Dez anos após Kadafi, Líbia tenta recomeço em meio ao caos
Cathrin Schaer
17 de fevereiro de 2021
Nação norte-africana ficou dividida entre duas facções rivais após a revolução de 2011. Mas trégua e formação de novo governo trazem nova esperança de que país finalmente deixe o caos para trás.
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Nos últimos anos, a maneira como os líbios vinham celebrando o aniversário da revolução de 17 de fevereiro de 2011 era mais uma indicação do que deu errado no país do que uma comemoração festiva do fim de mais de quatro décadas de ditadura.
Por mais de seis anos, o país ficou dividido entre leste e o oeste, com os dois lados controlados por autoridades diferentes: o Exército Nacional da Líbia, liderado pelo militar rebelde Khalifa Haftar a leste, e, a oeste, o governo internacionalmente reconhecido de União Nacional, liderado por Fayez al-Sarraj.
Embora celebrações da revolução de 2011 fossem comuns nas cidades do oeste do país, muitas vezes não havia nada disso no leste. No ano passado, na cidade oriental de Bengasi, durante o nono aniversário da revolução popular que acabou com a ditadura de 42 anos de Muammar Kadafi, houve apenas um protesto em frente a um tribunal.
Novo governo, nova esperança
Este ano, no décimo aniversário, alguns esperam que as coisas sejam diferentes. A trégua negociada em outubro pela Nações Unidas entre as principais facções beligerantes vem se mantendo. E, em janeiro deste ano, 75 delegados, selecionados pela ONU para representar uma ampla gama de setores da Líbia, se reuniram na Suíça para escolher quem estabeleceria um novo "governo de unidade". Este novo governo deve substituir as atuais desunidas autoridades orientais e ocidentais e administrar o país até que novas eleições possam ser realizadas, em dezembro.
Os delegados escolheram Mohammad Younes Menfi, um diplomata líbio com apoio no leste, para liderar o conselho presidencial, e o empresário Abdul Hamid Mohammed Dbeibah, que é apoiado por líbios ocidentais, como primeiro-ministro interino.
Será que, após uma década de caos, os dois lados estão prontos para celebrar a data em conjunto? "Espero que sim", diz Tarek Megirisi, um analista especializado em assuntos da Líbia junto ao Conselho Europeu de Relações Exteriores. "Em todo o país, as pessoas querem lembrar que este foi um dia de mudança."
Celebração e supressão artificiais
Megirisi também aponta que os líbios do leste e do oeste já tinham algo em comum durante as comemorações da revolução. "As tentativas artificiais de celebração em Trípoli [oeste] e as tentativas de suprimir qualquer tipo de celebração em Bengasi [leste] ocorriam pela mesma razão política", explica.
Como a Líbia é dilacerada por potências estrangeiras
10:04
Em Trípoli, as autoridades se apresentaram nos últimos anos como "guardiãs da revolução", que teriam livrado o país de Kadafi e defenderam a cidade contra os ataques de Khalifa Haftar vindos do leste, explica Megirisi. "Fazem isso mesmo quando as pessoas as acusam de serem eles próprias pequenos tiranos."
Já em Bengasi, a mensagem das autoridades orientais que tentaram evitar qualquer comemoração nos últimos anos é que a revolução de 2011 abriu as portas ao extremismo islâmico. A facção do leste também aponta que Haftar e suas milícias é que deveriam ser celebrados, pois supostamente protegeram o leste da Líbia dessa ameaça.
Interferência internacional
Isso é apenas parte da história complexa com a qual os líbios têm lidado desde que realizaram suas primeiras eleições, em 2012, depois que revolucionários derrubaram Kadafi do poder, em 2011.
Em 2014, depois que resultados eleitorais acirrados desencadearam um novo conflito, as potências internacionais passaram a ser envolver mais nos assuntos líbios, com países fornecendo apoio para o leste ou o oeste dependendo das suas próprias motivações políticas. Egito, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, por exemplo, apoiaram Haftar no leste, em parte por causa da oposição do militar rebelde à Irmandade Muçulmana na Líbia. Todos esses países se opõem às versões dessa organização em seus territórios.
A Turquia entrou na briga ao apoiar o governo ocidental de União Nacional em Trípoli, por razões econômicas e políticas – e porque seus rivais regionais apoiavam o outro lado. O Catar teve motivações semelhantes para apoiar as forças em Trípoli.
O potencial geopolítico da Líbia e sua riqueza em petróleo também atraíram outros países, como a Rússia. O papel da Líbia como ponto de partida para refugiados que se dirigem à Europa e sua proximidade com bases da Otan na península italiana também levaram a França e a Itália a se envolveram no conflito.
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Dúvidas sobre a saída dos atores estrangeiros
Ao negociar o cessar-fogo de outubro passado, a ONU pediu para que os cerca de 20 mil combatentes estrangeiros, apoiados por Turquia, Egito, Rússia, Emirados Árabes Unidos e Catar, deixassem o país. Mas isso parece altamente improvável, diz Arturo Varvelli, chefe do escritório do Conselho Europeu de Relações Exteriores em Roma, que pesquisa a política líbia desde 2002.
"A Líbia se tornou uma espécie de guerra por procuração", disse Varvelli à DW. "Acho que esse é o maior problema da Líbia no momento: tentar conter os atores regionais, muitos dos quais têm visões diferentes em relação à Líbia."
Varvelli acredita que muitas das potências estrangeiras, como a Turquia e a Rússia, que têm "botas no chão", planejam ficar: "Infelizmente, temo que é improvável que partam após um simples telefonema da ONU, ou por causa do novo governo de unidade nacional."
Nenhuma lição aprendida?
O novo conselho presidencial estabelecido para formar esse novo governo também já recebeu críticas. O fórum que elegeu o conselho "é amplamente visto como uma reunião de políticos oportunistas e gananciosos com pouca legitimidade ou influência", escreveram Wolfram Lacher, do Instituto Alemão para Assuntos Internacionais e de Segurança, e Emadeddin Badi, do Programa do Conselho do Atlântico para o Oriente Médio, em uma análise recente.
"É difícil ser otimista", comenta Badi. "Muitos associam o desejo da maioria dos líbios por uma mudança positiva – em muitos aspectos, um subproduto da fadiga do conflito – com uma suposta perspectiva positiva para o novo governo." Mas, na verdade, acrescenta Badi, ninguém parece ter aprendido algo com o último governo de união, formado em 2015 com apoio da ONU e que falhou em unir o país.
"O fato de estarmos exatamente no mesmo ponto – com apenas mais algumas dezenas de milhares de vidas perdidas, mais alguns milhões de vidas arruinadas e o país em frangalhos – não é realmente motivo de celebração”, afirma Megirisi, que trabalhou na Líbia entre 2012 e 2014.
Às vezes, diz ele, parece que a Líbia está apenas andando em círculos. Ele avalia que os próprios líbios se sentem impotentes e se tornaram bastante fatalistas.
"Mas é a oportunidade que dá esperança a mim e a outros", diz Megirisi, referindo-se ao novo governo de união nacional. "Enquanto as oportunidades continuarem a se apresentar, pelo menos temos a opção de mudar. Venho dizendo isso desde 2011 e parece que perdemos essas oportunidades rotineiramente. [Depois de Kadafi], pela primeira vez em 50 anos, os líbios se tornaram livres para traçar seu próprio caminho", diz. "O fato de terem traçado um caminho que levou diretamente à guerra não é o resultado mais positivo. Mas, apesar disso, o fato de que a liberdade existe e que a esperança persiste é o verdadeiro presente da revolução."
O mês de fevereiro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Adriano Machado/REUTERS
Índia lança com sucesso satélite brasileiro
A Índia lançou com sucesso o Amazônia 1, o primeiro satélite completamente desenvolvido e produzido pelo Brasil. O lançamento ocorreu da base indiana em Sriharikota. Em apenas 17 minutos após o lançamento, o satélite alcançou seu destino, a 752 quilômetros de altitude da Terra, e se separou do foguete PSLV-C51. O equipamento será utilizado para monitorar desmatamento da floresta amazônica. (28/02)
Foto: Arun Sankar/AFP
Câmara dos EUA aprova pacote de estímulo de US$ 1,9 trilhão
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conquistou sua primeira vitória legislativa com a aprovação da Câmara dos Representantes a um pacote de ajuda de 1,9 trilhão de dólares para enfrentar a crise econômica provocada pela pandemia de covid-19. A proposta segue para o Senado, onde os democratas planejam uma manobra legislativa para aprová-la sem precisar do apoio de republicanos. (27/02)
Foto: Captital Pictures/picture alliance
UE quer passaporte para vacinados até meio do ano
A União Europeia quer estabelecer um sistema de passaportes para vacinados contra a covid-19 antes das férias de verão, no meio do ano. O setor turístico é fundamental para várias economias do bloco, sobretudo do sul europeu. O assunto foi tratado na noite de quinta-feira (25/02), em cúpula de líderes da UE. Países como Grécia, Espanha e Itália acreditam que o passaporte facilitaria as viagens.
Foto: Olivier Hoslet/AP Photo/picture alliance
Presidente da Alemanha critica ceticismo com vacinas
O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, pediu aos cidadãos do país que confiem em todos os imunizantes contra a covid-19 já aprovados, e disse ter "pouca consideração pela relutância contra uma ou outra vacina". Isso é "um problema de luxo", afirmou na quinta-feira (25/02), lembrando que há pessoas em outros países ainda muito longe de serem imunizadas.
Foto: Wolfgang Kumm/dpa/picture alliance
Venezuela expulsa embaixadora da União Europeia
O governo da Venezuela declarou na quarta-feira (24/02) que a embaixadora da União Europeia em Caracas, Isabel Brilhante, é persona non grata e deu a ela 72 horas para deixar o país. A decisão é uma resposta a sanções impostas dois dias atrás pelo bloco contra 19 políticos e autoridades venezuelanos. O chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, entregou a ordem de expulsão pessoalmente a Brilhante.
Foto: Ariana Cubillos/AP Photo/picture alliance
Alemanha registra oscilação recorde de temperatura em fevereiro
Primeiro neve e frio congelante, e poucos dias depois clima ameno similar ao da primavera. A Alemanha registrou neste mês a sua maior oscilação de temperatura entre semanas desde o início dos registros, na cidade de Göttingen. Em 14 de fevereiro, foi registrada temperatura de 23,8 ºC negativos. Em 21 de fevereiro, a estação registrou temperatura de 18,1 ºC, aumento de 41,9 ºC em uma semana.
Foto: Felix Kästle/dpa/picture alliance
Meio milhão de mortos pela covid nos EUA
Os Estados Unidos ultrapassaram a trágica marca de 500 mil mortes relacionadas à covid-19. "Hoje atingimos um marco verdadeiramente triste e comovente", declarou o presidente Joe Biden em discurso emocionado na Casa Branca. "Mais americanos morreram em um ano nesta pandemia do que na Primeira Guerra Mundial, na Segunda Guerra e na Guerra do Vietnã combinadas." (22/02)
Foto: Evan Vucci/AP/picture alliance
Mianmar dá adeus a jovem morta em ato contra golpe militar
Milhares de pessoas participaram na capital de Mianmar do funeral da primeira pessoa morta durante protestos contra o golpe militar no país. Mya Thwate Thwate Khaing morreu dois dias antes no hospital onde estava internada desde que foi baleada na cabeça pela polícia em 9 de fevereiro – dois dias antes do seu 20º aniversário –, quando participava de protesto na capital, Naypyidaw. (21/02)
Foto: AP Photo/picture alliance
Dois mortos e dezenas de feridos durante protestos em Mianmar
Pelo menos duas pessoas morreram e cerca de 30 ficaram feridas durante protestos contra a junta militar em Mianmar, no dia mais sangrento em mais de duas semanas de protestos. contra o golpe de Estado ocorrido no país As forças de segurança dispararam munição real contra participantes de um ato em Mandalay, a segunda maior cidade do país. (20/02)
Foto: AP/picture-alliance
Bolsonaro demite presidente da Petrobras
O presidente Jair Bolsonaro anunciou a demissão do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e indicou para o cargo o general Joaquim Silva e Luna, ex-ministro da Defesa de Michel Temer e atual diretor-geral da Itaipu Binacional. O anúncio vem em meio a críticas do presidente à política de preços da Petrobras e após fazer ameaças de "mudanças" na estatal. (19/02)
Foto: picture-alliance/AP Photo/L. Correa
Robô da Nasa pousa na superfície de Marte
O rover Perseverance, da Nasa, pousou com sucesso na cratera Jezero, em Marte. Ele será o quinto robô-jipinho a explorar o planeta vermelho. Sua missão será procurar evidências de material orgânico genuinamente marciano e comprovar se já houve, ou se ainda há, algum tipo de vida por lá. Logo após o pouso, o Perseverance enviou sua primeira imagem da superfície marciana (a foto acima). (18/02)
Foto: NASA/AP Photo/picture alliance
Deputado bolsonarista preso
Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal decidiu manter a determinação do ministro Alexandre de Moraes de prender em flagrante o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), depois de ele ter publicado um vídeo em que insulta vários juízes da Corte. Silveira, que é da base aliada do presidente Jair Bolsonaro, havia sido detido na véspera. A PGR apresentou uma denúncia contra o deputado. (17/02)
Foto: Bruno Rocha//Fotoarena/imago images
Rapper é preso na Espanha
Símbolo para alguns da liberdade de expressão na Espanha, o rapper Pablo Hasél foi detido para cumprir uma pena de prisão de nove meses por tuítes nos quais atacou a monarquia e as forças de segurança do país. Em Madri e em Barcelona houve manifestações de apoio a ele. Cerca de 200 artistas, entre os quais Pedro Almodóvar e Javier Bardem, assinaram um manifesto em sua defesa. (16/02)
Foto: J. Martin/AFP/Getty Images
Primeira mulher à frente da OMC
A nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala se tornou a primeira mulher e a primeira africana à frente da Organização Mundial do Comércio. A nomeação da economista de 66 anos foi decidida durante uma reunião extraordinária. Ela disse que sua prioridade será abordar as consequências econômicas e de saúde da pandemia e implementar as respostas políticas necessárias para a retomada da economia global. (15/02)
Foto: Gian Ehrenzeller/KEYSTONE/dpa/picture alliance
Corrente de amor
Na data em que vários países celebram o Dia dos Namorados, mulheres fizeram um cordão humano em São Petersburgo, na Rússia, em solidariedade aos presos políticos e todos aqueles que sofreram perseguições política e violência policial. Por toda a Rússia, foram registrados também protestos em favor do líder oposicionista Alexei Navalny, que está preso. (14/02)
Foto: Peter Kovalev/TASS/dpa/picture alliance
Para além de esquis e trenós
O inverno rigoroso mantém a Alemanha em suas garras, com neve e vários graus abaixo de zero. No entanto alguns corajosos se recusam a esperar por temperaturas bem mais amenas. Como este homem da cidade de Magdeburg, que, desdenhando o equipamento convencional de esporte e diversão na neve, remanejou uma prancha de remo em híbrido de esqui e trenó. (13/02)
Foto: Ronny Hartmann/AFP
Draghi será o novo primeiro-ministro da Itália
O ex-presidente do Banco Central Europeu Mario Draghi aceitou o convite do presidente italiano, Sergio Mattarella, para assumir o cargo de primeiro-ministro de Itália, depois de ter garantido o apoio de quase todos os partidos do Parlamento. O novo governo italiano é composto por 23 ministérios,comandados por tecnocratas e políticos de várias legendas. (12/02)
Foto: Alessandro Di Meo/LaPresse/ZUMA/dpa/picture alliance
Eurodeputados pedem renegociação do acordo com Mercosul
A suspensão da ratificação e a reabertura das negociações do acordo comercial entre a UE e o Mercosul devido ao aumento do desmatamento e a escassez de mecanismo no pacto que garantam a proteção ambiental é defendida por 65 eurodeputados. O pedido foi feito numa carta enviada ao premiê português, António Costa, cujo país detém a presidência da UE nos primeiros seis meses deste ano. (11/02)
Foto: CARL DE SOUZA/AFP/Getty Images
Alemanha prorroga lockdown até 7 de março
A Alemanha decidiu estender até 7 de março o lockdown em vigor no país. A extensão do confinamento ocorre, principalmente, devido à preocupação com as novas variantes do coronavírus. Essa é a terceira prorrogação do atual lockdown, que até então estava previsto para terminar em 14 de fevereiro. (10/02)
Foto: Michael Sohn/AP/picture alliance
Missão da OMS diz ser improvável que coronavírus venha de laboratório
A missão da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Wuhan disse que é extremamente improvável que o novo coronavírus tenha escapado de um laboratório chinês. Os cientistas apresentaram duas prováveis hipóteses para a origem da covid-19: um hospedeiro animal intermediário ou transmissão por meio de alimentos congelados. (09/02)
Foto: Aly Song/REUTERS
Bolsonaro recoloca no Planalto assessor demitido por usar avião da FAB
Um ano após escândalo tachado de imoral pelo presidente, José Vicente Santini ganha novo cargo importante no governo. Ele é amigo dos filhos de Bolsonaro e havia sido exonerado por usar jato da FAB em viagem à Índia. Santini foi nomeado secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República. Sua nomeação foi assinada pelo próprio Bolsonaro. (08/02)
Foto: Marcos Corrêa/PR
Geleira causa desastre na Índia
As autoridades da Índia lançaram uma grande operação de busca após uma geleira do Himalaia se romper, derrubar uma pequena represa e causar inundações. Houve mortes, e dezenas de pessoas estão desaparecidas. O desastre aconteceu quando uma porção do glaciar Nanda Devi se rompeu na região de Tapovan, no norte do estado de Uttarakhand. (07/02)
Foto: KK Productions/AP/picture alliance
Militares bloqueiam internet em Mianmar em meio a protesto antigolpe
A junta militar que tomou o poder em Mianmar bloqueou o acesso à internet, enquanto milhares de pessoas saíam às ruas para denunciar o golpe de Estado e exigir a libertação da líder deposta do país, Aung San Suu Kyi, que foi presa quando os militares assumiram o governo. (06/02)
Foto: STR/AFP/Getty Images
Ex-secretária nazista é acusada de cumplicidade em mortes
Promotores alemães anunciaram que acusaram formalmente uma ex-secretária de um campo de concentração nazista de cumplicidade no assassinato de 10 mil pessoas. É o primeiro caso criminal contra uma funcionária de um campo nazista nos últimos anos. Os promotores afirmaram que a mulher trabalhou no campo de concentração de Stutthof, nas proximidades da antiga Danzig (atualmente Gdansk). (05/02)
Foto: Getty Images/AFP/W. Radwanski
Reino Unido revoga licença de emissora chinesa
O órgão regulador do setor audiovisual britânico retirou a licença de transmissão da emissora chinesa CGTN no país, citando o controle do Partido Comunista chinês sobre a programação do canal. Reguladores britânicos disseram que tomaram a decisão após uma investigação concluir que a licença havia sido concedida "indevidamente para a empresa Star China Media Limited". (04/02)
Foto: Leon Neal/Getty Images
Draghi aceita tentar formar novo governo na Itália
O ex-presidente do Banco Central Europeu Mario Draghi concordou em tentar formar um novo governo na Itália, após a coalizão anterior, liderada pelo premiê Giuseppe Conte, ter colapsado em meio a disputas partidárias sobre o enfrentamento da pandemia. Draghi, que tem 73 anos e não é filiado a partido político, foi incumbido da missão pelo presidente da Itália, Sergio Mattarella. (03/02)
Morre ex-capitão inglês que arrecadou milhões para sistema de saúde
Morre Thomas Moore, o veterano da 2º Guerra Mundial que comoveu a população britânica com seus esforços de arrecadação de fundos para combater a pandemia. Moore, de 100 anos, fora internado dois dias antes, após ter recebido diagnóstico positivo de covid-19. Ele se tornou referência de solidariedade ao arrecadar milhões de libras para os serviços de saúde do Reino Unido em 2020. (02/02)
Foto: Justin Tallis/AFP
Rodrigo Pacheco é eleito presidente do Senado
O senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) foi eleito presidente do Senado. Ele substitui Davi Alcolumbre (DEM-AP), que comandou a Casa por dois anos. Sua candidatura foi apoiada pelo presidente Jair Bolsonaro e por Alcolumbre. Favorito na disputa, ele foi eleito na primeira rodada. Ele recebeu ainda o apoio de dez bancadas: PSD, PP, PT, DEM, PDT, PROS, PL, Republicanos, Rede e PSC. (01/02)