Antes apenas mais um espaço em meio ao caos de Heliópolis, escola se transforma em local de referência para a comunidade, com o diálogo e uma revolução no método de ensino como pilares.
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Ao visitar o prédio cor de laranja, bem conservado e rodeado por uma mureta baixa da Escola Municipal de Ensino Fundamental Presidente Campos Salles, em Heliópolis, é difícil acreditar que há duas décadas o local era visto como dos "favelados e marginais" e que ninguém queria estudar ali.
"Quando cheguei aqui, em 1995, tínhamos de cinco a seis brigas diárias. Era uma praça de guerra", conta Braz Rodrigues Nogueira, que foi diretor da instituição durante 20 anos. "Matavam as pessoas e jogavam aqui, era um depósito de corpos", complementa Amélia Fernandez, coordenadora pedagógica, apontando para um pequeno morro diante da escola.
Localizada no sudeste de São Paulo, Heliópolis é uma das maiores favelas do Brasil e da América Latina. A União de Núcleos, Associações dos Moradores de Heliópolis e Região (Unas) estima que 200 mil pessoas vivam na área. Com 1 milhão de metros quadrados, a favela é cortada por becos e vielas pelas quais nem motos conseguem passar. Antes apenas mais um espaço em meio ao caos, a Campos Salles se transformou num local de referência para a comunidade, graças ao diálogo e a uma revolução no método de ensino.
Derrubando paredes
Numa foto de 2007, vê-se Braz com uma marreta na mão em meio a uma pilha de entulho. Naquele ano, as paredes que dividiam as 12 salas de aula da Campos Salles foram quebradas, dando origem a quatro grandes salões de estudo.
Cada um dos salões abriga cerca de 100 alunos do mesmo ano, que, em grupos de quatro, ficam sob a supervisão de três professores. Não há mais aulas expositivas de 45 minutos. Os estudantes recebem um roteiro de estudos multidisciplinar e trabalham de forma autônoma, um ajudando o outro. Se as dúvidas persistem, o educador é acionado, mas sua função não é dar respostas.
"O professor diz: 'Você já olhou na página do livro tal? Lá tem um exercício modelo'. Ou então: 'Você já procurou no Google?'", exemplifica Braz.
Para José Genaro de Araújo – pai de aluno, membro do conselho de escola da Campos Salles e da gestão da Unas –, a implementação do novo método de ensino aconteceu graças à busca de Braz por transformar escola e comunidade numa coisa só. De origem nordestina, assim como a maioria dos moradores de Heliópolis, Genaro vive na região desde o início dos anos 1980. Ele diz que não saberia onde colocar o filho se não fosse na escola, que tem 875 alunos.
O prédio da Campos Salles está hoje inserido no Centro Educacional Unificado (CEU) Heliópolis, espaço que nasceu de uma reivindicação da comunidade. Com creches, escola de educação infantil, Etec, biblioteca e ginásio de esportes, o CEU é arborizado e aberto a todos.
Não à violência
Calvo e de barba grisalha, Braz conta que, poucas horas depois de assumir o cargo de diretor, há duas décadas, colocou as mãos na cabeça e se perguntou: "O que eu fiz da minha vida?" Foi então que duas ideias o salvaram. "A primeira é a de que tudo passa pela educação, que deve ser uma preocupação de toda a sociedade", diz. "A segunda é a de que a escola tem que ser um centro de liderança na comunidade." E foi então que ele começou uma "busca obstinada" pela aproximação com pais, professores, alunos e moradores.
Quando ocorreu o último toque de recolher que paralisou toda Heliópolis, em 1999, a Campos Salles não cedeu. "Quem manda aqui somos nós, e não os traficantes", disse Braz aos alunos. No mesmo ano, Leonarda, estudante de 15 anos, foi executada com cinco tiros na cabeça no caminho da escola para casa. A morte revoltou Braz, e, com o apoio de um professor, ele apresentou à Unas a proposta de realizar uma caminhada pela paz.
"Se a Campos Salles está dentro, nós também estamos. Porque para nós não existe a escola lá e nós aqui. Somos a mesma coisa", disse o então presidente da Unas, João Miranda. A caminhada se tornaria uma marca de Heliópolis. A 18ª edição, em junho deste ano, reuniu cerca de 20 mil pessoas.
Apesar dos esforços de Braz, a relação com a comunidade como um todo não mudou da noite para o dia. Em 2002, pularam o muro alto que circundava a Campos Salles e furtaram 21 computadores. "Os filhos de vocês foram roubados, e não prefeitura ou o diretor", disseram Braz e Miranda aos moradores da favela. Três dias depois, os computadores foram devolvidos, e logo o muro foi derrubado. "Entendemos que quem tinha que cuidar da escola era a comunidade, e não o muro", diz Braz.
Os laços com os moradores iam se fortalecendo, mas a Campos Salles não conseguia quebrar uma barreira crucial: a entre alunos e professores. Foi então que uma docente veio com uma ideia revolucionária: implementar a metodologia de ensino da Escola da Ponte, em Portugal.
Após ser objeto de estudo de uma pós-graduação de Braz e de um ano e meio de reuniões junto à comunidade, o projeto pedagógico foi votado no conselho de escola. Lideranças comunitárias compareceram em peso, e a proposta, que derrubaria as paredes da escola, foi aprovada por unanimidade. Às duas ideias que salvaram Braz, somaram-se os pilares da Escola da Ponte: autonomia, responsabilidade e solidariedade.
Democracia na escola
Anailton Lourenço da Silva, aluno do 9º ano, valoriza esses três princípios. "Acredito que o que está faltando na sociedade hoje é o que estamos vivendo nesta escola", diz o menino de 14 anos, que veio de Pernambuco para Heliópolis aos oito meses de idade. Ele é vereador e secretário de convivência e diversidade da Campos Salles.
A república de alunos também conta com prefeito, vice-prefeito e secretários de comunicação, de saúde e meio ambiente e de esporte e cultura. Para ser eleito a um desses cargos, o aluno tem que antes ter sido membro da comissão mediadora de um dos salões.
Na sala onde costumam se reunir, alunos da comissão do segundo ano, de apenas oito anos de idade, relatam casos de colegas que tiveram problemas de disciplina. "Minha prima é muito bagunceira, e minha tia foi convocada", conta uma das meninas. Primeiro a comissão, formada por dez estudantes, discute o problema, deixa o aluno em questão se defender e propõe soluções. Se a ele não muda, convocam os pais, falam com o diretor, com o coordenador.
"As comissões são o nosso dispositivo pedagógico mais importante", afirma Amélia, destacando a convivência entre os alunos e a tentativa de acabar com analfabetos políticos.
Emocionada, a coordenadora pedagógica diz que Braz é o grande mentor do movimento de transformação por meio da educação em Heliópolis. "Ele está presente no discurso de qualquer educador aqui, nas crianças, no projeto." O ex-diretor comanda hoje a Diretoria Regional de Educação Ipiranga, que engloba Heliópolis, e, aos 64 anos, está prestes a se aposentar.
"O Braz foi para mim como um pai, porque o meu pai e a minha mãe foram muito ausentes. E ele foi pai e mãe desse projeto. A gente não vai deixar esse projeto morrer, porque isso virou a nossa vida", diz Anailton, que sonha em um dia ser diretor da Campos Salles.
As mudanças ocorridas desde que o garoto entrou na escola foram acompanhadas da diminuição dos índices de violência na área. Em 2011, a Delegacia de Polícia de Heliópolis registrou 80 homicídios dolosos. No ano passado, foram 11 – 86% a menos. Quando sai da aula hoje, Anailton e seus colegas não se deparam mais com corpos no chão ou brigas violentas, que se tornaram raridade na Campos Salles e em seu entorno.
O mês de novembro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: picture-alliance/abaca/A. Izgi
Homenagens comoventes à Chapecoense
Dezenas de milhares de pessoas lotaram os estádios Atanasio Girardot, em Medellín, na Colômbia, e Arena Condá, na cidade catarinense de Chapecó, para homenagear os 71 mortos na tragédia com o voo da Chapecoense, na véspera. As cerimônias se realizaram no mesmo horário em que ocorreria o primeiro jogo da decisão da Copa Sul-Americana de 2016, contra o clube colombiano Atlético Nacional. (30/11)
Foto: picture alliance/dpa/M. D. Castaneda
Mundo do esporte em luto
A queda de um avião que transportava o time da Chapecoense deixou 71 mortos, entre jogadores, equipe técnica e jornalistas. A aeronave caiu numa região montanhosa nas proximidades de Medellín, na Colômbia. Seis sobreviveram. Autoridades investigam uma possível falha elétrica, mas a causa não foi inicialmente confirmada. A tragédia aérea é a maior envolvendo um time de futebol da história. (29/11)
Foto: Getty Images/AFP//R. Arboleda
Papa se encontra com Stephen Hawking
O físico Stephen Hawking, um ateu declarado, foi ao Vaticano para participar de um evento de quatro dias que tem como objetivo discutir ciência e sustentabilidade. Durante o simpósio, o cientista se encontrou com Papa Francisco, que concedeu uma benção ao britânico e lhe agradeceu pela colaboração constante com a Pontifícia Academia de Ciências. (28/11)
Foto: REUTERS
Fillon é o candidato conservador
O ex-primeiro-ministro François Fillon, de 62 anos, venceu as prévias que definiam o candidato da centro-direita francesa na eleição presidencial de 2017. Fillon obteve cerca de 67% dos votos, contra cerca de 33% do seu rival no segundo turno, o ex-primeiro-ministro e atual prefeito de Bordeaux, Alain Juppé. Pesquisas indicam que Fillon tem boas chances de vencer a eleição de 2017. (27/11)
Foto: Reuters/P. Wojazer
Morre Fidel Castro
O histórico líder cubano Fidel Castro morreu aos 90 anos, informou seu irmão, o presidente Raúl Castro, num discurso transmitido pela televisão. O presidente acrescentou que o corpo de Fidel será cremado, segundo sua vontade expressa. Como cabeça da Revolução Cubana, Fidel foi uma das personalidades mais carismáticas e controversas do século 20 e era a última grande figura do comunismo. (26/11)
Foto: Getty Images/AFP/Y. Lage
Temer perde seu sexto ministro
O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, enviou sua carta de demissão ao presidente Michel Temer, e a exoneração foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União. A renúncia ocorre em meio a uma crise política no gabinete de Temer, depois que o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, acusou Geddel de tê-lo pressionado para atender a um interesse pessoal. (25/11)
Foto: Valter Campanato/Agencia Brasil
Novo acordo de paz na Colômbia
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e o chefe máximo das Farc, Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko, assinaram em Bogotá o novo acordo de paz para encerrar 52 anos de um conflito armado que deixou ao menos 220 mil mortos. O texto, que não tem o apoio da oposição, passará agora para o Congresso para ser aprovado e entrar em vigor. O governo descartou um novo plebiscito. (24/11)
Foto: Getty Images/AFP/L. Robayo
Forças iraquianas isolam EI em Mossul
Forças do Iraque afirmaram ter bloqueado a última rota de abastecimento do grupo extremista "Estado Islâmico" (EI) em direção a Mossul, fechando o cerco na segunda maior cidade iraquiana. A informação foi confirmada por fontes peshmergas, que junto com outras tropas se aproximam da localidade, sitiada pelo EI há dois anos. A ofensiva iraquiana para retomar Mossul teve início em outubro. (23/11)
Foto: Reuters/M. Salem
Obama entrega Medalhas da Liberdade
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, realizou na Casa Branca sua última cerimônia de entrega da Medalha da Liberdade, maior distinção civil no país, homenageando 21 artistas, esportistas e cientistas. Entre eles estiveram os atores Tom Hanks e Robert De Niro, os cantores Bruce Springsteen e Diana Ross, a lenda do basquete Michael Jordan e o casal Melinda e Bill Gates (foto). (22/11)
Foto: Reuters/C. Barria
Novo forte terremoto no Japão
Um poderoso terremoto voltou a atingir a região de Fukushima, no nordeste japonês, provocando uma série de pequenos tsunamis e forçando a evacuação da população. No porto de Sendai, em Miyagi, as ondas chegaram a 1,4 metro de altura. A Agência Meteorológica do Japão (JMA) estimou a magnitude do tremor em 7,4 na escala Richter. Não houve inicialmente registros de vítimas. (21/11)
Foto: Reuters/Kyodo
Soldados iraquianos combatem EI em Mossul
Tropas do Iraque enfrentam forte resistência de militantes do "Estado Islâmico" (EI), ao tentarem avançar nos setores mais a leste de Mossul, Os soldados retomaram os distritos de Muharabeen e Ulama, após libertarem a vizinhança adjacente de Tahrir. Grossas colunas de fumaça negra foram vistas saindo das duas áreas, enquanto dezenas de civis fugiam para setores controlados pelo governo. (18/11)
Foto: Reuters/G. Tomasevic
Alemanha compra casa de Thomas Mann
A Alemanha comprou a casa onde o escritor Thomas Mann morou em Los Angeles, durante o seu exílio nos anos do regime nazista, anunciou o Ministério alemão do Exterior. Na casa no oeste da cidade, Mann completou algumas obras como "Doutor Fausto". Ele viveu na propriedade entre 1941 e 1952 com a esposa e a filha. A casa será transformada em espaço para intercâmbio cultural. (18/11)
Foto: Imago/PEMAX
Prisão de Sérgio Cabral
O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral foi preso num desmembramento da Operação Lava Jato. O peemedebista é suspeito de envolvimento no desvio de recursos públicos federais em obras realizadas pelo governo estadual. O prejuízo é estimado em mais de 220 milhões de reais. (17/11)
Foto: Imago/Fotoarena
Obama em Berlim
O presidente americano, Barack Obama, desembarcou em Berlim, onde se encontrará com a chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, e outros líderes europeus, nos próximos dois dias. Obama foi recebido com honras militares por representantes do governo alemão. Esta é a sétima visita do líder à Alemanha e a última viagem oficial de Obama à Europa antes de deixar o cargo. (16/11)
Foto: Reuters/F. Bensch
Megaoperação na Alemanha
A polícia alemã deflagrou buscas em cerca de 200 casas e escritórios suspeitos de servirem de apoio para o "Estado Islâmico" (EI). A operação teve foco no grupo radical salafista "A Religião Verdadeira”, que foi declarado ilegal no país, e ocorreu em mais de dez estados. Grupo é acusado de recrutar combatentes para os jihadistas. (15/11)
Foto: picture-alliance/dpa/W. Kastl
Ano mais quente já registrado
O ano de 2016 será "muito provavelmente" o mais quente de que se tem registro, alertou a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Segundo a agência de ONU, as temperaturas médias deste ano ficarão 1,2 grau Celsius acima dos níveis pré-Revolução Industrial e 0,88 grau acima do período 1961-1990. (14/11)
Foto: picture-alliance/dpa/J. Stratenschulte
Lewis Hamilton vence em Interlagos
O piloto britânico Lewis Hamilton (Mercedes) venceu o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, e adiou a decisão do título para a última prova do Mundial, bastando ao alemão Nico Rosberg um terceiro lugar para ser campeão. Rosberg, também da Mercedes e que persegue o primeiro título mundial, foi segundo no circuito de Interlagos. Devido à forte chuva, a corrida foi marcada por acidentes. (13/11)
Foto: Picture-Alliance/AP Photo/N. Antoine
Manifestação contra Erdogan em Colônia
Segundo dados da polícia, por volta de 25 mil pessoas protestaram na metrópole renana contra o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan. Na manifestação sob o lema "Pela democracia, paz e liberdade" participaram principalmente alevitas e curdos. À margem dos protestos, houve confrontos entre policiais e manifestantes. (12/11)
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Meissner
Morre Leonard Cohen
O cantor e compositor canadense Leonard Cohen morreu aos 82 anos. Conhecido por intensas letras, com temas que vão de amor e ódio a espiritualidade e depressão, Cohen tinha uma voz profunda, que era acompanhada por marcantes padrões de guitarra. Autor da famosa canção "Hallelujah", ele iniciou a carreira nos anos 1960 e lançou em outubro seu 14° e último álbum, "You want it darker". (11/11)
Foto: picture-alliance/dpa/R. Haid
Primeiro encontro entre Obama e Trump
Dois dias após a eleição presidencial, o presidente americano, Barack Obama, se reuniu pela primeira vez com seu sucessor no cargo, Donald Trump, para transição de governo. Democrata e republicano deixaram de lado diferenças e debateram política externa e interna. Atual líder classificou reunião como excelente e abrangente. Magnata afirmou que encontro foi uma grande honra. (10/11)
Foto: Reuters/K. Lamarque
Donald Trump é eleito presidente dos EUA
Em um resultado que surpreendeu o mundo e contrariou numerosas pesquisas de intenção de voto, Donald Trump superou Hillary Clinton em estados-chave e assegurou a vitória na eleição presidencial americana. Em seu discurso de vitória, ele defendeu a reconciliação e unidade nacional, após uma campanha marcada por ofensas e acusações que dividiu como poucas vezes os Estados Unidos. (09/11)
Foto: Getty Images/M. Wilson
Eleições nos EUA
Os americanos foram às urnas escolher seu próximo presidente, após uma das campanhas eleitorais mais controversas e polarizadas das últimas décadas. A disputa entre o republicano Donald Trump e a democrata Hillary Clinton foi acirrada. As últimas pesquisas de opinião apontaram para uma vitória, embora apertada, de Hillary. (08/11)
Foto: picture-alliance/AP Images/J. Taylor
Temer convocado como testemunha de Cunha
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações em primeira instância da Operação Lava Jato, acatou o pedido dos advogados do ex-deputado Eduardo Cunha para que o presidente Michel Temer e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sejam testemunhas de defesa no processo. Temer poderá optar por testemunhar em audiência ou responder às questões do tribunal por escrito. (07/11)
Foto: picture-alliance/dpa/Citypress24
FBI mantém conclusão sobre Hillary
Após a análise de novos e-mails do tempo em que a candidata democrata à presidência, Hillary Clinton, era secretária de Estado, o FBI manteve a decisão de julho passado de que um processo contra ela não é justificado. A revelação de que novos e-mails estavam sendo investigados fez Hillary perder pontos nas pesquisas na reta final da corrida eleitoral. (06/11)
Foto: Reuters/B. Snyder
Polícia age contra manifestantes na Turquia
Em Istambul, a polícia usou gás lacrimogêneo, jatos d'água e balas de borracha contra participantes de uma manifestação em solidariedade à redação do jornal opositor "Cumhuriyet". Um tribunal ordenou a prisão do editor-chefe, Murat Sabuncu, e de mais oito funcionários da publicação. No protesto, muitos manifestantes chamaram o Estado de "fascista" e gritaram: "Não vamos nos calar." (05/11)
Foto: picture-alliance/dpa/T. Bozoglu
Acordo de Paris entra em vigor
Entra oficialmente em vigor o acordo climático de Paris, elevando a pressão para que os 195 países signatários comecem a executar os planos de redução das emissões de gases do efeito estufa. Até o início de novembro, 94 países haviam ratificado o acordo da ONU, incluindo os maiores poluidores EUA, China e União Europeia, preenchendo os requisitos básicos para a entrada em vigor do pacto. (04/11)
Foto: Getty Images/K. Frayer
Corte exige aprovação parlamentar para Brexit
A Suprema Corte do Reino Unido decidiu que o governo britânico necessitará de aprovação parlamentar para iniciar o processo da saída do país da União Europeia (UE). A decisão agrava a incerteza política em torno do chamado Brexit. O governo da primeira-ministra Theresa May tem o direito de recorrer da decisão, o que poderá ser feito entre os dias 5 e 8 de dezembro. (03/11)
Foto: Getty Images/AFP/O. Andersen
Erdogan, "inimigo da liberdade de imprensa"
A organização Repórteres sem Fronteiras listou o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, como "inimigo da liberdade de imprensa" pelo tratamento dado aos jornalistas em seu país, após a prisão de mais de 200 profissionais e o fechamento de mais de 120 órgãos de imprensa. A lista inclui outros 34 nomes, como os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Rússia, Vladimir Putin. (02/11)
Foto: Getty Images/AFP/A. Nemenov
Tropas iraquianas chegam a Mossul
Forças do governo do Iraque entraram na segunda cidade mais importante do país, bastião do "Estado Islâmico" (EI). Duas semanas após início de operação para recuperar a localidade das mãos dos jihadistas, chefe das forças antiterroristas do Iraque, Abdelgani al-Asadi, afirma que tropas libertaram parte de Kukyeli, distrito considerado uma porta para Mossul, e cercaram o bairro.