Dilma amplia vantagem sobre Marina, mas empata no 2º turno, aponta Ibope
24 de setembro de 2014
Pesquisa mostra presidente com 38% das intenções de voto, nove pontos percentuais à frente da rival, mas empate técnico no caso de um duelo persiste. Aécio estabiliza em 19%.
Anúncio
De acordo com uma nova pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira (23/09), a distância entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e a rival Marina Silva (PSB) no primeiro turno aumentou. Dilma aparece com 38% das intenções de voto, nove pontos percentuais à frente dos 29% de Marina.
No último levantamento do instituto, divulgado há uma semana, Dilma tinha 36% e Marina, 30%. A candidata à reeleição aparece agora com quatro pontos percentuais a mais do que na pesquisa Ibope realizada logo após a morte de Eduardo Campos (PSB), em agosto.
Já o apoio a Aécio Neves (PSDB) se manteve em 19%, diminuindo as chances de o candidato tucano chegar a um segundo turno.
Num eventual duelo entre Dilma e Marina, ambas têm 41% das intenções de voto. O levantamento anterior do Ibope já havia apontado um empate técnico no segundo turno, porém, Marina tinha 43% e Dilma, 40%.
O Ibope consultou 3.010 eleitores de 296 municípios, entre 18 e 23 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A consulta foi divulgada no site do jornal O Estado de S. Paulo.
Os números do Ibope são semelhantes aos da pesquisa Datafolha divulgada na última sexta-feira, que colocou Dilma sete pontos percentuais à frente de Marina no primeiro turno e indicou empate técnico entre as duas no segundo.
LPF/rtr
Debate na TV: o que disseram os candidatos?
Sete presidenciáveis participaram do dois primeiros debates antes da eleição de outubro. Conheça alguns dos temas discutidos e propostas apresentadas por cada um deles.
Foto: Miguel Schincariol/AFP/Getty Images
Sete presidenciáveis
O segundo debate entre os candidatos à Presidência, promovido por SBT, "Folha de S. Paulo", UOL e Jovem Pan nesta segunda-feira (01/09), foi transmitido simultaneamente pela TV, internet e rádio. Sete candidatos participaram: Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB), Aécio Neves (PSDB), Pastor Everaldo (PSC), Luciana Genro (PSOL), Eduardo Jorge (PV) e Levy Fidelix (PRTB).
Foto: Nelson AlmeidaA/AFP/Getty Images
Band abriu debates
Os mesmos sete candidatos estiveram no primeiro debate, organizado pela Bandeirantes. O primeiro confronto aconteceu ainda sob o impacto da trágica morte de Eduardo Campos. Marina Silva já participou como sua sucessora. Ela já despontava nas pesquisas, mas ainda sem a força de agora.
Foto: Reuters
Dilma Rousseff (PT)
O empate entre Dilma e Marina, segundo a última pesquisa de intenção de voto, foi destaque no segundo debate. Dilma disse que "a queda é momentânea" e negou a situação de recessão atribuída à economia brasileira. Ao falar da situação nos presídios, a petista defendeu uma mudança constitucional para instituir uma responsabilidade compartilhada entre governos federal, estadual e municipal.
Foto: Reuters
Marina Silva (PSB)
Quando perguntada sobre as propostas do PSB para a economia – como 10% do PIB para a Educação, 10% da receita bruta da União para a Saúde e passe livre para estudantes de escola pública –, Marina disse que o dinheiro virá de uma gestão mais eficiente das contas públicas. Quanto ao polêmico tema do aborto, a candidata disse ser contra a sua prática, mas a favor da realização de um plebiscito.
Foto: Reuters
Aécio Neves (PSDB)
Sobre o tema corrupção, Aécio falou das propostas de "um novo ciclo de governança" que pretende instalar no país, afirmando que "todas as denúncias devem ser investigadas". O tucano também abordou o tema recessão, atacando o governo atual. "Um país que não cresce, não gera empregos. Infelizmente essa é a herança perversa desse governo. O Brasil precisa de um novo ciclo de governo."
Foto: Reuters
Pastor Everaldo (PSC)
O candidato do PSC disse ser contra o aborto e defendeu a família tradicional "como está na Constituição". Pastor Everaldo prometeu ainda criar o Ministério de Segurança Pública, integrar as forças de segurança do país e atacar "a delinquência nas ruas". "Vamos fazer uma força-tarefa para que esse delinquente que rouba, que mata, que estupra seja severamente punido."
Foto: Miguel Schincariol/AFP/Getty Images
Luciana Genro (PSOL)
No tema economia, Luciana Genro voltou a usar a estratégia já adotada no primeiro debate de criticar as propostas dos três candidatos mais fortes. "Eles querem seu voto para governar com os mesmos de sempre", disse. "Os juros consomem todo nosso dinheiro, fazendo com que os bancos lucrem cada vez mais", afirmou ao propor uma alíquota de imposto sobre as fortunas no país.
Foto: Miguel Schincariol/AFP/Getty Images
Eduardo Jorge (PV)
Eduardo Jorge defende a descriminalização do aborto e a legalização das drogas. Ao ser questionado sobre tal posição em contraste com a defendida em 2010, o candidato do PV disse que, naquele momento de coligação com Marina, não seria possível defender tais ideias. "Como médico defendo isso há mais de 20 anos."
Foto: Miguel Schincariol/AFP/Getty Images
Levy Fidelix (PRTB)
Sobre o tema segurança pública, o candidato do PRTB defendeu a privatização das penitenciárias e a redução da maioridade penal. "Aqueles que praticam a morte com apenas 16 anos têm que ser punidos com maioridade penal reduzida imediatamente."