Após dez anos no Parlamento, social-democrata Petra Hinz admite que inventou que cursou faculdade de Direito e, sob pressão, abre mão do mandato.
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A alemã Petra Hinz, de 54 anos e do Partido Social-Democrata (SPD), renunciou ao mandato de deputada nesta quarta-feira (20/07), após admitir que inventou em seu currículo que cursou Direito. A política, natural da cidade de Essen, exerceu por dez anos o mandato no Bundestag, o Parlamento alemão.
Ela anunciou a decisão através de seu advogado. Ela foi pressionada representação do SPD em Essen para que se demitisse imediatamente.
Na realidade, ela nem possui o certificado do ensino médio que na Alemanha permite cursar uma universidade, e como não cursou Direito, também não prestou os exames para exercer a profissão. Segundo seu advogado, "ela não lembra mais os motivos que a levaram a prestar informações falsas sobre sua vida acadêmica".
Segundo o Bundestag, as informações sobre os currículos dos deputados não são checadas. Petra Hinz é deputada federal desde 2005. Há alguns dias, ela já havia informado colegas do partido que não concorrerá nas eleições de 2017.
Órgãos de imprensa teriam feito questionamentos sobre o currículo dela. Numa nota distribuída na semana passada, a deputada se queixou de uma carta anônima em que haveria uma "difamação caluniosa" contra ela.
No site do Bundestag já aparece uma nova versão de seu perfil, informando que em 1983 ela concluiu o ensino médio com certificado para cursar uma escola superior técnica e que de 1985 a 1987 ela fez um curso para ser apresentadora. Além disso, ela alega que de 1999 a 2003 trabalhou no setor de desenvolvimento imobiliário.
Segundo psicólogos, esse comportamento não surpreende. "Na Alemanha, certificados e diplomas são muito importantes. Já o que uma pessoa realmente sabe, conta menos", disse o psicólogo Sebastian Bartoschek ao jornal Bild.
RW/afp/epd
Originais e cópias na arquitetura
Foto: picture-alliance/dpa
"Tudo é uma cópia"
Os arquitetos gostam de se inspirar em edifícios existentes. A maioria dos construtores não tem nenhum problema se outros se inspiram em suas obras. Arquitetos famosos, como a britânica de origem iraquiana Zaha Hadid, dizem simplesmente "tudo é uma cópia." Existem até mesmo cópias de monumentos famosos.
Foto: Zaha Hadid Architects
Wangjing SOHO
Mas, algumas vezes, os arquitetos copiam um pouco demais. O complexo de edifícios Wangjing SOHO, projetado por Zaha Hadid em Pequim, também está sendo construído em Chongqing, quase de forma idêntica. A lei de proteção intelectual na China permite a construção. Ambos os edifícios serão concluídos quase simultaneamente, em 2014.
Foto: picture-alliance/dpa
"Copiar e colar" na China
Não é a primeira vez que imitações chamam a atenção na China. Em 2011, o vilarejo austríaco de Hallstatt foi minuciosamente reconstruído na província de Guangdong, no sul do país. Apesar dos protestos iniciais da comunidade de Hallstatt, a réplica pôde ser concluída.
Após a primeira onda de protestos, os residentes de Hallstatt se acalmaram. A encarregada do setor de Turismo em Hallstatt saudou, finalmente, a cópia como propaganda para o município. Hoje a cidade considera a réplica um gesto asiático de reconhecimento.
Foto: Reuters
Marco férreo
Também em outros países existem réplicas de edifícios famosos. A Torre Eiffel de Paris, obra do engenheiro francês Maurice Koechlin, é até hoje o cartão-postal da cidade. As cerca de 7 mil toneladas da torre em treliça de ferro foi modelo para muitas imitações construtivas.
Foto: AP
Torre Eiffel em Tóquio
A Torre Eiffel também é um cartão-postal de outra cidade: A Tokyo Tower é uma torre de televisão e observação, construída em 1958, quase 70 anos após a Torre Eiffel. Ela deveria simbolizar o ressurgimento do Japão como potência econômica após a Segunda Guerra. Só que tinha que ser maior: a Tokyo Tower é cerca de 13 metros mais alta do que a Torre Eiffel parisiense, mais antena.
Foto: picture-alliance/empics
Símbolo de San Francisco
O que a Torre Eiffel é para Paris, a Ponte Golden Gate é para San Francisco. A famosa ponte pênsil foi denominada segundo o estreito Golden Gate, que liga a Baía de San Francisco ao Pacífico. A beleza da ponte a levou até Hollywood: ela já foi cenário de romances policiais, encontros amorosos e serviu às acrobacias dos dublês de James Bond.
Foto: DW
Diferenças sutis, mas importantes
A Ponte 25 de Abril em Portugal lembra muito a Golden Gate. Ela foi denominada segundo a data da Revolução dos Cravos, 25 de abril de 1974. À primeira vista, parece ser a irmã gêmea arquitetônica da ponte norte-americana. Mas a sutil diferença é que as amarrações dos pilares metálicos não são horizontais, e sim em forma de cruz.
Foto: Getty Images
Empire State no México
O Edifício Empire State é um dos principais cartões-postais de Nova York. Na foto, o topo da Torre Latino- Americana na Cidade do México, construção semelhante ao Empire State. Até o início da década de 1970, a Torre Latino-Americana era o edifício mais alto da Cidade do México, com cerca de 180 metros de altura. Então ela foi superada pela Torre World Trade Center.
Foto: picture-alliance/dpa
Capitólio, em Washington
Com sua cúpula no centro de um edifício de duas alas, o Capitólio de Washington se apresenta impressionante e majestoso. Construído entre 1793 e 1823, o edifício tem 229 metros de comprimento e 88 metros de altura no ponto mais alto. Ele seria único, se um sósia não tivesse sido erguido a algumas centenas de quilômetros ao sul.
Foto: picture-alliance/dpa
Capitólio de Havana
O Capitolio Nacional em Havana foi construído na década de 1920, segundo o modelo em Washington, por Evelio Govantes e Félix Cabarrocas. Até a revolução em 1959, ele era sede do governo. Hoje, ali se encontram a Academia de Ciências, o Ministério do Meio Ambiente e a Biblioteca Nacional.
Foto: Getty Images
Capitólio chinês
Existe mais um Capitólio: no parque temático Janela do Mundo, em Shenzhen, na província chinesa de Guangdong, onde também foi reconstruído o vilarejo de Hallstatt. Este parque abriga diversos símbolos de outros lugares, mas em escala menor: desde o Taj Mahal, passando pelo templo de Angkor Wat, até a Ilha da Páscoa.
Foto: picture alliance/WOSTOK PRESS/MAXPP
Metrópole das utopias arquitetônicas
A ideia de replicar marcos de outras cidades como atração turística não é nova. A avenida Las Vegas Strip é conhecida por seu colorido cenário arquitetônico da década de 90. O hotel Luxor é no estilo do Egito Antigo, com uma reprodução da Esfinge. Em frente ao Hotel New York-New York está uma Estátua da Liberdade. Mas atualmente a cidade aposta novamente na arquitetura inovadora, de autor.