Dilma recebe Morales e reforça cooperação no combate ao zika
2 de fevereiro de 2016
Combater o mosquito Aedes aegypti "é tarefa coletiva de todos os países da América Latina", diz a presidente após reunião com o líder boliviano em Brasília.
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Após receber o presidente da Bolívia, Evo Morales, no Palácio do Planalto nesta terça-feira (02/02), a presidente Dilma Rousseff voltou a afirmar que o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e do zika, deve ser tarefa conjunta de toda a América Latina.
"Abordamos o vírus zika e a necessidade de trabalharmos juntos para combater o mosquito, evitando sua proliferação e desenvolvendo vacinas", declarou a presidente. "É uma tarefa coletiva de todos os países da América do Sul e da América Latina."
O líder boliviano também destacou a importância dos esforços conjuntos para combater o vírus, apesar de a Bolívia não ter registrado um número elevado de casos da doença.
Morales atentou ainda para a relevância da reunião que ocorrerá nesta quarta-feira, entre os ministros da Saúde de 15 países pertencentes ao Mercosul e à Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
O encontro, solicitado por Dilma durante a cúpula da Celac no Equador, na semana passada, será realizado em Montevidéu, no Uruguai, e tem como objetivo discutir estratégias conjuntas de combate ao Aedes aegypti.
Ainda nesta semana, a presidente fará um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão para pedir que a população ajude no combate ao mosquito.
De acordo com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, o objetivo do anúncio é "despertar as pessoas de que a única vacina" contra o inseto transmissor é a conscientização de que todos os criadouros devem ser eliminados.
Nesta segunda-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência sanitária mundial por causa do surto de microcefalia, possivelmente relacionado ao vírus zika.
Embora a covid-19 seja muito contagiosa, sua taxa de mortalidade é relativamente baixa em comparação com esses dez vírus.
Foto: picture-alliance/dpa
Vírus de Marburg
O vírus mais perigoso do mundo é o Marburg. Ele leva o nome de uma pequena cidade alemã às margens do rio Lahn, onde o vírus foi documentado pela primeira vez. O Marburg provoca febre hemorrágica e, assim como o ebola, causa convulsões e sangramentos das mucosas, da pele e dos órgãos. A taxa de mortalidade do vírus chega a 88%.
Foto: Bernhard-Nocht-Institut
Ebola
O vírus do ebola foi descoberto em 1976 na República Democrática do Congo por uma equipe de pesquisadores belgas. A doença foi batizada com o nome do rio que passa pelo vilarejo onde ela foi identificada pela primeira vez. Ele pode ocorrer em cinco cepas distintas, denominadas de acordo com países e regiões na África: Zaire, Sudão, Bundibugyo, Reston, Floresta de Tai. A cepa Zaire é a mais fatal.
Foto: Reuters
Hantavírus
O hantavírus descreve uma ampla variedade de vírus. Assim como o ebola, ele também leva o nome de um rio – neste caso, onde soldados americanos foram os primeiros a se infectarem com a doença durante a Guerra da Coreia, em 1950. Os sinais são doenças pulmonares, febre e insuficiência renal.
Foto: REUTERS
Gripe aviária
Com uma taxa de mortalidade de 70%, o agente causador da gripe aviária espalhou medo durante meses. Mas o risco real de alguém se infectar com o vírus H5NI é muito baixo. Os seres humanos podem ser contaminados somente através do contato muito próximo com as aves. Por esse motivo, a maioria dos casos ocorre na Ásia, onde pessoas e galinhas às vezes vivem juntas em espaço pequeno.
Foto: AP
Febre de Lassa
Uma enfermeira na Nigéria foi a primeira pessoa a se infectar com o vírus Lassa. A doença é transmitida aos humanos através do contato com excrementos de roedores. A febre de Lassa ocorre de forma endêmica na África Ocidental, como é o caso, atualmente, mais uma vez na Nigéria. Pesquisadores acreditam que 15% dos roedores dali sejam portadores do vírus.
Foto: picture-alliance/dpa
Junin
O vírus Junin é associado à febre hemorrágica argentina. As pessoas infectadas apresentam inflamações nos tecidos, hemorragia e sépsis, uma inflamação geral do organismo. O problema é que os sintomas parecem ser tão comuns que a doença raramente é detectada ou identificada à primeira vista.
Crimeia-Congo
O vírus da febre hemorrágica Crimeia-Congo é transmitido por carrapatos. Ele é semelhante ao ebola e ao Marburg na forma como se desenvolve. Durante os primeiros dias de infecção, os doentes apresentam sangramentos na face, na boca e na faringe.
Foto: picture-alliance/dpa
Machupo
O vírus Machupo está associado à febre hemorrágica boliviana. A infecção causa febre alta, acompanhada de fortes sangramentos. Ele desenvolve-se de maneira semelhante ao vírus Junin. O Machupo pode ser transmitido de humano para humano, e é encontrado com frequência em roedores.
Foto: picture-alliance/dpa/Marks
Doença da floresta de Kyasanur
Cientistas descobriram o vírus da floresta de Kyasanur na costa sudoeste da Índia em 1955. Ele é transmitido por carrapatos, mas supõe-se que ratos, aves e suínos também possam ser hospedeiros. As pessoas infectadas apresentam febre alta, fortes dores de cabeça e musculares, que podem causar hemorragias.
Dengue
A dengue é uma ameaça constante. Transmitida pelo mosquito aedes aegypti, a doença afeta entre 50 e 100 milhões de pessoas por ano em todo o mundo. O vírus representa um problema para os dois bilhões de habitantes que vivem nas áreas ameaçadas, como Tailândia, Índia e Brasil.