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Detroit é vitrine para montadoras alemãs

pc5 de janeiro de 2004

Com novos modelos e grandes expectativas, as montadoras alemãs se apresentam no Salão do Automóvel de Detroit.

Volkswagen Concept RFoto: AP

O North American International Autoshow, nome oficial do Salão de Detroit, é tradicionalmente um palco de lançamentos. Neste ano estão sendo apresentados 22 novos modelos de carros de série e 11 modelos especiais.

O mercado dos Estados Unidos, o maior do mundo, é essencial para as montadoras alemãs. Em 2004, serão vendidos aí aproximadamente 17 milhões de automóveis, segundo os prognósticos.

Em novembro de 2003, as montadoras alemãs detinham 13 por cento do mercado americano de carros de passeio. Foi um recorde. Entretanto, a margem de lucro diminuiu, sobretudo por causa de dois fatores: a valorização do euro e a política agressiva de descontos oferecidos pelas montadoras alemãs.

Porsche aposta no jipe Cayenne

A Porsche vendeu no ano passado 30.028 automóveis nos Estados Unidos, o que representa um aumento de 33 por cento. Uma parcela deste êxito deve-se ao jipe Cayenne, lançado em março de 2003, dos quais foram vendidas 13.661 unidades.

Os clientes tradicionais dos carros de luxo da Porsche são as elites do sul da Califórnia, da Flórida e da costa Leste, entre Nova York e Boston. Mas o Cayenne representa a possibilidade de conquistar novos segmentos de mercado, ressaltou Peter Schwarzenbauer, presidente da Porsche americana.

Audi e BMW com novos modelos.

A Audi, subsidiária da Volkswagen, vendeu 767 mil automóveis em 2003, o que representa um aumento de 3,4 por cento e um novo recorde. Nos Estados Unidos, que é o segundo maior mercado depois da Alemanha, a Audi vendeu 87 mil veículos, registrando um aumento de 1 por cento.

No Salão de Detroit a Audi está apresentando o novo modelo A8 com motor de 12 cilindros. Em 2004, a montadora prometeu colocar ainda no mercado o novo modelo da série A6 e a versão de cinco portas da série A3.

O sucesso da BMW nos Estados Unidos deve-se a uma política clara de modelos, explica Helmut Panke, presidente da empresa. Ele cita o exemplo da minivan, um modelo tão cobiçado pelas famílias americanas mas que a BMW não produz porque não combina com a imagem esportiva da montadora.

Em Detroit, a BMW está fazendo o lançamento mundial do modelo conversível da série 6.

Volkswagen com problemas

Para a Volkwagen, o ano de 2003 ficou muito aquém das expectativas, admite o seu diretor financeiro, Hans Dieter Pötsch. O lucro operacional não atingiu nem a metade do ano anterior, devido a uma série de problemas, como o fracasso dos carros de luxo e os problemas trabalhistas no Brasil.

Nos Estados Unidos a Volkswagen não saiu do vermelho e as expectativas para 2004 não são animadoras. Pötsch argumenta que os dois principais modelos nos Estados Unidos, o Passat e o Jetta, já estão desgastados e, sobretudo, que a Volkswagen está enfrentando forte concorrência das três grandes montadoras americanas – GM, Ford e Chrysler – as quais estão vendendo seus carros com enormes descontos.

Mercedes GTS e ofensiva da Chrysler

A Mercedes-Benz está lançando em Detroit o seu modelo GST (Grand Sports Tourer), um carro de seis lugares que combina o luxo de uma limusine com o espaço e o design de uma minivan. Este modelo será fabricado em série a partir de 2005.

A Chrysler conseguiu com muito custo cumprir a sua meta de voltar a dar lucro em 2003, ressaltou o alemão Dieter Zetsche, seu presidente. A montadora está preparando uma ofensiva a fim de aumentar para 1 por cento sua participação no mercado europeu. Atualmente esta oscila entre 0,5 e 0,7 por cento.

Uma das estratégias é introduzir na Europa a marca Dodge, que é a mais importante do grupo. Em 2003, foram vendidos 1,2 milhão de automóveis Dodge.

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