Uma das cidades mais vibrantes da atualidade, a capital alemã atrai turistas de todo o mundo com atrações como Kreuzberg, a Kudamm ou a Ilha dos Museus. Em que época visitá-la? Onde ficar? O que fazer em três dias?
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Moderna, alternativa, notívaga, internacional. Antes conhecida como "pobre, mas sexy",Berlim é uma das cidades mais vibrantes da atualidade. Mas antes de se tornar cada vez mais "sexy e rica", a capital alemã passou por transformações vividas por poucas outras cidades do mundo.
Hoje com 3,5 milhões de habitantes, Berlim foi capital da Prússia, do Império Alemão e do Terceiro Reich antes de ser dividida após a Segunda Guerra e isolada parcialmente do resto do mundo pela construção do Muro de Berlim, em 1961. Com a queda do Muro e posterior reunificação do país, em 1990, a cidade se tornou, mais uma vez, a capital de uma só Alemanha.
E foi para a parte oriental que a cidade se desenvolveu. O bairro de Mitte – que abriga atrações como o Portão de Brandemburgo, o Memorial do Holocausto e a Ilha dos Museus– voltou a ser o centro da capital alemã, enquanto áreas tradicionalmente proletárias, como Neukölln e Kreuzberg, tornaram-se paraíso de artistas e hipsters.
Para a alegria dos turistas e desagrado dos nostálgicos, Berlim se transformou numa cidade internacional, onde o inglês substitui cada vez mais o alemão. Mas seu espírito alternativo e preços relativamente baixos continuam a diferenciá-la de muitas das grandes metrópoles do mundo.
Conheça um dos bairros alternativos de Berlim
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Melhor época para visitar
O clima berlinense pode ser bastante frio no inverno, o que não deve ser empecilho para uma visita, pois cada época tem o seu charme. Principalmente o período de Natal e os eventos culturais são uma atração à parte na estação fria. A capital alemã tem mais de 200 museus. Sem falar das baladas e dos restaurantes cada vez mais diversificados.
No outono, a cidade composta em boa parte por parques e jardins mostra uma extravagância de cores no Tiergarten, por exemplo, o maior e mais antigo oásis verde berlinense e um lugar perfeito para caminhar ou andar de bicicleta.
Mas é na primavera e no verão que Berlim revela todo o seu esplendor e faz jus à fama de cidade das águas, com seus lagos e praias fluviais.
De meados de maio a fim de agosto, quando as temperaturas ultrapassam os 20°C, o clima é ideal para quem quiser ir aos biergartens e bares ao longo do rio Spree, para passear de barco ou fazer piquenique num dos muitos parques da cidade.
Onde se hospedar
Por sua localização, o bairro de Mitte, na região central da cidade, continua sendo uma boa pedida de hospedagem. Ali se encontra a maioria dos pontos turísticos de Berlim, como a Ilha dos Museus e o prédio do Reichstag, e a região é muito bem servida de ônibus, metrô e bonde, como também de restaurantes e lojas. A desvantagem está no preço: por ser mais turística, a área também é mais cara.
A Berlim criativa se encontra hoje nos bairros de Kreuzberg e Neukölln, principalmente na região conhecida como Kreuzberg 36 (entre as estações de metrô Kottbusser Tor e Schlesisches Tor) e na área chamada de "Kreuzkölln" ou Reuterkiez (em torno da praça Reuterplatz). É uma parte da cidade não tão bem servida por hotéis, mas o local ideal para passear ao longo dos canais ou simplesmente curtir o dia e a noite nos bares, clubes e restaurantes mais descolados da capital alemã.
Outras possibilidades de hospedagem podem ser encontradas nos bairros de Friedrichshain e Charlottenburg/Wilmersdorf. Mais calmo que Kreuzberg ou Neukölln, Friedrichshain também não possui grande densidade de hotéis, mas oferece uma cena gastronômica e noturna bastante diversificada.
Para os nostálgicos, a região de Charlottenburg/Wilmersdorf é perfeita para reviver o charme da antiga Berlim Ocidental. Ali se encontra a Kurfürstendamm, a principal avenida de compras da cidade, com a célebre loja de departamentos KaDeWe, assim como o Zoologischer Garten (Jardim Zoológico). Rica em hotéis e restaurantes e bem servida de transportes, a área tem como única desvantagem o fato de a vida noturna berlinense se encontrar no outro lado da capital alemã.
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Dez razões para amar Berlim
A capital alemã é muitas coisas: sede do governo, metrópole cultural, centro de vida noturna. Mas, acima de tudo, ela é eletrizante, uma cidade em constante mutação. Talvez, por isso, os turistas gostem tanto dela.
Foto: picture-alliance/dpa/K. Nietfeld
Vista do alto
A torre "Fernsehturm", com seus 368 metros de alturam é a estrutura mais alta da Alemanha. Em um dia claro, a plataforma de observação oferece visibilidade de até 40 quilômetros. Acima da plataforma, fica o restaurante giratório, que realiza uma rotação a cada 30 minutos.
Foto: picture-alliance/dpa/K. Nietfeld
Um lugar feliz
Em 1989, quando o Muro de Berlim caiu, artistas de todo o mundo pintaram sobre a barricada de concreto cinza. A East Side Gallery é até hoje a mais longa galeria ao ar livre do mundo. A arte criada espontaneamente ainda reflete a alegria que se espalhou por toda a Berlim com a queda do Muro.
Foto: picture-alliance/dpa/K. Nietfeld
Museus e galerias
Rodeada pelo rio Spree, a Ilha dos Museus foi nomeada Patrimônio Mundial pela Unesco em 1999. Lá, é possível admirar tesouros artístico de todo o mundo, como um busto da rainha egípcia Nefertiti e o Altar de Pérgamo, construído entre 160 e 180 a.C. em homenagem a Zeus, o reio do Olimpo. Berlim tem ainda outros 175 museus e cerca de 300 galerias de arte.
Foto: Fotolia/fhmedien_de
Diversidade cultural
Cosmopolita, ricamente colorida e com um entusiasmo pela vida — assim Berlim apresenta-se durante o festival Carnaval das Culturas. Cerca de 180 nacionalidades chamam a cidade de casa. E todo o mês de maio eles — recém-chegados e berlinenses estabelecidos — celebram o que é, provavelmente, a melhor festa de rua da cidade.
Foto: picture-alliance/dpa/R. Jensen
Em constante mutação
Desde a Reunificação, em 1990, os guindastes não param: a Potsdamer Platz foi reconstruída, o Reichstag (prédio do Parlamento alemão) ganhou uma cúpula e o quarteirão do governo foi construído. O Palácio de Berlim, que deverá ser concluído em 2019, está lentamente tomando forma. Ninguém sabe ainda, porém, se o novo - e muito atrasado - aeroporto de Schönefeld estará aberto até lá.
Foto: picture-alliance/dpa/P. Zinken
Tapete vermelho
Em fevereiro, Berlim estende o tapete vermelho para receber estrelas do cinema. Desde 1951, o Festival Internacional de Cinema de Berlim, conhecido como Berlinale, é um dos principais do mundo. Estrelas do cinema amam a cidade, mesmo em outras épocas do ano, como Arnold Schwarzenegger e Emilia Clarke, que estiveram na capital para a estreia do mais recente "Exterminador do Futuro".
Foto: picture-alliance/dpa/C. Carstensen
Memória preservada
O Memorial do Holocausto, composto por 2.711 placas de concreto para lembrar os seis milhões de judeus europeus mortos pela Alemanha nazista, é o memorial mais visitado de Berlim. Outros monumentos incluem os dedicados às Forças Aliadas que libertaram a cidade no final da Segunda Guerra Mundial, aos que morreram tentando escapar pelo muro e aos herois da força aérea de Berlim.
Foto: picture-alliance/dpa/S. Stache
Parques e jardins
Há mais de 2.500 parques em Berlim, mas o "New York Times" nomeou, recentemente, o pequeno "Prinzessinnengarten" como um dos mais belos espaços verdes da cidade. Esse antigo terreno baldio no bairro de Kreuzberg foi transformado em um jardim orgânico, em que mais de 500 tipos de vegetais são cultivados por centenas de voluntários locais.
Foto: picture-alliance/dpa
Vida noturna
A vida noturna de Berlim, conhecida como uma das mais excitantes do mundo, oferece diversão para todos os gostos, do indie rock ao hip hop e house. Alguns dos melhores DJs do mundo tocam em clubes como Berghain e Watergate. Muitas pessoas vão a Berlim só para isso — elas chegam à cidade na sexta-feira à noite e passam o fim de semana inteiro na balada antes de voltarem para casa.
Foto: picture-alliance/schroewig
Capital canina
Cerca de 100 mil cães vivem na cidade, fazendo de Berlim a capital canina da Alemanha. Mas quando os berlinenses dizem que "ladram, mas não mordem", eles estão se referindo a eles próprios. Os moradores são conhecidos por não serem muito simpáticos: "Berliner Schnauze", o termo em alemão para focinho, é usado para caracterizar a rispidez no trato considerada típica do berlinense.