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Dilma responsabiliza Vale e BHP pela tragédia em Mariana

12 de novembro de 2015

Presidente afirma que várias leis foram descumpridas e anuncia multa preliminar de 250 milhões de reais. Recuperação do rio Doce também é prioridade do governo.

Dilma sobrevoou região atingida pela lamaFoto: picture-alliance/dpa/Roberto Stuckert Filho/Pr/Handou

Uma semana após o rompimento de duas barragens de rejeitos de mineração em Mariana, a presidente Dilma Rousseff responsabilizou nesta quinta-feira (12/11) a mineradora Samarco, que pertence à mineradora brasileira Vale e à anglo-australiana BHP Billiton, pela tragédia.

"Estamos empenhados em primeiro responsabilizar quem tem de ser responsável. Quem é o responsável? É uma empresa privada, a Samarco, uma empresa grande, que tem como sócias a Vale e a BHP", disse Dilma, acrescentando que várias leis não foram cumpridas pela mineradora.

Devido ao descumprimento, Dilma anunciou uma multa "preliminar" de 250 milhões de reais à empresa, por danos ambientais e ao patrimônio público, comprometimento da bacia hidrográfica e interrupção do fornecimento de energia elétrica. Antes do anúncio, a presidente sobrevoou o local antigo pelo mar de lama que vazou das barragens.

Dilma ressaltou ainda que a multa poderá ser seguida de outras penalidades impostas por órgãos federais e estaduais. A presidente afirmou que a recuperação do rio Doce é também é prioridade do governo.

"Faremos o possível e o impossível para que possamos recuperar esse rio, que é sinônimo de condições de vida humana. É por causa dele que ocupamos a região", declarou.

O rompimento das barragens liberou 62 milhões de metros cúbicos de lama, quantidade equivale a 24,8 mil piscinas olímpicas. A enxurrada destruiu o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, e atingiu a bacia do rio Doce, por onde segue em direção ao oceano. Pelo menos seis pessoas morreram na tragédia e 19 continuam desaparecidas.

CN/afp/rtr/ots

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