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Desemprego recua, mas informalidade bate recorde

31 de agosto de 2022

Taxa foi de 9,1% no trimestre encerrado em julho, igualando patamar de dezembro de 2015. Queda ocorre paralelamente ao aumento da informalidade no mercado de trabalho.

Trabalhadores em plataforma de petróleo em frente a uma bandeira tremulante do Brasil
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) registrou queda no desemprego no Brasil Foto: Antonio Scorza/AFP

A taxa de desemprego no Brasil recuou para 9,1% no trimestre encerrado em julho, patamar que havia sido alcançado pela última vez no trimestre encerrado em dezembro de 2015, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira (31/08).

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), realizada pelo IBGE, aponta que 9,9 milhões sofrem com a falta de emprego, queda de 12,9% em relação ao trimestre encerrado em abril, e o menor número registrado desde o trimestre encerrado em janeiro de 2016.

Na Pnad anterior, que cobriu o trimestre encerrado em junho, a taxa de desemprego era de 9,3%, o que representava 10,1 milhões de pessoas. Na mínima da série histórica, registrada em 2014, a taxa foi de 6,5%.

Segundo a pesquisa, a população subutilizada caiu para 24,3 milhões de pessoas, e o total de indivíduos fora da força de trabalho caiu para 64,7 milhões. A população desalentada – as pessoas que desistiram de encontrar trabalho – diminuiu para 4,2 milhões.

Aumento do trabalho informal

Por trás da queda no desemprego está o aumento do número de pessoas que aderiram ao trabalho informal, que bateu o recorde da série histórica iniciada em 2012 e atingiu 13,1 milhões de pessoas.

No trimestre encerrado em julho, 39,8% da força de trabalho no Brasil era formada por trabalhadores informais. Esse grupo inclui pessoas sem carteira assinada, trabalhadores familiares auxiliares ou aqueles que trabalham por conta própria, sem um CNPJ.

O número de trabalhadores sem registro ou carteira assinada foi o maior de toda a série histórica, chegando a 13,1 milhões.

Desempenho dos grupos de atividades

As categorias que mais receberam novos profissionais foram administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com 648 mil novas pessoas empregadas; e a de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, com 692 mil.

Entre os grupos de atividades, o único que não apresentou aumento na população ocupada foi o de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura. Nenhum grupo teve queda no número de pessoas empregadas.

Segundo a Pnad, o total de empregadores no Brasil entre maio e julho era de 4,3 milhões. O rendimento real habitual ficou em R$ 2.693, o que, apesar da alta em relação ao trimestre anterior, ainda acumula queda no ano.

rc/bl (ots)

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