Estima-se que milhões de alunos da rede pública estejam completamente sem acesso à internet e ao ensino. Além da quebra do vínculo com a escola, saúde mental de estudantes e professores é motivo de preocupação.
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Faz três meses que os filhos de Ivanilde da Silva perderam por completo o contato com a rotina de aprendizado. Sem acesso à internet e a sete quilômetros de distância da escola, eles e os outros alunos da aldeia Rio Bonito, em Ubatuba, litoral paulista, estão distantes do ensino formal desde o início da quarentena no estado de São Paulo, em 23 de março.
"As crianças estão em casa, sem atividades", diz Silva, líder comunitária. "Até o momento, não recebi nenhuma informação", responde quando questionada sobre as orientações dadas aos estudantes.
Em São Paulo, que tem 3,5 milhões de alunos apenas na rede estadual, o ensino pela internet foi implementado a partir de 3 de abril. As atividades preparadas pelos professores também podem ser retiradas nas escolas na versão impressa, informa a Secretaria de Educação.
Na era pré-pandemia, os alunos da aldeia Rio Bonito eram levados de transporte escolar para a comunidade vizinha, onde fica a escola estadual indígena da Aldeia da Boa Vista. Em isolamento social para evitar a contaminação pelo novo coronavírus e sem condições de se deslocar, os pais que moram na Rio Bonito mantêm os filhos entretidos com as tarefas tradicionais do povo guarani.
O caso no litoral paulista não é único. Em todo o estado, a participação nas atividades formais escolares durante a pandemia tem sido limitada: somente 27% dos estudantes matriculados na rede estadual retornam as tarefas aos professores, afirma o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).
"Falta inclusão digital tanto para professores quanto para os alunos", pontua Maria Izabel Azevedo Noronha, presidente da entidade, sobre as dificuldades.
Em todo o país, a adesão é limitada entre os 14,2 milhões de alunos matriculados nos ensinos fundamental e médio nas escolas estaduais, avalia Heleno Manoel Gomes Araújo Filho, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
"A frequência tem sido muito baixa", comenta Araújo Filho. Os motivos, argumenta, vão além da falta de acesso à internet. "Tem alunos que moram em locais sem saneamento, sem ambiente silencioso para estudar e cujos pais também não têm condições de ir à escola retirar material", complementa.
Em Pernambuco, por exemplo, a rede de TV pública, que alcança 60% do estado, também foi usada para transmitir conteúdo. Dos 580 mil estudantes, 8 mil acessaram aulas pela televisão na primeira semana, afirma Araújo Filho. "Duas semanas depois, esse número foi de 290 alunos, e depois caiu para 90", exemplifica.
A Secretaria de Educação de Pernambuco informou que o conteúdo também pode ser acessado por uma plataforma virtual e que atingiria cerca de 80% dos alunos.
Medo e ansiedade
Pelas escolas municipais espalhadas pelos 5.570 municípios brasileiros, a situação não é diferente. Dos 16 milhões de alunos matriculados, estima-se que até 5 milhões estejam completamente desconectados durante a pandemia, segundo levantamento da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).
É o caso dos filhos que moram com Joice Costa, que estão no quarto e quinto ano do ensino fundamental de uma escola municipal num bairro afastado do centro de Belo Horizonte. O único celular da casa não tem memória suficiente para navegar pela plataforma online usada para o aprendizado à distância.
"Eles estão sem os estudos", diz Costa, que está desempregada. "Eles sentem muita falta da escola e dizem que estão com muito medo de ter que repetir o ano", afirma.
Por outro lado, a volta às aulas, ainda sem data em Minas Gerais, preocupa. "Fico preocupada principalmente com o mais novo, que é do grupo de risco por causa da diabetes", diz Costa sobre o medo do contágio pelo novo coronavírus.
Para Luiz Miguel Martins Garcia, presidente da Undime, o momento de ansiedade devido à pandemia e de tensão trazida pelo uso de novas tecnologias pode ter consequências sérias.
"Nossa grande preocupação é haver perda de vínculo dos alunos. Isso pode gerar abandono da escola", comenta Garcia. "Tem famílias que estão falando em tirar os filhos da escola e retornar no ano que vem. O ano não está perdido. A gente tem condição e tem ferramentas técnicas para reorganizar o conteúdo", ressalta.
Dados do Ministério da Educação apontam que pelo menos 55 milhões de pessoas estão envolvidas com o trabalho escolar no país: são estudantes matriculados na educação básica, pública e privada, e os profissionais. O número equivale a mais de 25% da população estimada no Brasil.
Estresse entre professores
Além da adaptação rápida e obrigatória às mídia digitais, professores da rede municipal de São José dos Campos, interior paulista, vivem uma situação de estresse particular. Embora a recomendação dos órgãos de saúde seja o distanciamento social, os profissionais da educação são obrigados a cumprir expediente presencial na escola desde o dia 3 de junho.
Em muitos casos, eles precisam se aglomerar num espaço determinado para conseguir acessar o sinal da internet. "Temos medo de nos infectarmos e de infectar os familiares que estão em casa respeitando o afastamento social", afirma um profissional que, por medo de retaliação, pediu para não ter o nome revelado.
"Além dos professores, temos na escola a equipe de limpeza, administrativo e estagiários", complementa. "Na minha escola, em particular, temos três casos positivos de covid-19 e sete que aguardam resultado de exames."
Questionada, a administração municipal respondeu que a presença na escola é para que os professores "possam utilizar os materiais pedagógicos e internet, deixando de gastar em casa" e que os cuidados recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) são observados.
A prefeitura não informou o número de casos de covid-19 confirmados entre os profissionais desde que passaram a dar expediente nas escolas.
Para a Undime, trata-se de uma "aberração". A falta de diálogo agrava o estresse da época, comenta Garcia. "A pandemia reforça a importância de se ouvir as partes. Tem muitos professores adoentados, sobrecarregados. De repente, professor teve que fazer roteiro, gravar aula, postar aula, orientar família, e ele também vivendo o drama de uma pandemia", exemplifica.
Vínculo e a vida que virá depois
A recomendação da CNTE para os dirigentes é estimular o cuidado com a vida. "Pandemia é uma situação inusitada. Temos que ter práticas solidárias nesse momento em que estudantes estão morrendo, em que estamos perdendo alunos da educação de jovens e adultos e seus familiares. Fazer contato direto é uma prática solidária. Não temos que exigir a escolarização neste momento", opina Araújo Filho.
Segundo a avaliação de Flaviany Ribeiro, psicóloga escolar e professora da Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, é preciso ter cautela para preservar a saúde mental dos estudantes nesta fase de isolamento.
"Para além de conteúdo acadêmico e pedagógico, os prejuízos psíquicos que podem vir são muito preocupantes", comenta Ribeiro, citando como exemplo crise de ansiedade, fobias, medo de convivência e depressão.
"A escola deve estar presente principalmente para manter vivo o vínculo com o professor, com os colegas. Estimular cognitivamente as crianças. E, quando voltar para a sala de aula, tudo isso que está acontecendo tem que entrar para a pauta", opina a psicóloga.
Por enquanto, a volta da rede pública tem data para retorno em São Paulo. Com mais de 14 mil mortes por covid-19, o estado decretou que as escolas voltam com capacidade parcial a partir de 8 de setembro.
O anúncio não foi bem recebido por trabalhadores da área. "Não deveria haver uma preocupação de lançar uma data sem antes resolver o problema da pandemia", critica Noronha, da Apeoesp.
Reveja os principais fatos desde a confirmação do primeiro caso da doença causada pelo novo coronavírus no Brasil, em fevereiro. Desde então, país está entre as nações com maior número de casos e mortos no mundo.
Foto: picture-alliance/dpa/M. Sena
Primeiro caso no Brasil
Após já ter se espalhado por cerca de 40 países, matado mais de 2.700 pessoas e infectado mais de 80 mil, o primeiro caso do novo coronavírus é confirmado no Brasil apenas no final de fevereiro. Trata-se de um homem de 61 anos que viajou à Itália a trabalho. (26/02)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/FotoRua/F. Vieira
Brasil registra primeiras mortes pelo novo coronavírus
A primeira vítima de covid-19 no país é um homem de 62 anos, morador de São Paulo e que sofria de diabetes e hipertensão. No mesmo dia, um hospital em Niterói, no Rio de Janeiro, anuncia a morte de um idoso de 69 anos com sintomas de coronavírus. (17/03)
Foto: Getty Images/AFP/N. Almeida
Covid-19 em todos os estados
Roraima, o último estado que ainda não registrava casos do novo coronavírus, reporta dois infectados. Com isso, todos os estados brasileiros e o Distrito Federal já têm casos de covid-19 confirmados. (21/03)
Foto: Reuters/A. Perobelli
Governo restringe entrada de estrangeiros
Começa a valer a medida que restringe a entrada no país, via aérea, de pessoas vindas da Europa e de vários países asiáticos por 30 dias para conter a disseminação do coronavírus. A portaria não se aplica a brasileiros natos ou naturalizados ou a imigrantes com autorização de residência no país. (23/03)
O presidente faz um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão no qual conclama o país a "voltar à normalidade", pedindo que os estabelecimentos comerciais não fechem as portas e que as pessoas saiam do confinamento em suas casas. Ele chama a covid-19 de "gripezinha" e fala em "histeria" devido à pandemia. Bolsonaro é alvo de panelaços pelo oitavo dia consecutivo. (24/03)
Foto: YouTube/TV BrasilGov
Bolsonaro sanciona ajuda de até R$ 1,2 mil para informais
Bolsonaro sanciona um auxílio emergencial por três meses, no valor de 600 reais, destinados aos trabalhadores autônomos, informais e sem renda fixa durante a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. (01/04)
Foto: picture-alliance/robertharding/I. Trower
Mortes por covid-19 no Brasil superam óbitos por dengue e H1N1 em 2019
O país soma 800 mortes em decorrência do novo coronavírus. Durante todo o ano passado, foram registrados 782 óbitos por dengue e outros 312 continuam em investigação, mostra boletim epidemiológico divulgado pela pasta da Saúde. De acordo com outro boletim epidemiológico, em 2019 morreram no Brasil 787 pessoas vítimas de Influenza A (H1N1). (08/04)
Foto: picture-alliance/dpa/EPA/G. Amador
Garoto de 15 anos é primeiro ianomâmi a morrer por covid-19
O adolescente recebia cuidados em um leito de UTI num hospital em Boa Vista desde 3 de abril. Entidades de defesa da causa indígena, como o Instituto Socioambiental (ISA) e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), têm denunciado a subnotificação de casos de covid-19 entre indígenas e demonstrado preocupação com o risco para as comunidades. (10/04)
Foto: Adam Renan/Rede Amazônia Sustentável
Bolsonaro demite Mandetta
Em meio à pandemia de coronavírus, Bolsonaro demite o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. A decisão ocorre dias depois de o titular da pasta ter dado uma entrevista contrariando a posição do presidente em relação à resposta à pandemia de covid-19. Mandetta defendia o isolamento social. O médico oncologista Nelson Teich foi escolhido para substituir Mandetta. (16/04)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Borges
Novo ministro da Saúde defende plano para saída do isolamento
Em sua primeira entrevista após assumir o comando do Ministério da Saúde, Nelson Teich defende um plano para saída do isolamento e diz que o número de infectados no país é relativamente baixo se comparado com o total da população e não deve alcançar 70% da população em contato com a doença. "É impossível um país sobreviver um ano, um ano e meio parado." (22/04)
Foto: picture-alliance/ ZUMAPRESS/GDA/O. Globo
Brasil supera a China em mortes por covid-19
A contagem diária de mortes por covid-19 atinge número recorde com 474 óbitos, elevando o total de vítimas no país para 5.017. O Brasil se torna o 9º país com o maior número de mortes em todo o mundo, superando a China, onde surgiu a pandemia e 4.637 óbitos foram registrados. Ao ser questionado sobre as mortes, Bolsonaro responde: "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?". (28/04)
Foto: AFP/M. Dantas
Bolsonaro livra agentes públicos de responsabilidade por erros durante epidemia
De acordo com medida provisória (MP) editada por Bolsonaro, agentes públicos apenas poderão ser responsabilizados nos âmbitos civil e administrativo se houver "dolo ou erro grosseiro", "manifesto, evidente e inescusável, praticado com culpa grave" e "com elevado grau de negligência, imprudência ou imperícia". Dias depois, o STF limitou o alcance da MP. (14/05)
Foto: Getty Images/A. Anholete
Covid-19 atinge dezenas de povos indígenas
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) informou que, até 15/05, 38 povos indígenas do país já haviam sido afetados pelo coronavírus. A associação contabilizou 446 infecções e 92 mortes em comunidades indígenas. A maioria das infeções foi registrada na Amazônia, onde está localizada a maioria das comunidades isoladas. Mas também há casos no Sul, Centro-Oeste e Nordeste. (15/05)
Foto: Reuters/B. Kelly
Nelson Teich pede demissão do Ministério da Saúde
Menos de um mês após ter assumido o cargo, Nelson Teich pede demissão do Ministério da Saúde. Ele afirma que a saída foi decisão dele, sem dar detalhes sobre os motivos. "A vida é feita de escolhas. E hoje eu escolhi sair", destaca. Ele e Bolsonaro vinham discordando sobre medidas na gestão da epidemia. O general Eduardo Pazuello assume o cargo interinamente. (15/05)
Foto: Reuters/A. Machado
Sem base científica, governo amplia uso da cloroquina
O Ministério da Saúde divulga um novo protocolo sobre o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina para o tratamento de pacientes com covid-19, permitindo que os medicamentos sejam administrados também em casos leves da doença. A mudança do protocolo foi feita a pedido de Bolsonaro, apesar de não haver comprovação científica da eficácia do medicamento em pacientes com covid-19. (20/05)
Foto: Getty Images/AFP/G. Julien
Brasil ultrapassa Itália e é terceiro país com mais mortes por covid-19
Exatos cem dias após o primeiro caso registrado, o Brasil ultrapassa a Itália e se torna o terceiro país com mais mortes pela covid-19. O país contabiliza 34.021 mortes e fica atrás apenas dos EUA (108.211) e do Reino Unido (39.987). (04/06)
Foto: Reuters/R. Moraes
Brasil amplia orientações de uso da cloroquina contra a covid-19
O Ministério da Saúde informa que vai ampliar as recomendações de uso da cloroquina e de sua derivada hidroxicloroquina no tratamento da covid-19, passando a orientar a aplicação precoce das drogas em crianças e grávidas diagnosticadas com a doença. O anúncio ocorre no mesmo dia em que os EUA revogam seu uso emergencial no tratamento da covid-19. (15/06)
Foto: AFP/G. Julien
Casos de covid-19 passam de 1 milhão no Brasil
O Brasil supera a marca de 1 milhão de casos confirmados de covid-19, após registrar um recorde de 54.771 novas infecções pelo novo coronavírus em apenas 24 horas. Menos de quatro meses após a confirmação do primeiro caso, o país soma 1.032.913 ocorrências da doença e é o segundo do mundo com mais casos e mortes, atrás apenas dos EUA. (19/06)
Foto: Reuters/A. Perobelli
Vacina de Oxford contra covid-19 começa a ser testada no Brasil
O Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido a iniciar testes de uma vacina desenvolvida pela universidade britânica. O projeto financiado pela Fundação Lemann contará com 2 mil voluntários em São Paulo e outros mil no Rio. A vacina está atualmente na fase 3 de testes. Um dos motivos que levaram à escolha do Brasil foi o fato de a epidemia estar em ascensão no país. (22/06)
Foto: picture-alliance/AP Photo/University of Oxford
Juiz manda Bolsonaro usar máscara em público
O juiz Renato Coelho Borelli, da 9ª Vara Federal Cível de Brasília, impõe ao presidente Jair Bolsonaro o uso obrigatório de máscara em espaços públicos e estabelecimentos comerciais, como medida de proteção contra o novo coronavírus. Em caso de descumprimento, o magistrado fixou um multa diária de R$ 2 mil. (22/06)
Foto: Getty Images/AFP/E. SA
UE estende proibição à entrada de viajantes do Brasil
Lista elaborada por Bruxelas recomenda que Estados-membros reabram suas fronteiras para viajantes de 15 países a partir de 1º de julho. Brasil, EUA e Rússia ficam de fora devido ao alto número de casos de covid-19. (30/06)
Foto: Delfim Martins
Bolsonaro diz estar com covid-19
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que teve resultado positivo em um exame para detectar a covid-19. Ao anunciar o resultado, em entrevista em frente ao Palácio da Alvorada, ele aproveitou a ocasião para mais uma vez reclamar das medidas de isolamento impostas por prefeitos e governadores. Bolsonaro também disse estar se tratando com hidroxicloroquina. (07/07)
Foto: picture-alliance/dpa/E. Peres
Casos de covid-19 passam de 2 milhões no Brasil
Menos de um mês depois de o país ter atingido o número de 1 milhão de infectados, em 19 de junho, o Brasil ultrapassou a marca de 2 milhões de casos oficialmente notificados de covid-19. O número de casos identificados da doença dobrou em menos de um mês. (16/07)
Foto: picture-alliance/E. Lustosa
Brasil: 100 mil mortos por covid-19
Menos de seis meses após a identificação do primeiro caso de covid-19 no Brasil, o país cruzou a marca de 100 mil mortes pela doença. O número de casos chegou a 3 milhões. Mesmo num ritmo de mil mortes por dia, o governo do país segue defendendo a flexibilização do isolamento e minimizando os impactos do vírus. (08/08)
Foto: Getty Images/A. Schneider
Mais uma empresa alemã pretende testar vacina contra covid-19 no Brasil
CureVac, de Tübingen, pretende começar testes em voluntários brasileiros em setembro ou outubro. Em parceria com a Pfizer, a também alemã BioNTech iniciou testes no Brasil na semana passada. (11/08)
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Brasil autoriza testes de mais uma vacina contra covid-19
Anvisa dá aval para estudos clínicos de fase 3 do imunizante desenvolvido pela Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, com 7 mil voluntários participando dos testes. É a quarta vacina a obter autorização no país. (18/08)
Foto: picture-alliance/AP Photo/University of Oxford
Saldo do coronavírus após seis meses no Brasil
Somada à falta de testes e à desigualdade social, resposta de Bolsonaro à covid-19 contribuiu para que o país virasse o segundo do mundo com mais óbitos devido à pandemia, atrás dos EUA. Seis meses após primeiro caso confirmado no Brasil, país acumula mais de 3,6 milhões de infecções e 116 mil mortes por covid-19, números que devem ser maiores devido à falta de testes e à subnotificação. (26/08)
Foto: picture-alliance/dpa/ZUMA Wire/D. Oliveira
Índia passa Brasil e é segundo país com mais casos de covid-19
País registra mais de 90 mil novas infecções pelo coronavírus por dois dias consecutivos, elevando o total de casos para mais de 4,2 milhões. Brasil ainda é a segunda nação com mais mortes em decorrência da doença. (07/09)
Foto: picture-alliance/dpa/AP/C. Anand
Pazuello é efetivado como ministro da Saúde
General ocupava posto há quatro meses na condição de interino. No período, submeteu a pasta completamente aos desejos de Bolsonaro, tentou esconder números e viu mortes por covid-19 no país explodirem. (16/09)
Foto: Getty Images/A. Anholete
Brasil adere à iniciativa global por vacinas contra covid-19
Governo anuncia inclusão em programa mundial que monitora desenvolvimento de imunizantes e inclui mais de 170 países. Nações envolvidas receberão doses para cobrir ao menos 20% de suas populações. (19/09)
Foto: Adriano Machado/Reuters
Brasil ultrapassa marca de 5 milhões de casos de covid-19
Pouco mais de sete meses depois do primeiro caso de covid-19, o Brasil passou nesta quarta-feira (07/10) a marca de cinco milhões de pessoas infectadas. Segundo o Conass, o país registrou mais 31.553 infecções nas últimas 24 horas, elevando o total para 5.000.694. Ainda nesta quarta-feira, foram registradas mais 734 mortes, elevando o total para 148.228.
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Testes no Brasil mostram segurança de vacina chinesa, diz Butantan
Segundo instituto, resultados preliminares em estudo de fase 3 feitos no país são semelhantes aos de ensaios clínicos feitos na China. São Paulo quer começar vacinação no início do próximo ano. (19/10)
Foto: picture-alliance/dpa/AP/A. Zemlianichenko
"Pandemia deve elevar tanto a fome quanto a obesidade entre brasileiros"
Ex-chefe da FAO, José Graziano se diz preocupado com queda na qualidade da alimentação de crianças fora da escola, bem como com fim do auxílio emergencial, que pode levar milhões a passarem fome e dependerem de caridade. (20/10)
Foto: DW/N. Pontes
Brasil incluirá vacina chinesa em calendário nacional de vacinação
Ministério da Saúde pretende comprar 46 milhões de doses da Coronavac e iniciar imunização em todo país já em janeiro. Resultados de testes ainda são aguardados para liberação de imunizante no país. (20/10)
Foto: Andre Lucas/dpa/picture-alliance
Anvisa autoriza importar 6 milhões de doses de vacina chinesa
Após polêmica envolvendo a Coronavac, a Anvisa autorizou no dia 23 de outubro a importação de 6 milhões de doses da vacina produzido pela chinesa Sinovac em parceria com o Butantan. A licença é só para importação da vacina. Sua distribuição depende de autorização da própria Anvisa. Enquanto ela não autorizar a aplicação, o Butantan deve armazenar as doses e garantir que elas não sejam usadas.