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Castelos alemães

Mathias Winkler (jv)7 de agosto de 2007

Neuschwanstein está lotado de turistas que se esquecem de que nas redondezas há outras atrações. Por isso, os descendentes do rei "louco" da Baviera tentam atrair visitantes para o castelo vizinho de Hohenschwangau.

Os visitantes de Neuschwanstein se esquecem de outros castelos da regiãoFoto: AP

O famoso Neuschwanstein não fica localizado numa área exatamente turística. Para chegar até ele, leva-se uma hora e meia de carro de Munique e uma boa caminhada até o topo de uma montanha de mil metros de altura. Lá em cima, o castelo de contos de fada ergue-se majestosamente em frente aos Alpes.

Hohenschwangau, vizinho neogótico de NeuschwansteinFoto: picture-alliance/ dpa

Mesmo assim, cerca de 1,3 milhão de visitantes se aglomeram por ano em Neuschwanstein, cujas edificações não haviam sido terminadas até 1866, época da morte de seu idealizador, Ludwig 2º.

Só um pequeno número de turistas, entretanto, se interessa por outro palácio nas redondezas, o castelo de Hohenschwangau, onde o excêntrico rei bávaro passou parte da infância. "A maioria das pessoas visita Neuschwanstein e vai embora logo em seguida", afirma Hanspeter Beisser, conselheiro jurídico do WAF, um fundo de compensação da dinastia bávara de Wittelsbach, criado após o fim da monarquia em 1918.

Schwangau: mais do que Neuschwanstein

Enquanto o famoso Neuschwanstein, em Schwangau, é propriedade do estado da Baviera, o menos visitado Hohenschwangau ainda pertence ao WAF. Para garantir sua fatia do bolo, os descendentes de Ludwig 2º estão tentando atrair os turistas de Neuschwanstein para seu vizinho neogótico.

Turistas partem logo após visitar NeuschwansteinFoto: dpa

"Turistas precisam saber que há outras atrações na região", disse Beisser, lembrando que um bloqueio do tráfego na área levou os funcionários do WAF a bolar uma maneira de dispersar a multidão de turistas de Neuschwanstein.

"Todos os dias vemos visitantes tentando se livrar do tráfego", disse ele. “Todos querem ver Neuschwanstein e passar o dia lá, mas por causa do trânsito nem sempre os planos dão certo”.

Conectando dois pontos turísticos

É por isso que o WAF, que também possui um hotel nas redondezas, propôs criar um museu sobre a história dos Wittelsbach em Hohenschwangau.

"Neuschwanstein não seria possível sem Hohenschwangau", disse Elisabeth von Hagenow, historiadora de arte do escritório de arquitetura Studio Andreas Heller, de Hamburgo, contratada pelo WAF para bolar um novo conceito de turismo para a região. "Um Museu sobre os Wittelsbach conectaria os dois pontos".

Outras idéias em discussão são a construção de uma arena de eventos e concertos, assim como um trem panorâmico que transportaria os turistas para os dois castelos.

Agradando a UNESCO

Os críticos locais e o secretário das Finanças da Baviera, Kurt Faltlhauser, que supervisiona os palácios do estado, reprovaram o plano de construção do trem panorâmico.

Ponte planejada sobre o rio ElbaFoto: AP

"A Baviera irá rejeitar categoricamente qualquer proposta que ameace os planos de tornar os palácios reais patrimônio mundial da UNESCO", declarou Faltlhauser numa declaração recente. O secretário lembrou o exemplo de Dresden, que corre o risco de perder o selo da UNESCO por pretender construir uma ponte moderna sobre o rio Elba.

Faltlhauser afirma aceitar novas propostas de melhorias turísticas na região, desde que elas não comprometam a integridade de Neuschwanstein.

Foco na História

Elisabeth von Hagenow afirmou que o secretário de Finanças não precisa se preocupar. "O que fizemos até agora deixa claro que não planejamos construir um parque de diversões", disse ela, lembrando ainda que seu escritório ganhou o Prêmio de Museu Europeu de 2007 com o projeto do Museu da Emigração Alemã em Bremerhaven.

"Nosso objetivo é transmitir a história de um modo cientificamente fundado e atraente para turistas", conclui Hagenow.

Os membros da Câmara Municipal de Schwangau, onde os dois castelos estão localizados, devem dar a palavra final às propostas no fim de outubro.
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