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Detidos suspeitos de planejar ato terrorista

(sv)5 de dezembro de 2004

Três supostos mentores de atentado contra o premiê iraquiano, Iyad Allawi, em sua visita a Berlim, continuam detidos. Suspeito libanês é libertado. Investigadores buscam na Noruega pistas sobre organização terrorista.

Medidas de segurança e busca de pistas sobre organização terroristaFoto: AP

Depois de ter sido provado que os atentados de 11 de setembro foram arquitetados dentro da Alemanha, o que o serviço secreto e as autoridades do país menos gostariam de ver acontecer sob seus olhos seria um atentado terrorista. Atentado este cuja vítima seria um primeiro-ministro iraquiano, que não esconde o apoio que recebe dos EUA.

Alarme geral

Allawi e Schröder, em BerlimFoto: AP

Mesmo que o pior tenha sido evitado, o fato de que Iyad Allawi, o premiê em questão, tenha sido a meta não atingida de um ataque terrorista dentro do território alemão, alarmou as autoridades do país. A ação da Polícia Federal ao evitar o ato foi, por isso, fartamente elogiada por políticos de várias facções.

A Procuradoria Geral da República decretou a prisão, no último sábado (4/12), de um quarto suspeito, de cidadania libanesa, que foi no entanto libertado em seguida. Na última sexta-feira (3/12), três iraquianos haviam sido detidos após uma série de buscas empreendidas em Stuttgart, Augsburg e Berlim. No sábado (4/12), foram apresentados ao Supremo Tribunal Federal, em Karslruhe e continuam detidos.

Escuta telefônica

De acordo com informações divulgadas pelo semanário Der Spiegel, os acusados revidam qualquer envolvimento nos planos de atentado a Allawi. Ainda segundo a revista, as autoridades alemãs chegaram aos supostos terroristas através da escuta de um telefonema entre o iraquiano Rafik Y., em Berlim, e seu compatriota Ata R., em Stuttgart – este já na mira da polícia desde outubro de 2003, sob suspeita de envolvimento no transporte de imigrantes ilegais.

Acredita-se que Ata R. seja a principal cabeça da organização extremista Ansar al Islam no Estado alemão de Baden-Württemberg. A polícia alemã já havia sido alertada pelo serviço secreto italiano em março de 2003, após ter sido detectada uma ligação entre Ata R. e Mohamed Tahir Hamid, membro da organização, detido na Itália.

Conexão norueguesa

Policiais na porta no Supremo Tribunal Federal, em KarsruheFoto: AP

Também por ocasião da prisão de Mullah Krekar, fundador e líder espiritual da organização Ansar al Islam (Auxiliares do Islã), em Oslo, no último ano, foi encontrado o número de Ata R. Krekar, que vive na Noruega desde 1991, afirma ter se desligado do grupo em maio de 2002.

Autoridades alemãs estimam que a Ansar al Islam, que foi fundada por ativistas curdos no norte do Iraque, tenha cerca de mil adeptos, dividos em diversos subgrupos. A organização de extremistas controlou um enclave no norte iraquiano até a queda de Saddam Hussein, tendo sido responsabilizada por vários ataques a forças norte-americanas na região.

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