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Desemprego tem alta de 33% em um ano e bate recorde

29 de dezembro de 2016

Desocupação de 11,9%, o equivalente a 12,1 milhões de pessoas no trimestre encerrado em novembro, é a maior da série histórica divulgada pelo IBGE. Mesmo com crescimento do desemprego, rendimento médio fica estável.

Volkswagen Werk in Sao Jose dos Pinhais
Foto: picture-alliance/dpa

A taxa de desemprego registrou 11,9% – o equivalente a 12,1 milhões de pessoas – no trimestre encerrado em novembro, afirmou o IBGE nesta quinta-feira (29/12). A taxa de desocupação e o total de pessoas desocupadas são os mais altos da série da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua iniciada em 2012.

Os dados são semelhantes aos do trimestre imediatamente anterior (junho a agosto), quando a taxa de desocupação fechou em 11,8%. Em relação ao mesmo trimestre de 2015 (9%), houve uma alta de 2,9 pontos percentuais.

O número de desempregados teve um crescimento de 33,1% em relação ao mesmo trimestre de 2015, o que equivale a 3 milhões de pessoas a mais em busca de trabalho. O contingente de pessoas ocupadas ficou estável no trimestre encerrado em novembro, em 90,2 milhões, em comparação ao registrado no trimestre encerrado em agosto.

Em um ano, porém, houve uma redução de 1,9 milhão (ou 2,1%) no contingente de pessoas com emprego – no trimestre encerrado em novembro de 2015, os ocupados eram 92,2 milhões.

Rendimento médio

Mesmo que tenha havido aumento no número de desempregados, o rendimento médio recebido pelos empregados fechou o trimestre encerrado em novembro em 2.032 reais, ficando estatisticamente estável frente ao trimestre de junho a agosto de 2016 (2.027 reais) e também em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (2.041 reais).

A única ocupação que teve queda no rendimento médio habitual no trimestre de 2016 foi a dos trabalhadores por conta própria (-2,7%). As demais categorias não variaram. Já em relação ao mesmo trimestre de 2015, os empregadores tiveram queda no rendimento (-5,9%), e as outras categorias ficaram estáveis.

Já por grupamento de atividade, o único que apresentou variação no rendimento médio real habitual no trimestre foi o da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e agricultura, com alta de 3,5%. A estimativa permaneceu estável em todos os outros grupamentos de atividade.

Já o número de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada ficou estável em relação ao trimestre anterior, fechando em 34,1 milhões de pessoas. Em relação ao mesmo trimestre de 2015, houve queda de 3,7%.

Já o número de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada cresceu 2,4% e chegou a 10,5 milhões de pessoas. Quando comparado ao mesmo trimestre do ano passado, houve um aumento de 3,5%.

FC/abr/ots

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