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Dilma pede cautela após anulação de votação do impeachment

9 de maio de 2016

Presidente diz desconhecer consequências da decisão e ressalta que continuará lutando contra o "golpe". "Tenham cautela. Vivemos uma conjuntura de manhas e artimanhas."

Foto: Getty Images/AFP/E. Sa

A presidente Dilma Rousseff pediu nesta segunda-feira (09/05) cautela ao saber da decisão do presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão, de anular as sessões de votação na casa do pedido de abertura do processo de impeachment e disse não saber as consequências da medida.

"Soube agora, da mesma forma que vocês souberam, apareceu nos celulares, que o recurso foi aceito e que, portanto, o processo está suspenso. Eu não tenho essa informação oficial. Estou falando aqui porque não podia, de maneira alguma, fingir que não estava sabendo da mesma coisa que vocês estão. Não sei as consequências", afirmou Dilma, durante uma cerimônia no Palácio do Planalto.

"Por favor, tenham cautela. Nós vivemos uma conjuntura de manhas e artimanhas. Temos de continuar percebendo o que está em curso. Só vamos entender o que está em curso se percebermos que é difícil e que temos de compreender a situação para poder lutar", disse a presidente.

A decisão de Maranhão foi anunciada no mesmo momento em que Dilma participava de um evento de criação de cinco universidades federais. A presidente ressaltou que ainda há um longo caminho contra o impeachment e pediu tranquilidade aos parlamentares.

Momentos inusitados da votação do impeachment

02:49

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"Vai ter muita luta e muita disputa. A minha disposição de lutar até o fim passa por ter clareza. Agora mais do que nunca, nós precisamos defender a democracia, lutar contra o golpe, contra todo esse processo extremamente irregular que foi o meu golpe. Vamos sempre resistir pela democracia, ter uma pauta clara de luta e confiar na força de todos nós, juntos", afirmou Dilma.

A suspensão da votação que autorizou a abertura do processo de impeachment foi a primeira decisão de Maranhão desde que assumiu a presidência interina da Câmara dos Deputados, após o afastamento do deputado Eduardo Cunha, na quinta-feira passada.

CN/efe/rtr/abr

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