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Viagem

Dicas de turismo em Dresden

Tradição, cultura e natureza fazem da capital da Saxônia um dos principais destinos turísticos da Alemanha. Além de bela, a chamada Florença do Elba também é hoje uma das áreas mais prósperas e inovadoras do país.

Dresden
Banhada pelo rio Elba, Dresden abriga um dos mais belos conjuntos arquietônicos barrocos da EuropaFoto: picture-alliance/A. Franke

Em meados do século 18, o pintor italiano Canaletto pintou um panorama de Dresden que se tornou um cartão-postal da cidade banhada pelo rio Elba. Na época, a metrópole era capital de um reino que teve na figura de Augusto, o Forte, um de seus principais governantes. Eles transformaram Dresden na "Florença do Elba".

Hoje, pouco mudou na paisagem pintada pelo pintor italiano, que ainda mantém suas igrejas, pontes e monumentos. Mas, além do seu conjunto arquitetônico barroco, seus museus de renome mundial e seus famosos mercados de Natal, a capital da Saxônia se tornou uma das regiões mais prósperas e inovadoras da Alemanha.

Com cerca de 550 mil habitantes (770 mil na área metropolitana), Dresden é hoje um polo econômico e um centro da indústria de ponta no país, com várias universidades e institutos de pesquisa de tecnologia de informação e nanotecnologia.

Dresden continua tão bela quanto na pintura de Canaletto, de 1734Foto: Staatliche Kunstsammlungen Kluth

Historicamente, esse apelo tecnológico também se vê na própria invenção da porcelana europeia a encargo de Augusto, o Forte.

Ela foi descoberta na capital da Saxônia no final de 1707, passando a ser produzida na cidade de Meissen, próximo de Dresden, a partir de 1710 e é ainda hoje um item de exportação.

Assim, Dresden encontrou o seu caminho entre a modernidade e a tradição, representada principalmente pela reconstrução de seu centro histórico após a destruição na Segunda Guerra Mundial. Ali estão prédios icônicos como a ópera Semperoper, os museus do palácio real Residenzschloss, o conjunto rococó do museu Zwinger, lar da pintura Madona Sistina, e as igrejas Frauenkirche e Hofkirche.

Mas, apesar da fama de seus edifícios históricos, a capital da Saxônia possui áreas jovens e pulsantes, como a região da Neustadt (Cidade Nova), com seus cafés, bares e restaurantes, sem falar da riqueza natural do Vale do Elba, um local de beleza incomum com seus castelos e formações rochosas da Suíça Saxônica.

Melhor época para visitar

Com suas inúmeras atrações, Dresden pode ser visitada o ano todo. Entre maio e setembro, no entanto, as temperaturas são mais agradáveis, com média girando entre 13°C e 18°C.

É o clima ideal para flanar pela cidade e para fazer excursões ao Vale do Elba e à Suíça Saxônica. Junho, julho e agosto são os meses mais chuvosos, mas de forma geral as chuvas se distribuem regularmente durante o ano.

A cidade também é bastante visitada durante a época natalina, pois as feiras de Natal no centro histórico de Dresden estão entre as prediletas da Alemanha. Além da famosa feira Strietzelmarkt, uma das mais antigas do mundo, fundada em 1434, há também o mercado natalino medieval no Stallhof do Palácio Real, assim como a feirinha de Natal na Münzgasse.

Dresden também é conhecida por uma especialidade alemã natalina: o bolo de Natal com passas e frutas cristalizadas stollen, também chamado Dresdner Christstollen.

Onde se hospedar

Para quem vem passar poucos dias na capital da Saxônia, há basicamente três áreas indicadas para hospedagem: a região da Estação Central (Hauptbahnhof), o centro histórico (Altstadt) e a área conhecida como Cidade Nova (Neustadt).

Especial de Natal: o mercado de Dresden

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Os hotéis próximos à Estação Central são mais baratos e muito práticos para quem chega de trem. A região é bem servida de transportes e, ao longo da rua Prager Strasse, há uma zona de pedestres com muito lojas, restaurantes e alguns hotéis. A área não tem o charme da Altstadt nem a balada da Neustadt, mas está a alguns minutos a pé do centro histórico.

Já o centro histórico (Altstadt) é muito bem servido de hotéis e ali se localiza a maioria das atrações turísticas da cidade. Além do deleite arquitetônico, a área é repleta de bares e restaurantes. A desvantagem, naturalmente, está no preço.

A região da Neustadt (Cidade Nova) é a região mais descolada da cidade, com uma vida diurna e noturna bastante animada. Além de bares, clubes e restaurantes, a área preserva bons exemplos da arquitetura eclética do século 19, além de atrações como o Museu Histórico Militar. Há também alguns hotéis com preços mais acessíveis que no centro histórico.

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