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Dilma encontra-se com Obama e líderes dos Brics na Austrália

15 de novembro de 2014

Em conversa com presidente americano, Dilma teria mostrado interesse em visitar EUA. Ao lado dos Brics, ela ressaltou lenta recuperação da economia global. Já Ucrânia foi tema de longa conversa entre Merkel e Putin.

G20-Gipfel in Brisbane 15.11.2014 Dilma Rousseff und Obama
Foto: Reuters/Pablo Martinez Monsivais

Embora ofuscada pela crise na Ucrânia, o primeiro dia da reunião de cúpula do G20 na Austrália foi palco de encontros paralelos entre líderes mundiais sobre assuntos diversos. Neste sábado (15/11), a presidente brasileira, Dilma Rousseff, encontrou-se com o presidente americano, Barack Obama.

Apesar de nenhuma informação oficial sobre a conversa ter sido divulgada, acredita-se que Dilma tenha voltado a demonstrar disposição em visitar em breve os Estados Unidos. A presidente já havia manifestado o interesse logo após a vitória nas eleições de outubro, quando recebeu uma ligação de Obama.

A relação entre os dois foi abalada em setembro do ano passado quando, em meio aos escândalos de espionagem envolvendo a Agência americana de Segurança Nacional (NSA), vieram à tona informações de que o telefone de Dilma teria sido grampeado. Após tentativas frustradas de aproximação desde então, observadores apostavam que o encontro neste fim de semana em Brisbane seria uma boa oportunidade para quebrar o gelo entre os dois líderes.

Brics pedem mais

Dilma discursou na sessão plenária inaugural da cúpula que reúne os chefes de Estado e governo das principais nações industrializadas e emergentes do planeta. No centro de convenções de Brisbane, a presidente brasileira também assistiu a uma cerimônia de boas-vindas com a participação de aborígenes.

Na manhã deste sábado, os líderes dos cinco países dos Brics (Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul) se encontraram à margem do G20. Os emergentes concordaram com a necessidade de acelerar a implantação do Banco de Desenvolvimento dos países, a fim de ampliar sua atuação econômica e financeira. Eles se comprometeram a nomear o chefe da instituição antes da próxima cúpula.

Líderes dos Brics defenderam rápida implantação do Banco de Desenvolvimento dos paísesFoto: picture-alliance/dpa/Druzhinin Alexei

Durante a reunião, Dilma Rousseff destacou que o quadro econômico mundial não melhorou conforme o ritmo previsto durante o último encontro do grupo, em Fortaleza, em julho passado. "Chegamos ao final de 2014 vendo frustradas as nossas expectativas iniciais de recuperação da economia mundial", declarou.

De acordo com Dilma, a queda no preço das commodities reflete "uma reacomodação da economia mundial" às perspectivas de futura alta do dólar americano. Ela ainda afirmou que os países avançados precisam recompor sua demanda interna aos níveis anteriores ao início da atual crise econômica mundial, "em vez de tentar resolver seus problemas ampliando as exportações".

"Os países avançados não conseguiram uma recuperação consistente e o comércio internacional não cresce o suficiente para estimular os países emergentes. Pelo contrário. Estamos assistindo a uma queda do preço das commodities que sinaliza o enfraquecimento da economia internacional e vai comprometer a renda e o crescimento de alguns emergentes", completou a presidente

Merkel e Putin

Diante da atual tensão no leste ucraniano, o presidente russo, Vladimir Putin, participou de um encontro de mais de três horas no fim do dia com a chanceler federal alemã, Angela Merkel. O líder russo encontra-se sob forte pressão dos países ocidentais devido à ingerência na Ucrânia.

O governo alemão não comentou o conteúdo da longa conversa entre os dois, mas acredita-se que Merkel tenha voltado a pedir explicações sobre a atuação russa no conflito entre separatistas e tropas de Kiev.

Políticos ocidentais acusam Putin de corresponsabilidade nos conflitos no leste ucraniano. Por esse motivo, o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, ameaçou a Rússia com novas sanções – consideradas ilegais pelo líder russo.

As relações entre Alemanha e Rússia parecem estar azedando. Depois de um diplomata russo recentemente ter sido convidado a deixar a Alemanha, suspeito de espionagem, uma funcionária da área política da embaixada alemã em Moscou, em resposta, foi mandada de volta para seu país, segundo confirmou neste sábado o governo em Berlim.

Neste domingo, os chefes de Estado e governo da União Europeia deverão se encontrar com o presidente americano, Barack Obama, para definir uma forma conjunta de agir em relação à Rússia. Neste sábado, cogitou-se até que Putin iria antecipar a sua partida do encontro, mas a informação de um representante da delegação russa logo foi desmentida pelo Kremlin.

CA/dpa/abr/lusa

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