Transformado em cisne, deus Zeus seduz a filha real Leda. Depois de esqueletos e inscrição reveladora, pintura mural é mais um achado espetacular na antiga cidade soterrada pelo Vesúvio em 79 d.C..
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Arqueólogos revelaram no parque arqueológico de Pompeia, Itália, um afresco até então desconhecido: a "cena de sensualidade" mostra a princesa Leda sendo seduzida por um cisne, que na realidade é Zeus, rei dos deuses do Olimpo, metamorfoseado.
Trata-se de um motivo mitológico encontrado com frequência nas casas da antiga cidade próxima a Nápoles, soterrada no ano 79 pelas cinzas do vulcão Vesúvio. A atual pintura mural mostra Leda, despida, tendo no colo o cisne com quem, segundo a mitologia greco-romana, gerará os gêmeos Helena (de Troia) e Pólux. Fora de comum é o fato de a seduzida encarar o espectador.
"As descobertas extraordinárias continuam", comentou no Instagram o diretor-geral do parque de Pompeia, Massimo Osanna. As escavações ao longo de 2018 trouxeram achados significativos: além de diversos esqueletos humanos, foram revelados os restos de um cavalo.
Além disso, inscrições recém-descobertas indicam que o vulcão próximo ao Mar Mediterrâneo teria entrado em erupção dois meses mais tarde do que se supunha. Pompeia é um dos sítios arqueológicos mais famosos do mundo e conta entre as principais atrações turísticas da Itália.
AV/afp/dpa
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Túmulo de ourives real foi revelado durante escavações na cidade de Luxor. Além do sarcófago, arqueólogos encontraram múmias e máscaras funerárias.
Foto: Reuters/M. Abd El Ghany
O tesouro de Amnemhat
A tumba descoberta em Luxor pertenceu ao ourives real Amnemhat. Se não se tratasse de um funcionário real, dificilmente teria sido encontrada na necrópole de Dra Abu el-Naga, a oeste da antiga cidade egípcia de Tebas. Além dos faraós, altos funcionários eram enterrados no local.
Foto: Reuters/M. Abd El Ghany
Máscaras funerárias e estátua
O túmulo não estava em condições particularmente boas, lamentou o Ministro das Antiguidades do Egito, Khaled el-Anani, durante o anúncio da descoberta. Mas máscaras funerárias e uma estátua do ourives e sua mulher estão praticamente intactas.
Foto: Reuters/M. Abd El Ghany
Três múmias
Em outra câmara também foram encontradas múmias. As múmias de uma mulher e duas crianças já foram analisadas. A mulher teria morrido aos 50 anos e sofreu de uma doença óssea causada por bactérias, disse o ministério egípcio, citando a especialista em ossos Sherine Ahmed Shawqi. As múmias podem ser da época da 21ª e da 22ª dinastias.
Foto: Reuters/M. Abd El Ghany
Governo comemora descoberta
O governo egípcio anunciou a descoberta em grande estilo. Num momento em que o turismo no país está em baixa, devido à ameça de atentados, autoridades esperam que a nova atração em Luxor ajude a impulsionar o setor.
Foto: Reuters/M. Abd El Ghany
Ano de escavações
Em março de 2017, oito múmias do tempo dos faraós foram descobertas na necrópole de Dra Abu el-Naga. Além disso, sarcófagos de madeira coloridos, assim como cerca de mil figuras de argila foram encontradas como acessórios do enterro.
Foto: picture alliance/AA/Str
Estátua no Cairo
No distrito de Matariya, no Cairo, foi encontrada em março de 2017 uma estátua de dimensões maiores que a real, que muito provavelmente representa o faraó Ramsés 2º. Autoridades egípcias iniciaram nos últimos anos uma ambiciosa série de projetos arqueológicos na esperança de impulsionar o turismo.