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Stasi

(sv)3 de março de 2007

Pesquisadores descobrem relatórios de colaboradores fantasmas nos arquivos da Stasi. Os nomes eram inventados por oficiais, que forjavam despesas de pessoas fictícias para serem ressarcidos ilicitamente.

Herança da polícia política: documentos falsos no meioFoto: dpa

O departamento Birthler – que recebe o nome de sua mentora, Marianne Birthler – ó o órgão encarregado pelo governo federal alemão de pesquisar e reconstituir o trabalho exercido pela Stasi, a polícia política da República Democrática Alemã (RDA), de regime comunista.

Criatividade para a corrupção

Pesquisadores encontraram documentos descrevendo procedimentos não ocorridos e casos completamente inventados, todos relacionados a supostos colaboradores não-oficiais (inoffizielle Mitarbeiter) da Stasi.

Segundo informa o semanário Der Spiegel, os pesquisadores acharam referências a 24 colaboradores fictícios. Entre os documentos, há declarações de intenção de trabalhar para a Stasi, bem como relatórios detalhados de espionagem supostamente realizada. Tudo inventado.

Inventando despesas

Marianne Birthler, diretora do departamento que cuida dos arquivos da StasiFoto: AP

O porta-voz do departamento Birthler, Andreas Schulze, confirmou que os oficiais da Stasi teriam falsificado os relatórios, com o objetivo de apresentar contas e serem ressarcidos por despesas que na realidade nunca existiram.

Além de embolsarem o pagamento relativo a funcionários fantasmas, alguns oficiais eram adeptos das falsificações para parecerem mais eficientes perante seus superiores do que realmente eram.

Em muitos casos, porém, o tiro saía pela culatra. Várias falsificações foram descobertas através do controle interno da própria polícia política na época. E vários oficiais tiveram que arcar com sérias punições, que chegavam até mesmo à demissão.

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