Dinamarca desbanca Suíça como país mais feliz do mundo
16 de março de 2016
Ranking aponta país escandinavo como o lugar mais feliz do planeta. Suíça cai para segundo lugar. Brasil perde uma posição, mas continua no top 20.
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De acordo com o quarto Relatório Mundial de Felicidade, divulgado nesta quarta-feira (16/03), a Dinamarca ultrapassou a Suíça como o país mais feliz do mundo.
Segundo o ranking elaborado pela Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável (SDSN) e o Instituto Terra da Universidade de Columbia, os dez lugares mais felizes são: Dinamarca, Suíça, Islândia, Noruega, Finlândia, Canadá, Holanda, Nova Zelândia, Austrália e Suécia. No ano passado, a Dinamarca estava em terceiro lugar, atrás de Suíça e Islândia.
Em relação ao ano passado, o Brasil perdeu uma posição, passando para o 17° lugar, atrás da Alemanha (16º) e à frente da Bélgica (18º). O país continua a ocupar a primeira posição na América do Sul em termos de felicidade, e a terceira na América Latina, atrás de Costa Rica (14°) e Porto Rico (15°).
O ranking é baseado em diversos fatores, como o Produto Interno Bruto (PIB), a expectativa de vida saudável, o sistema de bem-estar social e a percepção de corrupção ou a ausência dela no governo.
Os dez países com menor índice de felicidade foram: Madagáscar, Tanzânia, Libéria, Guiné, Ruanda, Benin, Afeganistão, Togo, Síria e Burundi.
EUA no 13º lugar
Os Estados Unidos ocupam o 13° lugar no Relatório Mundial da Felicidade, enquanto o Reino Unido está no 23°, a França no 32° e a Itália, na 50ª posição.
"Há uma mensagem forte para o meu país, os EUA, que são muito ricos, que enriqueceram ainda mais nos últimos 50 anos, mas não ficaram mais felizes", diz o professor da Universidade de Columbia Jeffrey Sachs, que comandou a pesquisa em nome da Organização das Nações Unidas.
"A mensagem para os EUA é clara. Uma sociedade que está somente atrás de dinheiro está buscando as coisas erradas. Nossa malha social está se deteriorando, nossa confiança social está se deteriorando, nossa fé no governo está se deteriorando", acresceu o professor.
O primeiro Relatório Mundial da Felicidade foi divulgado em 2012 para apoiar as Nações Unidas em promover a felicidade e o bem-estar. Cinco países – Butão, Equador, Escócia, Emirados Árabes Unidos e Venezuela – indicaram agora ministros da Felicidade encarregados de promovê-la como objetivo de política pública.
A pesquisa de 2016 mostrou que três países em particular – Irlanda, Islândia e Japão – foram capazes de manter seus níveis de felicidade, apesar de choques externos como a crise econômica de 2007 e o terremoto de 2011, devido ao apoio social e à solidariedade.
Dinamarca, país mais feliz do mundo
Por que os dinamarqueses são tão felizes? Segundo relatório encomendado pela ONU, país ocupa agora a primeira posição entre as nações mais afortunadas. Veja aqui algumas possíveis razões para tamanha felicidade.
Foto: picture-alliance/dpa/J.Dresling
Copenhague
A moderna capital dinamarquesa possui alguns dos melhores restaurantes do mundo, é suficientemente grande para justificar uma vida noturna animada e pequena o bastante para se andar de bicicleta por todos os lados. Os seus moradores são amigáveis, e o mar, limpo o suficiente para se tomar banho. Uma metrópole para relaxar.
Foto: picture-alliance/dpa/L. Halbauer
O mar
Seja o Mar do Norte ou o Mar Báltico: os dinamarqueses estão cercados pelas águas. Ou ao menos não é preciso andar muito para se chegar a uma praia. Os cidadãos da Dinamarca sabem disso. Eles tomam banho de mar até no inverno, sem medo da fria brisa tocar o rosto. Isso libera a cabeça.
Foto: picture-alliance/dpa/J. Lübke
Humor
Quem é politicamente correto ou possui algo de puritano não se encontra na mesma "onda" que os dinamarqueses. Além de sorridentes, eles possuem ironia e um humor seco, muitas vezes até infantil, contornando assim de forma mais animada a seriedade da vida do que, por exemplo, outros países europeus. Como comprova esse congresso de papais e mamães-noéis numa praia perto de Copenhague.
Foto: picture-alliance/dpa/J. Norgaard Larsen
Alcaçuz
Ninguém gosta mais de balas de goma de alcaçuz do que os dinamarqueses. Antes, essa planta era utilizada contra constipações e problemas de estômago, hoje ela ocupa as prateleiras dos supermercados da Dinamarca nas mais diversas formas. Esse ouro negro vicia e faz feliz.
Foto: Colourbox
Família
Sair mais cedo do trabalho para pegar o filho na creche? O que é motivo de incompreensão para muitos empregadores é algo muito normal no país do norte do Europeu. Os dinamarqueses sabem que família e lazer são muito importantes.
Foto: picture-alliance/dpa/P. Pleul
Design
Os dinamarqueses são mestres do design de interiores. Numa sala de estar bem normal, sente-se às vezes num showroom de móveis. Os escandinavos sabem criar ambientes acolhedores. Sofás largos, luz de velas e, depois da refeição, café e bolo.
Foto: VG Bild-Kunst, Bonn 2016
Bicicletas
Geograficamente, a Dinamarca é plana como uma panqueca. Então não há desculpa para não andar de bicicleta para todos os lados. Os dinamarqueses sabem disso e mantêm a forma até em idade avançada.
Foto: CC/Negu
Boa TV
Nas noites de domingo, a emissora pública de TV dinamarquesa DR proporciona seriados de renome internacional, como "Borgen" ou a série policial "História de um assassinato", com Sofie Grabol no papel da comissária Lund.
Foto: ZDF/Tine Harden
Ausência de hierarquias
Na Dinamarca, existe uma larga classe média e as pessoas têm poucas preocupações. Se alguém fica doente ou desempregado, ele é ajudado por uma seguridade social financiada por altos impostos. Além disso, com exceção da rainha, quase todo mundo se trata por tu ou você. Isso torna o dia a dia bem mais relaxado e vale também para o ambiente de trabalho.
Foto: picture-alliance/dpa/J.Dresling
Nobreza
A Dinamarca é uma monarquia constitucional. E os súditos da rainha Margareth 2ª parecem estar muito satisfeitos com ela. Na foto, veem-se o príncipe herdeiro Frederik e sua esposa australiana Mary. Diferente de outras Casas Reais europeias, a nobreza dinamarquesa é o melhor cartão de visitas do país. Os príncipes acompanham comitivas de empresários, abrindo caminho para novos negócios.