerra e mais tarde administrador colonial do país. Lyautey morreu bem antes de Hitler iniciar a Segunda Guerra. A imagem à direita mostra uma versão posterior do livro do ditador nazista.
Foto: picture alliance/Gusman/Leemage /Roby le 14 février 2005.
"Uma obra do mundo moderno"
Durante um longo período, Hitler tentou conquistar o Reino Unido – em vão, pois o espírito lutador dos britânicos não deixou isso acontecer. Mesmo odiando o ditador nazista, eles não tiveram problemas em publicar o livro após a guerra. Este anúncio trata a obra como uma das mais significativas do mundo moderno.
Foto: picture-alliance/dpa/photoshot
Com capa vermelha
Artigos de guerra são populares entre os colecionadores americanos. Em nenhum país do mundo, a demanda por "Minha Luta" é maior que nos Estados Unidos. Leilões para edições especiais costumam ter o preço inicial de 35 mil dólares.
Foto: F. J. Brown/AFP/Getty Images
No Afeganistão
Em Cabul, comerciantes de rua vendem "Minha Luta" – legalmente. Pôsteres de propaganda nazista também estão entre as mercadorias.
Foto: picture-alliance/dpa
Adolfa Hitlera em Sarajevo
"Minha Luta" foi exibido em uma feira de livros na capital da Bósnia em 2013. Porém, em edição comentada.
Foto: DW/N. Velickovic
Hitler na vitrine
Pelas ruas de Tirana, capital da Albânia, é possível se deparar com a foto do ditador nazista. Na cidade, é bastante comum que o livro seja exibido em vitrines de livrarias.