Descobertas pegadas em "Jurassic Park" australiano
27 de março de 2017
Pesquisadores australianos encontram 21 tipos de rastros de dinossauros em rochas de até 140 milhões de anos numa área remota no oeste do país. Descoberta é classificada de "sem precedentes".
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Decobertos 21 tipos de pegadas de dinossauros na Austrália
01:03
Cientistas da Austrália afirmaram nesta segunda-feira (27/03) que encontraram 21 tipos de pegadas de dinossauros numa área remota no oeste do país. A descoberta, considerada "sem precedentes", levou os pesquisadores a apelidarem a região de "Jurassic Park australiano".
Segundo paleontólogos das Universidades James Cook e de Queensland, trata-se a descoberta mais diversificada do tipo no mundo. Os vestígios foram vistos em rochas com até 140 milhões de anos de idade na região de Kimberley.
Steve Salisbury, principal autor de um artigo sobre as descobertas publicadas no Memoir of the Society of Vertebrate Paleontology, declarou que as pegadas encontradas são "globalmente inigualáveis".
"É extremamente significante constituir o registro primário de dinossauros não voadores na metade ocidental do continente e propiciar o único vislumbre da fauna de dinossauros na Austrália durante a primeira metade do Período Cretáceo Inferior", afirmou´.
O cientista disse ainda que se trata de "um local mágico – o Jurassic Park da Austrália". Salisbury acrescentou que, "entre os rastros, a única evidência confirmada é a da existência de estegoussauros na Austrália. Há ainda alguns dos rastros dos maiores dinossauros já registrados".
Patrimônio nacional
Os vestígios recém-descobertos poderiam ter sido perdidos, já que o governo australiano escolheu, em 2008, a área para processar gás natural líquido. Preocupados, os habitantes nativos da região, os Goolarabooloo, entraram em contato com Salisbury e sua equipe, que gastaram mais de 400 horas documentando os rastros de dinossauros em Walmadany, na região de Kimberley.
A área recebeu o status de patrimônio nacional em 2011 e, assim, o projeto de gás foi cancelado. "Há milhares de vestígios na área de Walmadany. Desses, 150 podem ser seguramente atribuídos a 21 tipos específicos de pegadas que representam quatro principais grupos de dinossauros", assegurou Salisbury.
"Há cinco tipos diferentes de rastros de dinossauros predadores, ao menos seis tipos de saurópodes herbívoros de cauda longa, quatro de ornitópodes herbívoros de duas pernas e seis tipos de dinossauros encouraçados", especificou o pesquisador.
A pegadas são mais antigas que a maioria dos fósseis de dinossauros descobertos na Austrália, que têm entre 90 milhões e 115 milhões de anos, segundo o comunicado da Universidade de Queensland.
FC/afp/efe
O rei dos dinossauros está em Berlim
Há apenas cerca de 50 T-Rex reconstruídos em todo o mundo, e a maioria deles está nos EUA. Agora, a Alemanha tem seu próprio: o esqueleto de Tristan, o maior já encontrado, está no Museu de História Natural da capital.
Foto: DW/A. Kirchhoff
Cabeça pesada
Pelo fato de o crânio do tiranossauro rex ser pesado demais para os 12 metros de comprimento de seu corpo, ele está exposto separadamente numa vitrine. Uma impressora 3D criou uma cópia mais leve para completar o restante do esqueleto. Quase 100% da cabeça de 1,5 metro de comprimento estão preservados: é o crânio de tiranossauro rex mais bem conservado já descoberto.
Foto: DW/A. Kirchhoff
Entrega expressa dos EUA
A equipe do Museu de História Natural de Berlim teve apenas cerca de um mês para montar os pedaços do esqueleto. Este tiranossauro rex, que foi descoberto no estado americano de Montana, foi preparado para o transporte na Pensilvânia. O esqueleto foi então enviado, caixa por caixa, cruzando o Atlântico até Berlim.
Foto: DW/A. Kirchhoff
Uma celebridade
Extinto há aproximadamente 65 milhões de anos, o tiranossauro rex é um símbolo da cultura pop. Ele atuou, por exemplo, como um predador feroz no filme de Steven Spielberg "Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros". Apesar de sua caracterização hollywoodiana, pesquisadores acreditam agora que o T-Rex era mais um animal que se alimentava de restos do que um predador.
Foto: DW/A. Kirchhoff
O dono do esqueleto
Quando criança, o dinamarquês Niels Nielsen era fascinado por dinossauros. Posteriormente, ele se tornou um bem sucedido dono de um banco de investimentos em Londres – e sua fortuna lhe permitiu adquirir um dos esqueletos mais bem preservados de tiranossauro rex. Ele deu ao T-Rex o mesmo nome de seu filho: Tristan.
Foto: Niels Nielsen
Em boa companhia
Durante três anos, Tristan ficará exposto ao lado de outros dinossauros em Berlim. Um deles é um braquiossauro, do gênero saurópode. Quando eles foram oferecidos para empréstimo, os curadores do Museu de História Natural tiveram de entrar em ação para promover a exposição e um projeto paralelo de pesquisa. Agora, Berlim pode se gabar de uma nova atração.
Foto: DW/A. Kirchhoff
Parte da família
Tristan deve atrair milhares de novos visitantes ao Museu de História Natural de Berlim – e seu brilho pode ser transmitido para os outros dinossauros expostos por lá. O dysalotosauro é um deles. Assim como o T-Rex, o gigante de cinco metros não era um comedor exigente. Os dentes do dysalotosauro sugerem que ao menos os jovens eram onívoros.
Foto: Museum für Naturkunde Berlin
Pioneirismo arqueológico
Berlim tem uma longa história de caça aos dinossauros. No início do século 20, o Museu de História Natural encomendou uma expedição para Tendaguru Hill, no que hoje é a Tanzânia. Na época, foi a mais bem sucedida escavação de fósseis de dinossauros do mundo. Cerca de 250 toneladas de fósseis foram enviados a Berlim. Muitos ainda estão nos porões do museu, sendo estudados por pesquisadores.
Foto: Museum für Naturkunde Berlin
Uma atração berlinense
O Museu de História Natural de Berlim, inaugurado em 1889, é o maior museu de pesquisa nesta área na Alemanha. O foco da exposição permanente é a evolução. Juntamente com o maior esqueleto de dinossauro do mundo, as exposições incluem tudo, desde minúsculos insetos até peixes. O museu é uma verdadeira atração na capital alemã, recebendo cerca de 500 mil visitantes por ano.