Subsecretário-geral para Assuntos Políticos vai se reunir com autoridades locais em meio ao acirramento das tensões entre país asiático e Estados Unidos.
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O subsecretário-geral das Nações Unidas para Assuntos Políticos, Jeffrey Feltman, iniciou nesta terça-feira (05/12) uma rara visita oficial à Coreia do Norte, onde vai se reunir com autoridades do governo local para discutir "questões de interesse e preocupação mútuas", afirmaram as Nações Unidas.
A primeira visita de um diplomata de alta patente da ONU a Pyongyang desde 2010 ocorre em meio ao acirramento das tensões entre o país e os Estados Unidos. Há menos de uma semana, Pyongyang realizou um novo teste de míssil balístico que, segundo os norte-coreanos, teria a capacidade de atingir solo continental americano.
Na Coreia do Norte, ato reúne multidão para comemorar míssil
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Feltman viajou ao país nesta terça-feira para uma visita de quatro dias com o objetivo de manter uma "ampla categoria de discussões políticas", afirmou Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres. Um dos compromissos do diplomata em Pyongyang será uma reunião com o ministro norte-coreano do Exterior, Ri Yong Ho.
O porta-voz explicou que a visita do subsecretário responde a um convite feito há muito tempo para restabelecer o diálogo político entre o governo de Kim Jong-un e a ONU. Antes de se dirigir a Pyongyang, Feltman se reuniu com representantes do governo da China em Pequim.
Dujarric disse que a visita foi confirmada por Pyongyang na quinta-feira passada e ressaltou que não existem planos para que Guterres visite o país. O secretário-geral viajará ao Japão na próxima semana.
O Conselho de Segurança da ONU se reuniu na quinta-feira passada para discutir o mais recente teste de míssil balístico da Coreia do Norte. Uma nova reunião em nível ministerial está marcada para o dia 15 de dezembro, com o objetivo de estudar novas medidas para punir o regime de Pyongyang.
RC/efe/afp
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A pior empresa aérea do mundo
A estatal norte-coreana Air Koryo usa aviões da época da União Soviética e sistema de entretenimento com músicas e documentários que fazem reverência à família do ditador Kim Jong-un.
Foto: Flickr/Calflier001
Pior companhia aérea do mundo
A Air Koryo é considerada a pior companhia aérea do mundo. Todos os anos, ela recebe somente uma estrela no ranking mundial mais importante, o Skytrax, que avalia serviço e conforto de centenas de empresas aéreas. Os destinos regulares internacionais operados pela estatal são rotas a partir de Pyongyang com destino a Pequim, Shenyang, Xangai e Dandong, na China; e Vladivostok, na Rússia.
Foto: Getty Images/AFP/P. Parks
"Comida aceitável"
Entre os motivos de a empresa ter uma péssima reputação estão a qualidade do serviço de bordo e uma péssima avaliação das amenidades para os clientes oferecidas em seu hub – o aeroporto internacional de Sunang, na capital Pyongyang. Um passageiro escreveu que "a comida era aceitável, e a seleção de bebidas poderia ser muito melhor".
Foto: CC-by-2.0/Mark Fahey
Entretenimento ao modo norte-coreano
Muitos clientes reclamam que os procedimentos de emergência são anunciados de forma superficial, que há bebidas efervescentes "difíceis de identificar" e que os motores das aeronaves são "incrivelmente barulhentos". Outros especificam detalhes sobre o entretenimento de bordo: geralmente músicas que reverenciam Kim Jong-un e documentários sobre a família do ditador.
Foto: CC-by-2.0/Stefan Krasowski
"Museu aéreo"
A frota da Air Koryo pode ser considerada um “museu aéreo”. São, em grande parte, aviões dos tempos da União Soviética e que atraem, principalmente, aficionados por aviação: modelos ucranianos (Antonov An-24) e russos (Ilyushin Il-18, Il-20, Il-22 e Il-38; além de Tu-134 e Tu-154) que fazem geralmente voos domésticos na Coreia do Norte. Na foto, um avião Ilyushin Il-62.
Foto: Flickr/Calflier001
Interiores das aeronaves são retrôs
Os interiores de modelos mais antigos, como Antonov e Ilyushin, são retrô e, em alguns deles, os passageiros podem dobrar as poltronas da frente para ter mais espaço para as pernas. Mesmo tendo grande parte uma frota das décadas de 1960, 1970 e 1980, a empresa não renovou suas cabines para garantir maior comodidade aos clientes. A foto mostra o interior de um Ilyushin Il-62.
Foto: Flickr/Calflier001
Cockpit analógico
Nas aeronaves mais antigas, como neste Ilyushin Il-62, os pilotos da empresa não podem esperar por cockpits modernos com telas digitais e instrumentos de última geração. No perfil Calflier001, na plataforma Flickr, é possível ver estas e outras fotos de aviões da empresa estatal norte-coreana.
Foto: Flickr/Calflier001
Média de idade da frota passa dos 30 anos
A frota da companhia, porém, não é formada somente por "dinossauros do ar". Há modelos mais novos também, como os Tupolevs Tu-204 (foto) recebidos a partir de 2007 e que operam geralmente as rotas internacionais da companhia. Mas a idade média das aeronaves passa de 30 anos. Não se pode esquecer de uma coisa: não importa a idade do avião, o mais importante é a manutenção.
Foto: Getty Images/AFP/E. Jones
Empresa faz também voos charter
Além dos destinos regulares, a Air Koryo tem rotas esporádicas, de acordo com a demanda de passageiros, para Bangcoc, na Tailândia; Kuala Lampur, na Malásia; e Kuwait. Foto mostra o interior da cabine de passageiros de um Ilyushin Il-62 da empresa norte-coreana.
Foto: Flickr/Calflier001
Passagens internacionais a partir de R$ 325
De acordo com o site da companhia estatal norte-coreana, os bilhetes para Pyongyang, somente ida e sem as taxas incluídas, custam a partir de 1.750 CNY (875 reais) de Pequim; 1.240 CNY (620 reais) de Shenyang; 230 dólares (762 reais) de Vladivostok; 1740 CNY (871 reais) de Shangai e 650 CNY (325 reais) de Dandong. Foto mostra tripulação da Air Koryo em frente a um Ilyushin Il-18 da companhia.
Foto: Flickr/Calflier001
Apenas um incidente com vítimas
Apesar de ter uma frota em que a média de idade passa de 30 anos, a empresa registrou um incidente com vítimas: em 1983, um Ilyushin Il-62 da CAAK (predecessora da Air Koryo) colidiu com as montanhas Fouta Djallon, na Guiné, matando as 23 pessoas a bordo. A foto mostra um Tupolev Tu-204 que, em maio de 2017, fez um pouso de emergência em Pyongyang após decolar da capital norte-coreana para Pequim.
Foto: picture-alliance/AP/D. Guttenfelder
Proibição parcial na Europa
Em março de 2006, a empresa norte-coreana ficou proibida de usar o espaço aéreo europeu por não cumprir com os padrões internacionais de segurança. Porém, em 2010, a União Europeia levantou parcialmente a proibição depois que a estatal introduziu dois Tupolev Tu-204 (foto), aeronaves que satisfazem os padrões de segurança estipulados por Bruxelas.