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Quem será o próximo?

17 de maio de 2011

A ministra francesa das Finanças, Christine Lagarde, é o nome preferido para uma possível sucessão. Candidatos de países emergentes também devem entrar na lista, embora os europeus queiram manter o cargo.

Começam apostas para sucessão de Strauss-KahnFoto: dapd

Enquanto Dominique Strauss-Kahn permanece numa cela na ilha nova-iorquina de Rikers Island, do lado fora se acentua o debate em torno da sucessão do chefe do Fundo Monetário Internacional.

Com toda a delicadeza que o momento exige, a União Europeia (UE) comunica sua vontade: assegurar que o posto mais alto da organização financeira permaneça sob o comando de um europeu. "Se uma sucessão for necessária, os Estados da UE devem apresentar seus candidatos", afirmou nesta terça-feira (17/05) José Manuel Durão Barroso, chefe da Comissão Europeia.

A crise iniciada pelo escândalo sexual protagonizado por Strauss-Kahn não deve colocar fim ao acordo de cavalheiros entre Europa e Estados Unidos: a escolha do nome para a administração do Fundo Monetário Internacional é incumbência europeia, enquanto a do Banco Mundial fica para os norte-americanos.

Ministra francesa de Finanças, Christine LagardeFoto: AP

Na mão dos franceses

Enquanto isso, o FMI tenta prosseguir normalmente com suas atividades. A diretoria executiva do FMI procura não comentar publicamente o futuro da organização e se limita a dizer que "vai continuar monitorando os acontecimentos." Mas a instituição sabe que sofrerá outra baixa importante no final de agosto próximo: antes mesmo do escândalo com Strauss-Kahn, John Lipsky, vice-diretor-geral e no momento diretor-gerente interino, já havia dito que deixará o cargo.

Os nomes de possíveis sucessores de Dominique Strauss-Kahn já começaram a circular. O da atual ministra francesa de Finanças, Christine Lagarde, 55 anos, surgiu como um dos preferidos à sucessão – caso ela seja necessária. Lagarde ganhou reconhecimento principalmente na liderança do G20 durante a crise financeira.

Segundo diplomatas, Lagarde é considerada uma candidata com credibilidade, mas os parceiros europeus estariam aguardando para ver se Nicolas Sarkozy irá colocar sua ministra à disposição. Desde a criação do FMI, em 1946, quatro dos 11 chefes à frente da organização foram franceses.

O presidente do Deutsche Bank, Josef Ackermann, foi citado nesta terça-feira (17/05) pejo jornal alemão Bild como possível candidato. No entanto, a instituição financeira alemã não quis se pronunciar sobre o assunto. O contrato de Ackermann à frente do banco alemão termina em 2013.

Ministro turco das Finanças, Kemal DervisFoto: AP

E os novos ricos

Nos últimos anos, as economias emergentes expandiram o poder de voto dentro do FMI e, consequentemente, diversos líderes desse grupo de países foram sugeridos para ocupar cargos de maior prestígio dentro da instituição.

O governo brasileiro ainda não se pronunciou oficialmente. No entanto, segundo o Ministério de Relações Exteriores, o Brasil privilegiaria um candidato originário de países em desenvolvimento. O Ministério da Fazenda deve se posicionar nos próximos dias, informou a assessoria de imprensa do Itamaraty.

O governo chinês defende que a escolha de um possível novo chefe seja feita com "justiça, transparência e meritocracia", disse em Pequim a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Jiang Yu.

Kemal Dervis, ministro das Finanças tido como o "pai do desenvolvimento" da Turquia, pode fazer parte da lista dos candidatos emergentes. O turco já foi vice-presidente do Banco Mundial, em 1996, e está à frente do ministério desde 2001.

Outros possíveis candidatos seriam Trevor Manuel, ex-ministro das Finanças da África do Sul; Agustín Carsten, presidente do Banco Central do México – foi vice-diretor-geral do FMI de 2003 a 2006; Montek Singh Ahluwlia, consultor econômico do primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh.

"Nós sabemos que, em médio prazo, os países emergentes terão boas chances de reivindicar a presidência do FMI e do Banco Mundial. Mas, na situação atual, quando o FMI é especialmente necessário para lutar contra a crise em alguns países da zona do euro, o governo alemão vê boas razões para que deva haver um bom candidato europeu", argumentou Angela Merkel, chanceler federal alemã.

NP/rts/dpa/afp
Revisão: Roselaine Wandscheer

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