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Dez fatos sobre a mudança climática global

Louise Osborne (av)3 de dezembro de 2015

A gradual alteração do clima no planeta é um dos maiores desafios do mundo atual, e que terá grande impacto sobre as gerações futuras. Entenda melhor a problemática, suas causas humanas e como contribuir para combatê-la.

Montanhas de Albroz, no Irã: rios cada vez mais secosFoto: picture-alliance/dpa/A. Taherkenareh

1- Não ponha a culpa na meteorologia

"Clima" se refere às condições meteorológicas típicas de uma determinada região. Quem fala de "mudança climática", portanto, está se referindo às alterações nos padrões do planeta. Alternativamente, fala-se também de "aquecimento global", em referência ao aumento da temperatura média da Terra.

No entanto, a mudança climática propriamente dita vai além do aquecimento, incluindo eventos meteorológicos extremos, como tempestades mais frequentes e violentas, assim como secas mais longas e inclementes, ou até mesmo extremos de frio.

2- O fator humano

As condições climáticas estão em transformação constante, também devido a fatores naturais, como a distância da Terra em relação ao Sol ou atividade vulcânica. Nas últimas décadas, porém, a ciência passou a observar como o fator humano tem afetado o clima.

O consenso entre os cientistas é que a emissão de gases causadores do efeito estufa, subprodutos da ação humana, está atualmente fazendo clima se alterar. Ou seja, o tráfego de automóveis e aviões, a agricultura, desmatamento e outras atividades têm contribuído para a elevação da temperatura terrestre, resultando em instabilidade meteorológica.

3- Quente e abafado

Diversas atividades humanas resultam na emissão de dióxido de carbono (CO2) e outros gases-estufa, os quais agem como uma manta de isolamento térmico sobre o globo terrestre. Esse efeito estufa tem elevado as temperaturas, resultando em alterações da meteorologia, derretimento das calotas polares e aumento do nível do mar.

Queima de combustíveis fósseis é grande vilã do efeito-estufaFoto: picture-alliance/dpa/P. Pleul

4- Migração de espécies

Os animais são afetados de diversas maneiras. Em certos ecossistemas, as condições atmosféricas alteradas perturbam o crescimento das plantas nativas, ou resultam num ambiente menos adequado à fauna local. Por outro lado, o tempo mais quente pode favorecer certas espécies, permitindo-lhes migrar para regiões de onde até então não eram típicas. Tais espécies invasivas podem prejudicar a flora e fauna nativas.

Por exemplo: pragas vegetais mataram milhões de hectares de árvores no oeste dos Estados Unidos. No Oceano Atlântico, o aumento da temperatura das águas está favorecendo a alastramento de espécies tropicais, como o venenoso peixe-leão.

5- Vítimas humanas do clima

Mais do que nunca, os humanos também estão sendo atingidos pela mudança do clima global. Habitantes de ilhas pouco elevadas, como as de Kiribati, no Oceano Pacífico, estão sendo desalojados pelo acréscimo do nível do mar, que também vai erodindo a terra.

Condições meteorológicas mais severas igualmente afetam países como as Filipinas e as Bahamas, os quais vêm enfrentando intempéries mais severas que o usual. Alguns cientistas atribuem essas condições à mudança do clima. A Organização das Nações Unidas calcula que centenas de milhares de pessoas morreram em consequência de catástrofes meteorológicas nos últimos 20 anos.

6- Insegurança e guerra

Políticos e acadêmicos tendem, cada vez mais, a também encarar a mudança do clima como uma ameaça à segurança. As novas condições meteorológicas também estão levando à carência de água e alimentos, agravando os problemas em regiões já instáveis, como certas partes da África ou o Oriente Médio.

7- Causas claras

Segundo o Banco Mundial, mais de 80% do CO2 lançado na atmosfera provém da queima de combustíveis fósseis, sendo quase a metade oriunda do setor energético. A China é o país que mais emite gases-estufa, seguida pelos Estados Unidos e o bloco da União Europeia.

Aquecimento dos mares propricia alastramento do venenoso peixe-leãoFoto: picture-alliance/Wildlife

8- Solução global

Líderes de mais de 190 países se encontram de 30 de novembro a 11 de dezembro de 2015, em Paris, para a 21ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP21), com o objetivo de fechar um novo acordo global ser implementado a partir de 2020, em substituição ao malfadado Protocolo do Kyoto.

A finalidade da cúpula é que os países definam metas de emissões, a fim de assegurar que a temperatura média terrestre não se eleve mais de 2ºC em relação à época pré-industrial.

9- Limitar a mudança

A meta dos 2ºC é um limite internacionalmente aceito. Embora não vá reverter o impacto das mudanças climáticas já em curso, especialistas acreditam que ela prevenirá os efeitos mais drásticos. As temperaturas globais já se elevaram 0,85% e, segundo a ONU, seguirão subindo cerca de 0,5%, mesmo que as emissões fossem sustadas imediatamente.

10- De grão em grão...

Para um simples cidadão, é grande a sensação de impotência diante de um dos maiores desafios atuais da humanidade. Contudo, todo esforço é válido. Deslocar-se de bicicleta, em vez de usar o carro, ajuda a cortar as emissões de CO2 – assim como desligar as luzes e o condicionador de ar ou a calefação, quando não se está em casa.

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