Mais conhecida pelos relógios cuco e pelo bolo que leva seu nome, região montanhosa repleta de florestas e vilarejos é uma das principais rotas turísticas alemãs e pode ser visitada durante todo o ano.
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Localizada no estado alemão de Baden-Württemberg, a Floresta Negra (Schwarzwald) é uma cadeia montanhosa de baixa altitude coberta em grande parte por densa vegetação no sudoeste da Alemanha. Ela ganhou fama como terra dos relógios cuco; da torta de chocolate, cereja e chantilly que leva seu nome e por servir de cenário para contos de fadas como Chapeuzinho Vermelho e João e Maria.
Essa região de vales, florestas, cidades históricas e montanhas se estende por cerca de 200 quilômetros de norte a sul e 50 quilômetros de leste a oeste. Os romanos a chamavam de "silva nigra" ou Floresta Negra devido à penumbra em sua densa vegetação. Assentamentos só existiam em suas margens e, somente na Idade Média, ela passou a ser lentamente habitada.
Assim como o resto da Europa, a Floresta Negra perdeu quase toda a sua vegetação ao longo dos séculos, sendo a madeira destinada à construção em geral, calefação e fabricação de navios. Com o desmatamento, vieram também erosão e enchentes. O reflorestamento com árvores coníferas (abetos), a partir do século 19, tornou a floresta ainda mais escura, mas hoje a região também tem árvores de folhas caducas.
Essa faixa montanhosa próxima da Suíça e da França abriga as nascentes do rio Danúbio e picos de até 1,5 mil metros de altitude, como o Feldberg,perto de Freiburg, principal cidade da região, além de Baden-Baden, Offenburg e Freudenstadt. Mas é no interior que se nota a singularidade da Floresta Negra. Vilarejos como St. Peter ou Nagold remontam ao século 10. Ao longo do tempo, surgiu uma mistura muito charmosa de edifícios em enxaimel, igrejas barrocas, casas, praças e jardins.
Há muito que a produção de relógios de madeira foi substituída pelo turismo como uma das principais atividades econômicas da região. Somente no primeiro trimestre de 2018, a Floresta Negra registrou mais de 1,5 milhão de visitantes. E há muitas formas de conhecer esta que é uma das principais rotas turísticas da Alemanha.
Dez razões para visitar a Floresta Negra
Esta região no sudoeste da Alemanha é tão bela quanto pregam os clichês, com colinas idílicas, densos bosques de pinheiros, pratos saborosos e cidades hospitaleiras. Venha conhecer a Floresta Negra.
Foto: picture-alliance/dpa/P. Seeger
A natureza
A mata cerrada e escura levou os romanos a chamarem a região no sudoeste da Alemanha de Floresta Negra. Com o passar dos séculos, foram aparecendo as clareiras. Hoje, vacas pastam nas encostas das montanhas, como aqui em Münstertal. Em vastas áreas no sul e no norte da Floresta Negra, a natureza volta a se desenvolver sem interferência humana.
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Mobilidade
O turismo sustentável é levado a sério em toda a Floresta Negra. Por isso se oferecem pacotes especiais de mobilidade para os turistas, com ônibus e trens gratuitos, e até mesmo um carro elétrico. A bicicleta elétrica é uma boa opção para subir montanhas, como aqui na região da barragem de Schluchsee. E as clássicas trilhas também continuam à disposição para quem prefira caminhadas.
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Produto regional
O presunto típico da Floresta Negra (schwarzwälder schinken) é uma marca protegida. Trata-se de um presunto cru, sem osso, com uma camada de gordura e crosta escura, devido ao processo de defumação sobre galhos de pinheiro. Ele é servido com o pão rústico típico da região.
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Arquitetura prática
Há vários séculos a paisagem da Floresta Negra é dominada pelas propriedades rurais. O Vogtsbauernhof remonta a 1612 e é protegido como patrimônio histórico, pertencendo ao museu ao ar livre homônimo em Gutach. No verão, o telhado de palha proporciona sombra, e, no inverno, protege contra o vento e a neve.
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Relógio cuco
Há controvérsia sobre quem teria inventado o relógio cuco. Sabe-se apenas que o animal deveria ser um galo. Mas reproduzir o "quiquiriqui" da onomatopeia alemã seria complicado demais. Em Schonach e Triberg, os dois centros de produção deste relógio típico da Floresta Negra, estão expostos os maiores exemplares existentes, com até 15 metros de altura. Só o cuco pesa 150 quilos!
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Baden-Baden
A cidade dos spas e cassinos fica no extremo sul da Floresta Negra. Ao lado de lindos parques e prédios em arquitetura tradicional, encontram-se contrastes como o moderno Museu Frieder Burda. Lá estão expostas obras de mestres contemporâneos como Gerhard Richter. E, na ópera, divas como a soprano russa Anna Netrebko dão concertos.
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Cozinha de alto nível
Para saborear delícias como este antepasto de abóbora moranga com flores de maçã, gurmês de todos os lugares viajam até o pequeno lugarejo de Baiersbronn, no norte da Floresta Negra. Ali há dois chefs de três estrelas e um de duas estrelas.
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Nascente do Danúbio
O Danúbio, segundo maior rio da Europa, nasce em Donaueschingen. O espaço entre a igreja municipal e o palácio, onde se localiza a fonte descoberta pelo general romano Tibério, foi completamente restaurado.
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Freiburg
A cidade detém o recorde alemão de mais de 1.700 horas de sol por ano. A universidade de Freiburg é a primeira "universidade solar" do mundo, por oferecer um curso internacional de energia renovável e ter um projeto modelo de "colônia solar", com casas autárquicas em termos de energia.
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Paisagens
O ponto mais alto da Floresta Negra é a montanha Feldberg, com 1.493 metros. Todas as estações do ano proporcionam momentos mágicos de beleza, onde a paisagem parece se transformar num quadro encantado.
Basicamente, a região pode ser dividida em três áreas – norte, centro e sul (Nordschwarzwald, Mittlerer Schwarzwald e Südschwarzwald). No norte, muitos iniciam seu passeio pelo balneário histórico de Baden-Baden, com suas termas, spas, seu famoso cassino e a elegante alameda Lichtentaler Allee, símbolo da aristocracia europeia que costumava passar o verão na cidade de Baden-Württemberg.
Os primeiros 60 quilômetros da estrada B 500, conhecida como Schwarzwaldhochstrasse, interliga Baden-Baden à cidade de Freudenstadt. Para muitos, esse trecho forma a rota panorâmica mais bonita da Floresta Negra. Planejada desde o início da década de 1930, ela atravessa a floresta de norte a sul numa altitude de 600 e mil metros, oferecendo uma bela visão sobre os vales da Schwarzwald e do Reno até as montanhas Vosges, na vizinha França.
Entre as atrações do percurso que serpenteia as montanhas cobertas de pinheiros estão o pico Hornisgrinde e, pouco depois, o idílico lago Murmelsee, situado a 988 metros de altitude. Inaugurado em 2014, boa parte do Parque Nacional da Floresta Negra (Nationalpark Schwarzwald) se estende ao longo da Schwarzwaldhochstrasse. No inverno, a estrada é bastante utilizada por praticantes de esporte de neve e caminhadas, pois dá acesso a diversos teleféricos e trilhas.
Um segundo trecho da B 500 atravessa o sul da Floresta Negra, de Triberg, famosa por suas cascatas, passando por Furtwangen, a cidade dos relógios, até Waldshut, na fronteira com a Suíça.
Mas para quem utiliza Baden-Baden como base e pretende conhecer somente a parte norte da Floresta Negra pode retornar de Freudenstadt por estradas vicinais, passando por vilarejos idílicos com seus pitorescos edifícios em enxaimel, como Forbach ou Nagold, mas também Aach, Oppenau e Dornstetten. Vale a pena conhecer também Pforzheim, conhecida como a cidade do ouro (Goldstadt), porque foi por muito tempo o centro da indústria de ourivesaria na Alemanha.
Além da Rota Cênica pela B 500, há a Rota Alemã dos relógios (Deutsche Uhrenstrasse), que leva o visitante a polos históricos de produção de relógios entre os séculos 18 e 20, no centro e sul da Floresta Negra. Com cerca de 320 quilômetros de extensão, a rota passa por cidades como Triberg ou Furtwangen, onde o Museu Alemão do Relógio (Deutsches Uhrmuseum) conta mais de 150 anos de história da relojoaria na região.
E, para os enólogos e amantes da boa mesa, a Rota dos Vinhos de Baden (Badische Weinstrasse), na parte oeste da Floresta Negra, alia paisagens deslumbrantes à viticultura e gastronomia da região de Baden, passando, por exemplo, em cidades históricas cercada de vinhedos como Lahr. Basta seguir as placas com os pictogramas de cachos de uvas.
Conheça os encantos da Floresta Negra
04:24
Como a maioria das atrações se encontra na parte sul da Floresta Negra, Freiburg im Breisgau, cidade universitária com 900 anos de história e 230 mil habitantes, é uma boa base para um tour pela região dos relógios cuco, dos chapéus Bollenhut e do presunto Schwarzwälder Schinken. Conhecida como cidade ecológica da Alemanha, Freiburg também atrai com suas construções históricas e natureza.
É possível explorar a Floresta Negra de trem ou ônibus. Fique atento para as diversas ofertas de tíquetes regionais que valem para um dia todo e saem mais em conta. No entanto, a melhor forma ainda é de carro, que pode ser alugado, por exemplo, em Freiburg. De lá, siga para vilarejos incríveis como St. Peter oupara o museu ao ar livre Vogtsbauernhof, onde você pode conhecer "ao vivo" a história da região.
Em Triberg, além das cascatas mais altas da Alemanha, você vai observar o maior relógio cuco do mundo no parque de relógios Eble Uhrenpark. Muitas das cidades da região possuem o sufixo "ach" ou "bach", que significa riacho, córrego. Consta que foi no pequeno vilarejo de Gutach que surgiu o chapéu de bolas de lã Bollenhut, um dos símbolos da Floresta Negra.
Em qualquer uma das cidades e vilarejos visitados, você pode apreciar o famoso bolo Floresta negra (Schwarzwälderkirschtorte). Diz-se que a torta com cerejas, chantilly, raspas de chocolate, aguardente de cereja e a respectiva massa de bolo foi criada pelo confeiteiro Josef Keller, em 1915, inspirando-se nos trajes femininos da região. Isso aconteceu, porém, num café em Bonn, a centenas de quilômetros da região dos relógios cuco e dos chapéus Bollenhut.
A Floresta Negra se localiza bem próximo da Alsácia francesa. Ali, vilarejos encantadores esperam o visitante com uma culinária incrível e vinhos únicos. A Suíça também se encontra a somente uma hora de Freiburg. Indo em direção ao Lago de Constança, você pode conhecer diversas cidades, fazer um passeio de barco ou visitar a ilhaMainau, também chamada de Ilha das Flores.
Outro passeio incrível é andar com o Schwarzwaldbahn (Trem da Floresta Negra). Também não se esqueça de que há várias montanhas a visitar na região, um paraíso tanto para praticantes de caminhadas no verão quanto para os entusiastas de esportes de neve no inverno.
Dez razões para visitar Baden-Württemberg
O lema de Baden-Württemberg é: "Nós podemos tudo, menos falar o alemão padrão." A brincadeira com o dialeto local deixa subentendidas as belezas do estado, rico em paisagens, castelos e com uma cozinha exuberante.
Foto: picture alliance/dpa/Maurer
Feldberg: o ponto favorito dos turistas
A Floresta Negra, com cerca de 20 milhões de pernoites registrados por ano, é a região mais visitada de Baden-Württemberg. O ponto mais alto, o Feldberg, tem 1.500 metros. Também é a área da maior reserva natural de Baden-Württemberg. A região oferece algo especial para cada estação - de caminhadas à prática de esqui.
Foto: picture alliance/dpa/Maurer
Um cuco como souvenir
Os relógios cuco se tornaram o símbolo de Baden-Württemberg e da Floresta Negra. Eles conservam o mesmo design tradicional do século 19. Você pode encontrar bons exemplares nas cidades de Schonach e Triberg, onde chegam a ter 15 metros de altura. Os cucos da Floresta Negra permanecem sendo um souvenir popular entre os turistas.
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Stuttgart, a maior cidade
Com cerca de 600 mil habitantes, Stuttgart é a maior cidade e capital de Baden-Württemberg. Ela fica localizada em um vale, e seus moradores têm que mostrar "preparo físico" para subir e desscer as escadarias da cidade - as chamadas "Stäffele". No centro está o Neues Schloss, antiga residência da realeza de Württemberg.
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Berço da indústria automobilística
Baden-Württemberg é considerada terra de inventores e inovadores. Com o motor de combustão interna a gasolina, Gottlieb Daimler criou a base para os automóveis. Hoje, o museu da Mercedes Benz marca a trajetória do setor, desde os primórdios até os protótipos atuais e veículos de teste. Mas se você se interessa mais por modelos esportivos, então pode conhecer o museu da Porsche.
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O charme de Heidelberg
Muitos artistas imortalizaram a cidade, entre eles Goethe e Mark Twain. O Heidelberger Schloss, castelo que serviu de residência para princípes-eleitores e aparece imponente sobre a Cidade Antiga e o rio Neckar. A Universidade de Heidelberg também é outro símbolo da cidade. Fundada há quase 630 anos, é a mais antiga da Alemanha.
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Freiburg, a "metrópole" da Floresta Negra
A cidade idílica de Freiburg está cercada pelas montanhas verdes e tem 230 mil habitantes. Vale a pena visitar a catedral gótica e o belo centro antigo. A cidade oferece numerosos cafés e bares com excelentes refeições. Projetos recentes de proteção ambiental renderam a Freiburg o título de capital ecológica da Alemanha.
Foto: picture alliance/dpa/P. Seeger
Baiersbronn, cidade de gourmets
Baden-Württemberg é um paraíso da cozinha de alta classe. Em 2018, 74 restaurants do estado têm ao menos uma estrela no Guia Michelin. Dois chefs "3 estrelas" e um chef "2 estrelas" têm seus restaurantes em Baiersbronn, vilarejo no norte da Floresta Negra.
Foto: picture-alliance
O Lago de Constança
Com mais de 500 quilômetros quadrados, o lago de Constança é um dos maiores da Europa. Banha Baden-Württemberg e a Baviera, assim como a Suíça e a Áustria. O clima é tão ameno que palmeiras e hibiscus crescem na região, fazendo com que os visitantes se sintam como se estivessem no sul europeu. Outro destaque é a ilha de Mainau, onde quase um milhão de flores desabrocham a cada ano.
Foto: Imago/bodenseebilder.de
O Castelo de Hohenzollern
O Castelo Hohenzollern está localizado nos pés dos Alpes suábios. Com várias torres e ameias, é considerado um dos principais exemplos de arquitetura neogótica. Ele ainda pertence à família Hohenzollern, antiga casa real do Imperio Alemão. O prédio atrai cerca de 300 mil visitantes ao ano.
Foto: picture-alliance/dpa/F. Kästle
Natureza exuberante
Florestas aluviais, pastagens e uma rede de afluentes do Reno aguardam os visitantes em Baden-Württemberg. A constante mudança dos níveis das águas é alma da planície de inundação, da qual se beneficiam plantas e animais raros. Visitantes podem explorar a região em pequenas embarcações ou praticar esportes.
Foto: picture-alliance/dpa/F. Kästle
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Melhor época para visitar
Na Floresta Negra, a média de temperatura varia com a altitude. Enquanto em regiões mais baixas, como Ortenau e Markgräfleland, se registram as médias mais elevadas de temperatura da Alemanha, nas partes mais altas o clima é bem mais frio.
Os meses mais quentes são julho e agosto. Em Freiburg, no verão, as temperaturas ultrapassam regularmente 25°C durante o dia, enquanto no Feldberg, o pico mais alto da região com 1.493 metros, elas não passam dos 12°C.
No inverno, as temperaturas nas partes mais altas da montanha atingem em média 2°C negativos, enquanto nas partes mais baixas ao longo do Reno, as temperaturas caem dificilmente abaixo de 0°C. Geralmente, os invernos são moderados e com neve.
A Floresta Negra pode ser visitada o ano todo, pois cada estação tem a sua peculiaridade. A primavera europeia, no início do ano, é uma época ótima para ver o colorido das flores e árvores em regiões vinícolas como Kaiserstuhl, Tuniberg e Markgräferland. Já uma visita às montanhas e lagos ajuda a escapar das elevadas temperaturas do alto verão em meados do ano.
O princípio do outono, entre setembro e outubro, é a melhor época para caminhadas e passeios de bicicleta. O colorido das árvores de folhas caducas entre os pinheiros escuros dá ainda mais beleza à estação. Esse também é o período da colheita e festas da uva nas áreas de viticultura da Floresta Negra.
Além da magia natalina, o inverno é a estação de esportes como esqui e snowboard. Nos últimos anos, no entanto, o período de neve tem chegado um pouco mais tarde, estendendo-se de janeiro a abril. Assim como no verão, o inverno é também uma época ótima para visitar a Floresta Negra com crianças. A diferença é que, nos meses mais quentes, o período de férias é bastante disputado por locais e turistas.
Dicas para conhecer a Floresta Negra
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Onde se hospedar
Com cerca de 300 cidades e vilarejos históricos, não faltam opções de hospedagem na Floresta Negra. Dependendo da preferência e dos passeios, às vezes, vale mais a pena se hospedar em cidades maiores, como Freiburg, Baden-Baden ou Offenburg, com mais opções gastronômicas, noturnas e principalmente de transporte, caso se pretenda explorar a região com o trem ou ônibus.
Mas também não faltam opções para quem quiser pernoitar em cidades menores e vilarejos típicos. Com suas casas em enxaimel, Schiltach e Gegenbach têm tudo que se espera da Floresta Negra. Hornberg é uma ótima opção para explorar a região com o Schwarzwaldbahn (Trem da Floresta Negra). Perto de Freiburg, Staufen oferece várias opções de passeio e hospedagem.
Há também diversos albergues e apartamentos para alugar nos vilarejos à beira dos lagos, como Titisee-Neustadt, ou nas estações de esqui durante o inverno. A escolha é do visitante.
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A vida na Floresta Negra há 400 anos
Devido à paisagem montanhosa e à densidade da mata, os antigos moradores da Floresta Negra tinham uma vida dura. O museu ao ar livre Vogtsbauernhof proporciona aos visitantes uma viagem no tempo.
Fundado há mais de 50 anos como um museu de arquitetura, o Vogtsbauernhof abriga casas antigas tidas como típicas da Floresta Negra. Algumas datam do século 17, quando ocorreu uma revolta camponesa. A maioria possui teto de palha. Atualmente, tais coberturas são usadas raramente devido a leis de segurança contra incêndios e mofo.
Apesar de cada vilarejo ter seus próprios trajes, há na Floresta Negra um detalhe padrão, os ornamentos para a cabeça. Os famosos chapéus Bollenhut adornam a cabeça das mulheres jovens – os de bolas pretas indicam que as moças estão comprometidas e os vermelhos, que ainda estão disponíveis. O Schäppel (centro) é um adorno ricamente bordado com pérolas e contas coloridas.
Quase todos os dias há apresentações especiais no museu, que transportam os visitantes para o passado. Na imagem, o grupo Heckerleute de Offenburg encena a batalha de Kandern, um pequeno vilarejo localizado no sul da Floresta Negra. O revolucionário radical democrático Friedrich Hecker desempenhou um papel central no início da Revolução Alemã de 1848/1849.
Destilados e licores são considerados iguarias locais, como o licor de cereja usado no famoso bolo Floresta Negra. Durante a época de cereja, os visitantes do museu podem testemunhar o histórico processo de destilação. Para tal, são utilizados fornos a lenha. Até mesmo tarefas cotidianas são apresentadas, como moagem de grãos, panificação e serragem.
Todas as seis casas destacadas no museu Vogtsbauernhof dão uma ideia do estilo de vida de seus antigos moradores. A sala de estar mostrada nesta imagem parece até levemente luxuosa em comparação com os demais aposentos. Entre eles está uma sala de estar onde as pessoas viviam lado a lado com animais de fazenda.
O museu em Gutach fica aberto apenas sete meses por ano. A única exceção durante o inverno é o bazar de Natal em um fim de semana do Advento. A temporada anual é encerrada no último fim de semana de outubro, com a Festa de Outono. Nos dois dias, é oferecida a "Schlachtplatte", com carnes e embutidos produzidos do abate do porco, e mostrado como antigamente eram preparados alimentos e bebidas.