Detenção de alemão expõe erros da CIA na caça à Al Qaeda
Ben Knight (ca)13 de julho de 2016
Novos documentos divulgados pela agência apresentam pormenores da prisão de Khalid al-Masri, um alemão-libanês confundido com um membro da Al Qaeda em 2003 e que nunca recebeu indenização ou pedido de desculpas dos EUA.
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Documentos divulgados pela Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA) revelaram detalhes kafkianos de um dos casos mais notórios de identidade equivocada no programa especial de transferência de suspeitos executado pela agência durante a caça a membros da Al Qaeda.
Khalid al-Masri, um alemão de origem libanesa, morava em Neu Ulm, no sul da Alemanha. Ele foi preso na fronteira entre a Sérvia e a Macedônia em 31 de dezembro de 2003 porque – como foi confirmado pelo Senado americano em 2014 – tinha o mesmo nome que um suspeito da Al Qaeda.
As autoridades macedônias o detiveram por três semanas num hotel em Skopje, antes de entregá-lo a agentes da CIA que, em seguida, transferiram-no de avião para uma prisão em Cabul, no Afeganistão, no final de janeiro de 2004.
O relatório recém-divulgado, assinado pelo inspetor-geral da CIA John Helgerson em 2007, mostra que Masri passou quatro meses sendo interrogado, humilhado e maltratado, antes de ser finalmente libertado na Albânia, em 2004, e "levado de volta clandestinamente para a Alemanha", como afirma o documento.
Embora o governo alemão tenha sido informado da prisão, segundo o jornal Washington Post, os Estados Unidos pediram que detalhes não fossem revelados.
O documento também observou que os agentes americanos só questionaram a informação dos colegas macedônios de que o passaporte de Masri era falso depois de ele já ter passado três meses detido.
"A Operação Masri foi caracterizada desde o início por uma série de equívocos agravados por subsequentes falhas de supervisão jurídica e de gestão", diz o relatório. "A CIA só pediu que o passaporte de Masri fosse examinado por seus peritos no início de março de 2004, quando se constatou que ele era verdadeiro."
Além disso, o relatório verificou que, "depois de concluir rapidamente que ele não era um terrorista", os agentes decidiram mantê-lo detido, alegando que "eles sabiam que se tratava de alguém 'mau'."
Detenção kafkiana
Embora Helgerson tenha concluído que o alemão-libanês não foi vítima de violência física durante sua detenção, o próprio Masri assegura ter sido algemado, espancado, injetado com drogas, alimentado a força e sodomizado – uma afirmação com a qual o Tribunal Europeu de Direitos Humanos concordou numa decisão de 2012.
Mesmo que a versão da CIA seja verdadeira, relatórios dos seus próprios psicólogos mostram o grau de sofrimento por que Masri passou. Ele permaneceu mais dois meses detido depois de a CIA ter concluído que não havia justificativa para mantê-lo preso. Nesse período, um psicólogo da CIA constatou que Masri estava "desesperado, deprimido e propenso a pensamentos de suicídio".
Em março de 2004, uma mensagem foi enviada à central da CIA para tentar acertar uma data de libertação. "A mensagem mencionava que Masri comparava sua situação a um romance de Kafka – ele não podia provar sua inocência porque não sabia do que estava sendo acusado", afirma o relatório. "O telegrama relata que Masri disse ter quase chegado ao fim do que era capaz de suportar e que, a partir de maio de 2004, ele daria início a uma greve de fome total até morrer."
Pedidos de indenização
Após a sua libertação, Masri entrou com ações judiciais nos Estados Unidos, na Macedônia e na Alemanha em diferentes instâncias.
Seu caso também foi levado ao Centro Europeu de Direitos Constitucionais e Humanos (ECCHR, na sigla em inglês), que abriu um processo na Alemanha para tentar deportar os 13 agentes da CIA envolvidos na transferência e detenção de Masri – o que o governo alemão recusou. No entanto, em 2007, um tribunal de Munique emitiu mandados de prisão para os agentes americanos envolvidos (cujas identidades são desconhecidas), sob a acusação de sequestro.
Em 2012, um veredicto do Tribunal Europeu de Direitos Humanos foi favorável a Masri. A sentença determinou que a Macedônia era responsável por tortura e maus-tratos e estipulou que o governo do país deveria pagar a ele 60 mil euros (por volta de 220 mil reais) em indenizações.
O advogado de Masri, Darian Pavli, saudou a decisão como um sinal para todos os países que planejam colaborar com os EUA. "É um sinal de que tais práticas não podem ser justificadas e de que governos e indivíduos serão responsabilizados."
O governo da Alemanha evita falar sobre o assunto. Em dezembro de 2014, o ECCHR escreveu uma carta para o Ministério da Justiça, instando o ministro Heiko Maas a trabalhar em prol de uma indenização para Masri. Até agora não houve resposta (o Ministério da Justiça em Berlim também não respondeu ao pedido da DW para comentar o assunto), mesmo que Maas, no passado, tenha condenado o programa de transferência de suspeitos da CIA.
"Recentemente, o ministro Maas criticou duramente as práticas de tortura da CIA e pediu consequências jurídicas – com razão", comentou na ocasião o secretário-geral do ECCHR, Wolfgang Kaleck. "Agora é a vez de o ministro fazer com que suas palavras sejam seguidas por ações."
Participação alemã
O caso Masri, e também o silêncio oficial que o cerca, sublinha a cooperação dos governos europeus com o programa de entrega de suspeitos da CIA. "Até agora, nenhuma vítima do programa de tortura e transferência da CIA recebeu alguma indenização. A probabilidade de que haja tais pagamentos é muito pequena", afirmou Maja Liebing, especialista em entrega de suspeitos na Anistia Internacional da Alemanha.
"Além dos EUA, os países europeus também têm muita responsabilidade", disse Liebing. "Sabemos que a Alemanha permitiu sobrevoos de aeronaves americanas, e que sequestros foram conduzidos sobre território alemão."
E não só isso: diversos setores do governo em Berlim se recusaram a participar de inquéritos parlamentares sobre o programa de transferência de suspeitos da CIA.
"Às vezes eles não elaboravam os documentos solicitados ou impediam as tentativas de investigação", afirmou a especialista da AI. "Todas as informações foram simplesmente classificadas como secretas e excluídas. Até hoje não houve nenhuma investigação de fato sobre a participação alemã no programa de transferência de suspeitos."
O mês de julho em imagens
Alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: picture-alliance/PA Wire/G. Fuller
Lula se torna réu
A Justiça Federal aceitou denúncia apresentada pelo MPF do Distrito Federal contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-senador Delcídio do Amaral e mais cinco pessoas acusadas de obstrução das investigações da Operação Lava Jato. Eles são acusados de tentar impedir o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró de assinar acordo de delação premiada. (29/07)
Foto: Getty Images/AFP/N. Almeida
Al Nusra anuncia sepração da Al Qaeda
Numa inédita aparição num vídeo difundido pela emissora Al Jazeera, o líder da Frente Al Nusra, Abu Mohamad al-Jolani, anunciou a desvinculação da rede terrorista Al Qaeda. Além disso, ele comunicou que o mais importante grupo jihadista na Síria depois do EI, seu grande rival, mudará seu nome para Frente Fateh al-Sham. (28/07)
Foto: picture alliance/ZUMA Press/M. Dairieh
Papa pede que Polônia acolha refugiados
O papa Francisco pediu ao governo da Polônia para se mostrar disposto a receber "aqueles que fogem da guerra e da fome", em discruso com a presença do presidente polonês, Andrzej Duda. Em contraste com outros países europeus, a Polônia se nega a acolher um número elevado de refugiados vindos de regiões em crise, como Síria, Iraque e Afeganistão. (27/07)
Foto: picture alliance/dpa/P. Supernak
Hillary é candidata democrata à Casa Branca
A ex-secretária de Estado americana Hillary Clinton foi oficialmente nomeada candidata do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos durante a convenção nacional da legenda na Filadélfia. Com isso, Hillary torna-se a primeira mulher a concorrer à Casa Branca por um dos dois grandes partidos americanos. "Este momento é para todas as garotas que sonham alto", comemorou a democrata. (26/07)
Foto: Reuters/M. Segar
Mortos em ataque no Japão
Um homem matou pelo menos 19 pessoas e feriu outras 45 a facadas após invadir uma clínica para pacientes com deficiência em Sagamihara, no Japão. O suspeito se entregou à polícia e disse ser um ex-funcionário da instituição. Segundo o jornal japonês "Asahi Shimbun", o agressor teria dito às autoridades que desejava "se livrar dos deficientes desse mundo". (25/07)
Foto: Reuters/Kyodo
Ataques no sul da Alemanha
Um refugiado sírio de 21 anos matou uma mulher e feriu outras cinco pessoas na cidade de Reutlingen, no sul da Alemanha, usando um facão. O jovem, que já tinha passagens pela polícia por crimes como agressão e roubo, foi preso. Já em Ansbach, também no sul do país, um sírio de 27 anos detonou uma bomba caseira na entrada de um festival de música e feriu 12 pessoas. Ele morreu no atentado. (24/07)
Foto: picture-alliance/dpa/Sdmg/Wassermann
Munique presta homenagens a vítimas
Flores foram espalhadas na região do shopping Olympia, no noroeste de Munique, um dia depois do ataque que deixou nove mortos e 16 feridos. Um atirador de 18 anos disparou contra clientes de uma filial do McDonald's e frequentadores do centro de compras. O prefeito de Munique decretou luto de um dia na capital da Baviera. (23/07)
Foto: Reuters/A. Wiegmann
Trump encerra convenção republicana
O empresário Donald Trump aceitou oficialmente a indicação como candidato do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos. O anúncio foi realizado num longo discurso durante o encerramento da convenção nacional da legenda em Cleveland. Ao longo de 75 minutos, Trump focou na promessa de reviver os EUA e restaurar "a lei e a ordem" no país, citando políticas rigorosas de imigração. (21/07)
Foto: Reuters/M. Segar
Merkel recebe May em Berlim
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, reuniu-se com a chanceler federal alemã Angela Merkel, em Berlim, em sua primeira viagem ao exterior. Um dos temas principais da agenda foi a saída britânica da União Europeia. May pediu mais tempo para preparar pedido formal de Brexit, que só deve ser feito em 2017, e expressou desejo de relações estreitas com aliados europeus após saída. (20/07)
Foto: picture alliance/AP images/Sight
Trump oficializado candidato à Casa Branca
O magnata Donald Trump foi nomeado oficialmente candidato do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos durante o segundo dia da convenção nacional da legenda. No evento, que ocorre em Cleveland, Trump garantiu os 1.237 votos dos delegados do partido – o mínimo necessário para oficializar a indicação pela legenda. "É uma honra", declara o empresário. (19/07)
Foto: Reuters/M. Segar
Ataque em trem no sul da Alemanha
Um jovem do Afeganistão de 17 anos invadiu um trem regional na cidade de Würzburg, no sul da Alemanha, e feriu pelo menos cinco passageiros com golpes de machado e faca. O suspeito, que chegou sozinho ao país como requerente de asilo, foi morto pela polícia ao tentar fugir do local. Quatro pessoas estão em estado grave. As motivações do ataque não foram inicialmente esclarecidas. (18/07)
Foto: picture-alliance/AP Photo/K.-J. Hildenbrand
Novas mortes de policiais no sul dos EUA
Dez dias após morte de cinco policiais em Dallas, três outros foram fuzilados em Baton Rouge, Luisiana. Há também feridos. Os agentes da lei foram vítimas de uma emboscada quando atendiam a um chamado de emergência relativo a tiros ouvidos. Um dos suspeitos do ataque foi abatido, dois outros estão foragidos, informou porta-voz da polícia. (17/07)
Foto: Reuters/J.Bachman
Apoio em massa para Erdogan
No dia após o golpe de Estado frustrado, com saldo de 160 mortos, grande parte da população de Ancara atendeu ao apelo de políticos turcos de ponta, entre os quais o próprio chefe de Estado Recep Tayyip Erdogan, para ir às ruas reafirmar seu apoio ao governo. Na operação de limpeza subsequente já foram presos cerca de 2.800 militares e destituídos mais de 2.700 juízes. (16/07)
Foto: DW/D. Cupolo
Tentativa de golpe militar na Turquia
Militares turcos geraram caos ao declarar que tomaram "totalmente o comando" de Ancara. As autoridades locais, porém, negaram ter perdido o controle, e uma onda de ataques, manifestações e conflitos se iniciaram em Istambul e na capital. A confusão adentrou a madrugada e, na manhã do dia seguinte, o presidente Erdogan declarou ter retomado o controle da situação e fracassado o golpe. (15/07)
Foto: Reuters/T. Berkin
Dezenas de mortos em ataque na França
Um caminhão avançou sobre uma multidão e matou dezenas de pessoas em Nice, no sul da França. As primeiras declarações oficiais falavam em mais de 70 mortos. Milhares de pessoas estavam reunidas para acompanhar a queima de fogos de artifício em comemoração ao Dia da Bastilha, data nacional da França. O motorista do caminhão, carregado com armas e explosivos, foi morto a tiros pela polícia. (14/07)
Foto: Getty Images/AFP/V. Hache
A nova premiê britânica
A líder do Partido Conservador, Theresa May, tornou-se primeira-ministra britânica depois de ser nomeada pela rainha Elizabeth 2ª em audiência no Palácio de Buckingham, em Londres. May, de 59 anos, é a segunda mulher a ocupar o cargo, depois da também conservadora Margaret Thatcher (1979-1990). "Depois do referendo, temos diante de nós uma época de grandes mudanças", afirmou. (13/07)
Foto: Reuters/S. Wermuth
Funeral de policiais em Dallas
Em discurso durante o funeral dos cinco policiais mortos por um franco-atirador em Dallas, o presidente americano, Barack Obama, afirmou que o massacre expôs a "falha mais profunda" da democracia dos EUA. "Estou aqui para dizer que devemos rejeitar tamanho desespero. Estou aqui para insistir que não estamos tão divididos quanto parecemos. (12/07)
Foto: picture-alliance/AP Photo/E. Gay
Festa em Lisboa
Milhares de portugueses recepcionaram a seleção de Portugal no aeroporto de Lisboa após a inédita conquista da Eurocopa. Com um gol do atacante Éder, na segunda etapa da prorrogação, a Seleção das Quinas derrotou a anfitriã França, neste domingo, e conquistou seu primeiro título no futebol mundial. (11/07)
Foto: picture-alliance/dpa/P.Duarte
Protesto violento em Berlim
Berlim viveu a manifestação mais violenta dos últimos cinco anos na cidade, com 123 policiais feridos e 86 detidos. O protesto contra a desocupação de um prédio no bairro de Friedrichshein começou de forma pacífica. Horas depois, centenas de manifestantes encapuzados entraram em confronto com a polícia, atirando pedras, garrafas e fogos de artifício. A violência se estendeu por horas. (10/07)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Gambarini
Massacre em Dallas
Franco-atiradores fizeram uma emboscada e abriram fogo contra policiais durante um ato contra a morte de dois negros nos EUA. Cinco agentes de segurança foram mortos e seis ficaram feridos no incidente mais mortal para a polícia americana desde o 11 de Setembro. Três suspeitos foram detidos. Um deles disse que "queria matar pessoas brancas". (08/07)
Foto: picture-alliance/dpa/S. N. Pool/The Dallas Morning News
Cunha renuncia à presidência da Câmara
O presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), renunciou à presidência da casa. Cunha disse que é alvo de perseguição por ter aceito a denúncia que deu início ao processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. "Resolvi ceder ao apelos generalizados dos meus apoiadores. Somente a minha renúncia poderá pôr fim a essa instabilidade sem prazo." (07/07)
Foto: Reuters/U. Marcelino
Relatório critica invasão britânica no Iraque
Um relatório divulgado em Londres criticou o ex-premiê Tony Blair e seu governo pela decisão de se unir à invasão do Iraque, liderada pelos EUA, sem que houvesse base legal satisfatória ou planejamento adequado. O chamado relatório Chilcot conclui que o Reino Unido se uniu à invasão sem esgotar as alternativas pacíficas e subestimou as consequências de sua participação na guerra. (06/07)
Foto: picture-alliance/Photoshot
Sonda Juno entra na órbita de Júpiter
Após uma viagem de cinco anos e 870 milhões de quilômetros, a sonda Juno da Agência Espacial Americana (Nasa), movida a energia solar, entrou na órbita de Júpiter. Durante 20 meses, a nave não tripulada dará 37 voltas ao redor do planeta até chegar à sua superfície. A sonda deslocou-se a uma velocidade de mais de 200 mil quilômetros por hora. Custo da missão? Cerca de 1 bilhão de dólares. (05/07)
Dois dias antes do fim do mês sagrado muçulmano do Ramadã, homem-bomba detonou colete explosivo próximo à Mesquita do Profeta, a segunda mais sagrada do islã. A explosão matou quatro seguranças, além dos próprio agressor. Horas antes, o país registrou detonações perto de uma mesquita em Qatif, cidade de maioria xiita, e de consulado americano em Jidá. (04/07)
Foto: Reuters
Mais de 100 mortos em Bagdá
Um atentado com carro-bomba matou mais de cem pessoas e feriu quase 200 numa área comercial do centro da capital iraquiana. O ataque foi reivindicado pelo grupo "Estado Islâmico" (EI). Um suicida detonou os explosivos quando passava de carro no meio de uma multidão de maioria xiita que fazia compras na véspera do final do mês sagrado muçulmano do Ramadã. (03/07)
Foto: picture-alliance/dpa/A. Abbas
Ataque em Bangladesh
Vinte reféns foram mortos por terroristas do grupo "Estado Islâmico" (EI) num restaurante frequentado por estrangeiros na região diplomática de Daca, capital de Bangladesh, anunciou o Exército do país. A maioria das vítimas era da Itália e Japão. Seis jihadistas e dois policiais foram mortos. (02/07).
Foto: Reuters/M. Hossain Opu
Cem anos da Batalha do Somme
Reino Unido e França lembraram o centenário do início da Batalha do Somme, em que os dois países combateram as linhas de defesa alemãs em território francês. O combate é considerado um dos mais sangrentos da Primeira Guerra Mundial. Mais de 1 milhão de pessoas morreram, ficaram feridas ou desapareceram durante a Batalha do Somme, que durou de julho até novembro de 1916. (1º/07)